No dia 25 de março, a música “Envolver” da cantora Anitta chegou ao primeiro lugar no Top 50 Global do Spotify com 6,4 milhões de execuções. Desde então, a canção se mantém no top 10 da playlist. Apesar do grande feito enquanto primeira brasileira a alcançar o topo do ranking, Anitta está sendo acusada de manipular o algoritmo da plataforma de música. Além da equipe da artista, os fãs também são alvos de acusações.

Apoiados pela cantora, os fãs teriam utilizado várias contas para criar playlists com “Envolver” tocando repetidamente na tentativa de driblar a contagem do Spotify. Segundo informações do Rest of World, Adriano Ferreira da Silva Filho, um fã da Anitta, criou inúmeras playlists com a canção para reproduzi-la mais de 2 mil vezes por dia. A reprodução acontecia em dois celulares e um notebook. “Se você só toca a faixa repetidamente, o Spotify não conta como stream. Eles acham que é um bot. Então, você tem que criar uma playlist com faixas diferentes e alternar com aquela que você quer aumentar”, explica o fã.

_{Cantora foi primeira brasileira e latina a conquistar o #1 Global do Spotify. (Foto: Reprodução/Marco Ovando)}

A Folha de São Paulo apurou que 60% dos plays que levaram a faixa ao topo global vieram do Brasil, enquanto ela só aparece nas 200 mais tocadas em 36% dos outros países. O número contraria a estatística comum às primeiras posições dos charts que costumam ficar entre as mais tocadas em 92% dos países.

Os especialistas Fernanda Rosa Picosse (propriedade intelectual) e Alexandre Trinhaim (marcas e patentes) disseram para a coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, que, se comprovada a possibilidade de fraude, a situação pode ficar complicada para a cantora Anitta. “Ela pode ser banida das plataformas e não receber os royalties pelas reproduções (supostamente) fraudulentas”, afirmam. 

No contrato com o Spotify, fica claro que a plataforma tem o direito de remover conteúdo manipulado, tal como reter royalties e corrigir números de streaming. Além disso, as modificações refletem na popularidade do artista, podendo gerar prejuízos.

Foto Destaque: Anitta no clipe de Envolver. Reprodução/ES Brasil

Nesta terça-feira (12), a ex-esposa de Ye, Kim Kardashian, esteve no podcast “Skinny But Not Fat”, onde opinou sobre as comparações feitas entre ela e a atual do cantor. Durante a entrevista, a podcaster Amanda Hirsch perguntou à socialite o que ela acha das namoradas de Ye desde o término dos dois. Após o envolvimento de meses com Julia Fox, Ye está em um relacionamento com “o clone de Kim”, Chaney Jones. 

Na conversa, a apresentadora questionou Kim sobre um possível incômodo relativo à associação das parceiras do ex a algo relacionado a ela. Para a empresária, a atitude não ocasiona desconforto, uma vez que ela deseja a felicidade do pai de seus quatro filhos; “não importa o que seja”, disse. 

_{Kim Kardashian à esquerda e Chaney Jones à direita. (Foto: Reprodução/Instagram)} 

O divórcio do casal foi oficializado em março deste ano, após uma relação de 9 anos que gerou os filhos North West (8), Saint West (6), Chicago West (4) e Psalm West (2). Desde então, Kim está namorando o comediante Pete Davidson, o novo adorado da família Kardashian. Em entrevista ao Acess Hollywood, a irmã de Kim, Khloé Kardashian, demonstrou apoio ao casal e disse que é visível a felicidade da irmã. Para ela, Pete desperta a simplicidade e tranquilidade que existem na empresária, o que ela ama e aprecia. 

Segundo o canal E! News, uma fonte próxima a Ye disse que ele está se divertindo com Chaney. De acordo com a fonte, eles passam muito tempo juntos e ele gosta da companhia da parceira, com quem viaja e se diverte. Apesar do vínculo, a informação é de que não há um namoro formal. A declaração ainda afirma que além de ter pedido publicamente para a princesa dos tablóides voltar para ele, Kanye desaprova a relação dela com Pete Davidson e “largaria tudo” para retomar o relacionamento com a socialite. 

Chaney Jones também se manifestou sobre as comparações com a Kardashian dizendo que não vê semelhança e não conversa sobre ela com o parceiro.

Foto Destaque: Kim Kardashian e Kanye West (Ye). Reprodução/Shutterstock/Quién.

A polícia de Nova York está procurando os envolvidos no ataque ao metrô da cidade, que aconteceu nesta terça-feira (12) às 08h30 local (09h30 pelo horário de Brasília). A corporação divulgou imagens de um homem que está sendo procurado devido à possível relação com o crime. O autor da investida realizou disparos com arma de fogo no vagão de um metrô de Nova York, deixando cinco pessoas em estado grave e dezenas de feridos. Naquele momento, o trem chegava à estação da rua 36, em Sunset Park. 

_{Vítimas do atirador no metrô de Nova York (Foto: Reprodução/Redes sociais/Armen Armenian)}

Relatos das vítimas indicam que o suspeito trajava um macacão verde de construção e uma máscara de gás. A máscara seria para protegê-lo, visto que ele abriu um cânister (lata que solta vapor) antes de efetuar os disparos. Os tiros teriam atingido 10 pessoas, enquanto 23 ficaram feridas, relata a comissária de polícia de Nova York, Keechant Sewell. Além disso, foi constatado que o revólver teria efetuado pelo menos 30 disparos. O jornal “The Washington Post” e a rede americana CNN consultaram os hospitais da região e apuraram que ao menos 29 pessoas foram atendidas em hospitais com alguma ligação com o caso.

Segundo as autoridades, Frank James, de 62 anos, estava em posse de uma van que pode estar ligada ao ataque, uma vez que a chave do veículo foi encontrada na cena do crime. O chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), James Essig, informou que estão tentando determinar se há uma conexão de Frank com o caso e pediu para que os civis liguem para a polícia em caso de informações sobre o paradeiro do homem. 

_{Frank James, de 62 anos, é “/pessoa de interesse”/ no caso (Foto: Reprodução/BBC News Brasil).}

O presidente norte-americano, Joe Biden, parabenizou o serviço de emergência pela atuação ligeira no socorro às vítimas e disse que não desistirá até encontrar o criminoso. “Meu time está em contato com o prefeito e o Departamento de Justiça está trabalhando com o FBI junto da polícia de Nova York no terreno“, afirmou o presidente. A governadora de Nova York, Kathy Hochul, também se pronunciou sobre o ocorrido. Ela clamou à população que pare com os tiroteios em massa e com a perturbação das vidas. 

As autoridades oferecem a recompensa de US$ 50 mil (cerca de R$ 234 mil) para quem tiver informações sobre o paradeiro de Frank.

Foto Destaque: Ataque ao metrô de NY. Reprodução/JohnMinchillo/APPhoto/picturealliance

A “Lei Paulo Gustavo” leva o nome de um dos humoristas mais famosos do Brasil, vítima da Covid-19 no ano de 2021. Em sua homenagem, o projeto de lei prevê o incentivo à cultura, tal como a Lei Aldir Blanc criada em 2020. 

Na proposição legislativa, as verbas seriam destinadas de maneira direta, sem necessidade da intervenção de um patrocinador. Sendo assim, o valor de R$3,86 bilhões seria aplicado em recursos federais para estados e municípios visando o enfrentamento dos efeitos da pandemia no setor. 

A iniciativa propõe que os beneficiários se comprometam a fortificar a cultura existente ou levá-la a locais onde a sua presença está escassa. Além disso, o texto sugere a aquisição de recursos do Fundo Nacional da Cultura (FNC), este relacionado às verbas do Governo Federal para aplicação no setor cultural. 

Segundo o G1, a definição estabelece R$2,79 bilhões para repasses ao audiovisual e R$1,06 bilhão para ações emergenciais no setor de cultura, considerando o lançamento de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisições de bens e serviços vinculados ao setor ou outras formas de seleção pública simplificadas. 

_{Setor do audiovisual sofre sucessivos cortes e perseguições durante governo Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Pixabay)}

O projeto foi criado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA) e teve como relator no Senado o político Alexandre Silveira (PSD-MG), que aprovou a iniciativa em novembro de 2021. No entanto, quando passou pela Câmara em fevereiro do ano seguinte, sofreu modificações e teve que retornar para a análise do Senado, que o aprovou novamente. 

As alterações solicitadas pelos representantes da Câmara dizem respeito à emenda da deputada bolsonarista Bia Kicis (União-DF), que estabelecia a responsabilidade pela definição das diretrizes do programa à Secretaria Especial de Cultura. Ela ainda sugeriu o prazo de 90 dias para a realização das atividades. Dessa forma, o Governo Federal teria mais direitos sobre os repasses. Outra mudança requerida na Câmara foi sobre a garantia de uma cota para a população LBTQIA+, que, por meio da emenda do deputado Eli Borges (Solidariedade-TO), seria retirada da proposta. 

Ao chegar na sanção presidencial, Jair Bolsonaro (PL) vetou a proposição. Porém, ainda há a possibilidade de o Congresso derrubar o veto. Para isso, será necessária a maioria dos votos dos deputados e senadores. Sendo assim, para derrubar o veto, deve haver a contagem de 257 votos de deputados e 41 votos de senadores.

O governo justificou que o projeto de lei “enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência”, podendo furar o teto de gastos. Foi dito também a respeito de uma possível contrariedade ao interesse público. 

Diante do veto presidencial, figuras do cenário político brasileiro manifestaram-se contrárias à postura de Jair Bolsonaro (PL). Entre elas, estão o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e a ex-candidata à vice-presidência pelo PT, Manuela D’ávila: 

_{Randolfe Rodrigues clama pela derrubada do veto. (Foto:Reprodução/Twitter)}

_{Manuela D”/Ávila infere que o presidente é contra estruturas libertadoras. (Foto:Reprodução/Twitter)}

Indignada com a postura de Bolsonaro, a mãe do homenageado pela lei, Déa Amaral, afirma que o veto do líder brasileiro foi “um mico” e alega que ele quem será vetado.

_{Déa Amaral publica imagem com foto do filho e repudia atitude de Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Instagram)}

Favoráveis à decisão do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chamou a lei de “Covidão da Cultura”, referindo-se à doença que levou Paulo Gustavo ao óbito. Seguido dele, o ex-secretário especial da cultura, Mário Frias (PL-SP), parabenizou o presidente e disse que ele zelou pelo dinheiro público.

Paulo Gustavo foi um humorista, ator e apresentador brasileiro reconhecido principalmente pelo seu papel como “Dona Hermínia”, uma personagem que enfrenta vários desafios na criação dos filhos e manutenção da casa na trilogia “Minha mãe é uma peça”. Paulo era um homem gay que defendia os direitos da população LGBTQIA+, levando a pauta para o cenário audiovisual. 

Foto Destaque: Paulo Gustavo. Reprodução/Facebook.

Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha. A mulher referida na lei, Maria da Penha Maia Fernandes, sofreu agressões e tentativas de feminicídio inúmeras vezes após se casar com Marco Antonio, o autor dos crimes, em 1976. Frente a tamanha violência, Maria da Penha lutou por justiça durante 19 anos, enquanto via um Estado inerte diante da gravidade do caso. 

Sua luta por justiça tomou uma nova configuração quando a lei foi sancionada, visto que a partir daí, mulheres vítimas de violência doméstica passariam a ter respaldo jurídico. Nas disposições da lei, consta que devem ser criados mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra as mulheres. A elas, deve ser assegurado o direito à vida, à segurança, à saúde, à alimentação e outros mais. 

_{Maria da Penha Maia Fernandes. (Foto: Reprodução/Jarbas Oliveira)}

Nesta terça-feira (05), a 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça definiu que a lei citada pode ser aplicável a mulheres trans. A discussão inédita pretende ampliar a proteção para o segmento, que é copiosamente violentado. 

No caso analisado pelo STJ, uma mulher trans sofreu agressões de seu pai devido à recusa em aceitá-la, e, por isso, ela solicitou medidas protetivas. De acordo com a CNN Brasil, a vítima contou que sofreu agressões que deixaram marcas visíveis, identificadas pela polícia. O pai da mulher teria chegado em casa alterado e, ao vê-la tentar sair da residência, teria jogado ela na parede e a empurrado. Ainda, o homem teria feito ameaças com um pedaço de madeira, até ela conseguir fugir do local.

Sobre este caso, os desembargadores da 10ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deliberaram uma negativa a respeito da adoção de medidas protetivas. Em justificativa, a Justiça de São Paulo alegou que a aplicação da lei é exclusiva a pessoas do sexo feminino, considerando apenas o sexo biológico, o que exclui a população trans. 

Para determinar o emprego da lei a mulheres transgênero, os ministros analisaram um recurso do Ministério Público que negava a decisão da Justiça de São Paulo. Os ministros da Sexta Turma foram unânimes no entendimento de que o artigo 5º da Lei Maria da Penha qualifica a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero, porém, essa determinação não envolve aspectos biológicos. 

_{Direitos à população trans devem ser garantidos. (Foto: Reprodução/Frei Caneca FM)}

O ministro Rogério Schietti, relator do caso, relembrou a violência sofrida por pessoas trans e reforçou que a decisão inicial reflete aspectos da cultura patriarcal e misógina instaurada no Brasil. Nas palavras do relator, no ano passado foram 140 assassinatos, dado preocupante tendo em vista que demonstra o preconceito ainda existente na sociedade. Para ele, a lei deve abrigar e proteger mulheres que se identificam como tal, independente do sexo. Nesse sentido, a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a ministra Laurita Vaz, corroboram as ideias de Schietti. 

Laurita afirma que a realidade brutal vivenciada pelas mulheres transgênero tem traços em comum com a violência praticada contra mulheres cisgênero. Para a ministra, os atos têm a mesma origem: a discriminação de gêneros. Além disso, ela pontua que a mulher trans é agredida justamente pela sua condição de mulher, e os dados revelam que essas agressões ocorrem principalmente no lar de pessoas conhecidas, como familiares. 

O Brasil é o país que mais mata travestis e transsexuais no mundo. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (ANTRA), os assassinatos de pessoas trans aumentaram em 90% no primeiro quadrimestre de 2020 – período que se iniciou a pandemia do coronavírus – em relação ao ano de 2019. De acordo com o portal da ANTRA, era esperado que esse índice sofresse queda em razão da necessidade de isolamento social. Contudo, vendo o aumento dos casos de assassinato, é possível observar o quanto a população trans continua sendo marginalizada e privada de direitos básicos, como a segurança.

Foto Destaque: Manifestação contra a violência direcionada a pessoas trans. Reprodução/Litci