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[Crítica] “Tartarugas até lá embaixo” evidencia um problema real mostrando os pensamentos compulsivos de uma jovem

A adaptação do livro best-seller do autor norte-americano, John Green, explora temas como abandono, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC); confira nossa crítica

03 Mai 2024 - 23h30 | Atualizado em 03 Mai 2024 - 23h30
[Crítica] “Tartarugas até lá embaixo” evidencia um problema real mostrando os pensamentos compulsivos de uma jovem  Lorena Bueri

"São forças externas que decidem por mim. Eu sou uma história contada por essas forças externas. Sou circunstancial." - Aza Holmes (“Tartarugas até lá embaixo”)

São poucas as histórias que nos apresentam personagens tão fascinantes, em que somos transportados para dentro de suas tramas, ou neste caso, de seus pensamentos. “Tartarugas até lá embaixo”, nos convida a explorar a mente obsessiva de Aza Holmes, uma jovem de 16 anos que sofre de Transtorno obsessivo-compulsivo, também conhecido como TOC. 


Assista ao trailer de "Tartarugas até lá embaixo" (Vídeo: reprodução/Youtube/Max Brasil)


A retratação de uma condição mental na trama 

O principal ponto positivo nesta produção cinematográfica, não está em um possível romance da protagonista ou na sua forte amizade com sua melhor amiga, Daisy, mas na retratação de um transtorno mental real e que ainda é pouco falado socialmente. 

O TOC é um distúrbio mental, marcado por pensamentos e medos obsessivos que controlam a mente e impulsionam comportamentos repetitivos. Na trama, podemos ver Aza Holmes, personagem principal que Isabela Merced interpreta com maestria, perdida em vários espirais de pensamentos sobre o medo que ela sente de ser contaminada por alguma bactéria ou germes, o que leva a protagonista há ter dúvidas sobre sua identidade e autocontrole. 

A história é marcada por cenas perturbadoras e nos permite ver como Aza costuma ver o mundo da forma em que seus pensamentos intrusivos e obsessivos prejudicam a sua qualidade de vida. 

O sentimento de abandono e a superproteção

A trama vai além do TOC, explorando outros desafios na vida de Aza e como eles se interconectam, criando uma história mais profunda e significativa.

Marcada pelo luto precoce pela perda do pai, Aza enfrenta o sentimento de abandono e a superproteção da mãe em relação à sua condição patológica, criando um ambiente que limita sua autonomia. 

Conclusão: “Tartarugas até lá embaixo” acerta ao tornar Aza Holmes o grande destaque do filme

Apesar do contexto da história se basear no desaparecimento de um milionário e na busca de Aza e Daisy por uma pista sobre o paradeiro do sujeito para ganhar uma recompensa de 100 mil dólares. A produção habilmente desenvolve essa premissa sem muitos rodeios, mas oferece uma solução fácil e sem explicação. Contudo, o filme acerta ao tornar Aza Holmes o grande destaque, evidenciando um problema real que afeta a capacidade do indivíduo de controlar os seus próprios pensamentos. 

Nota: ★★★★ 4/5

Foto destaque: Cartaz do filme "Tartarugas até lá embaixo". (Reprodução/Divulgação/Max)

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