Sobre Luiz Araujo

Jornalista no site Lorena R7.

Em mais uma rodada de demissões, Amazon decide cortar 9 mil empregos

Nesta segunda-feira (20), a Amazon informou que demitirá 9 mil funcionários em suas unidades de serviços de nuvem, publicidade e Twitch. Com essa medida, a empresa de tecnologia junta-se a outras gigantes do setor ao anunciar uma segunda leva de cortes em meio a uma provável recessão.


Amazon representa 10% dos cortes de tecnologia. (Reprodução/ Istock)


O presidente executivo da empresa, Andy Jassy, comunicou que a Amazon contratou uma quantidade substancial de funcionários nos últimos anos, mas que a atual situação incerta da economia o forçou a optar por cortes de custos e pessoal

Na semana passada, a Meta, dona do Facebook, afirmou que fechará 10 mil postos de trabalho este ano, após a primeira rodada de demissões que eliminou 11 vagas de trabalho

Apenas entre os meses de janeiro a março de 2023, as empresas de tecnologia dos Estados Unidos demitiram cerca de 109 mil funcionários, número já superior ao ano de 2022 inteiro, que correspondeu a 104 mil demissões.

Durante a pandemia da Covid-19, as empresas de tecnologia tiveram receitas recordes, e fizeram contratações massivas, além de aumentarem os salários e aumentarem os benefícios de seus funcionários. A maior parte dos seus funcionários demitidos possuem um tempo médio de trabalho de dois anos, de certa forma, as atuais demissões em massa são um recuo nas políticas de contratação adotadas durante a pandemia.

No entanto, é curioso notar que os cargos e funções profissionais mais afetados pelas demissões foram em RH, que compõem 28% de todos os layoffs. Isso pode ser explicado em duas formas: A primeira seria que as empresas por estarem demitindo funcionários, também estão reduzindo as contratações, o que significa uma necessidade menor de profissionais de RH. Já a segunda explica que  é que, na área de RH, várias funções estão sendo substituídas por automatizações.

Uma estatística preocupante do relatório é que apenas 10% daqueles que foram demitidos já publicaram notícias sobre um novo emprego no LinkedIn, o que pode gerar preocupação quanto ao desemprego a longo prazo. No entanto, é possível que muitos deles estejam descansando antes de buscar um novo emprego ou que não tenham atualizado seus perfis.

Por fim, uma estatística preocupante é que apenas 10% dos funcionários demitidos publicaram notícias sobre um novo emprego no Linkedin, mas não é possível saber se todos estão procurando um novo emprego ou se estão descansando.

Foto destaque. Amazon (Reprodução/Istock)

EUA elogiam apoio à estabilidade financeira, após a compra do Credit Suisse pelo UBS

O Banco Nacional da Suíça (SNB, na sigla em inglês) confirmou no domingo (19) a aquisição do Credit Suisse pelo UBS por US$ 3,2 bilhões, um valor três vezes maior do que a oferta inicial de compra. 


Credit Suisse é mais um banco a falir em 2023 (Reprodução/Istock)


O SNB teve participação ativa nas negociações e emitiu um comunicado afirmando que a medida foi tomada para garantir a estabilidade financeira e proteger a economia suíça em meio a essa situação excepcional.

Para viabilizar a venda do Credit ao UBS até o final deste ano, o Banco Central da Suíça concederá um empréstimo de 100 bilhões de francos suíços (US$ 108 bilhões), garantido por uma garantia federal contra a inadimplência. O presidente do país, Alain Berset, confirmou a aquisição do Credit Suisse em entrevista coletiva.

Nos EUA, Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, e Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, elogiaram publicamente o anúncio das autoridades suíças em apoiar a estabilidade financeira após o UBS ter chegado a um acordo com o Credit Suisse por US$ 3,25 bilhões no domingo. Yellen e Powell disseram em comunicado que comemoram os anúncios das autoridades suíças em apoiar a estabilidade financeira global e que mantém contato próximo com as contrapartes internacionais.

Os desafios enfrentados pelo Credit Suisse, que conseguiu arrecadar US$ 4,2 bilhões com a assistência do SNB para acalmar as preocupações do mercado, não surgiram do nada. O banco suíço, assim como o Deutsche Bank e alguns bancos italianos, vêm enfrentando riscos desde o fim da última crise financeira global, que afetou a Europa de forma significativa entre os anos de 2011 e 2012.

No entanto, a sensação de segurança foi abalada com o colapso simultâneo do SVB e do Signature no fim de semana passado, decorrente, em última instância, de problemas semelhantes aos enfrentados pelos suíços.

Para evitar a saída de recursos, o conselho executivo do Credit Suisse comprometeu-se a implementar um plano de reestruturação e adotar regras de conformidade mais rígidas.

Foto destaque. Banco Credit Suisse (Reprodução/Istock)

Conheça a Jungle, empresa de “web3” que chega ao Brasil após um investimento milionário

 A Jungle, empresa com foco no mercado de jogos e web3, anunciou sua estreia no Brasil. Seus fundadores,  João Beraldo, Guilio Ferraro e Lucas Kertzman, estão direcionando o foco da empresa na atual revolução dos jogos com tecnologia blockchain.


Web3 será a próxima evolução na internet(Reprodução:Pexels)


A startup recebeu recentemente um aporte internacional no valor de US$ 6 milhões, liderado pelas empresas Bitkraft e Framework Ventures. Além disso, também participaram da rodada de financiamento os fundos Delphi Digital, Karatage, Fourth Revolution Capital, Monoceros, 32bit Ventures e a empresa brasileira Norte Ventures.

Segundo um dos fundadores, João Beraldo, o objetivo é empregar o investimento para criar uma comunidade apostando em países emergentes e tecnologias emergentes. Quanto aos negócios, o capital será direcionado para aquisições de propriedade intelectual promissoras, contratação de talentos e ações de marketing.

Com o investimento recebido, a Jungle já planeja lançar seu primeiro jogo para dispositivos móveis e expandir sua presença em outros mercados no Brasil, dando prioridade em fornecer valor aos jogadores e aumentar sua base de usuários no Brasil.

A empresa possui uma estratégia de adquirir jogos já desenvolvidos, isso os permite já sair em vantagem em relação à concorrência, que normalmente desenvolve seus jogos partindo do zero.

Ao combinar jogos com tecnologias descentralizadas, a Jungle visa revolucionar a forma como as pessoas jogam e se conectam em escala global. A empresa prioriza o jogador, criando experiências de jogo envolventes e gratificantes que são capazes de capturar a atenção e fidelizar os jogadores por longos períodos.

João Beraldo afirma que o Brasil tem uma população grande e conectada, que se interessa por produtos digitais, especialmente jogos eletrônicos. Ele destaca que o país é um terreno fértil para o desenvolvimento de jogos. Beraldo conclui que é importante investir no mercado brasileiro de jogos e que a Jungle está animada em fazer parte dessa comunidade em rápido crescimento, que não encontraram nenhum modelo de negócios que se assemelhe ao que estão desenvolvendo no país.

Foto destaque. Mulher usando óculos VR (Reprodução/Pexels)

Meta: Entenda porque empresas de tecnologia estão vivendo baixa histórica

A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp anunciou um corte de 10 mil empregados, além de 5 mil vagas que estão em aberto ficarão sem um respectivo preenchimento, de acordo com um memorando da própria Meta aos seus usuários.



Empresa anuncia mais uma rodada de demissões (Reprodução/Pixabay)


Essa já é a segunda rodada de demissões pela empresa californiana, no último mês de novembro, a empresa desligou 11 mil funcionários. 

O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse à sua equipe que a empresa teve uma espécie de “alerta” em 2022, quando houve uma diminuição na receita, quando nos últimos três últimos meses de 2022 as receitas caíram 4% em relação ao ano de 2021.

As empresas de tecnologia passam por um momento de distúrbio, gigantes como a Google e a Amazon, também lutam para manter os cortes de custos alinhados com a necessidade de se manterem competitivas em suas áreas.

No início de 2023, a Amazon anunciou a intenção de fechar mais de 18 mil empregos por causa de uma certeza econômica e das suas altas contratações durante a pandemia. Outras gigantes da tecnologia como o Twitter e a Microsoft também realizaram demissões em massa.

Zuckerberg citou alguns fatores que podem contribuir para a queda do crescimento da Meta, como: taxas de juros mais altas nos EUA, instabilidade geopolítica global e maior regulamentação por parte dos governos.

Normalmente, as empresas de tecnologia geram receita através de publicidade, e por conta de uma menor diminuição da receita, as empresas tiveram de diminuir os gastos com publicidade. Mas seus usuários também sofreram um corte de receita, tendo menos para gastar, tornando todo o mercado publicitário menos valioso.

As empresas do Vale do Silício costumam contratar funcionários em grande quantidade por dois motivos: o primeiro é para estarem preparadas caso ocorra um crescimento inesperado em algum setor, tendo assim uma equipe pronta para alocar. Já o segundo motivo é para reter talentos que são percebidos como valiosos pela empresa contratante e que não desejam vê-los trabalhando para um concorrente, explica Zoey Kleinman, editora de tecnologia da BBC.

Com relação à Meta, há um risco adicional associado à enorme aposta feita por Mark Zuckerberg no metaverso – um ambiente virtual que ele acredita ser o futuro da tecnologia. De acordo com a análise de Kleinman, se Zuckerberg estiver correto, a Meta poderá voltar a liderar o setor. Contudo, se ele estiver enganado, os US$ 15 bilhões já investidos nessa aposta podem ser desperdiçados.

Foto destaque. Meta Reprodução/ Unsplash

Ministros europeus defendem postura fiscal rígida para 2024

Nesta segunda-feira (13), os ministros das Finanças da Zona do Euro recomendaram que a Comissão Europeia comece uma austeridade para a política fiscal, gradualmente eliminando o apoio do governo contra os preços de energia para empresas e famílias.


Alta inflação na UE faz com que ministros apelem por medidas de austeridade fiscal. (Foto: Reprodução/Pexel)


Na semana passada, a Comissão Europeia pediu aos governos da  UE que iniciem o cerco à política fiscal, visto que a esperada recessão técnica não aconteceu como planejado. O custo dos empréstimos ainda está em alta, enquanto o Banco Central Europeu se esforça em controlar e reduzir a alta inflação. Em comunicado, os ministros afirmaram que embora exista uma incerteza sob as perspectivas futuras, principalmente em relação a fatores geopolíticos que se relacionam a energia, eles entendem os riscos para um crescimento mais equilibrado do que no passado.

Ao longo dos próximos dois anos, os ministros concordam que políticas fiscais prudentes devem ser implementadas para garantir a sustentabilidade da dívida no médio prazo e aumentar o crescimento potencial de forma sustentável. Além disso, deve-se abordar as transições digitais e verdes, e os objetivos de resiliência por meio de investimentos e reformas.

Os ministros ressaltaram a importância de uma melhor coordenação das atuais políticas de apoio aos altos preços da energia, de forma a não deixar em desvantagem competitiva os países mais pobres, que não são capazes de arcar com os subsídios à energia como os países mais ricos.

A eliminação gradual das medidas de apoio à energia pode contribuir para reduzir os déficits governamentais, desde que não ocorram novos choques de preços. Portanto, essa eliminação gradativa das políticas de suporte à energia pode ser uma medida eficaz para esse fim.

No entanto, a decisão dos ministros de reduzir o apoio à energia enfrenta resistência. A eliminação gradativa das políticas de suporte pode prejudicar as empresas e famílias que já enfrentam instabilidade econômica na atual crise econômica causada pela pandemia.

Foto destaque: Euro. Reprodução/Pexels.

ChatGPT-4: OpenAI lança versão mais avançada com suporte para imagens

A OpenAI acaba de lançar a nova versão do ChatGPT, nesta terça-feira (14). O atual diretor de tecnologia da Microsoft, Andreas Braun, esteve presente no evento de tecnologia na Alemanha, o “AI in Focus – Digital Kickoff”.


OpenAI criadora do ChatGPT. (Reprodução/BusinessInsider)


De acordo com a agência de notícias alemã Heise, quatro funcionários da Microsoft apresentaram o novo Azure-OpenAI, que já integra a nova ferramenta Azure.

Nesse momento, o GPT-4 só está disponível para assinantes do ChatGPT Plus, que no Brasil custa R$ 104 por mês. Mas é possível encontrá-lo em ferramentas como o buscador Bing, da Microsoft e no aplicativo de idiomas Duolingo.

A OpenAI alerta que o GPT-4 ainda comete erros, mas em relação a sua versão anterior consegue lidar melhor com questões reais e não inventa informações como o GPT-3.

Durante os testes, o GPT-4 foi utilizado para realizar uma avaliação nos moldes das aplicadas em universidades e obteve um desempenho que o posicionaria entre os 10% mais bem classificados. Enquanto que o GPT-3.5, obteve uma posição entre os 10% com piores resultados.

Em conversas mais simples, a diferença entre o GPT3.5 e o GPT-4 são mínimas, no entanto em questões que demandam mais informações, o GPT-4 é mais “confiável, criativo e capaz de lidar com instruções muito mais sutis”, como afirmam seus desenvolvedores.

Além disso, o ChatGPT agora é capaz de receber imagens, sendo capaz de explicar memes, ler gráficos e apontar elementos comuns e incomuns em fotos.

Por fim, a OpenAI afirma que no futuro a versão GPT-4 ficará disponível de forma gratuita para todos os usuários, sem entrar em detalhes quando. A OpenAI colocou um limite de uso do GPT-4 em seu sistema, que será ajustado conforme a demanda do momento.

O GPT, na sigla em inglês é um modelo de linguagem treinado por inteligência artificial que tem como objetivo simular o pensamento humano.

Foto destaque.OpenAI (Reprodução:Reuters)

SVB: entenda a segunda maior quebra bancária americana

Na última sexta feira (10), o banco Silicon Valley Bank (SVB) teve as suas operações encerradas de forma inesperada e vergonhosa. Tendo sido nomeado a autarquia america Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) como interventora para cuidar do processo de falência, sendo essa a segunda maior da história americana. 


Falência do banco SVB é a segunda maior da história dos EUA.(Reprodução/Reuters) 


No fim do quarto trimestre do ano anterior, o banco detinha US$ 212 bilhões (cerca de R$1,1 trilhão) em ativos, o que o deixava na 16º posição entre os bancos americanos em número de ativos.

A quebra do SVB perde apenas para o Washington Mutual (WaMu), que faliu por conta da crise do subprime em 2008 com US$ 300 bilhões (R$ 1,57 trilhão) em ativos.

Entre quinta e sexta-feira, a Forbes americana conversou com dez investidores e especialistas em capital de risco, que relataram à Forbes um cenário de caos desde a quarta-feira (8), quando o SVB divulgou seus problemas financeiros a investidores e propôs captar US$ 1 bilhão para cobrir os resgates 

O CEO do SVB, Greg Becker, fez uma videoconferência na quinta-feira com investidores e empresários para que eles mantivessem a calma, mas causou o efeito contrário, os empresários começaram a alertar suas empresas e startups para que retirem seus fundos do banco SVB, enquanto outros tentaram impedir que os bancos retirassem seus aportes.

A atual questão para empreendedores e investidores é lidar com o que serão realizados os salários nesta semana. A Rippling, por exemplo, é uma empresa que processa folhas de pagamento, e informou aos seus clientes que mudou do SVB para o JPMorgan Chase.

No entanto, para outras empresas no Vale do Silício, a falência do SVB é uma oportunidade. A Brex é uma empresa criada por 2 brasileiros, que fornece crédito fácil para empresas e startups e com a falência do SVB ganhou uma oportunidade para ajudar as startups.

Foto destaque.Banco SVB (Reprodução:Bloomberg)

Nova plataforma estatal mapeará obras paradas no país

A plataforma “Mãos à Obra” foi desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para ajudar o governo federal em quais projetos devem ser priorizados. Em um tempo recorde, menos de 30 dias, a plataforma permitirá a União saber quais projetos devem ser mais urgentes.


Dados do TCU indicam cerca de 14 mil obras paradas no país. (Reprodução:Pexels)


Segundo a Serpro, projetos relacionados à saúde, educação, esporte, cultura e habitação devem ser prioridade para prefeitos e governadores. No futuro a lista também deve contar com as unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e projetos do Ministério das Cidades.

 A apresentação do aplicativo foi feita no Palácio do Planalto com a presença de Lula, ministros e prefeitos.

A atual ministra da Gestão e Inovação e Serviços Públicos, Esther Dweck, expressou críticas ao contexto que encontrou a situação dos dados de obras paralisadas. O atual governo está tento de lidar com o número desatualizado de empreendimentos parados, que pelo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que existam cerca de 14 mil obras paralisadas.

Até o dia 10 de abril, os gestores municipais e estaduais deverão atualizar as informações no sistema, os primeiros que atualizarem o banco de dados terão seus pedidos colocados em ordem de prioridade na fila de análise.

A plataforma Mãos à Obra foi criada em tempo recorde pelo Serpro, os desenvolvedores utilizaram tecnologia LowCode, que acelera o desenvolvimento de aplicativos e sites, além de arquitetura WebApp para aumentar a interatividade com os usuários em diversos dispositivos.

Tanto a concepção e o protótipo do produto exigiram o uso intenso de ferramentas de UX, que propiciam melhor fluidez para os usuários do serviço, informou o Serpro. Além disso, técnicas de ciência de dados também foram usadas como apoio para os processos de recepção, validação, cruzamento e consolidação das bases de dados.

A plataforma Mãos à Obra já está integrada com o Portal Gov.BR. Permitindo aos usuários usarem o login único do governo federal para acessar a ferramenta. 

Foto destaque: Homens trabalhando. (Reprodução/Pexels)

ChatGPT foi utilizado pelos brasileiros por curiosidade e por gratuidade

O ChatGPT, um sistema conversacional da empresa OpenAI, tem contribuído para o aumento da popularidade da tecnologia de inteligência artificial nos últimos meses. Vale lembrar, que a IA ainda está em uma fase beta e está sendo testada por um número cada vez maior de pessoas.


OpenAI dona do ChatGPT. (Reprodução/ Pexels)


A pedido da MMA Latam, a Hibou Monitoramento de Mercado e Consumo realizou um estudo sobre Inteligência Artificial para 1765 indivíduos de diferentes regiões e classes sociais do Brasil.
Os resultados apontaram que 87% dos brasileiros já ouviram falar sobre essa tecnologia, 54% disseram que a IA faz diferença em suas vidas e 78% disseram que estão convencidos de que a tecnologia pode causar perda de empregos humanos.

A fundadora da Hibou, Ligia Mello, conta que por mais que a IA já estivesse entre nós, seja nas recomendações de produtos e otimizações do celular, apenas agora que o público em geral está colocando as mãos em algo palpável. Ela também conta que é o melhor momento para alavancar a IA e de construir uma mentalidade junto com o consumidor.

Em algumas áreas de trabalho a resistência contra o uso de IA é baixa, sendo  o primeiro lugar a condução de veículos de carga e passeio. As áreas que fogem dessa exceção são Medicina, Engenharia e Advocacia, que mesmo serem três áreas que se beneficiam do uso da IA, possuem um viés de autoridade junto a uma população reticente em abrir mão.

O estudo também indica que em relação à preocupação com empregos, 51% dos entrevistados acreditam que leis podem limitar o uso da IA, 45% demandam a presença de operadores humanos para o uso da tecnologia e 16% creem que a IA jamais terá capacidade de substituir completamente os seres humanos.

Por fim, o levantamento aponta que 6% dos entrevistados já experimentaram o ChatGPT, sendo que 48% utilizaram para tirar dúvidas, 33% para realizar buscas, 21% para a tradução de textos, 19% para correção de textos, 8% para corrigir códigos de computadores, 5% para escrever e-mails e 54% por curiosidade.

Sobre a continuidade do uso, 7% afirmam que continuarão utilizando o ChatGPT mesmo que se torne pago, 27% apenas utilizam se for gratuito, 51% somente em caso de necessidade e 8% afirmam que não utilizam o programa.

Foto destaque. ChatGPT(Adobe Stock/gguy)

Comércio dos Estados Unidos pode receber poderes para banir o TikTok

Na terça-feira(7), um grupo composto por 12 senadores bipartidários apresentou um projeto de lei que concede novos poderes para Gina Raimondo, secretária de Comércio do país, para proibir o TikTok e outras tecnologias estrangeiras que possam vir a apresentar riscos à segurança dos EUA, como informado pelo senador democrata Mark Warner.


Aplicativo TikTok da empresa ByteDance.(Reprodução:Pexels)


Warner disse à CNBC que acredita que o TikTok é uma ameaça à segurança nacional, e que o atual projeto dará a Raimondo a capacidade de mitigar o TikTok até a sua proibição.

Warner também mencionou que a lei também pode ser aplicada para as tecnologias estrangeiras de seis nações, que são: China, Rússia, Venezuela, Irã, Cuba e Coreia do Norte.

No dia 23 de Março, o atual executivo-chefe do TikTok, Shou zi Chew, deve comparecer no Congresso estadunidense para falar sobre esse assunto.

Ainda de acordo com o democrata Mark Warner, a Casa Branca compartilhou informações relevantes para o projeto de lei dos 12 senadores. No entanto, até o momento, a Casa Branca não veio a público afirmar se apoiaria ou não o projeto de lei do Senado.

Vale lembrar que na última semana, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara aprovou, com votos de ambos os partidos, um projeto de lei bancado pelo senador republicano Michael McCaul, que concede poder ao presidente democrata Joe Biden em poder proibir o TikTok.

Essa medida foi tomada após a tentativa fracassada do ex-presidente republicano Donald Trump, no ano de 2020, em proibir o TikTok e o aplicativo de mensagens chinês Wechat, mas que foi contestada pelos tribunais norte-americanos.

Nos EUA, o TikTok foi proibido em dispositivos federais em dezembro do ano passado, e essa abordagem serviu de modelo para outros governos mundiais. Como o Canadá e a União Européia.

Questionado sobre as razões para os banimentos, o TikTok afirmou que não teve oportunidade de apresentar sua defesa às autoridades governamentais.

Foto destaque. Aplicativo TikTok(Reprodução: Alexander Shatov/Unsplash)