Sobre Luiz Araujo

Jornalista no site Lorena R7.

Entenda qual deve ser o papel do Brasil em uma corrida espacial

Segundo projeções, estima-se que o setor espacial alcance um valor movimentado superior a US$ 1 trilhão até 2030, representando um aumento de 330% em relação a 2021. Essa ascensão é impulsionada pela crescente corrida privada em busca da exploração espacial. Diante desse cenário promissor, surge a indagação: qual será o papel do Brasil nessa indústria que estará em evidência nos próximos anos?



Em 2021, Brasil lançou o seu primeiro satélite com a ajuda da Índia. (Reprodução/Istock)


Na semana passada, o SpaceShowBR reuniu entidades, empresas, órgãos governamentais e startups relacionadas à indústria espacial, com apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Emerson Granemann, CEO do MundoGEO e organizador do SpaceBR Show 2023, explicou que o tema do evento deste ano foi a Exploração Espacial e Novos Negócios. Ele mencionou que o Brasil ainda não é considerado um dos principais expoentes no setor espacial, porém, ressaltou que o país possui um grande potencial para se tornar líder na América Latina e, consequentemente, no restante do mundo. 

Granemann enfatizou que o setor espacial vai além das áreas de comunicações, localização e monitoramento ambiental, abrangendo também setores como mineração, nutrição, medicina, turismo, logística, direito, seguros e outros.

Leonardo Souza, CEO e fundador da Ideia Space, startup de educação espacial, destaca a importância da perspectiva no mercado espacial. Segundo ele, o setor espacial do Brasil deve ser analisado globalmente, considerando o up stream e o down stream. 

A busca por oportunidades no espaço, como satélites em órbita e desenvolvimento de lançadores, contrasta com a forma simplificada como o espaço é utilizado no país. Souza ressalta a necessidade de ampliar as discussões, fortalecer a presença brasileira e estabelecer proximidade com o sul global.

No setor espacial, o Brasil se evidencia pelo seu desempenho no segmento de satélites. No ano de 2021, o país lançou ao espaço o satélite Amazonia-1, o qual representa um marco como o primeiro satélite de observação da Terra projetado, integrado, testado e operado completamente pelo Brasil. Essa conquista foi realizada em colaboração com a Indian Space Research Organisation, agência espacial da Índia.

Foto destaque. (Reprodução/Istock)

 

Elon Musk nomeia Linda Yaccarino como a nova CEO do Twitter

A seleção do CEO para uma posição crucial em um conselho é uma decisão importantíssima. Elon Musk fez uma escolha acertada ao nomear Linda Yaccarino como diretora executiva. No entanto, desafios significativos se apresentam diante de Musk, que ocupa os cargos de presidente e diretor de tecnologia.


Linda Yaccarino acumula 10 anos de experiência na NBCUniversal. (Foto: Reprodução/Linkedin)


Linda Yaccarino é a nova CEO do Twitter e possui um histórico notável. Ela ocupou anteriormente a presidência do conselho de publicidade global e a diretoria de parcerias da NBCUniversal (NBCU), onde trabalhou por mais de uma década. Durante esse período, liderou uma equipe global de 2 mil pessoas que alcançaram vendas de anúncios de mais de US$ 100 bilhões, conforme registrado em seu perfil no site da empresa.

Yaccarino adquiriu profundo conhecimento dos anunciantes e suas preferências ao longo de mais de dez anos na NBCUniversal, onde ocupou recentemente a presidência de publicidade e parcerias globais. No entanto, é importante lembrar que o desafio de comandar o Twitter e a NBCUniversal são bem diferentes, além de ter agora a presença de Musk.

Musk e Yaccarino enfrentarão o desafio de equilibrar a liberdade de expressão com as expectativas dos anunciantes. Durante uma entrevista, Yaccarino levantou a questão de como os anunciantes poderiam influenciar o Twitter. Musk respondeu de forma clara: “É perfeitamente legal expressar o desejo de que seus anúncios sejam exibidos em determinados locais no Twitter, mas não é correto tentar ditar o que o Twitter fará”. Ele acrescentou: “Se isso significar perder dinheiro em publicidade, então perderemos. A liberdade de expressão é fundamental”.

Musk acertou ao selecionar Linda Yaccarino como líder, pois ela possui uma experiência necessária em ambientes empresariais turbulentos, com demandas intensas e interesses conflitantes de múltiplas partes interessadas. Yaccarino já navegou por circunstâncias igualmente desafiadoras. Porém, as pressões não se limitarão apenas às partes interessadas externas, mas também virão do próprio Musk.

Foto destaque: Pessoas segurando o celular em frente ao logo do Twitter. Reprodução/Reuters

Conheça o plano secreto dos EUA de explodir uma bomba na lua

Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos cogitaram a execução de um projeto ousado: detonar uma bomba de hidrogênio na superfície da Lua. Denominado Projeto A119, que despertou interesse à época.



Projétil iria explodir entre o lado claro e escuro da lua. (Reprodução/ Unsplash)


As bombas de hidrogênio são notoriamente mais destrutivas do que as bombas atômicas empregadas em Hiroshima, em 1945, e representavam o auge da tecnologia nuclear naquele período.

Leonard Reiffel, eminente físico-químico norte-americano, já havia colaborado com Enrico Fermi (1901-1954), renomado cientista responsável pela criação do primeiro reator nuclear do mundo, conhecido como o “arquiteto da bomba nuclear”.

No período de maio de 1958 a janeiro de 1959, Reiffel elaborou relatórios avaliando a viabilidade do Projeto A119. Surpreendentemente, um dos cientistas envolvidos nessa proposta era o astrônomo Carl Sagan (1934-1996), que posteriormente se tornaria um ícone nesse campo do conhecimento.

Na verdade, a existência desse projeto só veio à tona na década de 1990, quando Sagan mencionou sua participação em uma inscrição para uma universidade dos Estados Unidos.

Embora se acredite que o plano pudesse fornecer respostas a questões científicas elementares sobre a Lua, o objetivo central do Projeto A119 era demonstrar o poderio bélico dos Estados Unidos.

A ideia consistia em detonar a bomba no “terminador lunar”, a região que marca a fronteira entre o lado iluminado e o lado escuro da Lua, criando assim um intenso clarão visível a olho nu por qualquer pessoa, especialmente em locais como o Kremlin.

A ausência de atmosfera na Lua evitaria a formação da característica nuvem em forma de cogumelo resultante de uma explosão nuclear.

Durante a década de 1950, os Estados Unidos não se encontravam em uma posição favorável na Guerra Fria. Tanto os políticos norte-americanos quanto a opinião pública acreditavam que a União Soviética (URSS) estava à frente na corrida nuclear, principalmente no desenvolvimento e quantidade de bombardeiros e mísseis nucleares.

Posteriormente, descobriu-se que esses receios eram infundados. No entanto, durante aquele período, os Estados Unidos tinham motivos para suspeitar de que estavam ficando para trás, apesar de terem sido os primeiros a realizar a detonação de uma bomba de hidrogênio em 1952.

Para surpresa de Washington, os soviéticos conseguiram realizar sua própria detonação apenas três anos depois, e em 1957, a União Soviética alcançou um marco significativo na exploração espacial ao colocar em órbita o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial a orbitar nosso planeta.

Foto destaque. Bomba nuclear (Reprodução/Istock)

Twitter restringe conteúdo na Turquia durante eleições contestadas

O bilionário Elon Musk à princípio defende a liberdade de expressão, mas seu posicionamento está sendo questionado devido às atuais eleições na Turquia, isso se deve ao posicionamento do Twitter que assumiu uma postura de apoio a Erdogan e censurou as contas de seus opositores políticos, segundo as reportagens do Insider e do The Washington Post.



O bilionário Elon Musk comprou o Twitter em Outubro de 2022. (Reprodução/ Getty/Istock)


Em uma postagem publicada no Twitter na sexta-feira, a conta Global Government Affairs anunciou que a plataforma de Elon Musk iria “restringir o acesso a determinados conteúdos da Turquia” para cumprir exigências legais.

Os detalhes sobre as demandas legais e quais contas deveriam ser atingidas não foram divulgados pelo Twitter. No entanto, Tugrulcan Elmas, um pesquisador de mídias sociais da Universidade de Bloomington, em Indiana, monitorou a rede e descobriu que pelo menos seis contas que estavam publicando sobre a eleição foram suspensas.

Um desses perfis suspensos era o do empresário Muhammed Yakut, que havia denunciado negócios ilegais de Erdogan e alegado que o líder turco estava envolvido no desaparecimento de seu genro. Yakut também havia insinuado que forneceria informações sobre o golpe de Estado fracassado em 2016, sugerindo que tudo havia sido encenado por Erdogan.

Elmas informou ao Insider que as contas suspensas provavelmente não teriam influência nas eleições, uma vez que os afetados ainda podiam postar no YouTube e no Facebook.

Desde que Elon Musk assumiu o controle do Twitter no ano passado, o Twitter tem acatado a mais de 80% dos pedidos de governos para suspender ou monitorar usuários, de acordo com a publicação Rest of World. Antes de sua chegada, a taxa de atendimento a esses pedidos era de 50%.

Na segunda-feira, os eleitores da Turquia votaram nesse domingo para eleger o presidente e 600 membros do parlamento, a Grande Assembleia Nacional. A eleição foi marcada por uma disputa acirrada pela presidência entre o atual presidente Recep Tayyip Erdogan e o líder do Partido Popular Republicano, Kemal Kilicdaroglu.

Foto destaque. Twitter. (Reprodução/ Pixabay)

Estação Espacial Internacional será desativada em 2030

Desde que foi construída em 1988, a Estação Espacial Internacional (ISS em inglês) tem circulado em órbita ao redor da Terra. Desde a primeira tripulação que chegou em novembro de 2000, mais de 250 visitantes de 20 países diferentes já estiveram na estação.


               

Estação Espacial Internacional. (Reprodução/ Istock)                               


De acordo com Josef Aschbacher, chefe da Agência Espacial Europeia (ESA), a ISS é um sucesso enorme. A ESA é apenas uma das mais de dez organizações parceiras envolvidas no programa.

A Estação Espacial é uma realização da colaboração global, principalmente entre os Estados Unidos e a Rússia, que começaram a trabalhar juntos pouco depois do caos da União Soviética.

A maioria dos equipamentos da estação espacial tem vários anos e, eventualmente, a estação pode se tornar perigosa ou descontrolada em sua órbita ao redor da Terra. Para evitar isso, a estação deve ser trazida de volta à Terra de forma segura, por meio de uma reentrada controlada no Oceano Pacífico. Essa seria a maior reentrada espacial já realizada.

Em março, a Nasa solicitou ao Congresso Americano recursos para começar a desenvolver um “rebocador espacial” que podeser necessário para resolver esse problema, já que ele empurraria a estação de volta para a atmosfera.

A Estação Espacial Internacional (ISS) possui uma extensão de 109 metros, equivalente ao tamanho de um campo de futebol, e é a maior construção feita pelo ser humano no espaço. Embora sua vida útil tenha sido ampliada várias vezes, existe um consenso de que prolongá-la além de 2030 seria perigoso.

O processo de desativação da ISS começará em 2026, quando a órbita da estação começará a ser afetada naturalmente pela resistência atmosférica, fazendo com que ela diminua sua altitude de 400 para cerca de 320 km até meados da década de 2030.

Nessa época, uma última equipe de tripulantes será enviada para a ISS, possivelmente para remover equipamentos ou objetos históricos significativos que ainda estejam lá. Esse processo de retirada também ajudará a reduzir o peso da estação espacial.

As partes que resistirem à reentrada terão como destino o Ponto Nemo. Esse local é uma área do Oceano Pacífico, localizada entre a Nova Zelândia e a costa do Chile, que é frequentemente designada como um cemitério para naves espaciais.

Foto destaque: Estação Espacial Internacional. (Reprodução/ Istock)

Telegram dispara mensagens à seus usuários contra a PL das fake news

O Telegram, aplicativo de mensagens instantâneas, adotou uma postura semelhante ao Google na luta contra o projeto de lei das fake news. Em uma mensagem enviada aos seus usuários, a plataforma incentivou que estes procurassem deputados federais para convencê-los a rejeitar a proposta.



Pl 2630/2020 teve votação adiada na Câmara. (Reprodução/ Istock)


Ao final da mensagem, foi adicionado um link intitulado “O que você pode fazer para mudar isso”, direcionando os leitores para uma página do site da Câmara que lista os nomes e contatos de todos os deputados federais. O Telegram pede para seus usuários pressionarem os parlamentares contra o projeto.

Uma das principais preocupações das plataformas de redes sociais em relação ao projeto de lei é a possibilidade de penalização pela veiculação de notícias falsas, com multas que podem chegar a milhões de reais. Além disso, se o projeto for aprovado como lei, as grandes empresas de tecnologia terão que remunerar pelo conteúdo jornalístico publicado em suas plataformas.

A iniciativa do Telegram segue a mesma linha de ação do Google, que na véspera da votação na Câmara, incluiu um link em sua página inicial de pesquisas direcionando os usuários para um artigo que repudiava o projeto de lei das fake news.

Na terça-feira passada (2), a votação do projeto de lei das fake news foi adiada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A Secretaria Nacional do Consumidor notificou o Google para retirar um link de sua página inicial em até duas horas, sob pena de multa.

De outro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal ouvisse os presidentes da Google, Meta, Spotify e Brasil Paralelo, para que explicassem a suposta cruzada contra o projeto de lei.

Até o momento, o Telegram não foi alvo dessas pressões. O aplicativo esteve recentemente na mira da Justiça, tendo uma ordem de suspensão assinada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. No entanto, o Telegram reverteu a decisão e continua operando normalmente.

Foto destaque. App Telegram (Reprodução/ Istock)

A Importância do Piscar de Olhos para a Interação entre Humanos e Robôs

O piscar de olhos humano é uma forma de comunicação não-verbal que transmite atenção e emoção. Embora muitas vezes não percebamos, este ato é utilizado para expressar uma série de coisas e pode ser uma deixa para iniciar uma conversa. Além disso, é apenas um dos muitos sinais sociais que os humanos trocam constantemente, sem estar conscientes disso, mas que fornecem uma grande quantidade de informações e conforto.



Um piscar de olhos humanizado é capaz de potencializar a interação humanos x robôs (Foto: Reprodução/Istock)


Os especialistas em robótica social estão analisando as características físicas e psicológicas do piscar humano para explorar sua utilidade em robôs. Eles acreditam que o ato de piscar os olhos pode melhorar a aparência humana dos robôs e, portanto, tornar mais fácil a interação entre humanos e robôs. O professor Kiilavuori explicou que, como o piscar possui muitas funções importantes no comportamento humano, a inclusão dessa habilidade em robôs pode trazer benefícios significativos.

David Hanson, líder da Hanson Robotics, afirma que quando o robô está piscando de forma natural, as pessoas se sentem mais conectadas com o personagem. Alessandra Sciutti, que lidera a unidade CONTACT, acrescenta que um robô que não pisca pode dar a alguém a impressão desagradável de estar sendo observado.

Os humanos também vêem os robôs que piscam de forma mais natural como mais inteligentes, o que é importante em situações em que os humanos dependem dos robôs para fornecer informações, como em estações de transporte público. No entanto, apesar dos benefícios do piscar natural, oferecer essa habilidade aos robôs é tecnicamente desafiador.

Para enfrentar esse desafio, a Disney Research uniu especialistas em robótica e animadores de personagens para desenvolver um protótipo de pesquisa para um olhar robótico realista. O propósito é desenvolver um sistema de expressão visual que seja simples para os animadores manipularem, com o intuito de transmitir nuances emocionais.

Em suma, o estudo das propriedades do piscar humano pelos roboticistas sociais tem como objetivo criar robôs mais humanizados e facilitar a interação entre humanos e máquinas. Embora a tarefa de tornar o piscar de olhos natural em robôs seja desafiadora, os pesquisadores estão trabalhando para desenvolver um sistema expressivo de olhar que transmite emoções sutis.

 

Foto destaque. Robô pensativo. Reprodução/Istock

LinkedIn anuncia onda de demissões e encerramento de aplicativo na China

O LinkedIn, popular rede social de negócios e vagas de emprego, anunciou que demitirá 716 funcionários e encerrar um aplicativo de empregos locais na China, em um esforço para simplificar suas operações.



LinkedIn se soma a outras big techs e anuncia onda de demissões (Foto: Reprodução/Istock)


A empresa, que tem cerca de 20 mil funcionários em todo o mundo, é a mais recente entre as gigantes de tecnologia a realizar cortes de funcionários. A onda de demissões nas big techs já afetou 270 mil trabalhadores nos últimos seis meses, incluindo a Meta, Alphabet e Amazon.

Em um comunicado publicado em seu blog oficial, o LinkedIn afirmou que sempre enfrentou restrições para operar na China, devido às leis de internet mais rigorosas do país. A plataforma de rede social é de propriedade da Microsoft, que a comprou por US$ 26,2 bilhões em 2016.

O CEO do LinkedIn, Ryan Roslansky, afirmou que os cortes têm como objetivo simplificar as operações da empresa e afetarão principalmente os setores de vendas, operações e suporte. No entanto, ele também anunciou que as mudanças irão criar 250 vagas que os funcionários atingidos pelos cortes poderão se candidatar.

Já na China, o LinkedIn anunciou a saída do serviço no país, conhecido como InCareer, em agosto. A empresa já havia anunciado em 2021 que deixaria a China, citando um ambiente “desafiador” no país.

No seu lugar, a Microsoft lançará uma nova plataforma de busca de empregos na China até o final do ano, chamada inJobs, essa não irá conter os recursos sociais, como o feed do LinkedIn. Além disso, a plataforma não permitirá que os usuários compartilhem postagens ou artigos, diferentemente do LinkedIn.

O anúncio do LinkedIn segue uma série de outras demissões em massa entre as gigantes de tecnologia nos últimos meses, com empresas enfrentando uma série de desafios, desde a pandemia de COVID-19 até as crescentes preocupações com a privacidade e a regulamentação.

 

Foto destaque. LinkedIn (Reprodução/Unsplash)

Protesto em Cuba provoca revolta da embaixada americana

De acordo com relatos oficiais publicados nas redes sociais, na noite de sábado ocorreram protestos antigovernamentais em Caimanera, uma cidade portuária que fica localizada próxima da base militar americana em Guantánamo, Cuba. Até o momento, são os primeiros protestos antigoverno este ano em Cuba.



Capital de Cuba, Havana. (Foto: Reprodução/ Unsplash)


Nas imagens, é possível ver os manifestantes em Caimanera entoando gritos de “liberdade”. As tensões no país têm crescido nas últimas semanas, causadas pela grave escassez de combustível que tem afetado negativamente o transporte público, a geração de energia e o abastecimento de alimentos em Cuba.

Até o momento não houve pronunciamento por parte do governo cubano sobre os protestos, no entanto, a jornalista Mabel Pozo de uma rádio estatal comunicou nas suas redes sociais que o protesto iniciou-se a partir do instante que “vários cidadãos, alguns em estado de embriaguez, gritaram declarações contra o processo social cubano e sobre suas insatisfações”.

A cidade de Caimanera, localizada a mais de 12 horas de carro da capital Havana, é conhecida em Cuba como a “primeira trincheira do anti-imperialismo”, devido à sua proximidade com a base naval localizada em Guantánamo, pertencente aos Estados Unidos.

Em sua conta no Twitter, a embaixada dos Estados Unidos em Havana condenou no domingo a atitude das forças de segurança cubanas em relação aos protestos ocorridos em Caimanera. Segundo a publicação, os cidadãos foram espancados por exigirem direitos humanos durante os protestos pacíficos.

Os vídeos foram rapidamente compartilhados por dissidentes fora da ilha de Cuba e por grupos de direitos humanos. Há décadas, Cuba é governada pelo Partido Comunista, e os críticos acusam o governo cubano de uso excessivo de força e de ataques contra a liberdade de expressão. Somado a isso, o país enfrenta uma crise econômica que foi agravada pela pandemia de COVID-19.  Atualmente o país conta com sanções econômicas vindas dos Estados Unidos.

Foto destaque: Centro de Havana, capital de Cuba. Reprodução/Istock

Santander planeja faturar com a maior feira agrícola do Brasil

O Santander planeja movimentar cerca de R$ 2 bilhões em negócios durante a Agrishow em Ribeirão Preto (SP), a maior feira de tecnologia agrícola do Brasil. A instituição financeira deseja oferecer crédito aos produtores antes mesmo de eles irem às compras.


Banco Santander espera movimentar 2 bilhões na Agrishow. (Reprodução/ DepositPhotos) 


Em 2022, o banco movimentou aproximadamente US$ 1,4 bilhão na feira. Em março, o Santander tinha uma carteira de R$ 40 bilhões destinada ao agronegócio e espera atingir a marca de R$ 50 bilhões até o final do ano.

Os principais negócios fechados na Agrishow serão garantidos por uma linha de taxa pós-fixada. O banco abriu a feira com R$ 200 milhões em negócios já fechados após realizar visitas aos clientes no interior de São Paulo. O Santander espera que essa abordagem incentive os produtores a comprar à vista e fazer crédito com a instituição financeira. Os negócios fechados não terão comissão (taxa flat), o que incide sobre o valor total da compra.

Devido às condições econômicas e da safra, o Santander está enfatizando o financiamento de longo prazo com taxas pós-fixadas. Essa modalidade de crédito proporciona mais segurança e previsibilidade na produção agrícola.

O banco está investindo em seu modelo de consórcio, que oferece uma taxa de 11,25% para operações fechadas com prazo entre 48 e 92 meses. Apesar de alguns produtores rurais apresentarem resistência a essa modalidade, o banco acredita que seu pacote é vantajoso e pode ajudar a reduzir essa resistência.

No momento, muitos produtores de soja e milho estão segurando suas produções por conta de que os preços estão próximos dos custos de produção. Eles esperam por preços melhores nos próximos meses e isso dá fôlego às operações.

O objetivo do banco é oferecer suporte aos clientes no curto prazo. O Santander também está realizando um piloto para o Novo Seguro Safra no interior de São Paulo, enquanto aguarda o Plano Safra, que é anunciado todos os anos até o final de junho. O executivo acredita que pode haver uma queda nos valores elegíveis de pelo menos 2% no próximo período, devido à queda dos recursos subsidiados.

Foto destaque. Banco Santander. (Reprodução/ Istock)