O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG - AFTRA) recusou aceitar a "oferta final" dos estúdios nesta segunda feira (6), com isso, ainda não é possível saber se as conversas irão continuar, e assim, a suspensão das negociações podem ser prorrogadas até janeiro de 2024. Depois que a última proposta foi apresentada, a entidade dos estúdios declarou que só haveriam novas discussões sobre esse assunto no próximo ano, considerando o caso de uma falta de conclusão nas negociações, o que acabaria acarretando em comprometer ainda mais o cronograma de lançamentos de Hollywood.
Posicionamento do Sindicato
Nesse final de semana, os membros do Sindicato chegaram a discutir os pontos do documento, afirmando que estariam fazendo uma revisão, e considerando a resposta que foi dada no contexto das questões críticas que foram apresentadas nas propostas, porém, após todas as conversas, o Sindicato simplesmente fez um comunicado nas redes sociais, alegando que existe uma grande quantidade de itens essenciais que ainda não possuem acordos, dentre eles, a inteligência artificial, como está no seguinte post:
Postagem do comunicado feito pelo SAG-AFTRA (Foto: reprodução/Instagram/@sagaftra)
Ambos os lados chegaram a conversar, debatendo justamente sobre o uso de inteligência artificial, que foi o maior obstáculo para o avanço das negociações. Essa paralisação, não barrou apenas as filmagens de projetos que incluíam intérpretes com vínculos entre o sindicato dos atores, mas também acabou bloqueando a participação deles nos eventos de imprensa para filmes já completos. Além disso, houve também uma pressão adicional, que foi causada por alguns roteiristas, que declararam greve em maio, mas depois de alguns meses, em outubro, conseguiram entrar em um acordo para a revisão de seus contratos, liberando o fim da greve, e retomando as atividades de algumas produções.
Regras que os atores deverão seguir durante a greve
Com a greve em vigor, a coordenação do Sindicato dos Atores definiu que eles não teriam liberdade para atuar ou promover títulos, como filmes, séries, pré-estréias, tapetes vermelhos, ou entrevistas coletivas. Eles até poderiam participar de convenções, mas com a condição de não estarem inclusos em painéis com a promoção de títulos lançados recentemente ou trabalhos que ainda aconteceriam no futuro. Sendo assim, poderia se imaginar o seguinte cenário: qualquer ator ou atriz estaria livre para produzir um painel sobre algum tema geral, mas não teria permissão para ir até o palco e falar de um filme.
Foto Destaque: Após o Sindicato dos Atores rejeitar a "oferta final" dos estúdios, paralisação pode se estender até 2024. (Reprodução/Twitter/@omelete)