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[Crítica] “Wonka” nasce como um clássico natalino e presenteia nossa criança interior com pura magia

A prequela que conta a origem de um dos personagens mais famosos do mundo, "Wonka", estrelada por Timothée Chalamet, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (7); confira nossa crítica

06 Dez 2023 - 18h50 | Atualizado em 06 Dez 2023 - 18h50
[Crítica] “Wonka” nasce como um clássico natalino e presenteia nossa criança interior com pura magia Lorena Bueri

“Todas as coisas boas deste mundo começaram com um sonho. Então, agarre-se ao seu.” -Wonka 

Timothée Chalamet não precisa mais provar a ninguém que é o grande astro da geração, mas ele parece fazer questão disso a cada filme que estrela. “Wonka”, que chega na próxima quinta-feira (7) aos cinemas brasileiros, nasce já sendo um clássico natalino, que exibe a versatilidade absoluta de Chalamet e nos presenteia com a nostalgia mágica de um dos personagens mais amados e dualistas da literatura e das telonas. 

Trama de “Wonka”

Livremente baseado na obra de Roald Dahl, o musical “Wonka” mostra a trajetória de desventuras, magia e perseverança do jovem Willy Wonka, um órfão que desejava se tornar um grande chocolateiro para manter vivas as memórias e os sonhos da mãe, e para tê-la sempre perto de si. 

Para isso, o rapaz se mete em diversas enrascadas e acaba conhecendo pessoas poderosas que querem detê-lo, como o Cartel do Chocolate, uma espécie de máfia que detinha todo o comércio de chocolate da região, formada por três vilões bonachões e caricatos, e a própria polícia, subordinada a troco de um estoque infindável de chocolates e mais chocolates, além da terrível dona da pensão, vivida por Olivia Colman. Mas o caminho também o reserva amigos especiais que transformam sua solidão em união, como a doce Noodle, e o ajudam a conquistar seu sonho: ser o maior chocolatier do mundo. 


Assista ao trailer legendado de "Wonka" (Reprodução/YouTube/Fãs de Cinema)


Timothée Chalamet traz à geração a possibilidade de se apaixonar por Willy Wonka novamente

Willy Wonka provavelmente é um dos personagens mais conhecidos do mundo há décadas. Amado e odiado, é capaz até de causar certo medo em algumas pessoas e possui uma cortina de cinismo e sombras na sua personalidade dualista e questionável, deixando margens para interpretações que o veem como herói ou como vilão. Mas a prequela de Paul King (“As Aventuras de Paddington”) explora a inocência e a luz nunca vista em Wonka anteriormente, a de um menino puro e guiado pela fé na bondade humana. 

Diferente de todas as versões anteriores de Willy, não há absolutamente nada de obscuro na versão de Timothée. Pela primeira vez desde a criação do personagem, Wonka é interpretado como alguém tomado pela ingenuidade pura de uma criança cheia de sonhos, permeados pela crença na magia de criar e compartilhar chocolates com o mundo. 


Timothée Chalamet como Willy Wonka (Foto: reprodução/Twitter/@wbpictures_br)


Chalamet, conhecido por seus papéis carregados de tensão e drama, como “Duna”, “Querido Menino” e “Até os Ossos”, esbanja sua versatilidade com um personagem diferente de tudo que já fez nas telas, deixando claro que encara com maestria qualquer tipo de persona que for designado. Se um dia houve a dúvida acerca da capacidade do ator em explanar o excêntrico que constrói e caracteriza Wonka, ela foi sanada logo na primeira cena do longa. Há de se pensar com o coração quentinho que assim como a geração X cresceu com Gene Wilder como Willy no imaginário, e a Z, com Depp, as crianças da nova geração crescerão com Timothée Chalamet sendo o chocolatier mágico em sua interpretação mais angelical. 

“Wonka” revisita aquela nostalgia gostosa que ilumina nossa criança interior 

Ao assistir ao musical, saí do cinema com os olhos marejados e tomados por minha criança interior, com o coração cheio de luz e esperança. Este foi o maior efeito do filme em mim. Desde o figurino, passando pelas músicas e toda a magia que King sabe fazer como ninguém, fora o produtor David Heyman, responsável simplesmente pela franquia “Harry Potter”, “Wonka” é uma fábrica de sonhos sem pregarmos os olhos. Inocente, atrativo e genuíno, sem ser bobo, o longa desafia o padrão acinzentado e “cult” do novo cinema e quebra as expectativas de ver algo sombrio como a obra de 2005, mas nos recorda aspectos da primeira adaptação para as telonas, como o clássico Oompa-Loompa (Hugh Grant), de pele alaranjada e cabelos verdes. 


Willy Wonka e Oompa-Loompa (Foto: reprodução/Entertainment Weekly)


Mas até mesmo a figura que mais se aproximava de servidão a Wonka toma uma forma diferente no filme de Paul. O único Oompa-Loompa da trama é de uma personalidade ousada, engraçada e ácida, destacando-se em todas as cenas em que aparece e arrancando risadas sinceras do espectador. Com a clássica canção dos anos 70, o personagem torna-se um túnel do tempo para nos levar direto para a versão original, mas seus trocadilhos logo nos trazem à tona novamente. Este é outro aspecto interessante de “Wonka”, a linha tênue entre nostalgia e novidade em que o filme caminha durante suas quase duas horas de duração, sem deixar que se caia no tédio. 

As canções e coreografias colaboram para o bom andamento do musical

Muitas vezes filmes musicais caem no erro de apresentar canções deslocadas da trama e que nada a acrescentam, mas “Wonka” não cai nesse deslize. Todas as faixas performadas no longa completam a história e acrescentam graça e delicadeza à ela em certos momentos, como o número de Noodle e Willy, que é mágica pura, ou então a tradicional canção do Oompa-Loompa. 

Como principal performer do longa, Timothée Chalamet mostra outra face sua que o público nem sabia, mas precisava conhecer. Interpretando as canções originais de Neil Hannon, o artista não derrapa na afinação e muito menos na coreografia, tudo isso combinado com uma atuação linear que não se perde em momento algum. Assim como as co-estrelas, que criam corais potentes e graciosos durante todo o filme, o preenchendo com uma musicalidade que é muito bem-vinda para a totalidade da obra.


 Timothée Chalamet como Willy Wonka (Foto: reprodução/Warner Bros. Pictures)


Conclusão: “Wonka” já nasce sendo um clássico e é tudo que você precisa pra esse natal

“Wonka” é um clássico instantâneo que já nasceu predestinado a isso. Daqueles que, mesmo sem menção direta ao natal, torna-se uma bela pedida para assistir enquanto monta a árvore daqui uns poucos anos. De uma graciosidade fora da curva que não permite que o tédio se aproxime, salpicada por muita magia, ambição e esperança, o musical é mais uma prova da versatilidade e da capacidade de passear com fluidez por qualquer que seja o gênero do grande astro do cinema da geração, o franco-americano Timothée Hal Chalamet. E do tato de Paul King para transformar fantasias em cults inquestionáveis, repetindo o feito de “As Aventuras de Paddington”, com uma dose extra de doces, sabão e sonhos. “Wonka” é como sonhar acordado e acreditar que o mundo pode ser um lugar mais mágico e menos cinza, sendo a aventura mais mágica e deliciosa que o cinema foi capaz de nos presentear este ano.

Nota: ★★★★★

 

Foto destaque: pôster de "Wonka" (Reprodução/Twitter/@wbpictures_br)

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