Sobre Luiz Araujo

Jornalista no site Lorena R7.

Palestrantes defendem a regulamentação de Big Techs em relação à IA

Durante o Web Summit Rio, duas palestrantes fizeram uma apresentação sobre a importância de responsabilizar empresas de tecnologia pelos riscos associados aos sistemas de inteligência artificial (IA). A presidente da fundação Signal, Meredith Whitakker, e a especialista em segurança Chelsea Manning afirmaram que as ferramentas de IA devem priorizar o interesse público, e não o de grandes empresas.


Ingressos para o evento já estão esgotados. (Reprodução/ Divulgação)


De acordo com Meredith, as tecnologias de IA exigem uma infraestrutura de servidores significativa e uma grande quantidade de dados, demandando recursos que apenas um grupo seleto de empresas, como Amazon, Microsoft e Google podem arcar. Por conta disso, se houver uma regulação sobre inteligência artificial, ela deve se concentrar nesses recursos que estão disponíveis apenas para as Big Techs.

A presidente da Signal, apontou que, apesar das grandes empresas de tecnologia defenderem a regulação, há influências políticas no Congresso tentando garantir que elas sejam as responsáveis por escrever essa regulação. Por isso, são necessárias medidas que exijam que, quando a IA for adotada, ela contemple o interesse público.

A outra palestrante, Chelsea Manning, que ficou conhecida por um enorme vazamento de documentos confidenciais dos Estados Unidos em 2010, afirmou que embora o interesse por IA seja novo, os riscos em torno dela são antigos. Para ela, a questão central está relacionada à forma como as empresas e desenvolvedores utilizam a inteligência artificial e o que é criado a partir dela.

A especialista em segurança destacou que, enquanto as empresas se movem rapidamente e quebram coisas, é preciso pensar nas consequências do que isso significa para as pessoas. 

As duas palestrantes concordam que as empresas de tecnologia precisam ser responsáveis pelos riscos potenciais dos sistemas de inteligência artificial. Elas também ressaltaram a necessidade de considerar as implicações das inovações tecnológicas para as pessoas.

A apresentação foi realizada durante o Web Summit Rio, considerado o maior evento de tecnologia do mundo e está sendo sediado pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro.

Foto destaque. Web Summit Rio (Reprodução/ Divulgação/Web Summit)

Entenda como funciona a busca por vida extraterrestre e como a IA pode nos ajudar

Até o final do século XX, encontrar planetas fora do nosso sistema solar era uma verdadeira odisséia, e o Sol era a única estrela conhecida a abrigar planetas. Entretanto, graças aos avanços em tecnologia e ao trabalho de inúmeros astrônomos, a busca por exoplanetas resultou na descoberta de mais de 5.000 planetas, incluindo aqueles que podem ser semelhantes à Terra.



Exoplanetas. (Reprodução/DepositPhotos)


A descoberta do primeiro exoplaneta foi feita em 1995 por Michel Mayor e Didier Queloz, da Universidade de Genebra, com base em pesquisas do falecido astrônomo Carl Sagan. Essa descoberta abriu caminho para a busca de planetas além do nosso sistema solar, e, com o tempo, novas tecnologias têm ajudado a encontrar cada vez mais planetas e a entender melhor a formação de planetas.

Atualmente, é amplamente aceito que a formação de planetas é um fenômeno comum no universo e isso é relevante nos esforços do SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre) em busca de sinais de vida inteligente no espaço.

Os astrônomos dessa área trabalham usando radiotelescópios para buscar por sinais de rádios que vêm do espaço e foram gerados por uma possível civilização extraterrestre.

Em 2015, o milionário e físico russo Yuri Millmer doou US$ 100 milhões para o projeto SETI “Breakthrough Listen” e a situação mudou. Com esse aporte, são gerados hoje em um único dia todos os dados já acumulados. A iniciativa contou também com o apoio de grandes nomes da física, como Stephen Hawking, que acompanhou a inauguração do projeto.

Acontece que a humanidade produz uma grande quantidade de ondas de rádio que contaminam o espaço e dificultam a detecção de sinais cósmicos, mas ao mesmo tempo, essas ondas de rádio poderiam ser uma forma de outras civilizações enviarem mensagens pelo espaço.

No entanto, as ondas de rádio geradas por nós atrapalham a detecção dos sinais externos, tornando difícil filtrar os sinais candidatos que merecem estudos mais exaustivos. O trabalho manual é impraticável e os cientistas usam algoritmos para separar os sinais de origem alienígena em categorias de sinal predefinidas, mas esses algoritmos podem perder sinais interessantes. 

Um novo método foi desenvolvido e publicado na revista Nature por Peter Ma, um matemático e físico da Universidade de Toronto. O objetivo do pesquisador é desenvolver uma nova sequência de algoritmos utilizando o aprendizado de máquina, uma técnica de inteligência artificial que aprimora em etapas. Após a inserção de um conjunto de dados, o sistema fornece uma resposta e se retroalimenta com os resultados corretos e incorretos para aprimorar-se em cada etapa.

Foto destaque. Planeta Terra e estrelas (Reprodução/Istock)

Estudo testa a qualidade do ChatGPT em reconhecer girías brasileiras

Um estudo conduzido pela Preply, uma plataforma de e-learning, teve como objetivo verificar a habilidade do ChatGPT em reconhecer as principais gírias e expressões populares utilizadas no Brasil.


OpenAI é a criadora do ChatGPT. (Reprodução/Pexels)


Ao ser exposto a um conjunto de 100 regionalismos típicos de todas as regiões do Brasil, a ferramenta atribuiu um significado alternativo – não necessariamente incorreto, mas diferente do seu sentido mais comum – a 19% das expressões testadas.

Entre os termos mal “explicados” estão “queixar”, que no vocabulário popular baiano significa flertar ou convidar alguém para sair, e não expressar aborrecimento como inicialmente interpretado pela tecnologia.

Algo semelhante aconteceu com o termo “peidado”, comumente usado em Alagoas para descrever que uma pessoa está indignada ou furiosa, mas a ferramenta interpretou como alguém que está muito bêbado.

Para a maioria das palavras, no entanto, bastou a pergunta “qual o significado da gíria x?” para que o bot desse uma resposta considerável. Em determinadas situações, houve a necessidade de acrescentar informações para contextualizar, como indicar o estado de origem da palavra ou a região em que ela é mais frequente.

A resposta para as perguntas foi consultada na própria ferramenta, que foi treinada com uma grande quantidade de textos e dados de linguagem natural para captar múltiplos diálogos e contextos. Embora a tecnologia seja capaz de entender e reconhecer muitas palavras comuns em diferentes contextos, incluindo gírias e expressões informais, é importante lembrar que, por ser uma inteligência artificial, o ChatGPT está sujeito a cometer erros, como demonstrou a pesquisa da Preply.

Segundo a OpenAI, o desenvolvimento da ferramenta é baseado em redes neurais e machine learning com foco em diálogos virtuais, e é semelhante à tecnologia de assistentes virtuais como a Alexa, da Amazon, e o Google Assistant.

Entretanto, o ChatGPT admite que sua habilidade em processar a linguagem natural é limitada em comparação com a de um ser humano, o que implica que ele pode não estar completamente ciente de algumas nuances culturais importantes para interpretar nossas expressões de maneira adequada.

Foto destaque. Códigos (Reprodução/Pixabay)

Conheça a startup que quer substituir smartphones por hologramas

A startup Humane está desenvolvendo uma tecnologia que promete substituir smartphones, computadores e outros wearables. O dispositivo utiliza inteligência artificial e holografia para projetar informações em várias superfícies, incluindo a pele humana, sem precisar de um dispositivo pareado.


Startup Humane quer substituir celulares por hologramas (Reprodução/ DepositPhotos)


O fundador e CEO, Imran Chaudhri, apresentou a tecnologia durante um TED, onde demonstrou como o dispositivo pode mapear os elementos de um alimento e até mesmo atender chamadas telefônicas projetadas na mão do usuário.

Com investimentos de empresas como Microsoft, Qualcomm e OpenAI, a startup atraiu muita atenção dos investidores, obtendo US$ 230 milhões em investimentos. Vídeos da apresentação estão circulando na Internet, mas a Humane não está anunciando oficialmente o dispositivo até o final deste mês.

Imran destacou que a tecnologia é ativada por voz e gestos, e interage com o mundo da mesma forma que o usuário interage, ouvindo o que o usuário ouve e vendo o que o usuário vê, com privacidade em primeiro lugar e segura, desaparecendo completamente no pano de fundo da vida do usuário. Segundo o CEO, o objetivo é substituir a relação humano-tecnologia baseada em telas por algo radicalmente diferente.

Na apresentação, Imran exibiu a tecnologia sendo usada por meio de voz e gestos. Ele demonstrou isso ao atender uma chamada que aparece projetada em sua mão. Além disso, também foi apresentado como a tecnologia pode ser usada para identificar os componentes de um alimento, que durante a demonstração, Imran apontou para uma barra de chocolate e o sistema conseguiu identificar que o alimento continha ingredientes como leite e manteiga de cacau, o que pode ser útil para pessoas que são intolerantes.

Embora a tecnologia pareça promissora, ainda há muitas dúvidas em relação à sua efetividade e segurança. Além disso, a Humane ainda não divulgou oficialmente o dispositivo, o que deixa muitas incertezas sobre como será sua implementação e distribuição.

Mesmo assim, é inegável que a tecnologia está evoluindo rapidamente, e a Humane é apenas uma das muitas empresas que estão explorando novas possibilidades para substituir os dispositivos eletrônicos tradicionais. À medida que a tecnologia avança, é possível que vejamos mais soluções inovadoras como essa surgindo no mercado, transformando a forma como interagimos com a tecnologia em nossas vidas cotidianas.

 

Foto destaque. Mão humana tocando mão de uma máquina. Reprodução/Pexels.

Disney inicia nova onda de demissões em grande escala

No último dia 24, a Walt Disney Company deu início a uma nova fase de demissões em grande escala como parte de sua iniciativa de cortar sete mil posições e economizar cerca de US$ 5,5 bilhões em custos.



Parques e resorts não devem ser afetados nessa onda de demissões. (Foto: Reprodução/DepositPhotos)


Segundo fontes, a empresa cortará milhares de empregos até a próxima quinta-feira (27), totalizando quatro mil reduções. Os ajustes serão feitos nos setores de negócios da companhia, que abrangem a Disney Entertainment, ESPN e Disney Parks, Experiences and Products, entretanto, os cortes não terão impacto nos funcionários que atuam diretamente nos parques e resorts da empresa.

De acordo com um memorando interno analisado pela Reuters, as ondas de demissões continuarão nos próximos dias. Os co-presidentes da Disney Entertainment, Alan Bergman e Dana Walden, afirmaram no memorando à equipe que “as equipes de liderança sênior têm trabalhado diligentemente para definir nossa futura organização, e nossa maior prioridade é fazer isso direito, em vez de rapidamente. Reconhecemos que foi um período de incerteza e agradecemos a todos pela compreensão e paciência“.

Em fevereiro deste ano, a Disney anunciou um plano de reorganização, visando trazer a tomada de decisões de volta aos seus executivos criativos e simplificar sua abordagem de negócios. Com isso, a empresa planeja realizar uma terceira rodada de demissões no início do verão americano.

A indústria do entretenimento tem recuado, após a Netflix registrar sua primeira perda de anunciantes em 2022, levando empresas a controlarem gastos. É importante ressaltar que a Disney é uma das maiores empresas de entretenimento do mundo, possuindo várias áreas de negócios que vão além dos parques e resorts, como a produção de filmes e séries, o que pode impactar diversos profissionais.

Ainda não se sabe como as demissões afetarão as áreas administrativas e de produção dos parques e resorts da Disney. A empresa não divulgou detalhes sobre quais posições serão afetadas, mas é possível que ocorram demissões em áreas como marketing, recursos humanos e finanças.

Foto destaque. Disney. Reprodução/DepositPhotos

SpaceX adia lançamento do Startship por problemas técnicos

A SpaceX, empresa aeroespacial liderada por Elon Musk, adiou o lançamento do foguete Startship, projetado para transportar pessoas e cargas em missões espaciais para a Lua e Marte. O lançamento estava programado para a manhã desta segunda-feira, mas teve que ser adiado devido a problemas técnicos com uma válvula de pressurização que parecia estar congelada, como informou Musk em seu Twitter.


A SpaceX é a maior empresa de lançamento de foguetes e espaçonaves do mundo em termos de atividades e operações. (Reprodução/ Unsplash) 


A NASA já havia comunicado a intenção de utilizar o Startship para levar astronautas de volta à Lua na missão Artemis 3, que está prevista para o final de 2025. Este será o teste mais complicado da Startship até o momento. Musk declarou que, embora o sucesso não seja garantido, a emoção com certeza estará presente. O foguete possui 50 metros de altura e alcance de 120 metros, o que o torna o mais poderoso já construído.

No início deste ano, a SpaceX arrecadou US$ 750 milhões (R$ 4,03 bilhões) em uma nova rodada de financiamento, o que elevou a avaliação da empresa de foguetes e satélites para US$ 137 bilhões. A empresa estava em discussões para uma oferta de ações, em grande parte secundária, que poderia avaliar a empresa em até US$ 150 bilhões, representando um aumento de 20% em sua avaliação, conforme noticiado pela Reuters em novembro.

A nova rodada tem participação de investidores como Andreessen Horowitz, conforme informou a CNBC. A SpaceX já conta com a Alphabet (controladora do Google) e a Fidelity Investments entre seus investidores e levantou cerca de US$ 1,68 bilhão (R$ 9 bilhões) em financiamento de capital em junho. A SpaceX já enviou várias cargas e astronautas para a Estação Espacial Internacional em cooperação com a NASA, a agência nacional de exploração espacial dos Estados Unidos.

Até o momento, nem a SpaceX nem a Horowitz se pronunciaram sobre os pedidos de comentários da Reuters. Vale destacar que Horowitz também foi um dos investidores que participaram da aquisição do Twitter por Musk.

Foto destaque. Foguete da SpaceX (Reprodução/Unplash )

Dolar em alta em função da apresentação do novo arcabouço fiscal

A moeda Americana teve um aumento significativo em relação ao real na tarde desta terça-feira (18),  fato constatado após a liberação do texto da proposta do novo arcabouço fiscal pelo governo federal,  que havia sido amplamente aguardada pelos investidores.


Dólar em alta após apresentação do novo arcabouço fiscal. (Reprodução/Istock)


O governo apresentou nesta terça-feira, a proposta de arcabouço fiscal que será enviada à apreciação do Congresso Nacional, proposta estabelece que as despesas poderão crescer até 70% do aumento observado nas receitas recorrentes, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade da trajetória da dívida pública e estabelecer limites mínimos e máximos para o aumento dos gastos.

As regras fiscais propostas vislumbram substituir o teto de gastos nos moldes atuais, que é mais engessado e tem sido alvo de críticas por Luiz Inácio Lula da Silva por limitar o crescimento dos gastos públicos apenas à variação da inflação com base nas apuração do ano anterior.

O novo arcabouço terá exceções à regra de gastos, assim como o teto atual, uma lista com mais de dez tipos de desembolsos que não serão contabilizados nos limites anuais, como a capitalização de estatais e despesas em situações de emergência.

Em outras palavras, o texto que será apresentado ao Congresso confirma a regra de meta fiscal com uma banda de tolerância. Além disso, o cálculo de despesas não levará em conta créditos extraordinários, transferências a fundos estaduais de saúde, despesas socioambientais ou de universidades que sejam originadas de doações.

O governo busca com essa regra alcançar um déficit zero em 2024 e superávits de 0,5% em 2025 e 1,0% em 2026. A medida também estabelece um piso para investimentos públicos no valor correspondente ao observado no Orçamento de 2023, estimado em 75 bilhões de reais, com correção anual pela inflação.

Às 17h18 do dia 19, o dólar registrava uma cotação comercial de R$5,08.  

Foto destaque. Dólar americano (Reprodução/Istock)

CEO da Alphabet alerta sobre o potencial da IA

O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, afirmou que a inteligência artificial (IA) tem o potencial de ser a tecnologia mais transformadora já vista pela humanidade, superando até mesmo a eletricidade e outras inovações do passado. Em entrevista ao programa 60 Minutos da CBS, Pichai ressaltou que a tecnologia sendo desenvolvida será mais inovadora do que qualquer outra e que a sociedade precisa estar preparada para isso.


Com o crescimento da IA, Google lançou em forma experimental o seu projeto Bard. (Reprodução/Istock)


Ele alertou que os “trabalhadores do conhecimento“, incluindo escritores, contadores, arquitetos e engenheiros de software, serão substituídos pela IA. Pichai também observou que a desinformação e as notícias falsas serão problemas ainda maiores com a escala da IA e podem causar danos sociais.

Pichai avaliou que a sociedade precisa se adaptar rapidamente com a regulamentação, leis para punir abusos e tratados entre as nações para tornar a IA segura para o mundo, bem como regras que “se alinhem com os valores humanos, incluindo a moralidade.” Ele ressaltou que o desenvolvimento da IA precisa incluir não apenas engenheiros, mas também cientistas sociais, especialistas em ética e filósofos.

O CEO da Alphabet expressou sua preocupação com a capacidade da sociedade de se adaptar à rápida evolução da tecnologia, observando que as instituições sociais parecem incompatíveis com o ritmo em que a tecnologia está evoluindo.

No entanto, Pichai expressou otimismo em relação a essa evolução, já que muitas pessoas começaram a se preocupar com as implicações desde o início, o que pode ajudar a garantir que o desenvolvimento da tecnologia seja responsável e ético.

O Google lançou recentemente o chatbot Bard, como parte de um produto experimental, e planeja incorporar a IA em seus serviços de busca. Executivos da empresa enfatizaram que estão adotando uma abordagem responsável para esses desenvolvimentos e por isso, lançaram um documento com recomendações para regular a IA.

Foto destaque. Logo da Google. (Reprodução/Istock)

EUA atinge baixa histórica de petróleo em terceira semana de vendas

Na última semana, o Departamento de Energia dos EUA vendeu 1,6 milhões de barris de petróleo bruto da Reserva Estratégica de Petróleo para o mercado, resultando na terceira semana consecutiva de vendas e procurando reduzir as reservas para o menor nível desde 1983, equivalente a 368 milhões de barris.


Após a terceira semana consecutiva de vendas, EUA atinge menor nível de reservas de petróleo. (Foto: Reprodução/Istock)


As negociações resultaram na venda de 4 milhões de barris nas últimas três semanas e fazem parte de uma obrigação do Congresso, estabelecida em 2015, de vender 26 milhões de barris este ano. Acredita-se que Washington tenha aproximadamente 22 milhões de barris de petróleo para vender, considerando o volume já comercializado até o momento. As transações devem ser concluídas até 30 de junho.

A administração do presidente Joe Biden vendeu 180 milhões de barris da reserva no ano passado por uma média de US$96,25 por barril. Inicialmente, a administração tinha planejado repor a reserva comprando petróleo no mercado aberto quando os preços atingissem entre US$67 e US$72 por barril. Esses planos foram reiterados até dezembro passado.

No entanto, a Secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, reverteu os planos anunciados pela administração Biden no final do ano passado para recomprar petróleo vendido da reserva em 2022 a preços mais baixos. Ela afirmou que o abastecimento da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA pode levar anos.

Apesar disso, o tamanho limitado das compras planejadas em relação à demanda global de petróleo torna difícil avaliar o impacto nos mercados de petróleo bruto dos EUA, especialmente em meio às atuais tendências econômicas globais e aos desafios geopolíticos.

Granholm disse a um painel da Câmara na quinta-feira que os EUA provavelmente não comprariam todo o petróleo que haviam vendido anteriormente da reserva este ano, em parte devido à manutenção em dois dos quatro locais ao longo da costa do Golfo que abrigam a reserva.

A Reserva Estratégica de Petróleo dos Estados Unidos reduz estoque para o menor nível em quase 40 anos com nova venda de 1,6 milhões de barris. A administração de Biden descarta recomprar petróleo vendido da reserva.

Foto destaque: Governo americano. Reprodução/Istock

Demissões em massa no setor de tecnologia podem ser uma “economia burra”

Empresas que demitiram em massa no setor de tecnologia afirmam que a redução de custos foi uma das razões para os cortes de pessoal na área. No entanto, o Diretor de Proteção de Dados (DPO) do Grupo Skill, Diogo Fernandes, argumenta que o método conhecido como “economia burra” é ineficaz.



Para Fernandes, a economia inicial gerada pelas demissões em massa irá ser um problema no futuro. (Foto: Reprodução/Istock)


Isso porque economiza custos no curto prazo, mas acarreta em gastos ainda maiores no futuro. Sendo o conhecido “barato que sai caro“.

Com o passar do tempo, é esperado que falhas e interrupções comecem a acontecer. A internet fica indisponível por 30 minutos hoje, o sistema fica instável por uma hora amanhã, e assim vai“, exemplifica Fernandes.

Além disso, Fernandes enfatiza que a economia inicial é invalidada pela instabilidade da infraestrutura e a improdutividade resultante, que se acumulam ao longo do tempo. Ele menciona que cortes em TI podem ser tentados para economizar, já que é caro ter um especialista em cada uma das áreas do setor. Entretanto, uma alternativa é a contratação de soluções especializadas para economizar recursos e garantir a produtividade.

Fernandes explica que atualmente há empresas que oferecem um pacote completo de infraestrutura como serviço, contando com especialistas em todas as áreas, eliminando as preocupações das organizações com instabilidades e evitando gastos excessivos com contratações.

João Zanocelo, co-fundador e chefe de produto da BossaBox, destaca que demitir não resolve necessariamente os problemas das empresas de tecnologia. Além da redução de custos, há outros desafios relacionados à área de tecnologia e produto. Para Zanocelo, mesmo com a redução de gastos, é preciso revisitar a forma como as coisas são feitas em algumas empresas.

Muitas áreas têm pouca visibilidade da performance de seus times para entender como melhor alocar essa força de trabalho, e o problema pode persistir mesmo com uma equipe mais enxuta“, explica Zanocelo.

Foto destaque. Pessoa usando o celular. (Reprodução/Pixabay)