O analista de ações sênior, Thomas Chauvet, especializado no setor de bens de luxo da Citigroup Inc., afirmou que a Hermès deve atingir o valor estimado de 20 bilhões de euros (21,3 bilhões de dólares) em vendas até 2027. Na nota publicada no dia 12 de abril, o analista destacou que a empresa francesa vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e que pode inclusive ultrapassar a Louis Vuitton em volume de negócios. 

“A Hermès desfruta de um dos perfis de crescimento, margem e fluxo de caixa mais previsíveis da indústria do luxo”, disse Chauvet. Ele ainda acrescentou que os principais motivos para o crescimento da empresa são: gestão de preços estratégica, monitoramento da distribuição de mercadoria e o investimento em outras categorias de itens de luxo além do couro. 

A Hermès 

_{Foto: Espaço interno da loja da Hermès (reprodução/Bryan Bedder/Getty Images Embed)}

A empresa francesa de artigos de luxo foi fundada em 1837 por Thierry Hermès. De acordo com o ranking BrandZ, banco de dados utilizado para calcular as avaliações de uma empresa, a Hermès é uma das marcas de luxo mais valiosas do mundo. A marca é famosa por seus produtos de couro e perfumes. 

No início deste ano, o dirigente da Hermès, Axel Dumas, anunciou que a empresa havia batido novos recordes em 2023, com um aumento de 28% no rendimento líquido anual. As vendas da empresa também tiveram um aumento de 16% no ano anterior, atingindo o valor de 13,4 bilhões de euros em lucro. 

A empresa pode ultrapassar a Louis Vuitton?

O grupo LVMH ainda é o maior na indústria de luxo do mundo. A Louis Vuitton sozinha atingiu 86,2 bilhões de euros em vendas em 2023. Mas, a Hermès é vista como menos vulnerável, porque vem crescendo bastante nos últimos anos, graças à sua clientela rica e fiel e a seu modelo de negócios singular. A marca ainda vai divulgar um novo balanço sobre suas vendas até o dia 25 de abril. 

Foto destaque: Vista geral da loja da Hermès (reprodução/Julien Hekimian/Getty Images Embed)

Nesta quarta-feira (15), a Dior exibiu a coleção pre-fall 2024 no Museu do Brooklyn, em Nova York. O desfile que marcou a estreia da estilista Maria Grazia Chiuri nas passarelas pela marca, teve como inspiração a atriz e cantora Marlene Dietrich e sua conexão com o trabalho do próprio Christian Dior. 

_{Modelo no desfile da Dior em Nova York (Foto: reprodução/Dior/Daniele Oberrauch/Gorunway.com)}

Com peças que estampam a bandeira dos Estados Unidos e monumentos ícones das cidades de Paris e Nova York, a Torre Eiffel e a Estátua da Liberdade, o desfile marcou a relação das duas cidades. Vale lembrar que em 1948, a marca francesa produziu uma coleção inteira na cidade de Nova York, e esta não é a primeira vez que o Museu do Brooklyn é sede de uma produção da Dior, já que em 2021 a exposição “Christian Dior: designer of dreams” foi recebida pelo museu. 

A relação das duas cidades não para por aí: foi justamente em Nova York, em 1948, que Christian Dior inaugurou a sua boutique de prêt-à-porter (pronto para vestir). Toda essa história se envolve com o trabalho de Marlene Dietrich, alemã naturalizada estadunidense, que na década de 30 tinha bastante proximidade com a marca e vivia o auge da sua carreira, exibindo o clássico terno e gravata que marcou tanto sua personalidade.

Inspiração

A estilista Maria Grazia Chiuri revisitou as inspirações que Marlene deixou no mundo da moda e trouxe em seu desfile as clássicas calças compridas e fraques que desafiavam as convenções de vestimenta da época. Marlene foi conhecida por ousar em seus looks e romper com o conservadorismo tradicional, fazendo uma junção de roupas masculinas e femininas. 

_{Vídeo: Publicação da Dior no Instagram (reprodução/Intagram/@dior)}

As modelos usavam chapéus de feltro e gravatas que acrescentam um charme aos ternos pretos que também apareceram entre as peças. Na terceira parte do desfile, vestidos com franjas, mini lantejoulas e peças transparentes tomaram conta das passarelas, trazendo mais referências da moda dos anos 30 e 40. 

Foto destaque: Modelo no desfile da Dior em Nova York (reprodução/Dior/Daniele Oberrauch/Gorunway.com)

Nesta segunda-feira (15), a empresária, modelo e socialite Kim Kardashian postou em suas redes sociais uma sequência de fotos em que posa para a sua marca Skims. Na publicação, Kim aparece usando a nova coleção de beachwear que será lançada no próximo dia 17. 

A coleção 

Os looks da nova coleção de Kim Kardashian têm chamado bastante atenção pela ousadia e estilo. Com o styling de Carine Roitfeld, conhecida por sua influência no mundo da moda graças ao cargo que ocupou como editora-chefe da Vogue Paris de 2001 a 2011, a coleção apresenta uma mistura de estampas animais, cores vibrantes e uma variedade de estilos que se complementam nas peças.

Essa combinação cria um visual marcante e sensual, característico do estilo de Kim Kardashian. Nas fotos compartilhadas em suas redes sociais, é possível ver como ela incorpora essas peças de maneira elegante e despojada, mostrando a versatilidade da coleção para diferentes ocasiões e gostos. Veja os cliques da marca postados por Kim Kardashian:

_{Leia mais}

_Skims

A Skims foi fundada por Kim Kardashian, Emma Grede e Jens Grede em 2019 e é uma marca de shapewear e roupas femininas e masculinas. No lançamento inicial da marca, a empresa vendeu todas as mercadorias em 10 minutos e arrecadou mais de US$ 2 milhões. Em abril de 2021, a empresa valia mais de US$ 1,6 bilhão. Em março de 2022, a Skims entrou na lista das 100 empresas mais influentes do ano da TIME.

A marca afirma ter vendido mais de 3 milhões de produtos em seu primeiro ano de atividade e em julho de 2023, a empresa foi avaliada em US$ 4 bilhões. Além da própria família de Kim Kardashian, outros famosos posaram para a marca. Nomes como Neymar Jr, Nelly Furtado, Sabrina Carpenter, Nick Bosa, Shai Gilgeous-Alexander, Lana del Rey e SZA já estamparam as campanhas da Skims, aumentando ainda mais sua visibilidade e popularidade.

Foto destaque: Kim Kardashian veste Skims (reprodução/Nick Knight/Skims)

Nesta quinta-feira (11), a marca de streetwear brasileira Fauve estreou na SPFW N57 com a coleção “Prelúdio”. A estilista gaúcha Clara Pasqualini apresentou um desfile que brinca com formatos e com o contraste de peso e textura entre os tecidos. 

A edição 57 da SPFW vai até o dia 14 de abril e conta com estilistas dos mais diversos cantos do país, que apresentam coleções inovadoras para o evento.

Protagonismo feminino 

_{Fauve desfila na SPFW (Foto: reprodução/SPFW N57 Fauve/Ze Takahashi/@Agnews)}

Composto somente por mulheres, o elenco do desfile usa acessórios feitos de madeira e porcelana. A Fauve é uma marca que explora em seu trabalho o uso de materiais mais consistentes, com peças que se inspiram no movimento artístico Fauvismo. 

O desfile ressalta a identidade da marca trazendo peças com variadas estampas com o uso de tules e tecidos de pelúcia. As modelos chamam atenção pelo seu modo de andar na passarela que remete aos tempos dos ateliês de costura. 

A maquiagem feita por Bianca Megda mostra cores mais básicas e uma pele bem iluminada, com um toque leve de argila em algumas produções. O desfile foi marcado pelo destaque à figura feminina. 

_{Fauve desfila na SPFW (Foto: reprodução/SPFW N57 Fauve/Ze Takahashi/@AGnews)}

Experimentação na moda 

_{Fauve desfila na SPFW (Foto: reprodução/SPFW N57 Fauve/Ze Takahashi/@AGnews)}

A coleção “Prelúdio” é acompanhada por diversos formatos e objetos que ganham uma função especial no desfile. Ao lado da marca Gila de Argila, bolsas em formato de caixa de madeira, vestidos ovais e looks que remetem às ondas ganham evidência nas passarelas.

Como o próprio nome diz, o desfile fala sobre prelúdio e a experimentação aparece justamente antes de algo acontecer. Essa experimentação também elucida a independência da marca que se estabelece em um cenário brasileiro atual em que a moda nacional é muitas vezes descredibilizada.

Foto destaque: Fauve desfila na SPFW (Reprodução/SPFW N57 Fauve/Ze Takahashi/@AGnews)