Sobre Nathana Louro

Jornalista nas editorias de Money e Tech no site Lorena R7.

Tecnologia por trás do submersível que viajava ao Titanic envolve controle de videogame e dispensa GPS

As tecnologias que alimentaram o submersível perdido durante a viagem aos destroços do Titanic, incluíam propulsores elétricos, comunicações por satélite e um controle de videogame do tipo joystick.

Sem GPS e a cerca de quatro quilômetros da superfície, os tripulantes se comunicam com a embarcação de controle para saber para onde ir e direcionar o submersível, por meio de botões do joystick, no escuro do Oceano Atlântico.

A OceanGate disse em uma publicação feita quatro dias antes da viagem que: “Sem torres de celular no meio do oceano, contamos com a Starlink para fornecer as comunicações necessárias durante a Expedição Titanic de 2023 deste ano”.

A viagem ao Titanic, com cinco tripulantes, se iniciou na sexta-feira (16), a partir da província de Newfoundland, no Canadá.

O submersível Titan perdeu o sinal de comunicação no domingo (18), uma hora e 45 minutos depois de iniciar a descida da superfície para o casco do Titanic.

Luiz Eduardo Cetrim Maciel, Capitão de Mar e Guerra e Comandante da Base de Submarinos da Marinha em Niterói-RJ explica que como o som não se propaga precisamente debaixo d”/água, a comunicação com a tripulação do submarino é feita através de mensagens de texto.

Ele relata: “É transmitida uma mensagem de texto via satélite para dizer que o submersível está operando em segurança”.

Cetrim explica também que: “Quando tem essa perda de comunicação com o navio, a gente já parte do princípio de que ocorreu algum acidente. A análise é de que eles não poderiam continuar a expedição sem a comunicação”.

Segundo Cetrim, é também através dessa comunicação por satélite que a tripulação se localiza no fundo do oceano, uma vez que os sistemas de GPS não funcionam com o submersível embaixo d’água. “Provavelmente esse navio deve falar para onde eles devem ir”, disse ele.

Segundo o comandante, os submarinos da Marinha possuem um dispositivo chamado agulha giroscópica, que pode mostrar direções mesmo debaixo d”/água.


CEO da OceanGate, Stockton Rush, mostrando o Joystick (Foto: Reprodução/YouTube/CBC NL via Terra)


Sobre o controle de videogame:

Segundo informou o CEO da OceanGate, em entrevista à rede de televisão dos EUA, CBS News, em julho de 2022, o submersível Titan é controlado através de um joystick (um controle de videogame).

Apesar de parecer um improviso, o uso de dispositivos do tipo joystick é usado com frequência em submarinos, até mesmo da Marinha do Brasil, explicou o capitão Cetrim.

Ele diz que: “Nos nossos submarinos alemães, mais antigos, o controle é igual ao manche de um avião, controla a profundidade e o rumo. Nos mais novos, os franceses, é um equipamento mais moderno que se assemelha ao joystick. Não impacta na confiabilidade desse submarino, é simplesmente uma concepção mais moderna”.

Os botões do controle guiam o submersível, controlando se vai para frente, para trás, para a esquerda ou para a direita. De acordo com o comandante, o deslocamento de submarinos e submersíveis é feito com a combinação de dois tipos de controle.

O comandante explica que: “Tem a propulsão, igual navio normal, com algum motor elétrico, com hélices. A segunda forma é controlar a quantidade de água dentro do submarino” e “O submarino tem tanques cheios de ar e, quando você chega a certa distância da costa, e tem a profundidade necessária, você abre as válvulas em cima dos tanques e o ar que está dentro deles escapa. Aí a água entra por baixo, o submarino fica mais pesado que a água e mergulha. Quando precisa subir, é só injetar ar nesses tanques”.

Segundo o portal OceanGate, o submersível Titan, que desapareceu, tem quatro propulsores elétricos Innerspace 1002.

Foto destaque: Submarino que levava turistas para ver o Titanic. Divulgação/OceanGate Expeditions via g1

Governo sobe para R$ 600 valor mínimo existencial e causa impacto na cobrança de consignados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para R$ 600 o valor do “mínimo existencial”, a parcela da renda do indivíduo que não pode ser retida por instituições financeiras nem cobrada por empréstimo consignado. O valor anterior era de R$ 303.

A mudança visa amparar os consumidores que passam por situações de superendividamento e é acompanhada de um valor mínimo necessário para cobrir despesas básicas, como água e eletricidade.

A lei foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (20), e propõe também que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, realize períodos de mutirões para renegociar dívidas e “a prevenção e o tratamento do superendividamento por dívidas dos consumidores”.

O presidente publicou nas suas redes sociais: “Essa iniciativa faz parte de uma série de esforços do nosso governo para garantirmos crédito e condições de consumo para o povo brasileiro, contribuindo para o aquecimento da economia”.

No início do mês, o governo lançou o programa “Desenrola”, para auxiliar na quitação de dívidas de até R$ 5 mil. Poderão se beneficiar com o programa uma média de 70 milhões de brasileiros que constam como inadimplentes.

Este programa é destinado a famílias com renda de até 2 salários mínimos (R$ 2.640) com dívidas contraídas no final do ano anterior.


Notas de Real brasileiro (Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/Ag.Brasil via Gov.br)


A partir do próximo mês, o governo irá realizar leilões para que os credores “comprem” as dívidas com desconto para os devedores Ao credor, em troca, será garantido o Tesouro Direto caso o devedor não realize os pagamentos afirmados.

Os credores que se interessem, poderão participar do programa “Desenrola”, e deverão perdoar dívidas pendentes de até R$ 100. Aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros se encontram nessa situação e conseguirão limpar seus nomes se as instituições entrarem no programa, segundo o Ministério da Fazenda.

O “mínimo existencial” é definido pelo Decreto n. 11.150, de 26 de julho de 2022. O valor anterior, de R$ 303, era 25% do salário mínimo da época, porém a decisão considerou que esse valor não seria alterado.

Essa quantia representa a renda mensal que não pode ser utilizada para saldar a dívida do consumidor – o mínimo para uma pessoa viver, mesmo que tenha dívidas significativas.

De acordo com este documento, o superendividamento é “a impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial”.

O “mínimo existencial” consta na Lei do Superendividamento, destinada a prevenir, sanar e conciliar essas situações. Com o aumento para R$ 600, o governo igualou o valor ao do Bolsa Família.

Foto destaque: Pessoa com diversos boletos. Reprodução/CDLs Brasil

Auren Energia poderá distribuir ‘bolada’ retornando em dividendos de até 29%

Depois que a Auren Energia comemorou a confirmação dos pagamentos de indenização recebidos da Usina Três Irmãos, alguns analistas elogiaram a atitude da empresa. No total, ela receberá R$ 4,2 bilhões a serem pagos em 29 de junho de 2023. Esse valor representa 29% do seu valor bruto de mercado.

A Genial Investimentos afirmou que, segundo bancos e corretoras, ao menos R$ 1,5 bilhão de todo o valor poderá ser devolvido aos dividendos, senão todo o dinheiro. O analista Vitor Sousa disse que “A parte dessa quantia ou a sua totalidade (R$ 4,2 bilhões, senão considerarmos que a incidência de tributos) deve ser distribuída no formato de dividendos, implicando em um rendimento potencial de até 22-29% em proventos a depender da agressividade da empresa”.

Três fatores listados por ele podem sustentar essa tese:

– Endividamento baixo: a Auren terminou o último trimestre com dívida total de R$ 2,7 bilhões, o que representa uma relação de 1,6x da dívida total sobre o Ebitda – fazendo com que seja considerada baixa.

– A empresa deve gerar R$ 1-1,2 bilhão em receita operacional nos anos futuros. Lembrando que, de acordo com o analista, a Auren tem uma carteira de geração de até 95-97% empregada entre 2023 e 2026.

– Baixa exigência de investimento: A empresa não tem projetos maiores na área de desenvolvimento. Portanto, a necessidade de capital de investimento é muito escassa, principalmente a partir do ano que vem.


Ilustração de dividendos (Foto: Reprodução/Shutterstock via Seu Dinheiro)


O JPMorgan afirmou que o evento remove quaisquer preocupações sobre os recebimentos da conta da RGR, que pagará uma indenização a Auren. O banco também diz que a possibilidade mais provável é de que a Auren continue a buscar fusões e obtenções ou leilões de transferência, “mas benefícios adicionais não estão excluídos”.

Pelo olhar do Itaú BBA, a notícia é boa e dá a chance da empresa antecipar recebimentos e arcar com maiores dividendos. A companhia já distribuiu R$ 1,5 bilhão em dividendos e estuda o pagamento extra de dividendos com o mesmo preço. Eles afirmam que “A securitização abre espaço para que a empresa anuncie um dividendo extraordinário de R$ 1,5 bilhão, representando um yield de 10%. Além disso, dada a sólida posição do balanço patrimonial da empresa (a alavancagem atual é de 1,6x e agora deve reduzir ainda mais), acreditamos que a Auren será capaz de crescer enquanto paga ricos dividendos”.

O BTG Pactual vai por igual caminho afirmando que, por mais que já seja esperado, o desempenho é bom para Auren. Eles disseram que “A emissão da garantia de indenização Três Irmãos aumenta muito as possibilidades desse pagamento extraordinário de dividendos, mas deixa espaço para crescimento”. O banco acredita que a ação será negociada com uma taxa interna de retorno (TIR) real em torno de 10%, com grande probabilidade de gerar um retorno maior que 10% até o final deste ano.

 

Foto destaque: Campo de energia eólica da Auren. Reprodução/Brazil Journal

BTC Power utilizará carregadores Tesla para veículos elétricos

Nesta terça-feira (20), o presidente-executivo da BTC Power, fabricante líder de sistemas de carregamento de veículos elétricos no mercado norte-americano, com sede em Santa Ana, Califórnia, disse à Reuters que a empresa, implementará uma gama de carregadores de carros elétricos da Tesla no próximo ano. A declaração foi dada dias depois que a Ford e a GM também adotaram a tecnologia.

A BTC é fornecedora e operadora de frota da 7-Eleven, e atualmente é a quarta maior fabricante de carregamento rápido a incorporar o padrão Tesla a sua tecnologia, de acordo com ABB E-mobility North America, Tritium DCFC e SK Signet.

É fundamental uma boa rede de carregamento de veículos elétricos para atender as demandas de alcance e atrair clientes que utilizam veículos com motor movidos a combustão, o que fez a decisão da BTC acelerar a tentativa da Tesla de dominar uma indústria nova, mas em grande ascensão.

O presidente-executivo da BTC, Meza, disse que: “Ao incluir o conector Nacs (Padrão de Carregamento Norte-americano) em nossos carregadores, podemos eliminar a necessidade de adaptadores não confiáveis ​​e imprevisíveis que estão sendo utilizados pelos motoristas que usam nosso equipamento”.


Mulher realizando carregamento do veículo. (Foto: Reprodução/BTC Power)


A companhia fez mais de 22 mil vendas de carregadores, sendo que a maioria deles de velocidade alta, para lugares que disponibilizam pontos de carga, frotas e comércios varejistas, e pode contar com Electrify America, Ford e Amazon.com em sua cartela de clientes.

A Reuters havia informado na terça-feira (20) que a fabricante de caminhões elétricos Rivian também usará o padrão de carregamento da Tesla em seus produtos.

Sendo favorecido pelo governo Biden, o Sistema de Carregamento Combinado (CCS) será desafiado pelo CEO da Tesla, Elon Musk, com essa divulgação.

Visando estimular a incorporação de centenas de milhares de carregadores para veículos elétricos, a Casa Branca afirmou que a partir deste mês todas as estações que oferecerem carregamento com conectores da Tesla poderão receber subsídios federais, caso ofereçam como padrão os conectores do tipo CCS.

Foto destaque: Estações de carregamento para veículos elétricos. Reprodução/Electrive

Aeroporto de Singapura reforça segurança com robôs de mais de 2 metros de altura

Medindo mais de 2 metros de altura quando está totalmente aberto e contando com uma visão de 360 ​​graus, dois robôs de segurança foram integrados ao sistema de segurança da Força Policial de Singapura, a fim de realizar a patrulha no Aeroporto de Changi, após passar por testes durante cinco anos.

Os dois robôs são somente os primeiros dessas máquinas que a polícia planeja integrar em toda a cidade-estado do Sudeste Asiático para “aumentar os oficiais da linha de frente” de agora em diante.

Espera-se que os robôs, que estão vigiando o aeroporto desde abril deste ano, “aumentem a presença policial” e sejam “olhos extras no chão”, segundo a força, que descreveu como a mais nova adição ao seu “arsenal tecnológico”.

Os militares informaram que, durante um incidente, os robôs poderão ser capazes de criar barreiras e fazer alertas aos espectadores utilizando suas luzes, sirenes e alto-falantes enquanto aguardam oficiais humanos chegarem ao local. As pessoas podem interagir direto com a força policial através de um botão localizado na parte da frente dos robôs.


Robô fazendo a patrulha do aeroporto. (Foto: Reprodução/Ryan Quek/Força Policial de Singapura via CNN)


Nessa sexta-feira (16), a Força Policial de Singapura afirmou que mais máquinas serão “gradualmente implantados” em toda a cidade.

O superintendente e chefe de operações da polícia aeroportuária, Lim Ke Wei afirmou que: “A integração da robótica aumenta a eficiência operacional e as capacidades de nossos oficiais de linha de frente, permitindo que sejam mais eficazes em suas funções”.

Cada um dos robôs conta com um sistema de alto-falantes interno que emite mensagens de áudio e um painel LCD na parte de trás que mostra mensagens visuais. Eles têm em média 1,70 metros de comprimento, mas possuem hastes extensíveis de até 2,3 metros.

Estão também equipados com múltiplas câmeras, que proporcionam uma visão de 360 ​​graus, o que permite à polícia aeroportuária ter uma “visão irrestrita” para uma “melhor gestão de incidentes”, acrescentou Wei.

Estes são os primeiros robôs a serem utilizados com finalidades públicas na cidade-estado, em que habitam mais de cinco milhões de pessoas. Outras versões mais antigas dos robôs já haviam sido usadas em desfiles públicos nos anos de 2018 e de 2022.

Foto destaque: Robô faz patrulha no aeroporto. Reprodução/Ryan Quek/Força Policial de Singapura via CNN

Michael Jordan venderá suas ações do Charlotte Hornets e lucrará R$ 13,1 bilhões

O grande ex-astro do basquete, proprietário do time Charlotte Hornets e bilionário americano Michael Jordan, vai vender sua parte majoritária do time por aproximadamente US$ 3 bilhões para dois investidores privados americanos, Gabe Plotkin e Rick Schnall.

O bilionário havia comprado o poder do time por US$ 275 milhões no ano de 2010, quando o time era conhecido ainda como Bobcats. A Forbes estima que o atleta ganhará aproximadamente dez vezes mais do que o valor pago inicialmente pela compra da equipe, o que será equivalente a R$ 13,1 bilhões.

Jordan irá manter sua participação, mas de forma minoritária. A porcentagem exata, bem como o número de ações que serão vendidas não foram divulgadas. Os compradores incluem o cantor country Eric Church e o rapper J. Cole, ambos nascidos na Carolina do Norte, como o Jordan. Com o Chicago Bulls na década de 1990, Michael ganhou seis campeonatos de basquete e até hoje é considerado o maior jogador da modalidade de todos os tempos.


Michael Jordan na torcida pelo Charlotte Hornets. (Foto: Reprodução/Getty Images via Globo Esporte)


O alto prêmio pago pela propriedade do Hornets configura que as equipes de basquete ainda estão valendo muito, o que fez com que diversos proprietários pensassem em vender suas ações para obter mais lucros. A transação de venda do Hornets é a terceira maior da NBA.

No último mês de dezembro, um grupo que tem Matt Ishbia como líder, fez a compra de ações majoritárias do time Phoenix Suns e do Phoenix Mercury. A transação incluiu todas as participações do ex-proprietário que havia sido suspenso por má conduta, Robert Sarver. O grupo comandado por Ishbia comprou também participações na Dyal HomeCourt Partners como parte do acordo. A empresa havia participado do recente investimento no Hornets.

As ações do Milwaukee Bucks de Marc Lasry foram vendidas em abril para Jimmy e Dee Haslam, atuais donos do Cleveland Browns. Os Bucks atualmnte valem cerca de US$ 3,5 bilhões.

Foto destaque: Michael Jordan. Reprodução/Foc Kan/WireImage/Getty Images via Exame

Sexto sobrevivente de naufrágio em SC é resgatado pela Marinha

No início da noite deste domingo (18), a Marinha Brasileira informou que um dos três homens que continuavam desaparecidos depois do naufrágio do pesqueiro “BP Safadi Seif“, foi encontrado com vida no litoral catarinense. O naufrágio havia ocorrido na noite de sexta-feira (16), e outros cinco trabalhadores já haviam sido localizados com vida na noite de sábado (17). Outros dois ainda estão desaparecidos.

Reconhecido como Deivid Luiz Monteiro Ferreira, ele foi conduzido em aeronave Super Cougar, da Marinha Brasileira, até a base aérea de Florianópolis, e posteriormente foi encaminhado ao Hospital Celso Ramos através do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).


Sexto sobrevivente ao naufrágio (Foto: Reprodução/Divulgação/Marinha do Brasil via CNN)


O capitão-tenente Paiva Aguiar, piloto do 2º Esquadrão Geral de Helicópteros de Emprego Geral, relatou que: “Conseguimos encontrar o náufrago preso a uma boia indicadora de local de pesca, realizamos a aproximação descemos o cesto junto com os nossos mergulhadores e fizemos o resgate do náufrago. Inicialmente estava em uma condição lúcida, desidratado e há dois dias à deriva. Trouxemos para a base de Florianópolis, onde havia uma base do Samu para recebê-lo e dar os primeiros socorros”.

De acordo com a Marinha, Deivid se encontrava com hipotermia grave e foi resgatado a cerca de 200 quilômetros da costa catarinense. O primeiro socorro médico já em terra foi prestado por uma equipe do helicóptero Arcanjo, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

As buscas terminaram no domingo a noite e retomadas nesta segunda-feira (19). Os dois ainda desaparecidos são:

Alisson da Silva Santos

Diego Silva de Brito

Um dos trabalhadores resgatados na noite de sábado, Luiz Carlos Messias da Silva, disse que os três homens que ainda estavam desaparecidos haviam saltado do barco antes dos demais trabalhadores.


O pesqueiro “Safadi Seif” (Foto: Reprodução/Redes Sociais via g1)


A procura pelos trabalhadores ainda desaparecidos está concentrada na área onde as outras cinco vítimas foram resgatadas no sábado (17), a mais ou menos 160 quilômetros do litoral.

Luiz Carlos afirmou ainda que o barco alagou após uma forte onda: “Estávamos trabalhando, estava tudo tranquilo, depois veio uma onda muito violenta” e “Não foi fácil pra gente. O mar estava muito grosso, as ondas muito fortes. E nós, naquela balsinha. Mas, graças a Deus, conseguimos escapar”.

Os primeiro cinco encontrados, todos saudáveis, estavam juntos em uma balsa pequena que havia sido levada por eles. Eles foram resgatados através do rebocador Thor Frigg, que auxiliou nas buscas sob a orientação da Salvamar Sul, unidade da Marinha que coordena e realiza operações de busca e salvamento no mar da região.

Os sobreviventes encontrados a princípio, foram levados para terra firme e desembarcaram na manhã de domingo em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. Foram eles: Luiz Carlos Messias da Silva, Zoel Teixeira Barros, Domingos Pereira do Rosário, Mário Gomes Soares e Djalma dos Santos Silva.


Os cinco sobreviventes ao naufrágio. (Foto: Reprodução/Divulgação/Marinha do Brasil via UOL)


O naufrágio do pesqueiro ocorreu na noite de sexta-feira (16), quando o último contato havia sido feito a 40 quilômetros da costa do município de Garopaba, litoral Sul catarinense.

De acordo com a Capitania dos Portos, as buscas começaram na mesma noite.

Silvio Luís dos Santos, comandante do 5º Distrito Naval, informou, em entrevista coletiva, que a Marinha do Brasil havia emitido um alerta na véspera sobre os efeitos da passagem de um ciclone extratropical pelo mar.

Foto destaque: Resgate dos sobrevivente ao naufrágio. Repodução/Divulgação/CBM-SC via Correio Braziliense

Prisão de ginecologista por abuso sexual aconteceu após diversas denúncias feitas pelas vítimas

Nesta semana, um médico especializado em ginecologia e obstetrícia foi preso no Paraná acusado de cometer abusos sexuais contra diversas de suas pacientes. De acordo com as denúncias, os crimes aconteciam dentro do seu próprio consultório. 15 mulheres denunciantes Já foram à polícia ao menos uma vez. O médico é Felipe Sá, de 40 anos, formado pela Universidade Federal de Goiás, especializado em ginecologia e obstetrícia, com mestrado em saúde pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Na última quinta-feira (15) ele foi preso temporariamente na serra de Maringá, onde ele tem consultório, acusado de crimes sexuais.


Felipe Sá ao ser preso (Foto: Repodução/RPC via G1)


Relatos:

Uma das vítimas diz: “Felipe foi uma indicação, sempre foi muito conhecido pelo parto humanizado, atendimento humanizado […] É isso que me motivou a fazer a denúncia, né? Porque ele usa um discurso de empoderamento feminino pra atrair mulheres pra poder abusar delas”.

Não se conheciam as três primeiras vítimas denunciantes, mas se conectaram nas redes sociais após comentarem em um grupo de discussões de mães.

A vítima contou que: “Uma mulher teve a coragem de não recomendá-lo nesse grupo. Ele foi muito bom comigo até o dia em que eu fui sozinha na consulta. Aí outras mulheres começaram a se pronunciar nesse grupo. E aí a gente foi conversar ali individualmente e, enfim, a gente identificou que a linha de atuação dele é a mesma para todas”.

Mais uma das vítimas, que preferiu não se identificar, procurou o médico Felipe Sá para acompanhar a gravidez. Ela diz que Sá quis fazer hipnose com ela durante a consulta.

Ela relata: “Ele pediu pra que eu fechasse os olhos, que eu me imaginasse num lugar paradisíaco, contou até dez, estralou os dedos. Mas em nenhum momento eu estava hipnotizada, eu estava em sã consciência. Ele falou: “/não, é sério. Se imagine tendo relações sexuais só com coisas que estejam dentro dessa sala. “/ Aí ele começou a pegar pesado do tipo, “/você se tocaria agora?”/”.

A vítima também observou que o médico lhe disse para ela não se conter: “Eu sou profissional o suficiente pra poder separar as coisas, eu não vou ficar excitado”. “E ele foi insistindo, de eu me tocar, deu tirar minha blusa”, relembra ela.

Dentre os relatos feitos à polícia, uma mulher afirmou que no meio de um exame, o ginecologista colocou a mão no canal vaginal dela, e mudando a posição da mão, começou a estimular seu clitóris.

Outra vítima disse à polícia que durante todo o tempo da consulta, que durou cerca de uma hora, o médico pediu para ela levantar a blusa 12 vezes. Ela negou todos os pedidos. Tratando-se de um caso de importunação sexual segundo a polícia.

De acordo com a polícia, foi necessária a prisão temporária do médico para que as investigações pudessem seguir em curso.

O delegado Dimitri Tostes Monteiro afirmou que: “Ele utilizava esse expediente aí, esse universo de fragilidade feminina pra supostamente praticar esses atos sexuais”.


Felipe Sá ao ser preso (Foto: Reprodução/RPC via G1)


O médico Felipe Sá foi levado ao presídio público de Maringá. O mandado de prisão é inicialmente de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Felipe Sá deve ser interrogado depois de ouvidas todas as vítimas denunciantes.

O Conselho Regional de Medicina informou em nota que instaurou um processo para averiguar as denúncias de um possível desvio de conduta ética por parte do médico Felipe Sá e que esse processo é sigiloso.

De acordo com a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná, a hipnose pode ser utilizada como terapia, porém existem regras:

“A hipnose é uma terapia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999, por ser um procedimento, deve ter um termo de consentimento e não pode ser utilizada para redução da resistência física sem ser para uma terapia”, diz Acássia Nasser, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná.

Já a defesa afirma: “As alegações contra o meu cliente são infundadas e não condizem em nada com seu histórico profissional. No mais, todos os elementos da defesa serão apresentados durante o transcurso do processo judicial”. Disse o advogado, em vídeo de resposta enviado ao programa Fantástico, da TV Globo.

Foto destaque: Médico Felipe Sá Ferreira. Reprodução/RIC Mais

Em evento, Alexandre de Moraes defende a regulamentação das redes sociais

Nesta terça-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, voltou a defender a regulamentação das redes sociais e o funcionamento das maiores empresas de tecnologia do Brasil, após dizer que as big techs apresentam “relutância” em remover do ar conteúdos ilegais que atentam contra a democracia.

O ministro afirmou que as companhias já têm meios para retirar do ar publicações que estão ligadas, por exemplo, à pedofilia, entre outros crimes, e que poderiam utilizar esses mecanismos para incluir ataques à democracia e crimes de ódio, como protestos nazistas. “O que tem é má vontade, comodismo. É muito dinheiro envolvido. Se é má vontade, tem que ser regulamentado. Faz parte da democracia”, disse ele.

Moraes afirmou ainda que, caso o Congresso não promova essa regulamentação, conforme foi discutido no Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020), o STF deve agir sobre o assunto, com uma ação que pretende questionar citações do Marco Civil da Internet. “Sempre é bom uma regulamentação, mas se não houver isso, o Judiciário, instigado, provocado, ele tem que se manifestar, e vai julgar”, afirma o ministro.


Alerta de Fake News do celular (Foto: Reprodução/Hora do Povo)


Atuando como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no período das eleições, o ministro explanou sobre como foi escutar a argumentação das empresas de que não era possível retirar as postagens em até uma hora, conforme decidido pela Justiça Eleitoral. No entanto, Moraes se defendeu e disse que sim, é possível. “Com um aperto de botão e 100 mil reais de multa por hora, tudo é possível”, afirmou ele.

Essas falas aconteceram em um evento da Revista Piauí para convidados e patrocinado pelo YouTube, que é vinculado ao Google, uma das grandes empresas de tecnologia do mundo, e que atualmente é alvo de uma investigação relatada pelo próprio Moraes.

Essa investigação dirigida ao Google foi aberta por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) após a empresa promover uma campanha em desacordo com PL das Fake News nos dias anteriores a sua votação na audiência da Câmara. Esta campanha acabou por levar ao adiamento da votação, sem prazo para nova data.

Por conta do domínio do Google nos serviços de buscas pela internet, com 97% da população brasileira utilizando esse tipo de serviço, a PGR pretende investigar um possível uso indevido de poder econômico da empresa durante esse episódio.

 

Foto destaque: Alexandre de Moraes. Reprodução/Rosinei Coutinho/Carta Capital

Dinossauro que habitou em terras brasileiras tem fóssil repatriado

Foi realizada nesta segunda-feira (12) a solenidade de repatriação do Ubirajara Jubatus, dinossauro que habitou regiões brasileiras há 110 milhões de anos. O evento foi em colaboração com representantes dos governos brasileiro e alemão, e foi sediado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Depois do encontro em Brasília, o fóssil do dinossauro seguirá para o Ceará, onde o espécime fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens da Universidade Regional do Cariri.

A ministra Luciana Santos afirmou que: “Sem dúvida, estamos diante de um momento histórico: um réptil que viveu há 110 milhões de anos e passou cerca de 30 anos fora, retorna ao seu sítio”, e que: “A repatriação foi um esforço dos pesquisadores e pesquisadoras do nosso país. É um patrimônio brasileiro que está de volta após uma cooperação bem-sucedida com a Alemanha.”.

A espécie do dinossauro, Ubirajara Jubatus, viveu no Geoparque  do Araripe, que ficou conhecido como centro paleontológico, entre o Ceará, Pernambuco e Piauí. Esses fósseis foram levados para a Alemanha na década de 1990, e foram descobertos há cerca de três anos no Museu Estadual de História Natural de Karlsruche, depois de uma publicação científica.

Julien Kimmingd, curador do museu alemão, defendeu a devolução dos restos mortais do dinossauro ao Brasil.

“O fóssil agora estará acessível para os pesquisadores e para a população brasileira”/”/, comemora.


Solenidade para repatriação do Ubirajara jubatus (Foto: Reprodução/Luara Baggi/MCTI via CNN)


O governador do Ceará, Elmano de Freitas, acrescentou: “Hoje é um dia para agradecer. Falamos de anos de procura e negociação de uma peça fundamental que explica os primórdios de vida na Terra. O Ubirajara é de grande representatividade para a população do Ceará, Nordeste e Brasil”.

Segundo a Universidade Regional do Cariri, o Ubirajara Jubatus é a primeira espécie de dinossauro não-aviário que contém estruturas parecidas com penas, que foi encontrado na América do Sul.

De acordo com a universidade, as discussões a respeito da devolução dos materiais tiveram o envolvimento do Itamaraty, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Embaixada da Alemanha na capital brasileira. O fóssil do dinossauro brasileiro, que havia sido contrabandeado, voltou ao país, chegando em Brasília com uma delegação do governo alemão em visita oficial ao Brasil.

Assinaram o trabalho científico que faz descrições da nova espécie, Norbert Lenz, atual diretor do Museu de História Natural de Karlsruhe, e Eberhard Frey, seu antecessor.

A repatriação do dinossauro ocorreu somente após decisão das autoridades do estado de Baden-Wûrttemberg, em julho de 2022, que revelou “má conduta científica” na obtenção dos restos mortais, conforme foi denunciado pelo Ministério Público Federal.

A legislação brasileira, desde 1942, decretou que os fósseis fazem parte do patrimônio da União. Portanto, eles não podem ser vendidos. Para sair do país, é necessária uma autorização oficial.

É terminantemente proibida a exportação de espécimes de referência de novas espécies, holótipos, como Ubirajara jubatus. Cientistas de fora só tem direito a coleta de materiais biológicos ou de minerais pertencentes ao Brasil, se envolverem pesquisadores brasileiros em seus trabalhos.

O trabalho que descreve a nova espécie de dinossauro, publicado na Cretaceous Research, não respeitou a lei e acabou mobilizando uma campanha virtual inédita com a hastag: “#UbirajaraBelongstoBR”, que significa “Ubirajara pertence ao Brasil”.

“Simboliza uma nova fase no jeito de fazer ciência com respeito às legislações nacionais e aos direitos das sociedades”, disse Allyson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens.

Com o alvoroço internacional causado por essa ação, a revista científica imediatamente anunciou a retratação do artigo, cancelando a publicação do trabalho.

Foto destaque: Ubirajara jubatus. Reprodução/Luara Baggi/MCTI via CNN