Sobre Leonardo Torrisi

Jornalista no site Lorena R7.

EUA e aliados ampliam investigação sobre carteira bilionária do Hamas

Na última terça-feira (24), representantes dos Estados Unidos, junto a membros da Arábia Saudita, Qatar e outras nações do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), intensificaram as investigações sobre uma suposta carteira de investimentos secretos do Hamas, que, segundo estimativas, vale pelo menos US$ 1 bilhão. A mobilização conjunta emergiu como resposta aos recentes ataques terroristas do Hamas a Israel.

Esforços conjuntos contra o financiamento do terror

O Departamento do Tesouro americano, em colaboração com as nações aliadas, dedica esforços para desvendar e combater a referida carteira de investimentos, conforme informou um oficial dos EUA. A iniciativa parte do Centro de Combate ao Financiamento do Terrorismo (TFTC), entidade criada em 2017, que agora dirige a atenção para perseguir, além do Hamas, o Hezbollah e outros grupos militantes alinhados ao Irã, mediante o compartilhamento de informações relevantes entre os países membros do conselho.

Na semana passada, autoridades americanas impuseram sanções a indivíduos identificados como gestores dos ativos na misteriosa carteira do Hamas. A descoberta revela um montante avaliado entre US$ 400 milhões e US$ 1 bilhão, segundo informes do Tesouro dos EUA, que supõe a geração de receitas significativas para o grupo.


Conheça mais sobre o partido político, Hamas e suas demandas (Vídeo: reprodução/YouTube/BBC News Brasil)


Ações recentes e impactos na região

A pasta de investimentos abrange empresas operando sob fachada de legalidade em diversos países, como Sudão, Argélia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, salientou a intolerância dos EUA quanto à exploração do sistema financeiro por organizações terroristas, instigando as nações do Golfo a compartilharem mais dados sobre as operações financeiras do Hamas.

Nelson condenou as práticas do Hamas, evidenciando como tais ações exacerbam as dificuldades econômicas enfrentadas pelos palestinos na Faixa de Gaza, desviando recursos de ajuda humanitária para financiar atividades terroristas. Ressaltou-se a necessidade de uma atuação conjunta e decidida dos países membros do TFTC para neutralizar as ameaças e desmantelar as estruturas financeiras que apoiam o terrorismo na região.

Foto Destaque: Soldados do Izz al-Din al-Qassam, braço armado do Hamas (Reprodução/Yousef Masoud/CNN)

Cientistas revelam rosto de múmia Inca sacrificada há 500 anos

Na última terça-feira (24), um grupo de cientistas do Peru e da Polônia desvendou o rosto de uma jovem sacrificada durante o Império Inca há mais de 500 anos, cuja múmia foi descoberta nas proximidades de um vulcão nos Andes peruanos há quase três décadas. O processo se deu através de tecnologia tridimensional que, após 20 anos de análise da estrutura craniana e do corpo mumificado, permitiu a reconstituição minuciosa dos traços desta jovem que viveu durante uma época tumultuada.

 

Revelação de um rosto do passado

O corpo da menina, encontrado em 1995, 6.400 metros acima do nível do mar, na província de Caylloma, região de Arequipa, permaneceu congelado, o que auxiliou na preservação dos elementos necessários para o estudo. Conhecida como Senhora de Ampato ou, de forma coloquial, como Juanita, esta jovem se tornou um símbolo da cultura e da história inca. 


Conheça mais sobre uma das múmias mais preservadas do mundo (Vídeo: reprodução/YouTube/Fatos Desconhecidos)


O legado de Juanita

Os estudos indicam que Juanita, com idade estimada entre 14 e 15 anos, foi oferecida em sacrifício aos deuses incas em uma tentativa de aplacar desastres naturais que assolavam a região na época, como secas, inundações e erupções vulcânicas. A análise da múmia revelou que a morte de Juanita provavelmente se deu por um forte golpe na cabeça, enquanto estava ajoelhada, causando uma hemorragia interna grave.

Os cientistas da Universidade Católica de Santa Maria e da Universidade de Varsóvia continuam a estudar Juanita e seu contexto histórico, proporcionando uma visão fascinante sobre as práticas e crenças da civilização Inca. As imagens do rosto reconstituído de Juanita, agora reveladas ao público, servem como uma janela para o passado, unindo a tecnologia moderna e a história antiga em uma narrativa cativante e educativa.

 

Foto Destaque: Juanita, a múmia Inca reconstruída digitalmente (Reprodução/Reuters, Universidade Católica de Santa Maria/CNN)

Reino Unido aprova lei rigorosa para proteção infantil online

A nova legislação no Reino Unido, aprovada em 19 de setembro no Parlamento britânico, visa fortalecer a segurança online para crianças, com medidas severas direcionadas às plataformas de internet. O foco é restringir o acesso de menores de 18 anos a conteúdos nocivos, como pornografia, incentivo ao suicídio e transtornos alimentares, nas redes sociais e motores de busca. A lei, nomeada como Online Safety Bill, impõe responsabilidades às plataformas sobre os conteúdos disponibilizados, mesmo que sejam postados por terceiros, exigindo ação rápida na remoção de material ilegal.

Responsabilidade e penalidades

A legislação prevê multas substanciais e, em casos extremos, prisão de executivos das plataformas que falharem em cumprir as novas regras. As penalidades financeiras podem alcançar até 18 milhões de libras esterlinas ou 10% do faturamento anual da empresa, o que for maior, levando em consideração os grandes rendimentos das gigantes da tecnologia. Além disso, em algumas situações, os chefes das empresas podem ser detidos.

O governo acredita que essas medidas tornarão o Reino Unido um ambiente online mais seguro. Entretanto, tanto especialistas quanto empresas da área expressaram preocupações. Argumentam que as mudanças podem afetar a privacidade dos usuários e limitar a liberdade de expressão online. Especificamente, o WhatsApp, em uma carta aberta, indicou que a lei poderia comprometer a criptografia de ponta a ponta, abrindo caminho para monitoramento amplo das mensagens. Outros aplicativos com criptografia, como Signal e Viber, compartilharam da mesma inquietação.


Veja algumas ações que os pais podem tomar para aumentar a proteção das crianças online (Vídeo: reprodução/YouTube/Nome do Canal)


Desafios e perspectivas futuras

Apesar de ser um avanço na proteção infantil online, a lei enfrenta desafios, como a verificação da idade dos usuários, um obstáculo tecnológico notável. O grupo britânico Open Rights Group também manifestou receio sobre como a legislação pode impactar a liberdade de expressão, temendo uma censura indireta ao tentar proteger as crianças. O debate entre segurança infantil e liberdade de expressão continua, enquanto observa-se com atenção como outras nações lidam com delitos semelhantes nas redes sociais.

 

Foto Destaque: representação da legislação Online Safety Bill. Reprodução/TechFinitive

Usuários adotam medidas para barrar ataques cibernéticos

A segurança cibernética ganha destaque diante do crescente número de ataques online. Tais ameaças colocam em risco as finanças e a identidade dos usuários, sobretudo com a integração da Inteligência Artificial (IA) em diversas plataformas digitais. A questão central ressurge: como fortalecer a proteção contra invasões maliciosas? As corporações e governos enfrentam desafios significativos, mas os indivíduos e famílias também necessitam de estratégias eficazes para garantir a segurança de seus dados.

Estratégias de proteção ao alcance de todos

Especialistas destacam sete ações práticas que contribuem para uma navegação mais segura:

  1. Autenticação Multifator: A técnica exige mais de uma forma de verificação, fortalecendo a segurança durante o acesso a contas online.

  2. Senhas Fortes: A criação de senhas complexas, com uma diversidade de caracteres, dificulta a ação de hackers.

  3. Evitar Redes Inseguras: O acesso a contas sensíveis deve ocorrer em redes seguras, evitando-se assim exposições desnecessárias.

  4. Congelamento de Crédito: Ao congelar o crédito, barra-se o acesso não autorizado, uma medida que se mostra eficaz mesmo diante da exposição de dados pessoais.

  5. Uso de Cartões de Crédito com Chips: Os cartões de crédito com chips oferecem uma camada extra de segurança em comparação aos cartões de débito.

  6. Respostas Criativas em Perguntas de Segurança: Variar as respostas em perguntas de segurança pode confundir cibercriminosos.

  7. Monitoramento de Transações: O acompanhamento regular das transações financeiras permite identificar e barrar atividades suspeitas rapidamente.


Veja mais algumas dicas práticas para se proteger online (Vídeo: reprodução/YouTube/Canal JMS)


Ameaças cibernéticas intensificam alerta

O cenário de ameaças cibernéticas evolui com o advento da IA, tornando essencial a adoção de medidas preventivas. As estratégias supracitadas são acessíveis a todos, demonstrando que com ações conscientes, é possível fortalecer a segurança digital e minimizar os riscos associados. A implementação destas medidas se revela um passo crucial para resguardar informações e garantir uma navegação online segura e responsável.

 

Foto Destaque: representação de um ataque hacker. Reprodução/Wikimedia Commons/Olhar Digital

Musk vê redução bilionária após relatório financeiro da Tesla

Na última quinta-feira (19), a Tesla, renomada fabricante de carros elétricos, divulgou seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre do ano, causando uma reação adversa no mercado. As ações da companhia sofreram uma queda de 10% na bolsa, o que consequentemente afetou o patrimônio líquido de Elon Musk, CEO da empresa, reduzindo-o em US$ 25 bilhões. Essa reação do mercado ocorreu no mesmo dia em que o balanço foi divulgado, sendo o palco principal a bolsa de valores onde as ações da Tesla são negociadas.

Desempenho financeiro

A Tesla reportou uma receita de US$ 19,6 bilhões neste trimestre, marcando uma queda de 8,6% em relação ao segundo trimestre do ano, em que a receita foi de US$ 21,3 bilhões.

Além disso, os lucros por ação foram de US$ 0,66, ficando abaixo das expectativas dos analistas, que previam um valor de US$ 0,72 por ação. Essa diferença entre a expectativa e a realidade financeira da empresa foi um dos fatores que contribuíram para a queda no preço das ações.


Conheça o histórico de perdas bilionárias do empresário (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


Reações e perspectivas

Além dos números abaixo do esperado, as declarações de Elon Musk sobre o estado da economia global também foram vistas com preocupação pelos investidores. Durante a teleconferência de resultados, Musk mencionou que os custos de juros nos Estados Unidos aumentaram significativamente, descrevendo o cenário econômico atual como desafiador. Esse posicionamento mais cauteloso do CEO, especialmente sobre temas macroeconômicos, foi visto como um alerta, contribuindo para a reação negativa no preço das ações.

A Tesla, que já enfrentou uma desvalorização significativa em 2022, quando suas ações caíram 65%, teve uma recuperação parcial em 2023 com uma valorização de 130% em suas ações. No entanto, o relatório financeiro do terceiro trimestre e as observações de Musk reforçam um caminho incerto à frente. A empresa, avaliada em US$ 695,7 bilhões, permanece como uma das maiores do mundo, enquanto Musk mantém o título de pessoa mais rica do planeta, mesmo após a perda bilionária.

 

Foto Destaque: O herdeiro, Elon Musk, em evento. Reprodução/Angela Weiss /AFP

Gravadoras acionam Anthropic por violação de direitos autorais

Nesta quinta-feira (19), as renomadas gravadoras da Universal Music, ABKCO e Concord, iniciaram uma ação judicial contra a empresa de inteligência artificial (IA) Anthropic em um tribunal federal do Tennessee, EUA. O embate central reside na alegada utilização indevida de letras de mais de 500 músicas famosas para treinar o chatbot Claude, desenvolvido pela Anthropic. As músicas citadas vão desde clássicos como “God Only Knows”, dos Beach Boys, até hits contemporâneos como “Uptown Funk”, de Mark Ronson e Bruno Mars.

Violação de propriedade

A acusação alega que a Anthropic infringiu as leis de direitos autorais ao utilizar letras de músicas protegidas para aprimorar seu modelo de IA, Claude 2, sem a devida autorização dos detentores dos direitos. Segundo o processo, o modelo de IA é capaz de gerar letras semelhantes a músicas populares, como “Roar”, de Katy Perry, e “I Will Survive”, de Gloria Gaynor, comprometendo o mercado de licenciamento das obras originais. A ausência de informações cruciais sobre o gerenciamento de direitos autorais por parte da Anthropic é vista como uma privação da compensação justa e crédito aos criadores das composições.

Investimento e inovação

Apesar do litígio em curso, a Anthropic, que promove a “IA constitucional”, tem um investimento significativo previsto pela Amazon, que planeja aportar até US$ 1,25 bilhão na startup, com potencial de expansão para US$ 4 bilhões. Este aporte proporcionará à Amazon acesso a grandes modelos de linguagem, similar ao ChatGPT, fortalecendo sua presença no segmento de IA. A Anthropic, fundada pelos irmãos Dario e Daniela Amodei, surge com um foco em segurança de IA, atraindo investimentos de gigantes tecnológicos, mesmo em meio a controvérsias legais.


Conheça mais sobre a Anthropic e suas ferramentas (Vídeo: reprodução/YouTube/A.I Club)


Desafios futuros

A indústria musical, ao lado de outros detentores de direitos autorais, enfrenta desafios crescentes com a evolução da IA generativa. Enquanto busca proteger seus ativos, a Universal Music Group expressou interesse em colaborar com empresas como o Google para abordar as questões de IA generativa. O cenário atual destaca a tensão entre a inovação em IA e a proteção dos direitos autorais na era digital, sinalizando debates jurídicos e éticos mais amplos à medida que a IA continua a integrar-se profundamente no tecido social e econômico.

 

Foto Destaque: Imagem para divulgação da Anthropic. Reprodução/Anthropic/techcrunch

Justiça amplia bloqueio de valores dos sócios da 123milhas para R$ 900 mi

No dia 10 de outubro, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 900 milhões em bens e valores dos sócios da 123milhas e das empresas associadas ao grupo. Inicialmente, o juiz Eduardo Henrique de Oliveira Ramiro, atuante na 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, havia estabelecido um limite de R$ 50 milhões em setembro. A ação para ampliação do bloqueio partiu do Ministério Público de Minas Gerais.

Decisão anterior limitava bloqueio a R$ 50 milhões

A determinação judicial impacta as empresas 123milhas, HotMilhas, Maxmilhas, Lance Hotéis, AMRM Holding e Novum Investimentos. O juiz ressaltou que as empresas e seus sócios têm responsabilidades conjuntas. Assim, tanto as entidades corporativas quanto os indivíduos envolvidos enfrentarão as consequências jurídicas.

Além de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da 123milhas, Tânia Silva Santos Madureira também foi incluída como ré no processo.

Em agosto, a 123milhas interrompeu a emissão de passagens promocionais e pacotes, gerando diversas ações judiciais contra ela. Três empresas, incluindo a 123milhas, entraram com pedido de recuperação judicial devido à intensa crise financeira enfrentada.


Entenda melhor o caso da 123milhas (Vídeo: reprodução/YouTube/Passo a passo Empreendedor)


Empresas e sócios respondem juntos no processo

A Justiça acolheu o pedido no final de agosto. No entanto, em setembro, suspendeu temporariamente a recuperação após solicitação do Banco do Brasil, concedendo um período de proteção de seis meses contra ações judiciais.

Em outra decisão recente, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho suspendeu a obrigação de clientes da 123milhas de continuarem pagando por pacotes já cancelados. A resolução interrompe o repasse de estornos de operações de cartão de crédito à empresa. O Banco do Brasil intercedeu nessa decisão, afirmando ser o principal credor da 123milhas e que os valores retidos pertencem ao banco.

O desembargador determinou ainda o depósito de créditos dos investimentos e dos estornos em conta judicial até esclarecimentos adicionais no caso. Com a recuperação judicial temporariamente suspensa, os próximos passos ainda estão em análise pelo judiciário.

Foto Destaque: imagem representando a falência da 123milhas. Reprodução/Folha BV

Israel nega responsabilidade em ataque a hospital em Gaza

As Forças de Defesa de Israel, na terça-feira (17), divulgaram um vídeo como tentativa de comprovar que não estiveram envolvidas na explosão ocorrida no hospital Ahli Arab em Gaza. O Ministério da Saúde de Gaza, sob controle do Hamas, declarou que o ataque resultou na morte de centenas de pessoas, e atribuiu a responsabilidade a Israel.

Declarações e evidências

Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, em uma coletiva online, explicou que a natureza da explosão indicava que o foguete não pertencia ao arsenal israelense. Além disso, destacou que, no momento do ataque, não havia operações militares israelenses na região.

Imagens reveladas mostram um ponto luminoso, que supostamente seria um foguete da Jihad Islâmica, perdendo altitude. Antes dessas imagens, um comunicado das forças israelenses já afirmava que não miravam hospitais e que a Jihad Islâmica teria sido a responsável pelo ataque ao hospital. Informações oficiais de Israel apontam que, desde 7 de outubro, aproximadamente 450 foguetes disparados de Gaza contra Israel caíram no território palestino.

Controvérsias e desmentidos

Israel divulgou, mas logo em seguida retirou, um vídeo que mostraria o momento do ataque. A retirada se deu após um repórter do jornal americano The New York Times apontar discrepâncias no horário da explosão e o horário mostrado nas imagens. Em resposta, o Exército israelense destacou que suas publicações são sempre verificadas.

Nota oficial e reações

Uma nota oficial de Israel atribui à organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) a responsabilidade pelo lançamento malsucedido que atingiu o hospital. A Jihad Islâmica, por sua vez, negou envolvimento. O Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou que “terroristas selvagens” atacaram o hospital, e não as Forças de Defesa de Israel.


Veja imagens do ataque israelense ao hospital palestino (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


O que é a Jihad Islâmica?

Fundada na década de 1980, a Jihad Islâmica, ligada ao Hamas, é reconhecida como organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia. Ao longo dos anos, tem se responsabilizado por diversos ataques, e não reconhece a existência de Israel.

O contexto mais amplo

Desde 7 de outubro, o cenário tem sido tenso entre Israel e Hamas, com o lançamento de foguetes por parte do Hamas e a resposta militar de Israel. Relatos indicam que combatentes do Hamas invadiram Israel, causando mortes. Israel, em contrapartida, declarou guerra ao Hamas. Estima-se que 1.400 pessoas perderam a vida em Israel e cerca de 3.000 em Gaza desde o início desse conflito.

Foto Destaque: Homem em meio a destruição de prédio atacado por Israel na Cidade de Gaza/Reprodução/Mohammed Abed/AFP

Ferrari adota criptomoedas como pagamento nos EUA

A Ferrari, famosa montadora de carros de luxo, iniciou a aceitação de criptomoedas para compras de seus veículos nos Estados Unidos. A decisão, que ocorreu ontem, 15 de outubro de 2023, foi uma resposta aos apelos do mercado e das concessionárias. Segundo Enrico Galliera, diretor de marketing e comercial da Ferrari, a montadora também planeja implementar esta opção na Europa em breve.

Um passo em direção à modernidade

Apesar da relutância de muitas grandes empresas em aceitar criptomoedas por preocupações com sua volatilidade e consumo de energia, a Ferrari deu esse passo audacioso. Galliera destacou que as criptomoedas têm feito progressos na redução de sua pegada de carbono, alinhando-se com o objetivo da Ferrari de alcançar a neutralidade de carbono até 2030.

Os clientes da Ferrari, alguns jovens investidores e outros mais tradicionais, mostraram interesse em usar suas moedas digitais. Essa decisão de aceitar criptomoedas foi impulsionada, em parte, pela diversificação de portfólios destes investidores.


Conheça a história da famosa marca de luxo (Vídeo: reprodução/YouTube/Histórias de negócios de sucesso)


Parceria estratégica

Nos Estados Unidos, a Ferrari estabeleceu uma colaboração com a BitPay, uma renomada processadora de pagamentos de criptomoedas. Esta parceria possibilita transações com bitcoin, ether e USD Coin. Galliera assegurou que os revendedores da Ferrari não enfrentarão riscos de flutuação dos preços das criptomoedas, uma vez que a BitPay converterá os pagamentos em moeda fiduciária convencional.

A BitPay também garante a integridade das transações, verificando a procedência das criptomoedas para evitar ligações com atividades ilícitas.

Em contraste, outras empresas, como a Tesla, hesitaram em permanecer no espaço das criptomoedas. Em 2021, a Tesla começou a aceitar bitcoin como pagamento, mas suspendeu a opção mais tarde devido a preocupações ambientais.

A adoção de criptomoedas pela Ferrari marca um passo significativo no mundo automotivo, mostrando uma evolução em direção à integração com a economia digital e sinalizando uma possível tendência para outras montadoras no futuro.

 

Foto Destaque: Logo da montadora de carros de luxo, Ferrari. Reprodução/Divulgação/Criptofácil

Austrália impõe multa à rede social X por falhas na moderação de conteúdo

Em ação regulatória recente, a Comissão e-Safety da Austrália multou a rede social X, propriedade do empresário Elon Musk, em US$ 386 mil. A plataforma falhou em responder sobre suas práticas relativas ao abuso infantil.

Pressão regulatória aumenta

A X, anteriormente conhecida como Twitter, não respondeu satisfatoriamente a questionamentos sobre quanto tempo demorou para reagir aos relatos de material de abuso infantil e os procedimentos adotados para identificar tais postagens. Esse valor da multa, mesmo sendo pequeno em comparação aos 44 bilhões de dólares que Musk investiu para adquirir a rede social em outubro de 2022, reflete uma reprimenda simbólica à imagem da empresa.

A X, ao longo do tempo, enfrentou críticas sobre sua moderação de conteúdo, com anunciantes diminuindo seus investimentos devido à percepção de negligência na moderação. A situação se complicou com a reativação de milhares de contas que haviam sido previamente banidas.

Desafios globais

A situação não se restringe à Austrália. Na Europa, a União Europeia investiga a X por possível desrespeito às suas regulamentações, após denúncias de disseminação de desinformação relacionadas a conflitos internacionais. Com a mudança de propriedade e administração para Musk, a rede social passou a enfrentar maior escrutínio por suas políticas de moderação.

Após a compra por Musk, a X encerrou suas operações na Austrália, dificultando a comunicação direta com a imprensa local.


Conheça as mudanças no Twitter administrado por Elon Musk (Vídeo: reprodução/YouTube/TecMundo)


Outras plataformas no radar

A iniciativa regulatória não é exclusiva à X. Plataformas de renome, como Google, Discord, TikTok e Twitch, também receberam solicitações em fevereiro de 2023 para fornecer detalhes sobre suas ações contra a disseminação de material de abuso infantil.

Conforme relatos, a eficiência da X na detecção de conteúdo abusivo caiu de 90% para 75% nos três meses posteriores à aquisição por Musk. A falta de resposta da X foi, segundo autoridades australianas, mais significativa quando comparada a outras empresas.

O X, entretanto, pode recorrer da decisão. E reiterou seu compromisso em manter uma “política de tolerância zero” para conteúdos de abuso infantil, destacando o uso de ferramentas automatizadas e revisão manual especializada.

 

Foto Destaque: Silhueta do CEO da rede social X, Elon Musk. Reprodução/Kovop/Olhar Digital