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[Crítica] “Moana 2” é menos marcante, mas continua encantador

Uma das grandes animações de 2024, a sequência de "Moana - Um Mar de Aventuras" (2016), chega hoje (28) aos cinemas brasileiros; confira nossa crítica

28 Nov 2024 - 22h15 | Atualizado em 28 Nov 2024 - 22h15
[Crítica] “Moana 2” é menos marcante, mas continua encantador Lorena Bueri

“Eu vou além. Só o tempo vai provar, mas eu juro retornar, porque eu sei quem sou: eu sou Moana” – Além (2024)

Uma das animações mais aguardadas do ano, para pouca surpresa, é mais uma sequência. Após o sucesso de “Divertida Mente 2”, que se mantém como a maior bilheteria dos cinemas em 2024, a nova aposta da Disney é“Moana 2”, que traz o retorno da navegadora depois de 8 anos, com uma nova aventura que a une com o semideus Maui. O longa, que antes seria uma série original Disney+, mantém o espírito desbravador e emocionante do original, com menos força, mas ainda carismático.

Trama de “Moana 2”

Anos após devolver e restaurar o coração da deusa Te Fiti, Moana, agora adulta, e não mais filha única, já que agora tem uma irmãzinha, está em busca de novos povos ao redor do oceano que beira a ilha em que vive. Após receber um chamado ancestral de um dos maiores navegadores que seu povo já teve, Moana sai em busca de uma ilha que foi submersa por um Deus que não queria a união das aldeias, para conseguir erguê-la e encontrar outras civilizações além do mar. Para isso, ela reúne três amigos com habilidades distintas e reencontra por acaso seu velho parceiro de aventura, o semideus Maui.


Assista ao trailer dublado de "Moana 2" (Reprodução/YouTube/Walt Disney Studios BR)


Repetitivo, mas ainda engraçado e emocionante

“Moana 2” está longe de ser original. A trama apresentada não acrescenta grandes novidades e se prende nos modelos do primeiro filme, reaproveitando uma fórmula que fez sucesso e marcou época. A melhor adição, sem dúvidas, é o fato de Moana não velejar mais sozinha. Seus companheiros de viagem, sendo um senhor rabugento, que é agricultor, uma inventora ligada no 220V e um rapaz forte que é super fã do Maui, trazem mais humor à trama, assim como dinamizam a aventura para que ela não seja exatamente como a original, embora ainda fique claro que falta algo mais robusto para sair da sombra de seu antecessor.


Moana com seus novos companheiros de viagem (Reprodução/YouTube/Walt Disney Studios BR)


São os detalhes que salvam “Moana 2”. Os Kakamora, sim, aqueles cocos, são uma grata surpresa ao reaparecerem com maior destaque na sequência, além de Matangi, uma personagem com características dúbias que provocam o espectador a descobrir se é uma vilã ou uma vítima, desde sua expressão facial, até suas falas em um tom pouco confiável. É ela, inclusive, a responsável por um dos números musicais mais visualmente bonitos do longa – já da música, em si, não se pode falar o mesmo, já que é esquecível –.


Moana e Matangi (Reprodução/YouTube/Walt Disney Animation Studios)


Outro ponto positivo, mas diluído ao longo do oceano, são os sentimentos conflitantes da protagonista. Agora, mais madura, Moana compreende os riscos de adentrar o oceano para algo ainda mais perigoso. Ela sabe que não voltar para casa, dessa vez, pode significar o fim do seu povo e nunca mais ver sua família. No entanto, o impasse mental, que poderia render cenas mais emocionantes, vai sendo afundado mar adentro, segurando em uma boia para ressurgir vagamente vez ou outra.

Tecnicamente inferior ao antecessor; o oceano brilha menos aqui

A ideia de criar uma sequência de uma animação tão recente – além de um live-action já em fase de gravações – parece, por si só, desanimadora, pouco inspirada. O reaproveitamento da produção que seria uma série para o streaming agilizou o processo que, se começado do zero, demoraria mais. No entanto, a escolha traz consequências visíveis.

Além de ter uma qualidade gráfica inferior à obra de 2016, as divisões televisivas ficam claras aqui, com ganchos propositais para o próximo episódio. Até mesmo a cena pós-crédito segue essa lógica. Lin-Manuel Miranda também faz falta em “Moana 2”. Com músicas menos memoráveis que a já clássica “Saber Quem Sou”, apesar de números visualmente bonitos como o já citado e o psicodélico de Maui e Moana, a única canção que tem probabilidade de ainda existir na sua memória após assistir ao filme, é a nova principal, que é como uma “resposta”, à “Saber Quem Sou”, “Além”, que demonstra a insegurança da navegadora em partir para a nova viagem e a certeza de que agora, ela sabe bem quem é.


Assista ao clipe de "Além", interpretada por Any Gabrielly (Reprodução/YouTube/DisneyMusicBRVEVO)


Conclusão

“Moana 2” não supera seu antecessor, sendo uma sequência que não consegue se destacar da sombra do original, além de ser tecnicamente inferior. No entanto, a navegadora polinésia, junto a sua irmãzinha, Maui e seus novos amigos, segue sendo carismática, destemida e emocionante, conseguindo entregar uma animação que deve se tornar um novo sucesso de bilheteria da Disney.

Nota: ★★½


Foto destaque: Moana e a irmãzinha em "Moana 2" (Reprodução/YouTube/Walt Disney Studios BR)

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