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Crítica: "É Assim que Acaba" traz uma jornada emocional com limitações narrativas

Baseada no best-seller de Colleen Hoover, estrelada por Blake Lively e dirigida por Justin Baldoni, a adaptação chega hoje (8) aos cinemas

08 Ago 2024 - 22h00 | Atualizado em 08 Ago 2024 - 22h00
Crítica: 'É Assim que Acaba' traz uma jornada emocional com limitações narrativas  Lorena Bueri

''No futuro, se achar que for capaz de se apaixonar de novo, se apaixone por mim.''-Atlas. É Assim que Acaba (2024)

A adaptação cinematográfica de "É Assim Que Acaba", baseada no Best Seller de Colleen Hoover, traz uma abordagem mais madura. Diferente do que muitos fãs esperavam, o filme não é sobre o romance com Atlas, mas sim sobre os relacionamentos complexos que permeiam a vida de Lily, a protagonista, interpretada por Blake Lively. A direção de Justin Baldoni, que também atua na longa juntamente com Lively. 

Trama de ''É Assim que Acaba''

A longa se desenrola predominantemente no presente, mas intercala com flashbacks da infância e adolescência de Lily Bloom (Blake Lively). Através dessas memórias, o espectador é contínuo a um passado marcado por traumas, onde Lily enfrentava os desafios de crescer em uma lar instável, com um pai agressivo que abusava fisicamente de sua mãe. No início do filme, Lily retorna à sua cidade natal após a morte de seu pai. Com uma mãe agora peculiar e excêntrica, ela revisita seu antigo quarto, um lugar que desperta nela uma onda de emoções e lembranças, reabrindo feridas do passado e trazendo à tona sentimentos há muito reprimidos.

Ao conhecer Ryle (Justin Baldoni) um neurocirurgião, Lily se sente imediatamente atraída por ele, agora morando em Boston, determinada a realizar seu sonho de abrir uma floricultura. Durante o processo de organização da loja, ela conhece Allysa, que rapidamente se torna sua melhor amiga. No fim, Lily e Ryle resultaram em um relacionamento. À medida que a relação avança, Lily começa a perceber de maneira mais clara a complexidade da situação em que se encontra, trazendo à tona memórias de sua adolescência, quando viveu um amor intenso com Atlas (Brandon Sklenar). Com o retorno desse antigo amor, Lily se vê confrontada com a necessidade de entender e considerar as verdadeiras situações de sua vida atual, levando-a a uma reflexão profunda sobre seus sentimentos e escolhas.


Assista ao trailer de "É Assim Que Acaba" (Reprodução/YouTube/Sony Pictures Brasil)


A fidelidade do longa com o livro

De modo geral, o filme apresenta uma adaptação decente, mantendo uma boa fidelidade ao livro. No entanto, enquanto na obra original os personagens são descritos de maneira que leva o leitor a imaginá-los como mais jovens e, por vezes, imaturos, a versão cinematográfica opta por retratá-los de forma mais adulta e consciente. Essa escolha parece ter sido feita com o objetivo de tornar a história mais relevante e acessível para um público mais amplo, trazendo uma perspectiva mais madura às questões complexas abordadas na trama.

Estética do filme 

Com uma fotografia cuidada e uma colorimetria bem trabalhada, o filme consegue transmitir uma estética visual que complementa a essência do protagonista. As escolhas de paleta de cores e iluminação não apenas embelezam a narrativa, mas também servem como uma extensão da jornada emocional de Lily. Em cenas que passam em seu quarto de infância, por exemplo, tons suaves e quentes evocam uma sensação de nostalgia e vulnerabilidade, enquanto em momentos mais intensos, cores mais escuras e frias refletem a tensão interna da personagem ou até seu momento atual na vida . 

Conclusão 

Tocante, a história se apoia em clichês genéricos e previsíveis, o que pode diluir parte de seu impacto emocional. Ainda assim, o enredo é bem construído e consegue manter a coesão narrativa, abordando temas delicados como relacionamentos tóxicos e a força necessária para superá-los. No entanto, a exploração dessas muitas vezes precisa da profundidade que eles merecem, deixando uma abordagem de certos gatilhos emocionais em aberto e variando a intensidade da experiência de acordo com as vivências pessoais de cada espectador. O maior destaque do filme é o desenvolvimento da personagem de Lily, que é uma jornada explorada com mais nuances e profundidades. Seu arco narrativo se sobressai, oferecendo uma visão mais detalhada de suas emoções e decisões, embora o filme como um todo pudesse se beneficiar de uma exploração mais rica dos demais personagens e temas.

Foto destaque: foto promocional do filme (Foto: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

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