Sobre Luiz Araujo

Jornalista no site Lorena R7.

Brasil deixa de arrecadar R$ 410 bilhões por conta do mercado ilegal em 2022

Em 2014, o Brasil perdia para o mercado ilegal cerca de R$ 100 bilhões, mas no último levantamento feito em 2022 esse número mais do que quadruplicou, chegando a R$ 410 bilhões segundo o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).


Setor de Comércios é o mais prejudicado pelo comércio ilegal. (Reprodução/Pexels)


Segundo o levantamento, estima-se que a comercialização ilegal tenha resultado em uma perda de R$ 129,2 bilhões em impostos arrecados. Essa projeção é baseada na porcentagem tributária aplicável a cada produto, embora alguns casos apresentam dificuldades no cálculo dos valores. 

No Brasil, os cigarros podem sofrer uma tributação de até 90%, de acordo com o estado. O produto liderou o contrabando no país, tendo cerca de 162 milhões de maços confiscados ao longo do ano de 2022, de acordo com relatório aduaneiro anual da Receita Federal.

No entanto, ao ser levado em conta o volume financeiro, o dinheiro movimentado pelos cigarros no mercado ilegal no ano de 2022 foi equivalente a R$ 10,4 bilhões, valor considerado baixo em comparação com outras mercadorias.

De acordo com o FNCP, o setor de vestuário é o mais impactado em termos de volume, sofrendo perdas que chegam a R$ 84 bilhões, um aumento de 40% em relação ao ano de 2021.Em seguida estão as bebidas alcoólicas cujos desvios chegam a R$ 72,2 bilhões. 

Segundo o presidente do FNCP, Edson Vismona, as perdas não se limitam somente às questões econômicas, elas também afetam a competitividade da indústria nacional. Ao não pagarmos impostos em produtos ilegais, o ilegal fica mais barato provocando uma concorrência desleal que prejudica a geração de empregos formais para o povo brasileiro.

Dentre os setores mais afetados pelo mercado ilegal, destacam-se as bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões), cosméticos e produtos de higiene pessoal (R$ 21 bilhões), defensivos agrícolas (R$ 20,8 bilhões), TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões) e cigarros (R$ 10,5 bilhões).

 

Foto destaque. Mostruário de roupas.(Reprodução/Pexels)

TikTok na mira do governo dos EUA: Senador indica possível projeto de lei.

Um novo projeto de lei sobre o uso de tecnologia estrangeira pode afetar o TikTok em meio a crescentes preocupações sobre a segurança de dados dos usuários americanos. O aplicativo chinês está sob pressão pois se acredita que os dados coletados estejam indo para o controle do governo chinês.


.

Aplicativo TikTok (Reprodução:eurweb)


Por conta disso, dois senadores americanos estão planejando apresentar uma proposta de lei ainda esta semana, para que o governo americano consiga eliminar ou proibir produtos de tecnologia estrangeira em solo americano, com isso afetando o TikTok. 

O presidente do Comitê de Inteligência do Senado, Mark Warner, afirmou que o TikTok é um dos alvos para análise sob o projeto de lei. O senador democrata teceu seus comentários na Fox News este domingo.

O senador Mark Warner expressou preocupação com a possibilidade do TikTok ser usado como uma ferramenta de propaganda com base nos tipos de vídeos que são enviados aos usuários.

Warner afirmou que uma abordagem sistemática é essencial para banir ou proibir produtos quando necessário. Além dele, o senador republicano John Thune irá colaborar na apresentação do projeto de lei, que o anúncio oficial está programado para esta terça-feira.

No entanto, os detalhes sobre o projeto de lei ainda não foram divulgados e um porta-voz de Thune não respondeu a perguntas sobre o plano.

Na quarta-feira, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos votou a favor de conceder ao atual presidente Joe Biden o poder de banir o TikTok, uma medida que, se for implementada, será a restrição mais autoritária a um aplicativo de mídia social nos Estados Unidos. 

O TikTok tem enfrentado uma pressão governamental em todo o  mundo. Mais de 30 Estados nos EUA, instituições políticas da União Europeia e no Canadá, proibiram o uso do aplicativo em dispositivos estatais. Na semana passada, a Casa Branca deu um prazo de 30 dias para as agências governamentais garantirem que o TikTok não esteja mais instalado em nenhum dispositivo e sistema federal.

 

Foto destaque. Aplicativo TikTok (Reprodução: Pexels)

Tiktok é banido no Canadá em dispositivos governamentais

O aplicativo chinês,TikTok, tem levantado questões quanto à privacidade e segurança dos seus usuários ao redor do mundo. Por isso, o governo do Canadá tomou a decisão de proibir o uso do TikTok em dispositivos governamentais. A medida foi tomada visando a proteção dos dados dos seus usuários e evitar ameaças à segurança nacional.


Pessoa usando o Tiktok (Reprodução/Unsplash)


O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, destacou que a medida tomada para proibir o uso do TikTok em dispositivos governamentais foi cuidadosamente analisada para garantir a segurança dos cidadãos canadenses na internet. Trudeau afirmou que essa ação é provavelmente a única medida que o governo precisará realizar, já que o objetivo é evitar ameaças à segurança nacional e proteger a privacidade dos usuários. 

A decisão do governo canadense segue a linha de outras nações que também estão preocupadas com a coleta de dados do TikTok e os seus possíveis riscos à segurança cibernética.

A proibição entrou em vigor a partir do dia 28, portanto funcionários federais não podem possuir e nem baixar mais o aplicativo. Em um comunicado, Mona Fortier, atual presidente do Conselho do Tesouro do Canadá, disse que os métodos de coleta de dados do TikTok são um risco aos conteúdos do telefone.

Em resposta, o TikTok questionou a posição do Canadá e achou interessante o fato de o governo tomar essa medida depois de proibições semelhantes terem ocorrido na União Europeia e nos Estados Unidos. Os porta vozes do tiktok afirmaram que em momento algum o governo do Canadá os procurou questionando esses tais “riscos” na segurança do aplicativo.

Os problemas de privacidade e segurança que envolvem o TikTok não são exclusividades do Canadá, na semana passada, a Comissão Europeia implementou uma medida semelhante à do Canadá ao introduzir uma medida semelhante. Enquanto que desde dezembro de 2022, os Estados Unidos proibiram o uso do TikTok em dispositivos governamentais com a aprovação de um projeto de lei pelo Senado. A Índia, por outro lado, já não utiliza mais o aplicativo, pois o baniu em 2020.

Foto destaque: Ícone do Tiktok (Reprodução/Saudigazette)

Bitcoin caminha para se consolidar como forma de transação global

Com 15 anos de existência, a criptomoeda passou por diversas fases, de objeto de especulação a proteção contra inflação, mas finalmente parece estar encontrando sua vocação como método de pagamento.

A quantidade de bitcoin armazenada na Lightning Network, uma plataforma de pagamento construída em cima do blockchain, aumentou em dois terços no ano passado, chegando a um recorde histórico de 5.580 moedas, de acordo com a The Block, empresa de análise de criptomoedas.


Criptomoeda Bitcoin. (Reprodução: Pexels)


De acordo com a BitPay, empresa sediada nos Estados Unidos, houve um aumento de 18% no volume de transações no ano passado em comparação com 2021. Enquanto isso, a CoinsPaid informou que no quarto trimestre de 2022 os volumes cresceram 32% em relação ao ano anterior.

O uso de criptomoedas como meio de pagamento se mostra difícil como meio de pagamento devido à sua volatilidade nos preços, pela sua lentidão no processamento e pela incerteza regulatória. Apesar disso, seus entusiastas afirmam que o uso do bitcoin pode trazer vantagens como menor custo de transação e maior velocidade para transferência internacional, superam as dificuldades.

A blockchain Stellar, que permite pagamentos internacionais, atingiu a marca de 103,4 milhões de transações em sua plataforma no mês de janeiro, registrando um alto crescimento em relação ao número de 50,6 milhões de transações no mesmo mês em 2022.

Especialistas do mercado acreditam que a iniciativa de grandes economias como Japão, China e Índia de criar suas próprias moedas digitais pode dificultar o crescimento dos pagamentos em criptomoedas. Porém, para alguns, o crescente interesse em CBDCs é uma prova de que a tecnologia de pagamentos blockchain é uma tendência que veio para ficar.

“A solução em criptomoedas está evoluindo para uma alternativa viável para mais e mais pessoas em todo o mundo”, disse Mico, do banco de pagamentos da empresa Banxa, que é especializada em criptomoedas.

Foto destaque: Bitcoin.Reprodução/Forbes

Brasil é um dos líderes na confiança no uso da IA no ambiente de trabalho

A tecnologia de Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente em nossas vidas, sendo capaz de oferecer novas possibilidades para empresas, como a automatização de tarefas, cortes de custos, e uma tomada de decisão com maior precisão.


Aperto de mão entre máquina e homem (Reprodução:Istockphoto)


No entanto, um estudo feito pela consultoria KPMG em conjunto com a Universidade de Queensland, na Austrália, mostrou que mais da metade dos trabalhadores não confiam no uso da inteligência artificial no ambiente de trabalho, provando que há um estigma sobre a IA ao redor do mundo.No entanto, o Brasil foge desse padrão, sendo um dos países mais confortáveis em relação à IA no ambiente de trabalho.

Os resultados da pesquisa revelam que a confiança na Inteligência Artificial varia de acordo com os países pesquisados. Os trabalhadores de países ocidentais são mais propensos a desconfiarem do uso dessa tecnologia no ambiente de trabalho, enquanto que países como Brasil, China, África do Sul e Índia têm uma perspectiva mais positiva com a IA no ambiente de trabalho. 

As pessoas que tendem a ser mais receptivas com a IA são os mais jovens e as pessoas com formação universitária e um terço das pessoas dizem que nunca usaram IA no ambiente, mas 13% sequer sabem se já a usaram, isso sugere que ainda não sabemos do que essa tecnologia se trata.

A pesquisa mostra que 3 em cada 5 pessoas ou não sabem se devem confiar ou tendem a não confiar na IA. Essa confiança varia de acordo com a aplicação da tecnologia. Sendo mais inclinados a defenderem a IA na área da saúde, do que na área de recursos humanos.

Segundo a pesquisa, 73% das pessoas estão preocupadas com os riscos da IA e 71% entendem que é necessário uma regulação para proteger a sociedade.Os riscos citados incluem: Segurança cibernética, uso maligno da IA, perda de empregos, perda de privacidade, falha do sistema e perda de direitos humanos.

 

Foto destaque: Empresário apertando a mão de uma máquina (Reprodução:Freepik)

Empresa fundada por brasileiro recebe aporte de R$ 180 milhões do maior banco privado dos Estados Unidos

De acordo com a Tractica, uma empresa de pesquisa americana, o mercado global de tecnologia no ramo da saúde deve movimentar U$S34 bilhões até 2025. Por isso, o ramo despertou o interesse de E G. Jeffrey Records Jr., dono do MidFirst Bank, o maior banco privado dos Estados Unidos.


Dr.Marc Abreu. (Reprodução: YahooFinanças)


Por meio da Oklahoma Rock Holdings, o americano investiu US$ 29,3 milhões (algo em torno de R$ 180 milhões) na btt Corp., empresa fundada pelo médico brasileiro Marc Abreu nos Estados Unidos. A companhia tem como objetivo desenvolver tecnologias inovadoras para o monitoramento, diagnóstico e tratamentos baseados na termodinâmica cerebral.

A empresa de Abreu também recebeu um aporte de US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões) do brasileiro Juliano Victorino, dono do conglomerado de comércio exterior Trust Group. Desde a sua fundação em 2006, a empresa já captou cerca de US$ 80 milhões de investidores externos.

A btt Corp, atualmente gera receita com seus tratamentos de hipertermia e hipotermia guiados pelo cérebro. Mas a partir de 2023 a empresa lucrará também com a diversificação dos seus negócios com a venda de produtos de consumo baseados na tecnologia cerebral. Entre eles, encontra-se o BrainTemp™ Eyewear, um tipo de óculos que monitora a temperatura e a frequência do cérebro, evitando insolações e melhorando o desempenho físico do usuário.

Todas as tecnologias desenvolvidas pela empresa são baseadas em um estudo pelo próprio fundador da btt Corp. Marc Abreu é pesquisador da Universidade de Yale e sua empresa detém o direito exclusivo e permanente de explorar as mais de 100 patentes registradas nos Estados Unidos pelo pesquisador.

O especialista dedicou-se a estudar o cérebro nas últimas duas décadas e está colhendo os resultados. Marc, em um de seus estudos, desenvolveu um tratamento inédito conhecido como “BTT Abreu 700” que utiliza a indução de proteínas por choque térmico, sendo capaz não apenas de deter o avanço de doenças, mas também de ajudar na recuperação de funções vitais perdidas pelos pacientes, especialmente de natureza neurológica e osteomuscular. 

A sua finalidade é minimizar os sintomas como fraqueza progressiva, atrofia muscular, perda de equilíbrio, alterações na voz, contrações involuntárias dos músculos, perda de memória, e outros.

A btt atualmente possui 27 sócios, incluindo Abreu, os quais estão distribuídos entre investidores privados e institucionais dos Estados Unidos, América do Sul e Europa.

Foto destaque: Marc Abreu. (Reprodução/Metrópolis)

Snapchat aposta na Inteligência Artificial e cria chatbot baseado no ChatGPT

Nesta segunda feira, a Snap, proprietária do Snapchat, anunciou que está lançando um novo chatbot baseado no ChatGPT o “My AI”. A nova aposta da Snap é para aprimorar a experiência dos assinantes do Snapchat+, o assistente já está sendo lançado aos poucos ao público americano e deve oferecer uma experiência inovadora aos seus usuários premium.


Snapchat. (Foto: Reprodução/Depositphotos)


O “My AI” recebeu treinamento específico para ter um tom alegre e descontraído, sendo capaz de oferecer ideias criativas e sugestões úteis ao assinante, incluindo presentes para aniversários ou até mesmo escrever um poema sobre um assunto escolhido.

No entanto, por ser uma tecnologia recente, a empresa alerta que os chatbots ainda possuem uma “inclinação a alucinações” dizendo coisas sem sentido e que não fazem jus ao comando, então o usuário deve tomar cuidado e evitar confiar no chatbot para obter informações importantes. Nesse caso, o usuário deve apontar as respostas incorretas para o Snapchat por meio de feedback.

As conversas com o chatbot serão armazenadas para melhorar a experiência do usuário, então nada de contar seus segredos para ele.

O Snapchat+ é um serviço de assinatura premium do Snapchat que oferece aos usuários recursos exclusivos e experimentais. Como um símbolo de membro do programa ao lado do seu nome do perfil, além de filtros e sons de notificações exclusivos.

Os usuários do snapchat+ podem também customizar a duração dos seus stories, além do padrão de 24 horas, e utilizar o snapchat no computador. No entanto, assinar o programa não retira os anúncios da plataforma.

O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela OpenAI, sendo capaz de responder às perguntas dos usuários, fazer e-mails, escrever textos acadêmicos e até poemas. A tecnologia impressiona pela sua similaridade com a escrita humana e pela qualidade de suas respostas. A empresa recebeu aporte de US$ 1 Bilhão da Microsoft em 2019.

 

Foto destaque: Snapchat (Reprodução: Istock) 

Conferência em Barcelona discute divisão de custo das Big Techs

A partilha de custos da nova infraestrutura de rede entre as Big Techs e as empresas de telecomunicações da União Europeia será o principal tema de discussão na maior conferência de telecomunicações do mundo nesta semana, com mais de 80.000 participantes, incluindo executivos de tecnologia, agentes de inovação e reguladores, presentes no Mobile World Congress (MWC), em Barcelona.


.

Maior Conferência de telecomunicações do mundo em Barcelona. (Foto: Reprodução)


Este ano, o Mobile World Congress irá atrair mais de 80 mil participantes, entre eles executivos de tecnologia, agentes de inovação e reguladores. O debate central será entre as principais empresas de tecnologia do mercado como Alphabet, Meta e Netflix com as empresas de telecomunicações da União Europeia. As discussões serão sobre quem deve financiar a nova infraestrutura de rede no continente europeu.

Acredita-se que as Big Techs aproveitem a conferência como uma oportunidade para questionar as sugestões da UE  sobre quem deve financiar o lançamento do 5G e da banda larga.

Na quinta-feira (23), Thierry Breton, um líder proeminente na indústria de telecomunicações da UE, lançou uma consulta sobre suas propostas de “partilha justa”. De acordo com as sugestões, as plataformas de Big Tech teriam que cobrir mais custos dos sistemas de infraestrutura que lhes permitem acessar os consumidores.

“Para mim, o verdadeiro desafio é garantir que, até 2030, nossos concidadãos e empresas em nossas ruas em toda a União Europeia — inclusive aqui em Barcelona — tenham acesso a conectividade Gigabit rápida, confiável e com uso intenso de dados”, ressaltou Breton.

Empresas provedoras de conteúdo, como a Netflix, se defendem afirmando que já realizam grandes investimentos em infraestrutura. E que o pagamento de taxas extras irá diminuir o investimento que fazem aos seus clientes.

Enquanto que as empresas telefônicas como Orange, Telefonica e Deutsche Telekom atuam para evitar pagar por essa infraestrutura e responsabilizar as grandes companhias. 

Além das discussões sobre a partilha de custos da infraestrutura de rede, a conferência também apresentará novidades sobre a tecnologia 5G e o futuro da conectividade global.

Foto destaque: Debate sobre ‘partilha justa’ das Big Techs deve dominar conferência em Barcelona. Reprodução/ InfoMoney.