Campeã olímpica em Tóquio 2020, a brasileira Ana Marcela Cunha disputou a maratona aquática em Paris nesta quinta-feira. Apesar da polêmica e de alguns relatos negativos acerca das condições do Sena, Ana Marcela e a brasileira Viviane Jungblut afirmaram que não perceberam nenhuma anormalidade.

Polêmica do Sena

Mesmo que não tenham detectado nada de estranho no lugar de competição, as brasileiras que ocuparam a quarta e a décima primeira posições na maratona aquática adotaram cautela durante a competição. Quando perguntada a respeito das condições do rio, Ana Marcela citou os casos dos atletas que deixaram suas provas se sentindo mal.

Ainda, ela afirmou que não sentiu nenhum odor fora do comum enquanto nadava e também, falou que acredita que a organização não colocaria a saúde dos atletas em risco e que vai ver como se sentirá nos próximos dias.

Em entrevista ao Globo Esporte, ela usou do bom humor ao dizer que bebeu alguns goles da água do rio que corta a capital da França. “Eu não vi nada… Vamos rezar pelo próximo dia e tá tudo certo”, brincou.

_{Ana Marcela antes da disputa da maratona aquática feminina (Foto: Reprodução/Instagram/@fda_br)}

Saúde dos Atletas

Ana Marcela relatou que não acredita que a organização colocaria a saúde dos atletas em risco ao terem de nadar em um rio poluído. Contudo, até o momento quatro competidores deixaram a disputa das suas modalidades após nadar no Sena: a belga Claire Michel, o suíço Adrien Briffod, e os triatletas portugueses Vasco Vilaça e Melanie Santos.

Michel e Brifford tiveram sintomas gastrointestinais confirmados. Posteriormente, o Comitê Olímpico Português afirmou que seus atletas possuíram os mesmos problemas. Já o Comitê Olímpico Belga, optou por abdicar da prova do triatlo misto em função da saúde dos seus atletas.

Um ano atrás, na Copa do Mundo de natação sediada em Paris, uma etapa teve de ser cancelada devido as condições de poluição do rio Sena, relembrou a segunda representante do Brasil na maratona aquática feminina, Viviane Jungblut. A gaúcha falou que o evento-teste de 2023 foi cancelado no dia, gerando uma insegurança para a disputa de hoje.

“Confesso que não deu pra notar muita diferença na hora, a gente tá tão focado no processo, sabe, mentalizando cada braçada, que a gente acaba não prestando muita atenção. Amanhã, depois de amanhã, eu já não sei (risos). Mas por enquanto a água ainda não teve nenhum reflexo ruim”, finalizou.

_{Viviane Jungblut disputando a maratona aquática feminina nas Olímpiadas de Paris (Foto: Reprodução/Luiza Moraes/Instagram/@esportes.dela)}

Após muitas polêmicas e questionamentos, a organização das Olímpiadas de Paris foi forçada a ir a público garantir que as condições do rio eram seguras para a competição da maratona aquática feminina, ocorrida nesta quinta-feira. O Comitê Olímpico e a World Aquatics, órgão que regula a modalidade, confirmaram que os últimos testes da qualidade da água do Sena foram bem avaliados.

Foto destaque: Ana Marcela Cunha na sua preparação para os Jogos de Paris (Reprodução/Instagram/@anamarcela92)

A seleção brasileira masculina de vôlei foi derrotada por 3 sets a 1 pelos Estados Unidos, na última segunda-feira. O duelo com a equipe americana era válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos e assim, o Brasil encerrou sua participação no torneio em oitavo lugar. Há 52 anos os brasileiros não ficavam tão distantes do pódio, em 1972, nos Jogos de Munique, a equipe também ficou em oitavo lugar.

Novo Torneio Olímpico

Mudanças foram feitas no torneio olímpico de vôlei para Paris. A disputa que antes era composta por dois grupos com seis seleções, passou a ter três grupos de quatro equipes, onde os dois primeiros colocados das chaves avançam às quartas, assim como os dois melhores terceiros colocados.

No antigo formato, os dois primeiros colocados de cada chave avançavam direto para as semifinais. Nas Olímpiadas de Munique o Brasil terminou em quarto lugar da chave B, dessa forma, precisou disputar outras partidas para ver qual posição ocuparia na classificação geral. Com a derrota nos dois jogos extras, a equipe verde e amarela ficou na oitava posição.

_{Equipe masculina de vôlei na preparação para os Jogos de Paris (Foto: Reprodução/Instagram/@bruninho1)}

Pior Resultado em Anos

Tricampeã olímpica, a equipe de vôlei masculino do Brasil costuma ser destaque em Olímpiadas. A seleção só ficou abaixo da oitava posição uma vez em toda a história, em 1968, na edição disputada na Cidade do México, quando terminou os Jogos em nono lugar. O time verde e amarelo marcava presença nas semifinais desde 2000, em Sydney.

A eliminação precoce do elenco comandado por Bernardinho frustrou os torcedores. Apesar da mudança no torneio, a derrota nas quartas de final deixa a Seleção Brasileira de fora do pódio olímpico pela segunda vez consecutiva. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, os brasileiros perderam a disputa do bronze para a Argentina e ficaram em quarto lugar.

A última vez em que isso aconteceu foi há mais de 20 anos, em Atlanta 1996 e Sydney 2000, quando a seleção tricampeã olímpica terminou o torneio na quinta e sexta posições, respectivamente.

Foto Destaque: Seleção Brasileira Masculina de vôlei na partida contra o Egito (Reprodução/ Ezra Shaw/Getty Images Embed)

Nesta segunda-feira (05), Tatiana Weston-Webb conquistou o segundo lugar do surfe feminino nas Olimpíadas de Paris. Nas baterias de Teahupoo, a porto-alegrense criada no Havaí faturou mais uma medalha de prata para o Brasil. Apesar do sobrenome, Tati escolheu representar o país de origem nas competições.

Início de tudo

Tatiana Weston-Webb nasceu em 9 de maio de 1996, em Porto Alegre, mas juntamente com os seus pais, a bodyboarder brasileira Tanira Guimarães e o surfista britânico Douglas Weston-Webb, prontamente se mudou para o Havaí. Com a ida para o país norte-americano com poucas semanas de vida, a surfista cresceu entre o solo havaiano e a Flórida.

Foi aos três anos de idade que a atleta foi para o mar pela primeira vez. Tatiana teve sua primeira ligação com o esporte no Havaí, quando seu pai pegou um par de boias, colocou em seus primeiros braços e a levou para desbravar o mar. Seu irmão mais velho, Troy, foi um dos maiores incentivadores para que a pequena Tati entrasse no esporte.

Aos oito anos de idade a vice-campeã olímpica já disputava competições ao lado do irmão, que optou por não seguir carreira profissional. Após somar conquistas nos Estados Unidos, a surfista se tornou campeã mundial júnior em 2013 e 2014.

_{Tatiana Weston-Webb ao lado da família antes das Olímpiadas de Paris (Foto: Reprodução/Instagram/@tatiwest)}

Brasil por amor

Em seus primeiros passos como surfista, Tatiana Weston-Webb optou por representar a ilha havaiana. Entretanto, a atleta sempre teve um leque de opções quando o assunto era escolher por quem competir. Além do Havaí, ela podia escolher os Estados Unidos, a Inglaterra e o Brasil. Foi em 2014, quando começou a namorar Jessé Mendes, o também surfista brasileiro que hoje é seu marido, que Tati ganhou um motivo a mais para estreitar seus laços com o país.

Ao falhar sobre sua escolha no podcast “Olympic.com”, a atleta afirmou que seguiu o coração ao decidir quem defenderia. Tatiana também disse que se sente mais brasileira do que tudo, não havaiana e nem estadunidense. “Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida”, completou.

_{Tatiana Weston-Webb em Teahupoo durante a disputa dos Jogos Olímpicos (Foto: Reprodução/Instagram/@tatiwest)}

Elite do surfe

A brasileira se manteve entre as 10 melhores surfistas do mundo desde que entrou na elite do surfe mundial, em 2015. No seu melhor ano, 2021, Weston-Webb alcançou a segunda posição do ranking, superada por Cassia Moore, uma das suas grandes inspirações. Além disso, ela venceu a etapa do circuito mundial de Margaret River e participou da primeira edição do surfe nos Jogos Olímpicos, em Tóquio. Mas na ocasião, Tati foi eliminada nas oitavas de final da disputa pelo pódio.

Nas Olimpíadas deste ano, ela teve um desempenho muito diferente do da última edição. Foi no mar de Teahupoo, na Polinésia Francesa, surfando uma das ondas mais perigosas do mundo, que Tatiana Weston-Webb conquistou a medalha de prata na modalidade. Em maio, três meses atrás, Teahupoo foi palco de mais uma marca da atleta, a primeira nota 10 de uma mulher no local.

_{Tati Weston-Webb após a conquista da medalha de prata no surfe feminino (Foto: Reprodução/Instagram/@cbsurfoficial)}

A casa do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris já foi território proibido para competições femininas. Durante 15 anos, de 2007 a 2022, Teahupoo não recebia as competições de mulheres. Segundo a ASP (antiga liga mundial do surfe), o pico era muito perigoso para as mulheres. Foi na tentativa da WSL (atual liga mundial do surfe) de equiparar homens e mulheres no surfe mundial que isso ficou para trás.

Tati tem uma forte ligação com o Taiti, incentivada pelos pais, a medalhista olímpica aproveitava as grandes e potentes fortes do Havaí para aprimorar seu surfe. A paixão pelas grandes ondas está no sangue dela e, com a conquista olímpica, parece que todo o esforço deu resultado.

Foto destaque: Tatiana Weston-Webb surfando no mar de Teahupoo (Reprodução/Instagram/@tvglobo/@cbsurfeoficial)

A disputa da final da trave, nas Olímpiadas de Paris, ocorreu nesta segunda-feira, às 7h. Simone Bales e Rebeca Andrade, protagonistas da ginástica artística mundial, não conseguiram um lugar no pódio. A queda da americana deu esperança de um ouro para a brasileira, que também não alcançou uma medalha.

Surpresa

Simone Bales, que se consagra como uma das maiores atletas da ginástica mundial, já faturou três medalhas de ouro nas Olímpiadas de Paris. Campeã olímpica por equipes, do salto e do individual geral, a americana teve uma queda crucial para sua colocação na disputa da trave. Com uma nota de 13.100, a atleta ficou em quinto lugar entre as oito ginastas. Rebeca Andrade, que se junta a americana na disputa das primeiras posições da maioria dos aparelhos, também não ficou entre as três melhores atletas da trave.

Com a falha de Bales, a esperança era de que a brasileira, que também já conquistou três pódios nessa edição dos Jogos, sendo duas de prata e uma de bronze, se consagrasse campeã olímpica do aparelho. Contudo, Rebeca também não conseguiu a medalha, e a falta das duas atletas no pódio impressionou o público.

_{Rebeca Andrade e Simone Bailes posam para foto no pódio olímpico (Foto: Reprodução/Luiza Moraes/COB)}

Apresentação da Rebeca

O 13.933 de Rebeca Andrade foi insuficiente para conquistar um lugar no pódio. Apesar do quarto lugar da brasileira, ela conseguiu melhorar a performance apresentada nas Olímpiadas de Tóquio, quando alcançou a quinta posição do aparelho.

Os ex-atletas olímpicos e comentaristas da ginástica na TV Globo, Daiane dos Santos e Diego Hypólito, explicaram que a nota de dificuldade comprometeu a nota final da brasileira. Por apresentar séries muito difíceis, a nota de dificuldade acaba sendo determinante para o resultado.

A campeã do aparelho nesta edição dos Jogos Olímpicos foi a italiana Alice D”/Amato, que com uma nota de 14.366, levou o ouro. O segundo lugar ficou com a chinesa Zhou Yaqin (14.100), seguida pela também italiana Manila Esposito (14.000), com o bronze. 

Foto Destaque: Rebeca Andrade e Simone Bales na disputa da final da trave (Reprodução/Instagram/@cbginastica/@sportv)

Nesta segunda-feira, às 9h20, Rebeca Andrade fará sua possível última competição de solo. A brasileira disputará sua quinta e última final nas Olímpiadas de Paris ao som de Beyoncé, Anitta e “Baile de Favela”. Aos 25 anos, a ginasta quer dar um descanso aos joelhos, que operou três vezes.

Despedida do Solo

Rebeca Andrade está em busca de ser a primeira ginasta brasileira a subir no pódio da disputa do solo. Dona de cinco medalhas olímpicas, sua melhor posição no aparelho foi alcançada em Tóquio, quando ela ficou em quinto lugar. Já em Mundiais, Rebeca tem uma prata e um bronze.

Embora a apresentação de solo de Rebeca seja sempre aclamada pelo público, a atleta revelou que ela deve ficar em segundo plano para o próximo ciclo olímpico. Ainda, em entrevista para o Globo Esporte, a brasileira afirmou que o solo é o aparelho mais difícil para ela.

“O solo consome. Quando volta a trabalhar no tablado, ela volta a sentir dores. É isso que ela não quer suportar mais. Ela faz um treino muito bom, compete muito bem, no outro dia está acabada. Não é só cansaço físico. O joelho volta a doer. Esse é o aparelho que exige mais”, disse o técnico Francisco Porath.

_{Rebeca Andrade na disputa das classificatórias das Olímpiadas de Paris (Foto: reprodução/Intagram/@fygymnastics/@cbginastica)}

Próximo Ciclo

Os próximos passos da ginasta rumo a Los Angeles 2028 ainda são incertos, mas continuar competindo nos quatro aparelhos não é um objetivo de Rebeca Andrade. Após passar por três cirurgias nos joelhos, ela pretende preservar sua saúde ao não disputar o individual geral, pois o solo, aparelho que exige muito da atleta, deve ficar de lado. Contudo, ainda existem chances de uma possível mudança de planos.

“Não vou mais fazer solo porque exige muito, mas vai que dá um tchan na minha cabeça e vai que o corpo melhora, a gente faz muita fisio, os médicos estão sempre evoluindo o tratamento com a gente, isso para a gente é muito bom“, revelou a medalhista olímpica.

Em Paris, somando exibições do treino de pódio, ensaios gerais da ginástica artística e as disputas das finais, Rebeca vai apresentar 19 séries em 12 dias, sendo cinco de solo. É essa rotina exaustiva de grandes competições que ela quer evitar para o seu próximo ciclo. Ao deixar de competir por um aparelho, a ginasta reduz consideravelmente o número de rotinas por competir.

Foto Destaque: Rebeca Andrade comemora a medalha de prata no salto (Reprodução/Instagram/@rebecarandrade)

Gabriel Medina protagonizou mais um momento histórico para o surfe mundial nesta segunda-feira (29) nas Olimpíadas de 2024. Após surfar um tubo quase perfeito nas oitavas de final contra o japonês Kanoa Igarashi, o brasileiro tricampeão mundial de surfe teve foto viralizada na internet.

O momento

O surfista brasileiro teve sua revanche contra Kanoa Igarashi, atleta que eliminou Medina nas semifinais das Olimpíadas de Tóquio, em 2021. Na disputa pela vaga nas quartas de final, Gabriel conquistou a maior nota da história do surfe olímpico.

O tubo quase perfeito do brasileiro rendeu uma nota 9,90 na sua bateria, mas, além disso, também proporcionou um registro icônico para o surfe mundial. Depois da manobra, Medina saltou e fez sinal com o dedo indicador. Registrada pelo francês Jerome Brouillet, a imagem onde o surfista parece voar viralizou na internet. Vídeos da transmissão mostram o momento exato do acontecimento.

_{Gabriel Medina surfando onda que rendeu a maior nota da história do surfe olímpico (Vídeo: Reprodução/X/@geglobo)}

Campanha de Medina

A equipe brasileira de surfe chegou a Paris com a maior delegação de atletas, entre homens e mulheres. Seis surfistas foram representar o Brasil na modalidade. Favorito à medalha de ouro em Paris, o histórico vitorioso de Medina no mar de Teahupo’o, no Taiti, na Polinésia Francesa, e suas boas atuações nas fases iniciais da competição reforçam seu favoritismo.

_{Foto viral de Medina “voando” após tubo quase perfeito (Foto: Reprodução/Instagram/@gabrielmedina)}

O brasileiro, que somou 17,40 em duas ondas nas oitavas de final contra o japonês Kanoa Igarashi, agora duelará contra o outro representante do Brasil que segue na competição. Gabriel Medina e João Chianca disputarão uma vaga nas quartas de final da modalidade para ver qual atleta brasileiro seguirá rumo à medalha olímpica.

Foto destaque: Medina na vitória da estreia dos Jogos Olímpicos de Paris (Reprodução/Instagram/@gabrielmedina)