Os policiais federais atingidos por Roberto Jefferson após ataque têm estilhaços pelo corpo. A Polícia Federal cumpria a ordem de prisão dada pelo ministro Alexandre de Moraes a Roberto Jefferson que cumpria prisão domiciliar, em Levy Gasparian (RJ). Resistente à prisão, Jefferson disparou com um fuzil 5.56 mm e atirou três granadas contra os policiais. Segundo ele, a intenção não era matar os policiais, mas ele será indiciado por quatro tentativas de homicídio.

A policial Karina de Oliveira foi ferida no rosto e na coxa e precisou levar pontos, além de ter estilhaços de granada alojados no quadril. Karina chegou a perder os sentidos e precisará ficar cinco dias afastada do trabalho. Enquanto tentava socorrer a colega de trabalho, o delegado Marcelo Villela também foi ferido na cabeça e afirmou que sentia o sangue descer pela sua cabeça  em tanta quantidade que chegou a atrapalhar sua visão. Após um raio-X, dois fragmentos de possíveis estilhaços foram encontrados em seu crânio.

^{Policial Karina de Oliveira atingida na cabeça (Foto: Reprodução/G1)}

Para o delegado, Roberto Jefferson agiu de forma premeditada e já aguardava a chegada da polícia. Em seu depoimento contou que Jefferson dizia que não iria se entregar de jeito nenhum e que só sairia de casa morto. A viatura da polícia que levava os agentes ficou completamente depredada após o ataque, com perfurações na lataria e para-brisa. O veículo foi atingido por no mínimo 20 tiros de fuzil. O ex-deputado, afirma que só disparou na viatura e próxima a ela.

Apenas após intensas negociações, inclusive com o Ministro da Justiça Alexandre Torres, ele aceitou ser conduzido pela polícia. O policial que participou da intermediação afirmava que Roberto Jefferson oscilava muito de humor. Ao menos 10 pessoas já estavam na casa quando o negociador da polícia adentrou a residência, incluindo o candidato a presidência, Padre Kelmon e um pastor, que haviam furado o bloqueio da polícia.

Foto destaque: Viatura da Polícia Federal ficou destruída. Reprodução: Estadão Conteúdo.

A aposentada investigada por fazer ofensas racistas contra Eddy Junior está impedida pela justiça de se aproximar do humorista. Elisabeth Morrone precisa manter distância de no mínimo 300 metros do influencer, conforme determinado pela Justiça de São Paulo, sob pena de prisão preventiva.

Essa medida protetiva também proíbe que a agressora mantenha contato com o vizinho, mesmo por intermédio de outras pessoas. A solicitação foi feita pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP). A vizinha também está proibida de frequentar o mesmo ambiente que Eddy, principalmente as áreas comuns do Condomínio United Home & Work, onde moram.

Elisabeth Morrone é investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) depois do influencer ter prestado depoimento na  última quarta-feira (19), por sofrer xingamentos racistas da aposentada ao usar o elevador do prédio onde moram. Toda a ação foi filmada por Eddy Junior que compartilhou nas suas redes sociais gerando uma onda de revolta e também solidariedade.

_{Vídeo gravado pelo humorista. Reprodução: Instagram}

Outra moradora do Condomínio United Home & Work também afirma ter sofrido ofensas racistas da mesma agressora. Nayara Cruz, advogada, relatou ter sido vítima de discriminação, assim como o filho, uma criança. A defesa de Elisabeth Marrone não quis se pronunciar por não ter conhecimento sobre o caso.

Na última quinta-feira (20), manifestantes fizeram um protesto em frente ao prédio contra moradora acusada de ataques. Em apoio a Eddy Junior, artistas como Paulo Vieira e Astrid Fontenelle compareceram ao protesto, assim como ativistas e representantes da Uniafro e outras entidades de luta contra o racismo.

Segundo os advogados da acusada, as desavenças com o humorista não tiveram relação com racismo ou qualquer tipo de preconceito, e que a aposentada se incomodava com os barulhos feitos pelo vizinho do andar de cima. No vídeo, filmado por Eddy Junior, no entanto, a agressora o chama de macaco e imundo. “É importante frisar: delitos como esse eles não são toleráveis mais. É necessário que caso a pessoa sofra uma injúria racial, sofra racismo ou preconceito racial, façam as suas denúncias, procurem uma delegacia de polícia para que a gente possa apurar e que não tenhamos essa sensação de impunidade”, ressaltou Elisabete Sato, diretora do DHPP. A polícia reforça a importância de denunciar casos de injúria racial e preconceito como esse para que a justiça seja feita. 

Foto destaque: Eddy Junior e a vizinha acusada de racismo. Reprodução/Montagem/G1 

O Tribunal Superior Eleitoral vem recebendo durante o segundo turno mais de 500 alertas de fake news relacionados à eleição por dia. Ao longo dos 11 primeiros dias de retomada da campanha foram registradas 5.869 comunicações, concentrando quase metade dos alertas até agora. Houve um aumento expressivo em comparação ao primeiro turno.

Ao longo desse ano o TSE repassou para análise das redes sociais 12.573 casos suspeitos de desinformação relacionados às campanhas. Esse número representa um crescimento de 1.671% em comparação às eleições municipais de 2020, que registrou 752 encaminhamentos.

^{(Foto: Reprodução/Fábio Vieira/Metrópoles)} 

Quando notificadas pelo TSE, as plataformas das redes sociais tomam providências que resultam na retirada ou suspensão, em 57% dos casos graves.

O TSE atua de dois modos para impedir a disseminação de notícias falsas. A primeira é na área técnica, através da filtragem e análise do material suspeito de fake news. Com a avaliação feita e encaminhada para as plataformas,  a decisão pela retirada ou não é tomada de acordo com suas normas internas. A segunda atuação é na área judicial, a Corte julga os materiais de campanha e postagens nas redes sociais e discutem se configuram ou não desinformação.

Nesta quinta-feira (20) foi aprovada pelo TSE uma resolução para tornar o processo de retirada do ar mais ágil no período eleitoral e evitar a maior disseminação de fake news.  A definição é de que o conteúdo falso poderá ser retirado da plataforma sem a necessidade de processos judiciais.

Para o presidente do tribunal, o ministro Alexandre de Moraes, a disseminação de fake news aumentou de forma considerável do primeiro turno para o segundo. “A partir do segundo turno houve um aumento não só das notícias fraudulentas, mas de agressividade dessas notícias, que leva a uma corrosão da democracia, o que pede um procedimento mais célere em relação à desinformação”, disse o ministro.

Foto destaque: Tribunal Superior Eleitoral. Reprodução/Adriano Machado/REUTERS

Uma nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (20) aponta que cerca de 30% dos brasileiros consideram mais perigoso manifestar suas preferências políticas em locais públicos.  

O instituto de pesquisa apresentou sete situações e pediu que os entrevistados avaliassem em quais eles poderiam ter algum tipo de problema ao expressar sua preferência política ou de voto. As três situações mais citadas foram os locais públicos (30%), o local de trabalho (25%) e em conversas com a família (24%).

Os entrevistados também citaram temer problemas em conversa com amigos ou colegas (20%), na igreja ou culto (18%), escola ou faculdade (12%) e respondendo pesquisas de opinião (2%).

Para 13% dos entrevistados, a manifestação pública da preferência política ou voto não traz nenhum problema em nenhuma das situações apresentadas. Entre o público acima de 60 anos esse índice sobe para 25%. Outros 3% não quiseram opinar.

^{Lula e Bolsonaro em debate realizado pela TV Bandeirantes (Foto: Reprodução/Renato Pizzutto/Band)}

Uma pesquisa anterior, feita em setembro, demonstra números parecidos: 34% citaram locais públicos, 26% o local de trabalho, 21% conversas com a família, 21% conversa com amigos ou colegas, 16% igreja ou culto, 9% escola ou faculdade e 1% respondendo pesquisas de opinião.  Para 14% a manifestação política não causava problema  e 3% também não opinaram.

No panorama geral, os índices entre os eleitores de Lula e Bolsonaro não variam muito, exceto no trabalho e na igreja, que apresenta diferenças maiores.

Entre os eleitores do Lula, 27% apontam que expressar seu voto no local de trabalho pode trazer problema, ante 23% entre os eleitores de Jair Bolsonaro. Nas igrejas, 22% dos eleitores do Lula temem ter problemas ao manifestar preferência política, ante 15% dos eleitores do Bolsonaro.

O Datafolha, em sua pesquisa mais recente, aponta que no segundo turno Lula tem 49% das intenções de voto, e Bolsonaro tem 45%.

A pesquisa realizada entre os dias 17 e 19 de outubro, entrevistou 2.912 pessoas em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa está registra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-97340/2022.

Foto destaque: Toalhas com o rosto do candidato chamam atenção nas ruas. Reprodução/Layza Mourão/G1

Com a proximidade da data limite e o excesso de filas, o Ministério da Cidadania decidiu prorrogar o prazo para atualização do Cadastro Único em mais 30 dias. A revisão dos dados do CadÚnico é necessária para evitar a suspensão ou cancelamento de benefícios concedidos pelo Governo como o Auxílio Brasil.

Os beneficiário do Auxílio Brasil que estavam há mais de dois anos sem atualização no cadastro tinham até o dia de hoje (14/10) para efetuar a revisão cadastral. A proximidade do prazo gerou filas enormes e confusões pelo país, antes do anúncio da prorrogação.

Mais de 1,4 milhões de famílias inscritas nos Cadastro Único foram convocadas para revisar seus cadastros, segundo o Ministério da Cidadania. Desse número, 757 mil são beneficiárias do Auxílio Brasil e teriam até hoje pra realizar o procedimento. Ainda em setembro, em torno de 263 famílias beneficiárias ainda não haviam realizado as atualizações das informações.

O Cadastro Único, é a principal ferramenta do Governo Federal para a inclusão de famílias de baixa renda em programas assistenciais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), o Auxílio Emergencial criado durante a pandemia e o Auxílio Brasil, entre outros benefícios.

Nesta quinta, muitas pessoas madrugaram para guardar lugar nas filas do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) com medo de perderem o benefício. No Rio de Janeiro, as primeiras pessoas a chegarem esperaram por 18h horas até a abertura do posto de atendimento do CadÚnico. Foram registradas brigas por lugar e confusões na fila, além de reclamações por parte dos beneficiários.

^{Beneficiários brigaram por lugar em fila no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)}

Em Natal, muitos beneficiários voltaram para casa sem atendimento após horas aguardando na fila e apenas 30 senhas terem sido distribuídas. Os atendimentos são feitos por agendamento, mas muitas pessoas não conseguem realizar a marcação e ficam nas filas para tentar resolver a situação.

A atualização é necessária para assegurar a qualidade e a veracidade dos dados cadastrados e garantir que as informações estejam de acordo com a realidade das famílias. Caso os registros não sejam atualizados as famílias podem ser excluídas do Cadastro Único a partir de julho do ano que vem. Neste ano, apenas as famílias que revisaram os cadastros pela última vez em 2016 ou 2017 foram convocadas.

Foto destaque: Filas enormes se formaram para realizar o cadastro Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia