Sobre Thaís Evangelista

Jornalista no site Lorena R7.

Foguete russo mata 17 pessoas e fere mais de 30 na Ucrânia

Um bombardeio na cidade de Kostiantynivka, no leste da Ucrânia matou 17 pessoas e feriu mais de 30 na última quarta-feira (6). O foguete foi atribuído à Rússia e causou muita destruição na região. Kostiantynivka é uma cidade industrial e fica na região de Donetsk.

Diversas estruturas foram atingidas, entre elas, mercados, lojas e uma farmácia. Segundo o presidente da Ucrânia, o ataque à população foi uma resposta às vitórias ucranianas em outros campos de batalhas. Não houve pronunciamento do governo Russo, mas Kremlin — forte do governo russo — negou o ataque a civis.  

O Secretária de Estado dos EUA, Antony Blinken, apoiou a Ucrânia com um pacote de ajuda no valor de mais de US$ 1 bilhão.

O ataque

Bombardeio ocorreu durante a visita de Antony Blinken a Kiev, capital da Ucrânia. A cidade de Kostiantynivka fica a cerca de 50km de Donetsk e a 25km de Kramatorsk, esta última bem próxima da linha de frente da guerra, na região leste. 


Guerra da Ucrânia já dura 18 meses. (Foto: Reprodução/Shutterstock)


Blinken disse que irá dar à Ucrânia tudo o que precisar para se defender de forças russas, agora ou no futuro. Ele também pretende avaliar a contra ofensiva da Ucrânia, que dura três meses.

Este mal russo deve ser derrotado o mais rápido possível”, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky condenando o ataque.

No ataque, 17 pessoas morreram e 34 ficaram feridas. Entre as mortes, está um bebê. 

Bombardeio com drones

Entre os ataques na Ucrânia, estão aeroportos destruídos, portos, estações de trem e bases navais. Kiev não comenta muito sobre seus ataques ao território russo, mas acredita-se que a Ucrânia aumentou o uso de drones para atacar a Rússia, como parte de sua estratégia de contra ofensiva, dificultando o abastecimento das tropas de Moscou. 

A guerra entre Ucrânia e Rússia já dura 18 meses. Neste ano de 2023, a Ucrânia intensificou bombardeios por meio de drones e em um ano contabilizaram mais de 160.

 

Foto destaque: Destruição depois de bombardeio russo. Reprodução/AP

Motorista que atropelou Kayky Brito diz que está muito abalado

O motorista de aplicativo, Diones da Silva, disse em entrevista que está muito abalado depois de atropelar o ator Kayky Brito, no último sábado (2). Segundo o motorista, ele estava muito abaixo da velocidade permitida da avenida e que nunca se envolveu em problemas no trânsito. 

Diones prestou socorro ao ator e também fez exame de alcoolemia, que testou negativo. O acidente aconteceu na zona oeste do Rio de Janeiro, na Avenida Lucio Costa. O motorista disse que estava abaixo da velocidade permitida e que lamenta o que houve com Kayky. 

Eu achava que era 60km/h, mas aí o delegado falou que é 70. Estava muito abaixo do limite da pista. No trânsito eu nunca me envolvi em problemas”, disse ele.

O que aconteceu

Kayky Brito foi atropelado por um motorista de aplicativo na madrugada do último sábado (2) em uma avenida movimentada na Barra da Tijuca. O acidente foi gravado por imagens de câmeras de segurança, e segundo essas imagens, o ator estava atravessando fora da faixa de pedestres. 

No momento do atropelamento, o motorista estava com duas passageiras no veículo. Houve prestação de socorro ao ator e segundo uma das passageiras, a viagem estava sendo tranquila e o motorista não excedeu o limite de velocidade permitido na avenida. Os dois prestaram depoimento para a polícia. 

Kayky segue internado no Hospital Copa D”/Or, na Zona Sul do Rio. Segundo boletim médico, na última semana o ator apresentou sinais de melhora, entretanto, ainda está sob sedação e em ventilação mecânica. Na terça-feira (5), o hospital divulgou que ele seguiria sedado pelo menos até quinta-feira (7). 

O ator sofreu traumatismo craniano e diversas fraturas pelo corpo. Ele passou por diversas cirurgias e, mesmo que o veículo não estivesse em alta velocidade, o impacto foi intenso. 

Motorista diz estar abalado

Diones da Silva disse que estava muito abalado em entrevistas. “Estou muito abalado com isso que está acontecendo. Torcendo para que ele saia logo disso e volte para sua família, para seu filhinho. Tenho orado dia e noite por isso. É o que desejo do meu coração”, disse o condutor do veículo. 


Família do ator Kayky Brito. (Foto: Reprodução/Instagram/Tamara Delcanale)


Kayky Brito é ator e tem 34 anos. Já trabalhou para diferentes novelas em diferentes emissoras, como SBT e a Globo. Kayky também tem um filho de um ano e oito meses com a jornalista Tamara Dalcanale.

 

Foto destaque: Ator Kayky Brito. Reprodução/Instagram/@Kaykybrito

Operação resgata mais de 500 trabalhadores em situação análoga à escravidão no Brasil

O Governo Federal, juntamente com o Ministério do Trabalho e a Defensoria Pública da União, resgatou mais de 500 trabalhadores em situação de trabalho similar a escravidão. A operação foi feita no mês de agosto deste ano. De acordo com o Ministério Público, as situações de trabalho eram precárias.

Os diversos trabalhadores viviam em meio a sujeira, em casas de cimento e sem forro. Cada banheiro era dividido para quatro pessoas e a alimentação também era precária, com panelas sujas e muitas vezes sem ter o que cozinhar. 

Em uma carvoaria em Itapirapuã, no interior de Goiás, trabalhadores tinham uma jornada de nove horas, sem descanso, trabalhando das 7h até as 16h. Nenhum deles possuía carteira assinada.

 

Número de resgates

Somente no primeiro semestre de 2023, quase 2 mil trabalhadores foram resgatados de situações precárias de trabalho no Brasil. 


Número de casos de trabalhos com irregularidades é maior em áreas rurais. (Foto: reprodução/Lotte Lohr/Unsplash)


A operação que faz o resgate é uma força conjunta entre diversos órgãos do país, sendo eles o Governo Federal, a Polícia Rodoviária, o Ministério do Trabalho e a Defensoria Pública. Em agosto, 523 trabalhadores foram resgatados em diversos estados, e majoritariamente em áreas rurais, mas em áreas urbanas também houve casos em restaurantes, oficinas de costura e construção civil.

O maior número de casos ocorreu em Minas Gerais, mas também houve diversos casos em Goiás, São Paulo, Maranhão e Piauí.

 

Brasil e o trabalho escravo

O país possui um número expressivo de trabalhadores em situação similar ou análoga à escravidão. No primeiro trimestre do ano, entre janeiro e março, houve 918 vítimas resgatadas. O número quebrou o recorde dos últimos 15 anos, com um aumento de 124%. 

Entre os casos, estão trabalhadores de lavouras e usinas de cana-de-açúcar, além do cultivo de alho e café. As irregularidades vão de cobrança de aluguel de barracos, a falta de alimentação até a cobrança pelo uso de ferramentas de trabalho.

Os casos de pessoas em trabalhos similares a escravidão no país não é de hoje. De acordo com Vera Lúcia Navarro, professora da USP, essas condições não são casos isolados. “A história dos trabalhadores brasileiros está marcada por esse tipo de situação, o País não rompeu com o seu passado escravocrata”, afirma. Para ela, é também muito importante debater esse tema.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, o trabalho análogo à escravidão é definido pela submissão de um trabalhador a jornadas de trabalho exaustivas, condições degradantes ou até mesmo trabalhos forçados. 

 

Foto destaque: Trabalhador em cultivo rural. Reprodução/Qui Nguyen/Pixabay

Ciclone extratropical deixa 27 mortos no Rio Grande do Sul

Chuvas intensas e um ciclone extratropical atingiu o estado do Rio Grande do Sul e deixou 27 mortos até agora. Segundo a Defesa Civil, foram confirmadas mais seis mortes nessa quarta-feira (6). As chuvas se intensificam desde a última segunda-feira (04) e, de acordo com o governador Eduardo Leite, é a pior tragédia natural do estado das últimas quatro décadas.

Quinze corpos foram encontrados na região de Muçum na última terça-feira (5). De acordo com a Defesa Civil do estado, os corpos foram encontrados em uma vistoria do Corpo de Bombeiros em uma casa e foram transportados para o hospital de Muçum na mesma noite, e serão levados para Porto Alegre.

 

Alertas de tempo severo

Na última segunda-feira, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu alertas de temporais, com queda de granizo, rajadas de ventos e chuvas intensas. Além disso, também houve alertas de inundações de diversos rios, o que favorece enchentes e alagamentos. Entre eles, a região do rio Taquari, que foi uma das regiões mais afetadas. 

O Governo Federal enviará uma missão para o estado. Os ministros Waldez Góes e Paulo Pimenta devem chegar ao RS nesta quarta-feira (6) para reunião com o governador Eduardo Leite e prefeitos. Segundo Waldez, o governo tem colaborado e acompanhado a atual situação.

 

Vítimas e resgate

Na segunda-feira, quatro pessoas morreram em diferentes cidades do estado. Um homem em Mato Castelhano tentou sair de seu veículo durante uma inundação e foi levado pela correnteza. Em Passo Fundo, um homem foi atingido por uma descarga elétrica no terreno de sua casa.

Em Ibiraiaras, um casal também perdeu a vida ao tentar atravessar uma ponte no meio de uma enxurrada. 

A confirmação da quinta morte foi na terça-feira (5), na região de Taquari, com um homem morto também por uma descarga elétrica. Mais tarde, o governador confirmou que o número de mortes chegava a 21, e hoje 27. 


Região do Vale do Taquari alagada. (Foto: reprodução/Defesão Civil RS)


No Vale do Taquari, cinco aeronaves participam dos resgates a pessoas ilhadas, assim como diversos policiais e bombeiros. Na manhã desta quarta-feira, diversas famílias acordaram com a cidade inundada. A Prefeitura de Rocas informou que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros enfrentam dificuldades com os resgates. 

Eduardo Leite se compadeceu em entrevista.

Nós vamos estar unidos para superar essa adversidade, com toda a estrutura, com os servidores públicos, os militares civis, voluntários, ações, prefeituras, sociedade civil engajada. Cada vida perdida não pode ser reposta, a gente lamenta cada uma delas. Vamos dar todo suporte para essas famílias“.

Há previsão de mais chuva para todo o estado nesta semana.

Foto destaque: Avenida Assis alagada em Porto Alegre. Reprodução/Hora H

Rússia ataca porto da Ucrânia antes de negociação de acordo agrícola

Um ataque russo em um porto na região de Odessa, na Ucrânia, deixou duas pessoas feridas no último domingo (3). De acordo com autoridades, o ataque foi feito por meio de drones e ocorreu um dia antes da reunião entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan para negociação da exportação agrícola da Ucrânia pelo Mar Morto.

A estrutura portuária foi atingida por 25 drones durante a noite, o que provocou um grande incêndio no porto, mas autoridades conseguiram apagar as chamas rapidamente. Dos 25 drones, 22 foram abatidos. O porto ucraniano fica localizado na região do rio Danúbio e é usado para a exportação de alimentos. 

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o alvo principal eram as instalações de armazenamento de combustível no porto de Reni, que abastece militares ucranianos. 

Crise alimentar

Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, descreveu o ataque russo como parte de um empenho para provocar uma crise alimentar e fome no mundo. 

A Rússia tem feito tentativas de atingir a infraestrutura marítima da Ucrania desde julho, quando o país desistiu de um acordo que permitia que os navios ucranianos contornassem o bloqueio russo no Mar Negro, conseguindo assim navegar pela hidrovia até o Estreito de Bosforo, na Turquia, que depois desse ponto, alcança os mercados de todo o mundo. Com o fim do acordo, os preços dos alimentos subiram e atingiram grande parte de países mais pobres, entre eles, diversos países da América Latina.

Recep Tayyip Erdogan é presidente da Turquia, e é o país que controla o acesso do Mar Negro. Erdogan tentou mediar o acordo inicial e faz tentativas da Rússia voltar a fazer parte do acordo. Essa retomada está prevista para ser discutida nesta segunda-feira (4), em reunião com o presidente russo Vladimir Putin. 

Ataques intensificados

No mês de agosto, a Rússia atacou outro porto na região do rio Danúbio, destruindo silos de grãos e armazéns. Neste ataque, não houve feridos, mas o governador de Odessa, Oleh Kiper, alertou que os “terroristas russos” queriam danificar as infraestruturas portuárias da Ucrânia. 

Em imagens divulgadas pelo governo, há paredes de metal destruídas e diversos grãos espalhados pelo chão. Mesmo assim, o porto conseguiu continuar funcionando normalmente.


Ataque russo a porto da Ucrânia em julho deste ano (Foto: Reprodução/Ukranian Armed Forces)


De acordo com a Reuters, os portos ucranianos localizados na região de Danúbio representam cerca de um quarto das exportações de grãos da Ucrânia. Com a intensificação dos ataques, diversos problemas podem surgir no mundo todo. 

Rosemary DiCarlo, subsecretária-geral para Assuntos Políticos do Conselho de Segurança, informou que além da alta no preço dos alimentos, os ataques russos podem piorar a crise já presente em diversas partes do mundo.

Foto destaque: Ataque a porto ucraniano. Reprodução/Serviço de Emergência Ucraniano/Reuters.

Rio Grande do Sul tem alerta de chuva forte e ventania por formação de ciclone

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para um temporal no estado neste domingo (3). Além de temporais, também foi emitido um alerta para descargas elétricas, chuvas volumosas, rajadas de ventos e queda de granizo. A vigência é até as 18hrs de segunda-feira (4).

O evento ocorre devido a um sistema de baixa pressão que se aproxima do oceano e, ao ganhar mais intensidade, se transforma em um ciclone extratropical. Por isso, a ocorrência de chuvas no estado pode ser reforçada. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão é que as chuvas acumulem 100 mm em um dia, com ventos de até 100 km/h.

Estados afetados

O alerta se estende para três estados, além de quase todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e uma área do Paraná, que também serão afetados.

Márcia Seabra, coordenadora do Inmet, alertou sobre o temporal: “Entre sexta e sábado, esses ventos vão perder a intensidade, mas ainda serão muito fortes no litoral do Paraná, São Paulo e Santa Catarina“. 


Tempo severo tem relação com o fenômeno El Niño (Foto: Reprodução/NASA/Lauren Dauphin


No Rio Grande do Sul, no centro-sul do estado, a previsão é de chuva durante todo o dia. No centro-norte do estado, a chuva será mais intensa e são previstas tempestades mais intensas. No noroeste, centro e leste do estado, também haverá muita chuva, chegando a 60 mm/dia, o que, segundo a Defesa Civil, pode acarretar em alagamentos, descargas elétricas e queda de granizo.

Em caso de emergência, as autoridades recomendam entrar em contato pelos telefones de segurança 190 e 193. 

Tempo severo em outros países

Nas últimas semanas, temporais e fortes chuvas causaram danos em países da América Latina. Na Argentina, a província de Misiones teve nuvens carregadas e tempo severo na última sexta-feira (31), atingindo fortemente o sul e o centro da província. Além da Argentina, o Paraguai também sofreu com as tempestades. Uma agência meteorológica do pais emitiu um alerta para fortes chuvas, tempestades elétricas e queda de granizo. 

A MetSul informou anteriormente que o tempo severo chegaria no Brasil, com os sinais do fenômeno El Niño, pois a atmosfera começa a responder o aquecimento do Oceano Pacifico.

Foto destaque: Alerta de temporal no sul do Brasil. Reprodução/Inmet

Empresas brasileiras podem aderir semana de trabalho de quatro dias

Mais de 15 empresas brasileiras vão passar por um teste que visa a redução da carga horária semanal. Agora, a jornada passa para quatro dias da semana. O projeto surgiu com uma parceria entre a organização 4 Day Week Global e a Reconnect Happiness at Work, que é brasileira. 

As inscrições para o experimento foram feitas em agosto, e em setembro já se inicia um treinamento para a implementação, que pode durar meses. O teste em si começa em dezembro ou janeiro, dependendo da empresa.

 

Novo modelo

O projeto será implantado com 100% do salário, mas os funcionários trabalharão apenas 80% do tempo. A expectativa é que as empresas mantenham a produtividade em 100%.


Projeto de 4 dias semanais ganhou força após pandemia de Covid-19. (Foto: reprodução/Jason Goodman/Unsplash)


Os fatos que serão analisados incluem principalmente a adaptação dos funcionários, como estresse no trabalho, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. 

Os resultados do experimento serão medidos por universidades; a Universidade de Boston, nos Estados Unidos, elaborou a metodologia e cuidou de pesquisas antes do início do experimento. Com isso, o objetivo é garantir dados para que empresas possam definir se seguirão o novo modelo ou não. 

 

Resultados em outros países

Na Europa, sindicatos de todo o continente apelam para os governos implementarem a semana de trabalho de quatro dias. No ano passado, na Bélgica, os funcionários ganharam o direito de ter uma semana de trabalho de quatro dias, ao invés dos cinco habituais, mantendo o mesmo salário. No país, os trabalhadores eram permitidos decidir trabalhar quatro ou cinco dias na semana. A lei entrou em vigor em 21 de novembro de 2022. 

Já no Reino Unido, a implementação do novo modelo foi um sucesso. As empresas no país fizeram testes de seis semanas e depois tornaram a nova jornada de trabalho permanente. Para elas, o experimento foi “extremamente bem-sucedido”. Mais de 60 empresas britânicas se inscreveram no teste, que foi mediado pelas Universidades de Cambridge e Oxford e do Boston College, assim como a organização 4 Day Week Global.

No final, cerca de 92% das empresas participantes decidiram manter o modelo de quatro dias na semana, pois, segundo elas, era um “grande avanço”.

 

Foto destaque: Escritório de arquitetura. Reprodução/Malachi Witt/Pixabay.

Nova onda de Covid-19 no Brasil deve durar até seis semanas

A taxa de testes positivos para Covid-19 sofreu um aumento no Brasil. O acréscimo de casos foi analisado no mês de agosto e feito por relatórios da Abramed e do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) divulgados nesta quarta-feira (30). A alta nos dois relatórios é da ordem de sete pontos percentuais, sendo o dobro de pessoas que testaram positivo para Covid-19.

 

Nova subvariante

Com grande parte da população imunizada, o cenário ocorre com menos chances de riscos graves e internações, bem diferente de outros períodos na pandemia. 

O caso de subvariantes é comum, e quem faz o monitoramento desses casos é a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o órgão, a Éris, subvariante da Omicron, pode ser mais transmissível, o que explica o aumento do número de casos. Entretanto, essa não está associada a casos de alta gravidade ou mortes, e a OMS a classifica como uma “variante de interesse”, que é um grau menor do que as “variantes de preocupação”. 


Nova onde de Covid-19 pode durar até 6 semanas. (Foto: reprodução/Mufid Majnun/Unsplash)


Mesmo assim, especialistas alertam que para os grupos vulneráveis, como pessoas com baixa imunidade, tomarem cuidado com aglomerações e fazer o uso de máscaras quando necessário. A vacinação da população também colabora para não haver preocupação com o caso, porém, apenas 15% do público alvo da vacina bivalente foi aplicado.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, a onda da Covid-19 pode durar entre quatro a seis semanas.

 

Relatórios

Um dos relatórios foi feito pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que se refere a laboratórios e clínicas particulares. Entre 29 de julho a 4 de agosto, o aumento de testes positivos foi de 6,3%. Já apenas no mês de agosto, essa taxa passou para 13,8%.

Segundo o presidente da Abramed, Wilson Shcolnik, os casos possuem relação com a nova variante. “A nova variante, que demonstrou ser muito transmissível, embora ela não traga quadros muito graves das pessoas que são infectadas“. afirmou.

O segundo relatório foi feito pelo ITpS, que fazem análise de dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin. De acordo com o Instituto, entre 22 de julho e 19 de agosto, o aumento passou de 7% para 15,3%, e os maiores números percentuais são das faixas etárias de 49 a 59 anos e acima de 80 anos.

 

Foto destaque: O vírus Covid-19. Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay

Clientes estão impossibilitados de usar vouchers de reembolso na 123milhas

Depois da suspensão dos pacotes “Promo”, clientes denunciam que não conseguem utilizar vouchers de descontos em compras na 123 Milhas. Os vouchers foram a única forma de reembolso que a empresa ofereceu depois da suspensão dos pacotes. Ainda não houve nenhum pronunciamento da empresa.

Segundo os consumidores, ao selecionarem o voucher de desconto, o site avisa que os Vourcers estão “temporariamente impossibilitados de se utilizar”. Na última terça-feira (29) a 123milhas entrou com pedido de recuperação à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O que houve

Em 18 de agosto, a empresa suspendeu pacotes e passagens de uma linha promocional. Viagens contratadas do pacote Promo foram canceladas, que possuía datas flexíveis e embarques previstos  de setembro a dezembro de 2023.


Clientes dizem que atendimento da empresa 123milhas não funciona (Foto: reprodução/Shutterstock)


A 123milhas se pronunciou na época: “A decisão deve-se à persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, entre eles, a alta pressão da demanda por voos, que mantém elevadas as tarifas mesmo em baixa temporada, e a taxa de juros elevada“, informou.

Segundo a empresa, os vouchers possuiriam uma correção monetária de 150% do CDI, e poderiam ser usados em compras de outros produtos da empresa.

Recuperação judicial 

Na recuperação judicial, a 123milhas admitiu uma dívida de mais de R$ 2 bilhões. De acordo com advogados, o pedido de recuperação foi protocolado por fatores internos e também externos, o que gerou um aumento maior do que esperado de seus passivos. A 123milhas afirma que irá cumprir as obrigações de forma organizada.

Após isso, diversos funcionários relataram clientes insatisfeitos e demissões. A empresa rebateu que o pacote Promo não teve um resultado esperado, pois era esperado que os clientes adquirissem outros produtos junto com à viagem, mas isso não aconteceu.

No pedido, a empresa também busca o deferimento com tutela de urgência, que é uma proteção de bens da empresa contra possíveis bloqueios judiciais e um prazo de 180 dias que a empresa fica protegida de novas execuções de dívidas.

Na última terça-feira (29), foram agendados os depoimentos de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da 123milhas, na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados. A convocação foi feita após o anúncio da suspensão dos pacotes promocionais. Para o presidente da CPI, a empresa não teve compromisso de arcar com a responsabilidade com seus clientes.

 

Foto destaque: logo da empresa de passagens 123milhas. Reprodução/123milhas

Superlua azul ficará visível nesta quarta-feira no Brasil

Na noite desta quarta-feira (30) algumas cidades do país poderão visualizar um fenômeno chamado Superlua Azul, que ocorre quando a Lua está mais próxima da Terra do que o normal, chamado também de perigeu. 

No perigeu, a Lua fica 14% maior e 30% mais brilhante. Segundo a NASA, o episódio acontece na segunda Lua cheia do mês. Neste ano, agosto teve a primeira Lua cheia no dia 1º e neste caso, a lua fica extremamente brilhante. Entretanto, apesar do nome, a lua não fica realmente azul. “Em raras ocasiões, pequenas partículas no ar podem fazer com que a Lua pareça azulada”, a NASA explica.

Visualização

No Brasil, a cidade mais favorável para visualizar o fenômeno é Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que terá céu limpo. Para outras regiões, como Salvador, Recife, Fortaleza, e Manaus, a visualidade é parcialmente desfavorável. Já para São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Campo Grande e Goiânia, por conta do tempo nublado e chuvoso, não será possível uma boa visão do fenômeno. 


Satélite pode ficar mais próximo da Terra (Foto: reprodução/Arek Socha/Pixabay)


De acordo com Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, a melhor hora para observar a superlua é quando a Lua está mais próxima do horizonte, um tempo depois do pôr do sol. Nesse caso, a Lua parecerá maior e com diferentes tonalidades. Para visualizar o episódio, não será necessário nenhum equipamento especial, a olho nu é possível e de acordo com especialistas o evento ocorre por volta das 22h36 em todas as partes do planeta. A próxima Superlua Azul será apenas em 2037. 

Superlua em 2022

No ano passado, também no mês de agosto, ocorreu a Superlua de Esturjão, que teve seu nome dado por povos nativos do hemisfério Norte, nos EUA e Canadá, e à pesca do peixe chamado esturjão.  

O nome coincide com a época do ano em que esse peixe era mais fácil de ser pescado. O nome pode variar de acordo com a cultura, mas o fenômeno é similar. Em 12 de agosto de 2022, a lua estava cerca de 17% maior.

 

Foto destaque: O fenômeno Superlua Azul. Reprodução/Haylee Booth/Unsplash