Durante uma entrevista para o podcast "Reign with Josh Smith", a atriz indicada ao Oscar por Melhor Atriz Coadjuvante em "Adoráveis Mulheres", Florence Pugh, revelou que ela provavelmente não fará mais papéis como "Midsommar" novamente porque ela se sente que abusou de si mesma ao interpretar a protagonista do filme, "Dani", uma mulher americana aflita que tem um colapso psicológico quando se junta ao seu namorado tóxico em uma viagem para um festival de verão sueco. Pugh disse que aprendeu a se proteger como atriz ao longo dos anos, e parte disso é saber quando você simplesmente não pode fazer um papel novamente.
“Houve alguns papéis em que dei muito e fiquei quebrado por um longo tempo depois”, disse Pugh. “Como quando fiz 'Midsommar', definitivamente senti que abusei de mim mesma nos lugares em que me coloquei a ir.”
“A natureza de descobrir essas coisas é que você precisa dizer: 'Tudo bem, bem, não posso fazer isso de novo porque foi demais'”, ela continuou. “Mas então eu olho para aquela performance e estou realmente orgulhosa do que fiz, e estou orgulhosa do que saiu de mim. Não me arrependo. Mas, sim, definitivamente há coisas que você tem que respeitar sobre si mesmo.”
Trailer de Midsommar (Vídeo: reprodução/YouTube/A24)
"Midsommar"
"Midsommar: O Mal Não Espera a Noite" é um filme estadunidense, dirigido pelo renomado cineasta Ari Aster, conhecido pelo seu trabalho em "Hereditário", lançado em 2019 pela produtora A24. Extremamente grotesco e visualmente perturbador, o longa-metragem é centrado em um grupo de amigos que viaja para a suécia para um festival que ocorre a cada 90 anos, apenas para descobrir imersos num culto pagão praticantes de atividades nada convencionais. O que mais impressiona é a cinematografia do filme, o estilo e a escolha de ambientação, além das inúmeras mensagens e segredos postos pelo próprio diretor que deixam a experiência cinematográfica ainda mais apelativa.
O filme com seu orçamento de US$ 8 milhões arrecadou US$ 46 milhões e recebeu avaliações positivas da crítica especializada, com muitos elogiando a direção de Aster e o desempenho de Florence Pugh, surpreendendo desde os primeiros minutos do filme, o que levou o longa a receber a aprovação de 83% do site de críticas Rotten Tomatoes. O filme está disponível no serviço de streaming da Prime Video.
Os "Abusos"
Pugh deixa claro que Qutodo e qualquer abuso que ela tenha sofrido durante a produção de “Midsommar” foi estritamente autoinfligido. Ela só tem elogios ao diretor Ari Aster e disse ao The New York Times no ano passado que ele é “peculiar de uma forma meio genial e louca” e “um comediante de stand-up no coração”. Ela acrescentou: “Uma vez que você ri de uma coisa, ele tenta fazer você rir de todas as outras coisas. Ele continua e todo mundo chora em ataques de riso”.
“Estávamos filmando em um campo muito quente com três línguas diferentes, então eu não diria que tudo isso foi prazeroso”, Pugh continuou sobre fazer o filme. “Além disso, não deveria ser. Por que fazer um filme como esse seria prazeroso?”
Pugh disse durante uma entrevista no podcast “Off Menu” no ano passado que ela “nunca havia interpretado alguém que estivesse com tanta dor” até Dani em “Midsommar”, acrescentando: “Eu me colocava em situações realmente ruins que talvez outros atores não precisassem fazer, mas eu ficava imaginando as piores coisas.”
Pugh terminou a entrevista dizendo que a cada dia o conteúdo performado por ela se tornava estranho e mais difícil, que ela colocava coisas em sua mente que com o tempo se tornavam cada vez mais sombrias e pertubadoras. Completando que no final, ela abusou psicologicamente de si mesma para conseguir aquela performance.
Foto Destaquye: Florence Pugh em Midsommar (reprodução/Instagram/@florencepughfanclub)
