Gal Gadot, futura intérprete da “Cleópatra”, informou que o novo filme da rainha do Egito irá mudar a imagem hollywoodiana imposta à figura histórica. Em entrevista à Vogue Hong Kong, a atriz ainda revelou o andamento do roteiro e mostrou ansiedade para “contar sua história e trazer justiça a esse personagem”.
Questionada sobre a produção, a israelense afirmou que o filme biográfico será responsável por alterar a percepção da personagem como somente “uma mulher sedutora”. Para Gal Gadot, enquanto a “Mulher Maravilha” seria uma “forte líder feminina imaginária”, a “Cleópatra” seria a verdadeira e esta é a imagem que Gadot gostaria de passar sobre a rainha.
“Tudo o que vi em relação a Cleópatra no cinema foi que ela era uma mulher sedutora que teve um caso com Júlio César e Marc Anthony. Mas a verdade é que há muito mais nela”, disse a atriz.
Trecho do filme “Cleópatra”, de 1963 (Foto; Reprodução/Fox)
A Mulher Maravilha disse que, apesar de já ter ouvido muitas histórias sobre “Cleópatra”, também leu diferentes livros para conhecer mais a personalidade e achou tudo “fascinante”.
Ainda em entrevista à Vogue, Gal Gadot classificou o roteiro do longa como “belo”, além de afirmar estar animada para contar a história egípcia e celebrar o legado da mulher que, segundo a atriz, “estava muito à frente de seu tempo”.
O longa de Cleópatra
Não é a primeira vez, contudo, que a história da rainha egípcia é contada no cinema. “Cleópatra” já foi retratada em outros longas de 1934 e 1963, mas desta vez a produção tem sido conturbada.
O filme biográfico, idealizado há alguns anos, já passou tanto por mudanças de diretoria, como por polêmicas na internet. Inicialmente, quando Gal Gadot foi escalada em 2020, “Cleópatra” seria dirigido pela diretora da Mulher Maravilha, Patty Jenkins.
Tudo mudou quando Jenkins saiu do projeto e foi substituída por Kari Skogland. O comando do longa, contudo, não passou somente pelas mãos das mulheres, outros diretores também já haviam se envolvido, como David Fincher e Denis Villeneuve.
A constante mudança na gestão de “Cleópatra” não foi a única repercussão quanto ao filme. Isto porque, logo após ser anunciado, o longa foi acusado de estar praticando “whitewashing” (embranquecimento) por não escalar uma atriz com a mesma origem da rainha egípcia.
Foto destaque: Gal Gadot. Reprodução/Vogue Hong Kong.
