![[Crítica] ‘Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1’ contempla a soberania de Tom Cruise na ação Lorena Bueri](https://lorena.r7.com/public/assets/img/postagens/post_43953.jpg "[Crítica] ‘Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1’ contempla a soberania de Tom Cruise na ação")
“Não podemos fugir do passado. Alguns de nós estão fadados a repeti-lo.”
“Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1” é extremo e cai como uma luva em 2023, ano em que os avanços das mais diferentes formas de inteligência artificial estão cada vez mais acelerados. Com uma dose de exagero nem tão irreal assim, o filme aborda a temática que se faz presente no cotidiano humano em uma dimensão cinematograficamente maior. É digno de um dos melhores filmes do ano, e um dos mais espetaculares da carreira do veterano Tom Cruise, mestre do gênero. Não é à toa a sua soberania quase absoluta na ação. “Acerto de Contas Parte 1” é a mescla perfeita dos componentes que constroem um tesouro da espionagem.
O longa-metragem acompanha o célebre espião Ethan Hunt na missão de encontrar a chave que, unida em duas partes, tem o poder de acabar com a ameaça da “entidade”, uma inteligência artificial onisciente e onipresente que está prestes a dominar o mundo. Nessa jornada, Ethan conta com aliados consagrados como Luther (Ving Rhames), Benji (Simon Pegg) e Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) e uma nova e promissora aliança que se desenrola em uma possível paixão, com a astuta e misteriosa Grace (Hayley Atwell). O sétimo capítulo da saga também marca o reencontro que demorou vinte e sete anos para finalmente acontecer, com um antigo inimigo que tem influência no ingresso de Hunt à IMF.
Assista ao trailer final de "Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1" (Reprodução/YouTube)
O ‘Acerto de Contas’ traz à superfície as dores, ira e medos de Ethan, demonstrando sua humanidade e perecidade, apesar de ser um dos mais qualificados mestres do disfarce e de combate do mundo, e é nas falhas do protagonista que mora a genialidade do filme e que se desenrola com maestria, já que ao encontrar Gabriel, a missão toma um rumo mais pessoal. Apesar das quase três horas de tela, a direção e o roteiro de Christopher McQuarrie não deixam brechas para a monotonia. As inteiriças 2h43 de filme são capazes de te manter eletrizado e com a adrenalina gritando dentro de si.
Combates não faltam. São ágeis, estratégicos e inteligentes o bastante para ludibriar o mais atento dos espectadores. Com ângulos amplos que dão mais liberdade para os jogos de câmera, MI7 não tem medo de ir além. Tom Cruise, que pulou de um penhasco com uma moto em movimento para a gravação da mais extrema cena do longa, fomenta a característica mais forte do filme: a insanidade genial.
“Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1” é um primor da ação de espionagem e do cinema enquanto sétima arte. É a mistura que anda na linha tênue entre ação, suspense, humor e romance, sem nunca abandonar os elementos que fazem de Missão: Impossível uma das mais clássicas franquias da história. E, apesar de lançado bem próximo do duelo do ano, Barbie x Oppenheimer, e os percalços no caminho como a pandemia e o adiamento de estreia, é um forte candidato a uma das melhores bilheterias de 2023 e a conquistar o público, com motivos de sobra para isso. É uma grata surpresa aos fãs da saga e supera o antecessor, de 2018. Até o presente momento, é, sem dúvidas, a melhor ação do ano, provando por A+B que Tom Cruise impera no gênero.
Nota: 10/10
Foto destaque: Pôster de 'Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1’. Reprodução/Paramount Pictures
