O cantor e compositor Caetano Veloso convidou diversos membros da classe artística para um protesto hoje, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. O objetivo do ato é chamar atenção e trazer visibilidade do país inteiro a respeito de projetos de lei que ameaçam o meio ambiente brasileiro, através do aumento do uso de agrotóxicos e exploração de terras indígenas. Os projetos atualmente estão em tramitação no Congresso, sob o comando de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. 

Em um manifesto lido por Caetano para Pacheco no Salão Negro do Congresso Nacional, o cantor diz que “Como mineiro, o senhor sabe bem a quantidade de sofrimento humano provocado por tragédias climáticas e ambientais. Não nos esqueçamos de Mariana e Brumadinho, onde a população até hoje chora seus mortos e suas perdas. Recentemente, o desequilíbrio climático causou enchentes mortíferas em Belo Horizonte. Neste ano, a minha Bahia ficou debaixo d’água, e o Rio de Janeiro, estado que me acolheu, ainda recolhe os destroços da catástrofe de Petrópolis. Nada disso são imagens de um futuro distante, senhor presidente. Está tudo acontecendo agora.”

_{Duda Beat, Rafa Kalimann e Baco Exu do Blues em frente ao Congresso, em Brasília. (Foto: Reprodução/Revista Quem/AgNews)}

A atriz Alessandra Negrini, que advoga pelos direitos dos povos indígenas, diz que o povo precisa se atentar em relação ao cenário político, que está se agravando. Segundo Negrini, a intenção desses projetos é legalizar garimpos ilegais já existentes, colocando em risco comunidades inteiras, bem como colocando os rios em risco. Entre as solicitações dos artistas, está a priorização de 11 audiências a respeito do meio ambiente, com pautas que vão do desmatamento da Amazônia à grilagem de terras e queimadas no Pantanal. 

O protesto reuniu mais de 40 artistas, cidadãos de Brasília e mais de duas centenas de organizações da sociedade civil e movimentos sociais em prol da defesa ambiental. Após os pronunciamentos pontuais de vários artistas, Caetano Veloso cantou seu clássico “Terra”. 

Foto Destaque: Caetano Veloso canta “Terra” em frente ao Congresso Nacional. (Foto: Reprodução/Instagram @midianinja)

A comoção nacional com a morte da cantora sertaneja, Marília Mendonça, foi muito além das ruas e das redes. A falta da Rainha da Sofrência, foi e ainda é sentida nos palcos e bastidores também. Um grande exemplo disso, são as irmãs Maiara e Maraisa, que manifestaram publicamente diversas vezes a dor de perder uma amiga tão íntima, seja no Instagram, Twitter ou nos shows, onde já fizeram lindas homenagens. 

_{Marília Mendonça, Maiara e Maraisa no lançamento do projeto “Patroas” em São Paulo. (Foto: Reprodução/Leo Franco/AgNews)}

No The Noite, programa de Danilo Gentili, que vai ao ar na noite desta quarta-feira (09), as gêmeas falam sobre o processo da perda inesperada, e o que essa ausência acarretou em suas vidas. Maraisa conta até sobre ter cogitado um momento de pausa na carreira, quando estava emocionalmente enfraquecida. Apesar disso, ela fala sobre como a força da irmã Maiara a ajudou a se fortalecer, e como as expectativas das pessoas eram diferentes da tristeza e da inércia em que a cantora se encontrava.

O projeto “As Patroas” contava com uma turnê, o “Festival das Patroas”, que teve seu anúncio um mês antes da morte de Marília, e foi oficialmente cancelada em fevereiro de 2022. Planejada para ter início em março e fim em maio deste ano, a turnê não pôde ir em frente incompleta. Mesmo assim, no comunicado oficial do cancelamento, a Live Nation Brasil e a Workshow dizem que “ainda há muito a se resolver sobre tudo que envolve Marília Mendonça. Maiara e Maraisa por sua vez, ainda nutrem o desejo de um dia poderem realizar o sonho que construíram com a amiga”. 

Marília Mendonça faleceu aos 23 anos, vítima de um acidente aéreo no oeste de Minas Gerais, enquanto viajava para cumprir a agenda de shows, em novembro de 2021. A aeronave que transportava a cantora levava também seu produtor, o tio que era seu assessor, além do piloto e do co-piloto do avião. Marília deixou o filho de então 1 ano de idade, Léo.