Sobre Thalita Camargo

Jornalista na editoria de Celebridades no site Lorena R7.

Vaca louca: Após caso confirmado da doença, Brasil suspende exportação de carne à China

O Ministério da Agricultura (MAPA) informou na última quarta-feira (22), que suspendeu, temporariamente, as exportações de carne bovina para a China, após a confirmação de um caso da “Vaca louca” em Marabá (PA).


Criação de gado (Foto: Reprodução/Brazil Journal)


Segundo o ministério, a medida começou a valer hoje, quinta-feira (23), e é parte do protocolo sanitário oficial. A Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) recebeu amostras de um boi de 9 anos, para estudar se o caso é atípico.

Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse não saber quando as exportações de carne para o país asiático retornarão. “Não podemos prever quantos dias, mas os protocolos são seguidos. Quero crer que antes da visita do presidente Lula à China, (prevista em março), o caso será solucionado”.

Fávaro ainda afirmou que “todas as providências estão sendo adotadas imediatamente para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida”, da carne nacional.

O produto para consumo interno não é afetado, de acordo com o ministério da Agricultura e Pecuária.

A China e o Brasil assinaram em 2015 um protocolo sanitário que estabelece um autoembargo para a exportação à Ásia diante de casos da vaca louca. Ou seja, quando uma doença é confirmada, o governo brasileiro suspende automaticamente as exportações.

O embargo é temporário, mas sua duração é definida pela China, maior compradora do produto brasileiro.

Após o último caso confirmado da doença no Brasil, em 2021, as exportações ficaram suspensas por quase quatro meses, e o preço das exportações caiu 20%  no período. Já em 2019, um outro caso foi confirmado e o embargo durou 13 dias.

Desta vez, o ministério disse que o boi criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada após o resultado.

 

Foto destaque: Caso da vaca louca – Reprodução/ Agência Brasil

Entenda sobre a Demência Frontotemporal, doença que afeta o ator Bruce Willis

O ator Bruce Willis foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). A condição foi confirmada por familiares em comunicado divulgado nas redes sociais na última quinta-feira (16).


Demência frontotemporal (Foto: Reprodução/ Wikipédia)


Bruce já havia se aposentado, em 2022, devido a afasia: distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de linguística. Porém, isso já era um dos sintomas da demência frontotemporal.

Demência Frontotemporal:

Segundo a médica neurologista Helena Fussiger, a DFT trata-se de uma doença neurodegenerativa que causa a perda progressiva das funções cerebrais e não possui cura.

Fussiger destaca que a afasia pode ocorrer por acidentes no cérebro ou tumores que atingem áreas cerebrais de linguagem.

“O principal é o tratamento sintomático e multidisciplinar (médicos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e musicoterapeutas”. Apesar de a maioria das demências serem marcadas por acúmulo de proteínas anormais no tecido cerebral, cada uma delas tem um tipo específico (ou mais de um0 de proteína, sendo essa a marca da doença. A DFT também é uma demência mais rara e tem um componente genético (hereditário) mais significativo que o Alzheimer, por exemplo”, explica.

A condição abrange uma série de doenças e sintomas, que progridem. Entre elas estão: Personalidade alterada; Comportamento social prejudicado; Dificuldade da regulação das próprias emoções e impulsos.

De acordo com o neurologista com especialização em neuro-oncologia do Hospital Albert Sabin, Leonardo de Sousa Bernardes, o paciente pode apresentar delírios e até sentir a sensação de que está sendo perseguido. As atitudes de quem lida com a condição começam a transitar entre os extremos: ou ocorre uma alta desinibição ou apatia e depressão.

Para concluir um diagnóstico é necessário analisar os sintomas que o paciente apresenta e realizar uma série de exames complementares de imagem, como tomografia, ressonância e PET para confirmar a hipótese e excluir outras causas.

Foto destaque: Bruce Wilis. Reprodução/Yahoo Vida e Estilo

Mortes de Yanomami cresceram 331% durante governo Bolsonaro

O percentual de mortes por desnutrição de indígenas yanomami aumentou em 331% nos quatros anos de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O crescimento observado está registrado em dados da Lei de Acesso à informação (LAI).


Indigenas yanomami altamente afetados pela desnutrição ( Reprodução/Amazonas Atual)


Entre 2019 e 2022, 177 indígenas yanomami morreram por consequência de algum grau de desnutrição, segundo o Ministério da Saúde. Nos quatro anos anteriores foram computadas 41 mortes. Os números podem ser ainda maiores, já que os dados de 2022 ainda não foram contabilizados.

Nas últimas semanas, o governo federal decretou estado de emergência devido ao agravamento das condições de saúde dos grupos yanomami. A decisão foi tomada após imagens de indígenas desnutridos serem altamente compartilhadas e giraram pelo mundo. As informações divulgadas pelo Ministério da Saúde mostram a quantidade e causas das mortes registradas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). As informações vão dos anos de 2013 a 2022.

Em 2013 e 2014, os óbitos por desnutrição dentro do grupo indígena totalizaram oito e seis, respectivamente. Na soma dos quatro anos seguintes (2015-2018), o total foi de 41. Na gestão de Jair Bolsonaro, o número alavancou para a casa de 177.

Em 2018, foram sete mortes registradas por algum grau de desnutrição. Em 2019, esse número subiu para 36. No ano seguinte, o número foi para 40 e atingiu o pico em 2021, quando 60 yanomami morreram por algum tipo de desnutrição.

Em 2022, ano onde os dados ainda estão sendo contabilizados, o número de falecimentos causados pela desnutrição chegou a 40, até o momento.

Ainda segundo as informações, no ano de 2022, a desnutrição foi a segunda maior causa de mortes entre os povos de etnia yanomami, ficando atrás apenas para as pneumonias, estas que somaram 70 óbitos e que também estão ligadas a condições precárias de saúde e de condições de vida.

Foto destaque: Povos indigenas de etnia yanomami. Reprodução/Outras palavras.

Tarcísio derruba exigência do Passaporte da vacina em São Paulo

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou um projeto de lei que derruba a exigência da vacinação contra a covid-19 para o acesso a locais públicos e privados. A decisão foi assinada na terça-feira (14) e publicada no Diário Oficial do Estado de São Paula na quarta-feira (15).


Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)


“Fica proibido exigir comprovante de vacinação contra a covid-19 para acesso a locais públicos ou privados”, afirma o documento.

Ainda de acordo com o governo estadual, não haverá a obrigatoriedade de apresentação do certificado vacinal para ter acesso a esses locais, exceto aos profissionais de saúde.

“Uma vez que eles podem ter contato com imunossuprimidos, trabalhadores em instituições para idosos, profissionais em contato com crianças portadoras de doenças crônicas e mulheres grávidas, considerando que estas pessoas estão mais propensas a desenvolver formas graves de covid-19”, disse.

Prometida durante a campanha eleitoral, a medida vai em contramão aos planos do governo federal, que defende todo o esforço para ampliar a vacinação, inclusive com a obrigatoriedade das aplicações para receber benefícios, como o Bolsa Família. O direito ao programa depende da imunização dos filhos dos beneficiários.

Segundo Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde, a decisão não vai de encontro ao apoio contra a vacinação. “A Secretaria de Saúde e o governo de São Paulo são favoráveis à vacina e entende que ela é o melhor instrumento que une custo e efetividade para a prevenção de doenças. O que está em discussão é a apresentação do comprovante em determinadas situações”, explica.

Segundo Tarcísio, o objetivo agora é de orientar a população sobre a necessidade de manter a cobertura vacinal acima de 90%. “São Paulo atingiu os mais altos índices de cobertura vacinal do país. Mais de 90$ da população foi imunizada. Esse resultado é fruto da conscientização das pessoas sobre a importância da vacinação. Por isso, vamos reforçar esse trabalho com a realização de campanhas de vacinação para todas as idades, com informação clara e precisa, além de disponibilizar a vacina para todos”, completou.

A lei entrou em vigor na última quarta-feira (15).

 

Foto destaque: Tarcísio de Freitas – Reprodução/PortalFGV

Sigilo de cartão de vacina de Bolsonaro pode ser derrubado nos próximos dias

A Controladoria Geral da União (CGU) pode retirar o sigilo sobre o cartão de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos próximos dias.


Controladoria Geral da União (Foto: Reprodução/Portal Gov.br)


Bolsonaro já afirmou diversas vezes que não se vacinou contra o Coronavírus. Durante seu governo, o ex-presidente decretou sigilo de 100 anos em seu cartão de vacinação.

A ordem foi decretada depois de um pedido de  acesso via LAI, pelo jornalista Guilherme Amado. Ao profissional, a Presidência informou que o decreto foi baixado porque os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do ex-presidente.

A solicitação de acesso foi realizada diante das declarações de Bolsonaro de que não se imunizaria contra a covid-19. Ele teve o resultado positivo para o vírus em 7 de julho de 2020. Em 25 de julho, depois de 3 exames, afirmou que estava curado.

Em setembro do ano passado, durante uma live, Bolsonaro defendeu o uso do sigilo. “O que eu decretei 100 anos de segredo, que está garantido em uma lei no tempo da Dilma, é o meu cartão de vacina. Eu tenho direito (…) A minha vida particular não deve satisfação a ninguém”, disse.

O ministro Vinicius de Carvalho, da CGU, declarou no começo de fevereiro que divulgaria dados do sigilo nas próximas semanas.

Além do cartão de vacinação do ex-presidente, entre as informações que serão divulgadas estão dados sobre o processo administrativo contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (PL); as visitas dos filhos de Bolsonaro ao Planalto; e os gastos com motociatas. Ao todo, serão avaliadas pela Controladoria 234 negativas a pedidos de informação.

Carvalho avaliou que “foi feito um uso exacerbado” do recurso do antigo sigilo, que colocou segredos de 1 século em inúmeras informações. O ministro havia anunciado, em seu discurso de posse, a criação de um grupo para avaliar os casos.

 

Foto destaque: Jair Bolsonaro – Reprodução/Agência INFRA

78% das crianças Yanomami saíram da desnutrição grave, após monitoramento médico

As crianças da tribo Yanomami que foram encontradas com alto grau de desnutrição e são, atualmente, acompanhadas pela Casa de Apoio á Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista (RR), já ganharam peso.


Crianças Yanomami (Foto: Reprodução/BBC)


O resultado positivo foi divulgado na última terça-feira (14) e inclui 78% dos internados. Ao todo, são 14 dos 19 curumis (nome pelo qual as crianças da etnia são chamadas pelas equipes de saúde). Todos têm entre seis meses e cinco anos de idade e seguem evoluindo do estágio grave de desnutrição, para o moderado.

Mesmo sendo apenas uma pequena parcela da população total de crianças desnutridas, é um sinal positivo de que o empenho das equipes de saúde e as estratégias adotadas, até o momento, funcionam e podem ser replicadas.

Mariana Madruga, integrante do grupo de trabalho e de nutrição do COE-Yanomami explica qual será o próximo passo, a partir de agora.

“A avaliação é positiva tendo em vista que esse número de crianças que foram acompanhadas conseguiu ganhar peso nesse pouco tempo utilizando os protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde para tratamento com as fórmulas. O próximo passo é ampliar esse tratamento para que possamos fazer a recuperação na Casai nos polos-base”, explica.

Duas decisões foram centrais para o sucesso dessa primeira batalha frente à desnutrição infantil gravíssima: A escolha pela suplementação com a fórmula preconizada pelo Ministério da Saúde, seguindo as diretrizes nacionais do SUS e o acompanhamento permanente dos pacientes dentro das instalações da Casai.

“Felizmente a gente conta também com o apoio de antropólogos que auxiliaram nos procedimentos necessários para atender essas crianças dentro do Casai. A adesão ao tratamento é um desafio considerando que (o uso desse tipo de alimento) não é parte da cultura deles, isso é desafiador. Mas as equipes fizeram a busca ativa dentro da Casai para que as fórmulas fossem administradas adequadamente dentro dos intervalos, algumas de três em três horas e outras de quatro em quatro horas. Tem sido um desafio, mas a gente já tem bons resultados no aumento de peso dessas crianças menores de cinco anos”, Concluiu Madruga.

A próxima etapa é a ampliação do tratamento infantil na Casai, evitando remoções para quem puder ser atendido dentro do território Yanomami. Isso deve acontecer de maneira gradual conforme sejam ampliados os quantitativos de profissionais. Os quadros gravíssimos seguem sendo atendidos nos hospitais de referência da região.

Foto destaque: Crianças Yanomami. Reprodução/BBC

Lula anuncia retomada do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na última terça-feira (14) a retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), durante uma cerimônia em Santo Amaro (BA).O objetivo do governo é contratar dois milhões de habitações até 2026.


Programa Minha Casa, Minha Vida (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)


Também foi anunciada a entrega de 2.745 moradias finalizadas em diversos estados do país.  Pra serem atendidos pelo programa, as famílias precisam preencher requisitos sociais e de renda, além de não possuírem moradia no nome.

Durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o programa havia sido substituído pelo Casa Verde e Amarela.

Neste início, há o retorno da “Faixa 1”, que é o financiamento para famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antes, o limite de renda era de R$ 1.800.

O Governo Federal planeja que 50% das unidades habitacionais sejam entregues a esse público. De acordo com a administração, “historicamente”, o subsídio para esse grupo de famílias varia de 85% a 95% do valor das moradias.

Segundo o Planalto, haverá também a “ampliação da inclusão da locação social, possibilidade de aquisição de moradia urbana usada e a inclusão de famílias em situação de rua no programa”.

Rui Costa, Ministro da Casa Civil, diz que novas diretrizes serão incluídas no programa.

“Vão entrar novas especificações de casas e apartamentos. O valor de unidade será maior para ter mais qualidade, mas também abriremos possibilidade de parcerias com governadores e prefeitos para construção das casas (em municípios) abaixo de 50 mil habitantes”, explica.

Costa também afirmou durante o evento, que no início de março, o governo vai apresentar um novo “Bolsa Família”. No mesmo período, será retornado o planejamento de obras de educação.

“São quatro mil obras paralisadas no Brasil, de escolas e de creches. Todas serão finalizadas neste ano”, concluiu sem divulgar valores, ou metragens.

A administração federal prevê a retomada de 37,5 mil obras em 2023. Para os próximos anos, há o planejamento para que 32 mil unidades sejam entregues.

Foto destaque: Lula em Santo Amaro. Reprodução/Poder 360

Após terremoto, número de mortes na Turquia e na Síria passa de 37 mil

O número de mortes causadas pelo terremoto que atingiu a Turquia e a Síria, na última segunda-feira (6), chegou a 37.357, de acordo com os dados oficiais atualizados nesta segunda-feira (13).


Terremoto (Foto: Reprodução/Poder 360)


O tremor de 7,8 graus de magnitude provocou 31.643 mortes no sul da Turquia e 5.714 na Síria, segundo a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). O sexto maior terremoto já registrado no mundo.

Também nesta segunda, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a tendência é que a busca por sobreviventes esteja chegando ao fim e o foco deve voltar a ser de garantir abrigo e condições básicas aos sobreviventes.

Mesmo com a decisão, nesta madrugada uma menina de quatro anos e uma mulher foram resgatadas com vida debaixo dos escombros.

A Turquia afirmou que está iniciando processos judiciais contra 130 pessoas que, supostamente, participaram de incorporações de imóveis que foram mal construídos, sem seguir regras de engenharia que poderiam torná-los mais resistentes a tremores.

Bekir Bozdag, ministro da Justiça do país, disse que três pessoas já foram presas e aguardam julgamento; sete foram detidas e outras sete foram impedidas de deixar o país.

Bozdag prometeu punir todos os responsáveis, e os promotores iniciaram a coleta de amostras de edifícios para testar os materiais utilizados nas construções. Apesar da grande magnitude do terremoto, grande parte dos moradores da Turquia estão culpando a má construção por multiplicar a devastação.

Na Síria, tanto o governo, como a organização de socorristas Capacetes Brancos, deixaram de atualizar o balanço de mortos e feridos.

Outras fontes citaram números mais elevados, como é o caso do Governo de Salvação, da Aliança Islâmica Organismo da Libertação do Levante, que é responsável por controlar boa parte da província noroeste síria de Idlib. Segundo o grupo, nas regiões de domínio, há mais mortes do que foram reportadas.

Foto destaque: Terremoto. Reprodução/Brasil de Fato

Assessores de Biden afirmam à delegação de Lula que China espia instalações militares americanas

Auxiliares diretos do presidente Joe Biden sustentaram na última sexta-feira (10) que os objetos voadores identificados nos Estados Unidos e no Canadá tinham um objetivo: Espionar instalações militares e coletar informações estratégicas para a China.


Suposto balão de espionagem chinês (Foto: Reprodução/Olhar Digital)


A afirmação foi feita na Casa Branca durante conversas reservadas com o governo brasileiro. Biden e Lula, porém, não trataram do assunto durante a reunião que tiveram no Salão Oval.

O Planalto e o Itamaraty seguem acompanhando o caso, mas a primeira ordem  é de manter distância da briga entre as grandes potências. Assessores presidenciais alegam que uma guerra retórica está em andamento e será utilizada por todos os políticos americanos, com o intuito de alavancar o sentimento anti-China na opinião pública.

Segundo o Pew Research Center, entre 2005 e 2022, a opinião “desfavorável” à China nos EUA subiu de 35% para 82% . Mais do que isso: Hoje essa avaliação está, praticamente, disseminada entre os eleitores democratas e republicanos.

O governo brasileiro teme que a briga entre os países se intensifique, justamente no momento em que Lula tenta criar um ambiente pró-negociação de paz entre Rússia e Ucrânia.

O secretário de Estado Americano, Antony Blinken, adiou uma viagem oficial a Pequim  após a derrubada dos objetos voadores. Na quinta-feira (09), a China afirmou ter recusado uma ligação do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.

Austin queria conversar com seu homólogo, Wei Fenghe, após o abatimento do primeiro balão, mas os chineses justificaram que a decisão foi irresponsável e não havia clima para a conversa.

Nesta segunda-feira (13), a China também acusou de espionagem os EUA, afirmando que vários balões americanos entraram em seu espaço aéreo, desde janeiro de 2022, em resposta às acusações de que Pequim enviou esse tipo de objeto para espionar o território americano.

 

Foto destaque: Joe Biden – Reprodução/InfoEscola

Lula chega ao EUA para reunião com Biden

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou no início da noite desta quinta-feira (9) aos Estados Unidos, para um encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden. A reunião está marcada para amanhã à tarde e é a primeira viagem do chefe de Estado Brasil aos EUA, desde a posse presidencial.


Lula e Biden (Foto: Reprodução/Foro Permanente de Política Exterior)


O encontro marca a retomada das relações entre os países, que em 2004 vão completar 200 anos de diplomacia.

Antes da reunião com Biden, Lula deve se encontrar com o senador democrata Bernie Sanders e com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO).

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a pauta do encontro terá a democracia; direitos humanos e meio ambiente, como temas centrais. Os dois presidentes devem discutir como os países podem continuar trabalhando juntos para promover os valores democráticos na região e no mundo.

“Queremos construir relações de parceria e crescimento entre nossos países, pelo desenvolvimento da nossa região, debater ações pela paz no mundo e contra as fake news”, escreveu Lula em uma rede social.

Os EUA são o terceiro país visitado pelo governante do Brasil, desde que tomou posse, em 1º de janeiro. Ele já visitou Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

Meio Ambiente: Segundo o secretário das Américas do Itamaraty, Michel Arslanian Neto, Lula e Biden deverão discutir uma cooperação para o desenvolvimento da transição energética, focada na passagem dos combustíveis fósseis para a eólica e hidrogênio.

Direitos Humanos: Os dois países pretendem impulsionar uma agenda sobre o tema, com o foco no desenvolvimento de uma política para povos indígenas. Estratégias para combater a fome e a pobreza também serão discutidas. Em 1º de dezembro desse ano, a presidência do G20 deverá colocar o tema “no centro do debate econômico mundial”.

Democracia: O embaixador afirmou que Brasil e EUA devem enviar uma “mensagem de forte apoio” aos processos políticos democráticos, “com o uso adequado das redes sociais e o combate ao extremismo”.

Lula deve ser acompanhado pela primeira-dama, Janja. A tarde, ela participará de um encontro reservado com a primeira-dama norte-americana, Jili Biden.

Foto destaque: Lula e Biden. Reprodução/Revista Forum