A ONU publicou nesta quarta-feira (23) um relatório sobre violência contra mulheres, eles apontam que 56% de cerca de 81 mil assassinatos de mulheres são feitos pela própria família ou por parceiros.

São mais de cinco mulheres sendo mortas por hora pela própria família ou parceiros.

A ONU também aponta que assassinatos de mulheres motivados pelo seu gênero, conhecido como feminicídio, pode ser um número muito maior. Já que quatro em cada 10 mortes no ano passado não foram consideradas feminicídio por falta de dados.

A Ásia foi considerada o continente com o maior número contra mulheres motivados pelo gênero, com cerca de 17 800 de mortes por feminicídio vindo do continente, o que equivalente a 40% dos casos no mundo todo. Em seguida, vem o continente da África com 17200; Américas com 7500; Europa com 2500; e Oceania com 300.

A África foi considerada o continente de maior risco de feminicídio por proporção, com número estimado em 2,5 para cada 100 mil mulheres. Seguido de 1,4 nas Américas; 1,2 na Oceania; 0,8 na Ásia; e 0,6 na Europa.

O isolamento e a Covid-19 aumentaram o número dos feminicídios na América do Norte e em partes da Europa, segundo o levantamento.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021 uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas. Este relatório também aponta que em 2020 houve aumento do número de casos entre fevereiro e maio, devido o isolamento e a Covid-19, mas que em 2021 o número diminuiu de 1351 para 1319.

_{Caso de Daniella Perez volta a ser repercutido. Antônio Batalha/Folhapress}

Um dos casos mais conhecido de violência contra mulher, é o da Daniella Perez, assassinada em 1992 vítima de 18 punhaladas, a maioria na região do coração. Em 1997, Guilherme de Pádua Thomaz e sua esposa na época, Paula Nogueira Thomaz – atualmente Paula Nogueira Peixoto – foram condenados pelo seu assassinato.

O caso voltou a ser repercutido, com a morte de Guilherme de Pádua no dia 6 de novembro por infarto.

Embora seja um crime contra uma mulher, o caso não é considerado um feminicídio por ter acontecido em 1992 e pelo feminicídio ter sido introduzido em 2015 no código penal.

Foto em destaque: ONU alerta sobre o número de casos feminicídio no mundo. Reprodução/iStock 

Foi confirmado neste sábado (26) a morte de Flavia Amoss Merçon Leonardo, de 38 anos, mais uma vítima dos ataques das escolas de Aracruz, Espírito Santos.

Flávia era professora da primeira escola a ser atacada, a Escola Estadual Primo Bitti.

O ataque aconteceu nesta sexta-feira (25), quando um atirador de 16 anos entrou por volta das 9h30 na Escola Estadual Primo Bitti, e em seguida foi em direção escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral. Ele conseguiu fugir depois do ataque, mas foi preso na tarde do mesmo dia.

O atirador estava portando na hora do crime duas armas – uma pistola .40 e um revólver – que pertencem ao seu pai, um policial militar. A pistola .40 pertence ao Estado e usada no trabalho do policial militar, enquanto o revólver era de uso particular do pai do atirador.

Segundo a Polícia Civil, o atirador planejava o ataque há dois anos. Ele tinha estudado até o meio deste ano na Escola Estadual Primo Bitti, saído por não ter conseguido se adaptar a rotina da escola. A polícia acredita que ele tinha sido autor das ameaças que a diretora e um professor da escola vinham sofrendo.

Maria da Penha Banhos, 48 anos, Selena Zagrillo, 12 anos, e Cybelle Bezerra, 45 anos, foram mortas durante os ataques. Reprodução/Redes Sociais

Até o momento, quatro pessoas morreram e outras 12 ficaram feridas. Segundo a Secretária da Saúde do Espírito Santo, seis dessas vítimas feridas estão em estado grave, entre elas duas crianças e três professoras.

Os corpos da estudante Selena Zagrillo, de 12 anos, e da professora Maria da Penha Banhos, de 48 anos, foram enterrados na tarde deste sábado (26). O corpo de Cybelle Bezerra, 45 anos, foi cremado e levado para Pernambuco, estado onde a família da professora mora.

Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, decretou luto de três dias pelas vítimas.

A Polícia Civil relatou que o atirador vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e 10 tentativas de homicídio.

Foto em destaque:  Flavia Amoss Merçon Leonardo, quarta vítima dos ataque em Aracruz. Reprodução/Redes Sociais

Hebe de Bonafini morreu neste domingo (20) aos 93 anos na Argentina.

Hebe foi a líder da Associação Mães da Praça de Maio, um movimento de mãos da década de 70 que protestava em busca de respostas sobre os filhos que desapareceram durante o período de ditadura da Argentina. Causa da morte não foi divulgada.

No ano de 1977 seus dois filhos foram sequestrados. Primeiro Jorge Omar em La Plata e depois Raúl Alfredo em Berazategui. No mesmo ano, 14 mães já tinham se reunido na Praça de Maio, em frente a sede do governo, para buscar por respostas sobre os seus filhos.

Em 1978, sua nora María Elena Bugnone Cepeda, esposa de Jorge, também é sequestrada. No mesmo ano o grupo de mães que se reunia toda quinta-feira na Praça de Maio virou uma associação.

Em 1979, Hebe de Bonafini virou a presidente da associação, passando a se tornar um símbolo para a luta a favor da democracia e pelos direitos humanos.

Mesmo depois de 40 anos, a associação ainda não possui respostas para os desaparecimentos dos seus filhos e mantém os encontros as quintas-feiras na Praça de Maio.

_{Tweet feito pelo presidente argentino Alberto Fernándes em homenagem a Hebe. Reprodução/twitter}

O presidente da Argentina, Alberto Fernándes, decretou luto de três dias. Em suas redes sociais ele postou uma homenagem para a militante: “Com a partida de Hebe de Bonafini perdemos uma lutadora incansável. Exigindo verdade e justiça junto as Mães e Avós, enfrentou os genocidas quando o sentimento coletivo comum foi em outra direção. Com enorme carinho e sincero pesar, eu me despeço. Até sempre Hebe”.

_{Tweet feito pela vice-presidente Cristina Kirchner em homenagem a Hebe. Reprodução/twitter}

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fez outra postagem em suas redes socais sobre Hebe, ela escreveu: “Queridíssima Hebe, Mãe da Praça de maio, símbolo mundial da luta pelos direitos humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no dia da soberania nacional… Não deve ser consciência. Simplesmente Obrigada e até sempre”.

O presidente eleito Lula também foi as redes sociais lamentar a morte de Hebe. Na sua postagem, Lula cita Hebe como um exemplo para os que acreditam em um mundo mais diplomático.

Foto em destaque: Hebe de Bonafini em protesto na Argentina pelos direitos humanos. Eduardo Di Baia/AP, File. 

Ex mulher do presidente do PL Valdemar Costa Neto, Maria Christina Mendes Caldeira, fez uma live no instagram nesta terça-feira (15), onde relatou que Michelle Bolsonaro foi uma “peguete” de Valdemar.

Esta não foi a única denúncia que ela fez durante a live. Na live, ela diz que possui documentos antigos da época da lava jato e atuais de Valdemar, assim dos de uma suposta evasão de divisas e sonegação dos Bolsonaros, mas que o mais grave é ele contestar a democracia.

Em uma parte da live ela diz “Você estar pronto? Você estar fazendo isto, você estar pronto para ir para a cadeia de novo? Eu não acredito, entendeu? Um cara que foi preso, se refez, vai se enfiar em meleca de novo, vai preso de novo, você acha que o que? Você acha que vai manter este partido? Você acha que vai bater de frente com a democracia e vai manter este partido? Com o seu passado que é uma sujeirada danada. Porto de Santos, aeroporto, tráfico de droga”.

_{(Gravação da live em que Maria Christina Mendes Caldeira fala do seu ex-marido Valdemar Costa Neto. Reprodução/twitter)}

Segundo ela, Valdemar se referia a Bolsonaro como “baixo clero e burro” e que Michelle Bolsonaro tinha sido uma “peguete” do seu ex-marido depois dela.

Sobre Bolsonaro ela disse “desde que ele perdeu a eleição estar no sofá, vendo Netflix e picotando documento, ou tentando dar pau em computador tentando apagar as coisas que ele aprontou”.

Maria Christina também relatou que planeja ir Washigton, onde ela participará de reuniões e entregará documentos para a comissão dos direitos humanos, onde ela relata que acredita que Valdemar anda apoiando situações paramilitares, assim como documentações sobre um suposto coronel que Valdemar dizia que “apagava quem fosse” e sobre uma investigação em uma feira do bom retiro.

Em 2011, Maria Christina denunciou o ex-marido durante o escândalo do mensalão. O seu depoimento foi um dos responsáveis pela condenação de Valdemar, que foi condenado a oito anos de prisão.  

Foto em destaque: Bolsonaro com Valdemar Costa Neto. Reprodução/twitter

Um Airbus 320 que estava pronto para decolar atingiu um caminhão e pegou fogo no Aeroporto Internacional de Jorge Chavez em Callao, Peru, nesta sexta-feira (18). O avião tinha como destino Juliaca, cidade no sudeste do Peru.

_{Momento em que o avião colide com o caminhão. Reprodução/twitter.}

Dois bombeiros que estavam no veículo atingido morreram e um outro bombeiro sofreu traumatismo craniano, os dois bombeiros que morreram foram identificados como Ángel Torres e Nicolás Santa Gades. Os óbitos foram inicialmente negados pela Latam, mas confirmados em seguida pela administradora do aeroporto, Lima Airport Partners.

A Latam inicialmente também negou que os 102 passageiros e 6 tripulantes tenham se ferido, mas o Ministério da Saúde do país relatou que 20 passageiros ficaram feridos.

Em nota, a Latam anunciou que uma investigação com autoridades competentes estar sendo feita e que ativou um plano de emergência para prestar assistências aos passageiros.

Manuel van Oordt, gerente da empresa aérea, informou que o avião estava autorizado para decolar e que eles desconhecessem o motivo para o caminhão ter entrado na pista naquele momento. Já o porta-voz dos bombeiros informou que a corporação está ajudando nas investigações e que assumirá a responsabilidade caso seja provado que os bombeiros do caminhão foram os responsáveis pelo acidente.

_{Passageiro registra avião pegando fogo. Daniel Cajavilca/twitter}

Alguns vídeos e fotos feitas pelos passageiros durante e depois do acidente viralizaram nas redes sociais. Em uma postagem, um casal tira uma selfie com o avião ao fundo depois de as chamas terem sido apagadas, com a legenda “Quando a vida te dar outra oportunidade”. Em outra foto tirada dentro do avião, é possível ver pela janela uma das assas pegando fogo.

_{Casal posta foto com a legenda: “quando a vida te dar uma segunda oportunidade. Enrick Varsi-Rospigliosi/twitter.}

O presidente do Peru, Pedro Castillo, expressou as suas condolências pela morte dos dois bombeiros envolvidos no acidente e desejou uma boa recuperação para os feridos.

Latam, bombeiros, ministério público e aeroporto participam da investigação.

Foto destaque: Avião pegando fogo após a colisão. Reprodução/twitter.

Filha de Kim Jong-Un, fez a sua primeira aparição pública nesta sexta-feira (18) para o teste de lançamento de um novo tipo de míssil intercontinental.

Rumores sobre a existência da filha começaram em 2012, quando Ri Sol Ju, esposa de Kim Jong-Un, apareceu usando um longo casaco e a mídia supôs que ela estaria escondendo uma barriga de gravidez. Em 2013, o ex-jogador de basquete Dennis Rodman confirmou que conheceu a Ri Sol Ju e o seu bebê, Ju Ae, além de descrever o líder coreano como um bom pai.

De acordo com o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, Kim Jong-Un possui três filhos.

A aparição de sua filha pela primeira vez pode ser tanto para passar uma imagem de uma família unida e feliz, como também um sinal que ela está sendo preparada para assumir o poder quando o seu pai se afastar, pois, a Coreia do Norte possui um sistema ditatorial hereditário. Era discutido entre especialistas a possibilidade de Kim Yo-jong de assumir o poder depois do seu irmão Kim Jong-Un. 

_{Kin Jong-Un anda junto com a sua filha, ao fundo o míssil intercontinental. KNCA/Reuters} 

O míssil disparado neste mesmo treinamento caiu no mar cerca de 210 quilômetros de distância da costa oeste da ilha japonesa Oshima Oshima, na província de Hokkaido.

Segundo as autoridades japonesas, o tipo de míssil que estar sendo testado pode carregar ogivas nucleares e viajar 15 mil quilômetros, colocando em risco os Estados Unidos.

Neste sábado (19) Kim Jong-Un mais ameaças. Pela agência estatal de notícia da Coreia do Norte, Kim afirmou que “responderá aos mísseis nucleares com armas nucleares e a um confronto total com um confronto generalizado”.

Atualmente, os Estados Unidos trabalham junto com Japão e Coreia do Sul tentando proteger a região de possíveis ataques. A resposta dos Estados Unidos para os testes de mísseis coreanos foi a ampliação dos exercícios militares com a Coreia do Sul e o envio de avião-bombardeiro estratégico.

Foto em destaque: Kim Jong-Un com a sua filha, esposa e um oficial do exército. KNCA/Reuters

Com a Copa do Mundo do Catar chegando, mais e mais seleções protestam contra a escolha da sede.

Um dos casos mais conhecidos é o da Dinamarca, onde a cor dos seus uniformes, logos de patrocinadores e escudo são uma só. Hummel, a fornecedora dos uniformes, relatou que a decisão é um protesto contra o Catar, como eles não querem ser visíveis em um torneio que vai contra os seus direitos humanos.

Além disto, o terceiro humano foi feito na cor preta por ser a cor do luto, ao mesmo tempo que eles apoiam a seleção dinamarquesa, eles repudiam que a sede do torneio seja um país vá contra os direitos humanos e o tratamento que os trabalhadores imigrantes sofreram durante a construção dos estádios.

_{Apresentação dos uniformes monocromáticos da Dinamarca, onde as logos dos praticinadores e escudo da seleção não ficam visíveis. Reprodução/Instagram} 

Como resposta, a FIFA proibiu o uniforme de treino da Dinamarca com os dizeres “direitos humanos para todos” na barriga.

Outras seleções também se preparam para fazer proposta anti-homofobia no Catar, onde a homossexualidade é considerada crime. Os capitães das seleções da Inglaterra, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Alemanha, Suíça e País de Gales pretendem usar uma braçadeira do movimento “OneLove” com um coração com as cores do arco-íris.

Embora Noruega e Suécia não estejam classificadas para a Copa do Mundo, elas fazem parte do movimento e usam o símbolo em outras competições.

Ainda não se sabe se a ideia da braçadeira “OneLove” irá adiante ou se a FIFA irá proibir o seu uso.

_{Novo escudo dos Estados Unidos para a Copa do Mundo. Carl Recine/Reuters}

A seleção dos Estados Unidos também anunciou o seu novo escudo, onde as listras vermelhas passaram a ser as cores do arco-íris, a nova logo será usada no centro de treinamento e conteúdos da seleção dos Estados Unidos.

Em uma entrevista polêmica para à emissora alemã ZDF, o ex-jogador e embaixador do Catar Khalid Salman disse que a homossexualidade é um “transtorno mental” e que os turistas precisam aceitar as leis locais.

Catar vem sendo alvo de denúncias desde que foi escolhida para sediar a Copa do Mundo, um dos pontos criticado é a situação análoga à escravidão de trabalhadores imigrantes. Segundo a Anistia Internacional, o Catar possui dois milhões de trabalhadores imigrantes, aonde parte deles trabalha para fazer a Copa do Mundo acontecer, seja em estádios ou infraestruturas.

Mesmo com a proibição do Kafala – sistema adotado por parte do Conselho de Cooperação do Golfo, onde indivíduos ou empresas “patrocinam” trabalhados imigrantes em seus países, estes indivíduos ou empresas pagam pelo transporte e moradia, mas este sistema deixa os trabalhadores vulneráveis a exploração, já que eles precisam da permissão destes “patrocinadores” para sair se transferir, deixar o emprego ou sair do país – no Catar em 2020 e com a criação de leis trabalhistas, como pagamento por hora de trabalho e horas máximas que se pode trabalhar sob o sol no verão, a Anistia Internacional acusa o país de não colocar as leis em práticas, com os trabalhadores ainda presos em uma situação parecida com o kafala e fazendo longas horas de trabalho; de não investigar as mortes de milhares de trabalhadores imigrantes; do impedimento ao acesso à Justiça do país; de não fiscalizar as condições de trabalho; e como os empregadores cobram para taxas a trabalhadores, que acabam trabalhando de graça até cumpri-las.

O ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter, admitiu que a escolha do Catar para a Copa do Mundo foi um erro, para ele o Catar é um país pequeno demais para algo tão grande como o futebol e a Copa.

Foto destaque: Braçadeira do movimento “OneLove“. Reprodução/KNVB Media.