No último sábado (23), houve mais uma rodada de negociações entre a WGA (Sindicato dos Roteiristas de Hollywood) e a AMPTP, que representa os grandes estúdios. Contudo, a reunião terminou sem conclusões, o que mantém a greve viva. As negociações continuam neste domingo (24), fazendo com que a greve chegue a 145 dias de duração.
Sem resoluções
As últimas notícias davam o encontro de sábado como o último, e que este estaria encaminhando o fim da greve e um novo acordo. Segundo o portal Deadline, ambas as partes haviam chegado a um consenso e a decisão seria anunciada a qualquer momento. Entretanto, o que foi comunicado é que as negociações ainda continuam. A AMPTP chegou a dizer que foi levada “a melhor e última oferta” à mesa.
Segundo as fontes do Deadline, o que está impedindo as negociações de seguirem são impasses quanto ao uso de inteligência artificial nas produções e nas salas de roteiristas. A intenção de ambos é finalizar as negociações antes do Yom Kippur, feriado judaíco que acontece nesta segunda-feira (25).
Em curso desde de maio, a greve está a 09 dias de igualar a paralisação mais longa do WGA, que aconteceu em 1988.
WGA anuncia que as negociações seguem neste domingo (24) (Foto: Reprodução/Twitter/X/@WGAEast)
Causas e reivindicações
Os roteiristas vêm exigindo um aumento salarial proporcional à inflação, a solicitação de temporadas de séries mais curtas e, principalmente, o pagamento de ganhos residuais. Além disso, os trabalhadores também temem o avanço do uso da tecnologia nas produções de Hollywood, visto que as inteligências artificiais teriam a capacidade de se equiparar aos serviços prestados pelos roteiristas.
A WGA pede para que as IAs não sejam usadas para nenhum tipo de desenvolvimento ou adaptação de roteiros, enquanto os estúdios querem discutir a possibilidade de utilizá-las.
Várias produções de Hollywood já foram paralisadas desde o início da greve e a tendência é que todas parem até que novos contratos sejam elaborados e, enfim, assinados.
Foto destaque: Membros do WGA demonstram apoio à greve durante encontro. Reprodução/Twitter/X/@WGAEast