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[Crítica - cuidado com spoilers] ‘Guardiões da Galáxia Vol.3’ fecha o ciclo cósmico de forma épica e emocionante

O último filme da trilogia de James Gunn, Guardiões da Galáxia Vol.3, estreia dia 4 de maio nos cinemas. Confira nossa crítica ao novo filme da Marvel.

02 Mai 2023 - 20h30 | Atualizado em 02 Mai 2023 - 20h30
[Crítica - cuidado com spoilers] ‘Guardiões da Galáxia Vol.3’ fecha o ciclo cósmico de forma épica e emocionante Lorena Bueri

Guardiões da Galáxia Vol.3 inicia de uma maneira atípica, se comparado com os filmes anteriores. De cara, ouve-se “Creep” (Radiohead) e o impacto melancólico e sombrio se estende com Rocket (Bradley Cooper) com a música no fone, sendo flagrado por Peter Quill (Chris Pratt), que está novamente bêbado em um looping desde que Gamora (Zoe Saldaña) “morreu”, em Vingadores - Guerra Infinita (2018). Em Lugarnenhum, predomina um clima apático de uma sociedade de renegados tentando se reerguer. Não é um acaso o tom emotivo. O início serve para ditar o ritmo que o Volume 3 tem, sendo marcado como o filme mais emocionante da trilogia e, um dos melhores lançados pela Marvel nos últimos anos.

Para além da recuperação da trupe e a adaptação com a “nova” Gamora, o longa foca na origem triste e cruel de Rocket. Embora já fosse de conhecimento do público que ele é um animal silvestre alterado geneticamente em uma das tentativas do Alto Evolucionário  (Chukwudi Iwuji) em criar a raça perfeita, podemos quase sentir dor física ao ver a quanta crueldade o pequeno guaxinim inteligente e de coração puro fora submetido. 


Pôster mostrando a evolução de Rocket (Foto: Reprodução/Marvel)


Outro ponto a ser observado é a primeira aparição oficial de Adam Warlock (Will Poulter). Tendo sido introduzido nas tradicionais cenas pós-créditos do Vol.2, como um projeto de Ayesha, a alta sacerdotisa dos Soberanos, junto ao Alto Evolucionário. O antagonista foi feito para destruir os Guardiões e toma sua missão para si desde o início da trama, criando uma reviravolta logo no começo do filme. No entanto, Warlock perde notoriedade e importância ao decorrer da trama. Mesmo assim, é um personagem que tem potencial a ser explorado em produções futuras, por sua tamanha força e personalidade que deixa traços a serem mais destacados. 

Alto é um vilão à altura, literalmente. Um homem meio máquina que se acha Deus e que tem todo o direito de criar e destruir civilizações inteiras ao seu bel-prazer até chegar à perfeição. No Vol.3, volta a caçar Rocket, ou como chama, 89P13, por ser sua única criação capaz de raciocinar de maneira independente e não por memorização, além da extrema inteligência. Sua fixação pelo cérebro de Rocket Raccoon é um dos traços fortes do longa, já que visualizamos toda a relação exploratória de Alto com suas criações, incluindo nosso herói. Apenas com cérebros semelhantes ao de Rocket, Alto Evolucionário conseguiria criar a raça perfeita. 


Pôster Guardiões da Galáxia Vol.3 (Foto: Reprodução/Marvel)


A sintonia entre os Guardiões nunca deixa de ser um ponto forte. Nebulosa (Karen Gillan) assume um papel protetor no grupo e ganha maior destaque nessa fase, já Drax (Dave Bautista) e Mantis (Pom Klementieff) assumem o cargo de alívio cômico da obra, com toques de drama. Groot (Vin Diesel) está mais confiante, forte e se torna um combatente imponente ao lado do Senhor das Estrelas, o líder Quill. Gamora, em sua nova personalidade, tendo sido acolhida pelos saqueadores e sem se lembrar dos anos que passou ao lado dos Guardiões da Galáxia, não decepciona. Sua memória pode ter sido apagada, mas seus bons instintos ainda estão lá e sua relevância segue forte. 

Personagens secundários como Kraglin, (Sean Gunn), que herdou a flecha de Yondu e Cosmo, o cachorro espacial telepata, são importantes para o desenrolar de partes estratégicas do filme, mesmo sem serem membros oficiais dos Guardiões da Galáxia. A dupla permanece protegendo Lugarnenhum enquanto Quill, Drax, Groot, Mantis, Gamora e Nebulosa estão na Contra-Terra para tentar salvar Rocket, que está entre a vida e a morte. Além disso, auxiliam no resgate do grupo. 


Assista ao trailer dublado (Reprodução/YouTube)


Conclusão: 

Com Guardiões da Galáxia Vol.3, James Gunn fecha a franquia provocando saudade precoce e ao mesmo tempo o alívio de ser uma trilogia excelente do início ao fim. Com as tentativas falhas da Marvel em emplacar um filme memorável na fase 4, os heróis desajustados mostram ao público que ainda há muito potencial no gênero que pode parecer, por vezes, saturado. Emocionante de fazer chorar, cômico como sempre, com uma trilha impecável e altos níveis de ação, o grupo que antes, há quase uma década (2014), precisava de um comparativo para ser descrito, se torna referência. No entanto, o filme deixa pistas de que não será a última vez em que veremos os personagens, seja ou não, juntos. The dog days are over!

Nota:

9,8 

 

 Foto destaque: Guardiões da Galáxia Vol.3. Reprodução/Marvel  

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