Sobre Leonardo Torrisi

Jornalista no site Lorena R7.

São Paulo enfrenta primeiro caso de raiva canina em quatro décadas

O Instituto Pasteur, vinculado à Secretaria de Estado de São Paulo, confirmou hoje (6) o primeiro caso de raiva canina na capital paulista desde 1983. O evento ocorreu na região do Butantã, e o cão infectado acabou sendo sacrificado. Seguindo protocolos, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou uma investigação e já vacinou 367 animais em 384 imóveis visitados, visando bloquear a transmissão da doença e evitar um possível surto.

 

Ações de contenção e prevenção

Desde o surgimento do caso, atividades de vigilância foram intensificadas na área afetada. A Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) conduziu as ações de vacinação casa a casa, que continuarão por tempo indeterminado. A última vez que a cidade registrou um caso de raiva de origem canina foi em 1983, e um caso transmitido por morcegos foi registrado em 2011.

Para evitar mais casos e garantir a saúde tanto de animais quanto de seres humanos, a Prefeitura de São Paulo mantém uma campanha de vacinação contínua contra a raiva. Segundo a SMS, as doses devem ser aplicadas anualmente e estão disponíveis em 18 postos fixos e diversos pontos volantes pela cidade.


Primeiro caso de raiva é diagnosticado em SP após décadas (Vídeo: reprodução/YouTube/Balanço Geral)


Orientações em caso de mordida

Além da vacinação de animais, a SMS oferece diretrizes para pessoas que sejam mordidas ou arranhadas por cães e gatos. A recomendação é procurar atendimento médico imediatamente para avaliação clínica. Caso necessário, o paciente será encaminhado para uma unidade de referência para tratamento da raiva humana em São Paulo.

A raiva é uma enfermidade séria que ataca o sistema nervoso e é quase sempre fatal quando os sintomas começam a se manifestar. Portanto, tanto a vacinação dos animais quanto a educação da população são cruciais para o controle da doença.

 

Foto Destaque: Cão sendo vacinado. Reprodução/Arquivo PMJ/prefeitura de jundiaí

Casos de sífilis crescem 55,9% em 2023 no Distrito Federal

O Distrito Federal está enfrentando um aumento expressivo no número de casos de sífilis. Em 2023, foram registrados 3.138 diagnósticos da infecção, representando uma média diária de 14 casos. Em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram relatados 2.013 casos, houve um aumento de 55,9%. A maioria desses casos ocorre entre homens de 25 a 29 anos.

 

Fatores de risco e prevenção

Segundo a enfermeira responsável pela vigilância epidemiológica da sífilis Daniela Magalhães, da Secretaria de Saúde, a principal forma de evitar a doença é o uso correto de preservativos. Testes rápidos para diagnóstico estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o tratamento também pode ser realizado através da administração de antibióticos.

A conscientização sobre os riscos e sintomas da sífilis também é fundamental para encorajar a busca por tratamento imediato. O infectologista Werciley Vieira destaca que a sífilis tornou-se a principal Infecção Sexualmente Transmissível (IST) do momento, devido à facilidade de transmissão.

 

Ações dos governos locais

Para mitigar o problema, o Distrito Federal instituiu uma Comissão Distrital Permanente para a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis. O objetivo é estimular o diagnóstico e o tratamento precoce, especialmente entre gestantes, para evitar a transmissão da doença aos recém-nascidos. O plano também envolve ações de conscientização sobre a importância dos testes de sífilis nas UBS.


Governo do DF faz campanha contra a sifilis. (Vídeo: reprodução/YouTube/TV Brasil)


O aumento no número de casos de sífilis no Distrito Federal exige uma atuação rápida e eficaz das autoridades de saúde. O uso correto de preservativos continua sendo a principal forma de prevenção, e a população é encorajada a fazer testes regulares para detecção da doença, especialmente em UBS. As ações governamentais buscam incentivar práticas de prevenção e diagnóstico, em um esforço para reverter este cenário preocupante.

 

Foto destaque: Paciente passa por coleta para exames. Reprodução/ Rodrigo Nunes/G1

Estratégia visionária: Causeway Capital desafia o mercado com ações ignoradas

A empresa de investimento Causeway Capital Management, dirigida por Sarah Ketterer, está ganhando terreno no mercado ao focar em ações geralmente negligenciadas. Nos últimos três anos e, especialmente, até julho deste ano, a empresa tem exibido retornos expressivos. Com sede em Los Angeles, a empresa expande sua presença globalmente, mas seu foco é em ações internacionais. Através da combinação de análise quantitativa e fundamentalista, a empresa identifica “pechinchas” no mercado de ações externo. Ketterer e sua equipe acreditam que há oportunidades significativas em mercados externos que outros estão negligenciando.

Um novo território para investimentos lucrativos

As estratégias adotadas pela Causeway Capital Management estão revolucionando a maneira como investimentos são feitos em ações internacionais. A empresa, que administra um portfólio impressionante de US$ 43 bilhões (aproximadamente R$ 210 bilhões), tem consistentemente superado o mercado americano e até mesmo os índices globais mais renomados.

Na busca por oportunidades de investimento, Sarah Ketterer, a CEO da Causeway, vê grande potencial em empresas com avaliações subestimadas em comparação com seus pares nos Estados Unidos. Ela ressalta o valor da busca em mercados negligenciados, explicando que isso permite aos investidores identificar empresas com espaço para crescimento significativo a médio e longo prazo.

A ciência por trás da seleção de ações da Causeway

O sucesso da Causeway é respaldado por números sólidos. A principal estratégia da empresa rendeu um retorno líquido anualizado de 17,6% nos últimos três anos. Isso supera o índice MSCI EAFE, um indicador de ações internacionais em mercados desenvolvidos, em oito pontos percentuais. Mais notavelmente, até julho deste ano, a empresa acumulou um ganho de 24,5%, ofuscando o aumento de 15,8% do índice MSCI EAFE e até o salto de 19,5% do S&P 500.


Ações na bolsa para ficar atento nesta semana (Vídeo: reprodução/YouTube/Capitalizo)


Entre os casos de sucesso da Causeway está o banco italiano UniCredit. Impulsionadas por uma visão otimista sobre o setor bancário europeu após sua queda em 2020, as ações do UniCredit subiram 64% apenas em 2023, e 160% desde setembro do ano anterior. Tudo isso em um cenário onde o Banco Central Europeu impôs restrições severas à distribuição de dividendos durante a pandemia, uma decisão que pressionou fortemente o setor.

Sarah Ketterer enfatiza que o “benefício de investir internacionalmente está em encontrar empresas menos exploradas, menos compreendidas“. Isso parece ser mais do que uma filosofia corporativa; é uma estratégia vencedora que está posicionando a Causeway Capital Management como um jogador a ser observado no cenário de investimento global.

Foto destaque: Mercado de ações/Target Invest

Indústria de games pode sofrer com entrada de atores e dubladores do ramo em greve

Fran Drescher, presidente do SAG-AFTRA, o sindicato de artistas dos Estados Unidos, confirmou em 1.º de setembro que atores e dubladores da indústria de games poderão entrar em greve devido à demanda por melhores salários e clareza contratual em relação à inteligência artificial. A decisão se dará por votação entre os dias 5 e 25 do mesmo mês, afetando diretamente grandes desenvolvedoras como Activision, Epic Games e Insomniac Games.

Descontentamento crescente

Segundo Drescher, estúdios renomados como Epic Games, WB Games e Activision estão falhando em cumprir com as condições mínimas acordadas com os artistas. Tal cenário ecoa os desafios enfrentados por roteiristas e atores em Hollywood, que já iniciaram greves desde maio e julho, respectivamente. O descontentamento não se limita apenas a questões salariais; envolve também o impacto da inteligência artificial no trabalho desses profissionais.


Sindicato chama trabalhadores da indústria de games para greve (Vídeo: reprodução/YouTube/CENTRAL)


Inteligência artificial

Duncan Crabtree-Ireland, negociador do SAG-AFTRA, alertou sobre os perigos que a IA representa para os artistas. Sem salvaguardas contratuais, estes profissionais são levados a contribuir para sua própria obsolescência. A tecnologia de captura de voz e movimento, cada vez mais sofisticada, representa uma ameaça direta aos meios de subsistência dos envolvidos na indústria.

Caso a greve se concretize, os impactos poderão se assemelhar aos já vividos por Hollywood. Títulos em desenvolvimento que dependem de captura de movimento sofrerão atrasos. Audrey Cooling, porta-voz das desenvolvedoras, afirma que estão sendo feitas negociações de boa-fé, mas até o momento, um acordo não foi alcançado.

A situação da indústria de games é crítica e demanda ações imediatas para evitar uma paralisação que afete não apenas os profissionais envolvidos, mas também a cadeia de produção e o público consumidor. 

Foto destaque: trabalhadores em manifestação grevista nos Estados Unidos. Reprodução/Meuplaystation.