A cúpula do Brics ocorrerá na próxima semana na África do Sul, a partir do dia 21. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu para que seu embaixador no Brasil, Ruslan Spirin, entrasse em contato com o presidente Lula para que ele tente convencer o representante russo na reunião a pensar numa alternativa para o fim da guerra.

Recado a Lula

Em entrevista à CNN Brasil, o embaixador ucraniano Ruslan Spirin afirmou que seu país busca a paz, e que conta com toda a amizade e a possível influência de Lula sobre Putin para que ele o convença a retirar o seu exército de todo território da Ucrânia e, consequentemente, ponha fim à guerra entre os dois países.

Spirin assume que dificilmente Lula tratará do assunto na cúpula com o representante russo, pois acredita que o presidente brasileiro já deu sinais de que o Brasil quer o fim da guerra do jeito que está, sem a devolução dos territórios conquistados pela Rússia para a Ucrânia.

O pensamento dos ucranianos para o fim da guerra em uma futura negociação é a retirada das tropas russas de seus territórios e a consequente devolução dos territórios conquistados pela Rússia.

Pressão pelo apoio de Lula

A proposta de Lula é de que países não envolvidos formem um grupo para discutir iniciativas concretas e propor negociações diplomáticas para o fim da guerra.

A Ucrânia alega que o processo de paz deveria começar com a retirada total do exército russo de seu território, inclusive da Criméia, para aí sim iniciar uma conversa de paz e o fim do conflito.

_{Cartaz oficial da cúpula do Brics 2023 (Foto: reprodução/X/@SAEmbConakry)}

O que é o Brics

Brics são as letras iniciais dos países que formam um bloco econômico de cooperação entre nações emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, South Africa, formam esse bloco.

A cúpula do Brics

Neste ano, a cúpula ocorrerá na África do Sul e contará com os chefes de Estado de quase todos os países que representam o bloco. Brasil com Lula, Índia com Narendra Modi, China com Xi Jinping e a anfitriã com Cyril Ramaphosa.

Somente o presidente russo Vladimir Putin não poderá estar presencialmente na reunião já que poderia ser preso, pois há contra ele um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, e a África do Sul faz parte desse tratado. Ele mandará um representante e participará por vídeo.

O ponto central do encontro vai ser o uso das moedas locais no comércio exterior, em substituição ao dólar, a criação de um sistema comum de pagamento e a possível criação de uma moeda em comum conjunta entre os países.

Também será discutido a entrada de novos países no bloco, além da guerra entre Rússia e Ucrânia e seus impactos na economia global.

Foto destaque: Bandeira dos países que formam o bloco. Reprodução/X/@Brasil247

Na noite da última quarta-feira (16), o chefe do grupamento de emergências da ilha de Mauí, no Havaí, concedeu uma entrevista coletiva no qual afirmou que ao não acionar as sirenes de alerta durante o incêndio ocorrido na última semana, pode ter contribuído para salvar vidas.

Segundo Herman Andaya, administrador da Agência de Gerenciamento de Emergências de Mauí, afirma que os alertas são acionados em casos de tsunamis, e que caso fossem usados naquele momento, poderiam causar uma tragédia maior, pois o treinamento leva as pessoas irem para as montanhas, e o fogo estava vindo delas.

Os alertas

Segundo Andaya, outros dois tipos diferentes de alertas foram acionados por meios diferentes. O primeiro, mandava mensagens para o telefone da população alertando e o segundo transmitia mensagens de urgência no rádio e na televisão. Herman completou dizendo que as sirenes estão localizadas perto das praias, portanto se fossem acionadas, levariam as pessoas em direção ao fogo.

Tragédia poderia ser pior

A população havaiana é treinada para casos de tsunami, por ser uma ilha, acidentes desse tipo podem acontecer. O treinamento é feito para que a população fuja para áreas mais altas, como montanhas, assim que sirenes de alertas soem.

No caso do incêndio, o fogo veio de um vulcão, perto da montanha Mauka, para onde deveriam correr em caso de Tsunami. Se acionassem as sirenes, a população correria em direção ao fogo e a tragédia poderia ser pior ainda. Nesse caso, Andaya confirmou que a atitude tomada foi correta.

_{Carros destruídos pelo fogo na ilha de Mauí no Havaí (Foto: reprodução/Twitter/@SBTnews)}

O que dizem as autoridades

O governador do estado do Havaí, Josh Green, afirmou que a decisão de não acionar as sirenes de alerta foi correta. Foi instaurado por ele uma comissão para que se faça uma revisão nos planos de fuga em casos de incêndio, para que não sejam pegos de surpresa caso ocorra novamente.

Um grupo de investigadores também irão à ilha, juntamente com especialistas externos, a fim de esclarecer como o incêndio começou. Segundo Green, essa não é uma investigação criminal e sim para aprender como manter a população mais segura a partir de agora.

Foto Destaque: Incêndio histórico no Havaí. Reprodução/Twitter/@SBTnoticias

O Havaí sofreu nos últimos dias com um incêndio de proporções catastróficas deixando noventa e três pessoas mortas até o momento e centenas de feridos. O tempo seco aliado com os fortes ventos teriam contribuído para o fogo e sua rápida disseminação na ilha de Mauí.

Especialistas em clima afirmam que o aquecimento global que tem contribuído com diversas ondas de calor nesse verão do Hemisfério Norte, com recordes de calor nos Estados Unidos e na Europa, pode ter ajudado a agravar o incidente no Havaí.

O que dizem os especialistas

A contribuição humana para o aquecimento global está sendo estudada pelos cientistas, porém a maioria é categórica ao afirmar que estamos entrando em uma era chamada Fervura Global. Em julho, tivemos três semanas que foram consideradas as mais quentes de todos os tempos já registradas pela ciência.

No caso do Havaí, há indícios de que o tempo seco e os fortes ventos ajudaram a disseminar o fogo. Nessa época do ano costuma-se ter altos volumes de chuvas, porém o estado passa por uma seca severa a bastante tempo, do que pode ser fruto das mudanças climáticas no mundo.

Os climatologistas dizem que o Havaí tem recebido menos chuvas desde 2008, e com isso as secas vem aumentando a cada ano e o risco de incêndios também. No Twitter, a professora Katharine Hayhoe, uma das principais estudiosas sobre o clima, afirmou que a mudança climática não é capaz de iniciar incêndios, porém os intensifica e fazem ficar mais fortes e perigosos.

_{Cidade de Lahaina na ilha de Mauí no Havaí devastada pelo fogo (Foto: reprodução/Twitter/@sbtnews)}

Problemas energéticos

A ilha de Mauí sofre com sérios problemas com o abastecimento de energia para a população e, por isso, alguns habitantes não receberam os avisos de alertas em seus celulares.

Em outra cidade da ilha, Lahaina, com cerca de doze mil habitantes, há relatos da população de que não conseguiram sequer escutar as sirenes de aviso e foram só descobrir que o incêndio estava perto, quando escutaram vizinhos e amigos gritando e alertando do que estava acontecendo. Por conta disso, o governo local vem sendo bastante criticado.

Maior tragédia por incêndio do Século nos EUA

Essa está sendo considerada a maior tragédia por incêndio em um século nos Estado Unidos. Em 1918, 453 pessoas morreram em Minnesota em uma tragédia maior.

Segundo dados do governo havaiano, o número de mortos ainda pode aumentar por conta dos feridos e das áreas que ainda não foram vistoriadas. O incêndio foi tão forte que, segundo os médicos legistas está difícil o reconhecimento e a procura por corpos, pois muitos foram desintegrados devido ao forte calor das chamas. Cães farejadores estão ajudando nas buscas por restos de corpos.

Foto Destaque: Incêndio de proporções catastróficas no Havaí. Reprodução/Twitter/@sbtnews

A Argentina realizou neste domingo (13) as suas eleições primárias, que balizam quais candidatos irão disputar o cargo de presidente do país no próximo dia 22 de outubro. Entre os candidatos estão Sergio Massa, atual ministro da economia, Horácio Larreta, Patrícia Bullrich e Javier Milei.

Os centros de votação foram fechados às 18 horas e os dados divulgados pelo governo argentino destacam que 68% da população apta a votar compareceu às urnas e exerceu seu direito. O voto na eleição primária é obrigatório.

Primeiros Resultados

Os primeiros resultados começaram a sair por volta das 22 horas e o candidato da extrema direita, Javier Milei estava liderando a apuração com 32,57%, seguido pelos candidatos da coalisão Juntos por el cambio, dos candidatos da direita conservadora Patricia Bullrich e Horácio Larreta com 27,57%, e com o candidato governista da coalisão Union Pela Patria, de esquerda, Sergio Massa, com 25,48%.

_{Eleições primárias na Argentina (Foto: Reprodução/Twitter/@eixopólitico)}

Coalisões e candidatos

Patricia Bullrich e Horácio Larreta representam nessas eleições primárias a direita conservadora e tem como pauta principal o corte de gastos com a finalidade de combater a inflação, a redução de alguns impostos importantes, como o agrícola e equilibrar o orçamento público para tentar frear a atual crise econômica que assola o país.

O candidato governista e de esquerda, representante do Peronismo, deverá ser Sergio Massa, atual Ministro da Economia. O peronismo é o principal modelo político de esquerda argentino em décadas. Apesar de ser o candidato do governo, especialistas acreditam que a atual crise econômica da Argentina pode ser um empecilho para que ele seja eleito em outubro.

A outra coalisão, de extrema direita, comandada pelo economista Javier Milei, vem em ascensão nas últimas pesquisas de opinião. O candidato também é economista, e propõe acabar com o Banco Central Argentino, acabar com vários ministérios, a fim de, segundo ele, encolher o Estado.

As eleições prévias na Argentina servem para definir quem serão os candidatos nas próximas eleições presidenciais que ocorrerão em outubro desse ano. Os mais votados deverão ser os escolhidos pelas suas coalisões para concorrer ao pleito. Elas não definem e nem elegem o Presidente da nação nesse momento, somente após a votação principal.

Foto Destaque: Votação na Argentina. Reprodução/Twitter/ @valterbrito19

Após o assassinato do candidato presidencial do Equador, Fernando Villavicencio, na quarta-feira (09) em Quito, o presidente Guillermo Lasso fez um pronunciamento durante a madrugada, para anunciar o estado de exceção no país e afirmar que as eleições estão mantidas para o próximo dia 20 de agosto.

O pronunciamento

Guillermo Lasso começou o pronunciamento lamentando o assassinato brutal do candidato Fernando Villavicencio. Ao longo do discurso, afirmou que as eleições presidenciais estão mantidas para o próximo dia 20 de agosto e justificou que a melhor maneira de defender a democracia e o legado de Villavicencio é ir às urnas votar.

O presidente ainda definiu o assassinato como um crime contra a democracia, de caráter terrorista. Acusou os atiradores de quererem sabotar o processo eleitoral do país. Ele reafirmou que as autoridades estão reunidas e dispostas a fazer as eleições acontecerem e que a democracia não pode se render ao que chamou de “terrorismo eleitoral”.

Estado de exceção

Anunciado pelo presidente equatoriano, o estado de exceção no país permite as forças armadas irem às ruas com objetivo de ajudar a polícia e colaborar para a segurança dos cidadãos.

Com esse decreto, o presidente também está autorizado a interromper alguns direitos de cidadãos. Liberdades individuais estão restritas, correspondências poderão ser violadas pelo governo e reuniões poderão ser suspensas dependendo da quantidade de pessoas. O período em que irá vigorar o estado de exceção será de 60 dias.

_{Candidato presidencial Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros ao sair de comício em Quito (Foto: reprodução/Twitter/@agenciabrasil)}

O assassinato a tiros

Fernando Villavicencio foi alvejado por vários tiros ao sair de um comício na capital do país, Quito. Ele estava dentro do automóvel, que o levaria de volta ao seu comitê eleitoral.

Ao todo, nove pessoas ficaram feridas na troca de tiros. Seis pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com o assassinato. Um dos suspeitos acabou morrendo durante o tiroteio com a polícia local.

O ataque foi reivindicado pelo grupo “Los Lobos”, considerado uma das maiores facções criminosas do país. Eles declararam que a motivação do ataque foram as promessas não cumpridas por Fernando Villavicencio, além do suposto envolvimento do ex-político com corrupção. O grupo divulgou um vídeo no qual mostra Fernando recebendo milhões de dólares dos integrantes, para financiar a campanha eleitoral do ex-membro da Assembleia Nacional do Equador.

O presidente Guillermo Lasso finalizou o discurso prestando condolências à família de Villavicencio, afirmando estar indignado e enfatizando que o crime não ficará impune, em memória à luta de Fernando contra o crime organizado.

Foto destaque: Presidente equatoriano Guillermo Lasso. Reprodução/Twitter/@tarlouze