Sobre Leonardo Torrisi

Jornalista no site Lorena R7.

Conheça App revolucionário que impulsiona a autoconfiança feminina através da personalização de roupas

Em 05 de novembro de 2023, um aplicativo inovador, Mys Tyler, emergiu como uma solução promissora para mulheres em busca de confiança através da moda. Disponibilizado há 17 horas, o software utiliza algoritmos avançados para alinhar consumidoras a criadores de conteúdo com físicos parecidos, facilitando a descoberta de vestuário adequado. A ferramenta digital, criada pela empreendedora Sarah Neill, propõe um novo paradigma no processo de escolha e uso de roupas, introduzindo uma metodologia personalizada e acessível.

Algoritmo de estilo tem encontro da personalização com tecnologia

Registrando mais de 60.000 usuários ativos por mês, o Mys Tyler está acessível para sistemas iOS e Android. Ao fornecer dados como altura, medidas e preferências de estilo, as usuárias permitem que o algoritmo busque influenciadores com atributos físicos similares, sugerindo peças e combinações. O resultado é um perfil de moda sob medida, que reflete as tendências e oferece orientações estilísticas pontuais.

A tecnologia por trás do aplicativo não apenas aproxima as consumidoras das tendências da moda, mas promove uma experiência de vestuário mais assertiva e prazerosa. Segundo Neill, o Mys Tyler não só aborda desafios de adequação de peças no setor, mas também fortalece a autoestima feminina e celebra a diversidade corporal.


Conheça outros apps para criação de looks (Vídeo: reprodução/YouTube/Bianca Maria)


Resultados transformadores com autoconfiança e descoberta

Uma recente sondagem com a base de usuárias do Mys Tyler revelou que 86% relataram um aumento significativo na confiança ao vestir roupas que lhes caem bem. Além disso, a interação com o aplicativo incentivou a exploração de novas combinações e um envolvimento mais entusiástico com a moda.

O Mys Tyler representa um marco na intersecção entre tecnologia e moda, prometendo uma jornada de autoconhecimento e expressão individual. A abordagem inovadora do aplicativo pode ser um precursor para uma mudança abrangente na indústria da moda, onde a personalização e a inclusão tornam-se não apenas desejáveis, mas essenciais.

 

Foto Destaque: Imagens ilustrativas do uso do app Mys Tyler. Reprodução/Divulgação/Broadsheet

Telescópio James Webb capta estrela nascente

Cientistas registraram uma estrela em formação usando o Telescópio Espacial James Webb neste domingo (5), conforme divulgado pelo correspondente de Ciência da BBC, Jonathan Amos. A imagem captura uma protoestrela dentro do objeto cósmico HH212, localizado na constelação de Orion, a aproximadamente 1.300 anos-luz da Terra. A protoestrela, escondida por um disco denso de gás e poeira, apresenta jatos de gás que se estendem por distâncias que levariam em torno de um ano e meio para serem percorridos à velocidade da luz.

Descoberta cósmica inédita 

Astrônomos observam o HH212 há três décadas, documentando suas transformações. Com o avanço do telescópio Webb, as imagens agora são dez vezes mais detalhadas do que as anteriores, proporcionando novas perspectivas sobre a formação estelar. A imagem mais recente exibe jatos e nós brilhantes, revelando uma simetria notável entre eles. Estudos indicam que esses jatos ajudam a estrela nascente a regular seu crescimento ao ejetar momento angular excessivo.

A importância dos jatos bipolares

Os jatos exibidos são cruciais para entender a formação de estrelas. Segundo o conselheiro da ESA, Mark McCaughrean, o processo envolve a contração de gás que, ao girar rapidamente, precisa liberar momento angular, resultando em emissões bipolares. A cor característica dessas emissões sugere a presença de hidrogênio molecular, evidenciado pela luz intensa em onda infravermelha de 2,12 mícrons capturada pelo telescópio.


Veja imagens capturadas pelo telescópio James Webb da nova descoberta (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)


A equipe de astrônomos planeja criar um filme com as imagens acumuladas para analisar as mudanças nas estruturas dos jatos ao longo do tempo. A velocidade de expansão dos jatos, estimada em mais de 100 km por segundo, fornece dados essenciais para o estudo. Este fenômeno é nomeado em homenagem aos pioneiros em pesquisar tais objetos cósmicos, Herbig e Haro.

O Telescópio James Webb, com sua capacidade de capturar uma gama ampla de cores em comprimentos de onda inacessíveis para telescópios terrestres, promete revolucionar o entendimento dos objetos de Herbig-Haro e outros mistérios do universo.

 

Foto Destaque: A protoestrela em formação dentro de HH212. (Reprodução/NASA/ESA/CSA/M. MCCAUGHREAN & S. PEARSON/Época Negócios)

3M Brasil investe em inovação e sustentabilidade

Adriana Blikstein, presidente da 3M Brasil, enfatiza a importância da inovação partindo de necessidades humanas. No dia 2 de novembro de 2023, ela declarou à Forbes Brasil a necessidade de equilibrar tecnologia e sustentabilidade em processos de transformação digital. O anúncio ocorreu após a recente inauguração de um centro de pesquisa na Amazônia, marcando um período estratégico para a companhia no país.

Estrategia de inovação e sustentabilidade

A 3M, reconhecida por sua capacidade de inovar, aposta no Brasil para fortalecer suas operações globais. Com mais de R$ 10 bilhões anuais em inovação e pesquisa, a empresa adota uma abordagem prática para incorporar novas tecnologias, focando na resolução de problemas concretos. Adriana Blikstein reforça que a inovação deve sempre andar lado a lado com a sustentabilidade, conceito que a empresa denomina de “inovabilidade”.

O centro de inovação em Sumaré, e agora com uma nova célula na Amazônia, serve de modelo para a integração entre sustentabilidade e inovação. A estratégia da empresa visa encurtar ciclos e acelerar o desenvolvimento, sem perder de vista o impacto ambiental e o potencial das tecnologias em mitigá-lo.


Conheça mais da trajetória inovadora da 3M (Vídeo: reprodução/YouTube/Passo a Passo Empreendedor)


A influência da inteligência artificial

Inteligência artificial (IA) representa um campo de atuação antigo para a 3M, trazendo eficiência e acelerando a inovação. Entretanto, Blikstein destaca que a IA não substituirá a sensibilidade e percepção humanas. Ela acredita na coexistência produtiva entre IA e criatividade humana, onde a inovação nasce da observação e da experiência das pessoas.

Com uma carreira de 23 anos na 3M, Blikstein, que tem formação em Direito e Economia, aborda a necessidade de preparar profissionais para um futuro tecnológico. Através do Instituto 3M, a empresa apoia o Programa Formare, que capacita jovens em suas quatro fábricas no Brasil para o primeiro emprego. Este programa antecipa as demandas da nova economia, formando profissionais para a indústria 4.0 e além.

 

Foto Destaque: Fachada da fábrica da 3M Brasil. Reprodução/Divulgação/RBA

EUA: Pedidos de auxílio desemprego crescem levemente

Os cidadãos dos Estados Unidos registraram um aumento moderado nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego na última semana. Este acréscimo de 5 mil solicitações elevou o número para 217 mil. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (2), também revelaram que as requisições contínuas atingiram um marco não observado nos últimos seis meses. O levantamento foi realizado pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

Apesar do leve crescimento nos números, o mercado de trabalho dos EUA não demonstra sinais de desaceleração substancial. Desde meados de setembro, houve um incremento nas listas de desempregados, o que gerou debates entre economistas. Alguns especialistas apontaram para ajustes sazonais como causa da alta, baseando-se em tendências similares do ano anterior. Lou Crandall, economista-chefe da Wrightson ICAP em Nova York, expressou confiança de que as cifras seriam corrigidas para baixo nas revisões anuais vindouras.


Entenda a crise no mercado de trabalho estadunidense (Vídeo: reprodução/YouTube/BM&C NEWS)


Detalhamento dos números da força de trabalho

Na semana encerrada em 28 de outubro, as estatísticas ajustadas sazonalmente mostraram um discreto aumento nos pedidos de auxílio. Os analistas previram um total de 210 mil, porém, os resultados superaram as expectativas. Ainda assim, o mercado de trabalho dá indícios de um resfriamento gradual, mantendo-se rígido e sublinhando a solidez econômica. Em contrapartida, a relação de vagas de emprego para desempregados em setembro foi favorável, com 1,5 posição disponível para cada indivíduo sem emprego.

Os pedidos de indenização sem ajustes apresentaram um crescimento de 2.768, resultando em 196.767 na semana anterior. Alterações significativas foram notadas em estados como Califórnia, Michigan e Carolina do Norte, enquanto Nova York experimentou uma queda considerável. As flutuações em Michigan podem estar atreladas ao término de greves na indústria automotiva.

Perspectivas futuras para o mercado de trabalho

Atentando para os pedidos contínuos de auxílio, houve um avanço de 35 mil, alcançando 1,818 milhão na semana que se encerrou em 21 de outubro. Esse número é o mais alto desde meados de abril. Nancy Vanden Houten, economista-chefe da Oxford Economics em Nova York, salientou que se essa tendência persistir, poderá ser um indicativo de um relaxamento nas condições de trabalho.

 

Foto Destaque: Trabalhador americano sentado ao ar livre em área urbana, reflete o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego. Reprodução/Divulgação/Suno

Ataque aéreo em campo de refugiados de Jabaliya: mortes e tensão elevada

No campo de refugiados de Jabaliya, localizado na Faixa de Gaza, sete reféns encontraram a morte após um ataque israelense na última terça-feira. Entre os mortos, três possuíam passaportes estrangeiros, conforme anunciado pelas Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo Hamas. A nacionalidade das vítimas, no entanto, permanece desconhecida. O ataque gerou repercussão e intensificou as tensões na região.

Contexto do ataque

O campo de Jabaliya é o maior entre os oito campos de refugiados presentes na Faixa de Gaza. Antes do início do conflito, a ONU registrava cerca de 116 mil refugiados residindo no local, onde também se encontram três escolas administradas pela organização. Atualmente, essas instituições de ensino servem como abrigo para as famílias deslocadas devido à guerra.

A resposta de Israel e as vítimas

A ofensiva israelense ao campo resultou em um saldo trágico de 50 mortos, incluindo ao menos 25 civis, conforme relatado pelo Crescente Vermelho Palestino. As Forças de Defesa de Israel (IDF) justificaram o ataque alegando que os alvos eram terroristas. Entre as vítimas, estava Ibrahim Biari, um comandante do Hamas, responsável por diversos ataques ao longo dos últimos 20 anos, incluindo o ataque terrorista do dia 7 de outubro que resultou na morte de mais de mil israelenses e marcou o início do atual conflito.


Os ataques do Estado de Israel se intensificam e deixam milhares de civis mortos (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)


Impacto e consequências

O ataque israelense ao campo de Jabaliya intensificou as tensões na região e trouxe à tona a questão da segurança e da proteção aos civis em zonas de conflito. A morte dos reféns estrangeiros, em particular, destaca a gravidade da situação e a urgência em buscar soluções para a crise humanitária que assola a Faixa de Gaza.

A ação militar israelense no campo de refugiados, ao mesmo tempo que visava eliminar ameaças terroristas, deixou um rastro de destruição e luto, evidenciando a complexidade e os desafios para alcançar a paz e a estabilidade na região. O mundo observa atentamente os desdobramentos desse trágico episódio, na esperança de que soluções pacíficas prevaleçam e a dignidade humana seja preservada.

Foto Destaque: Ataque israelense em Gaza. Reprodução/Evelyn Hockstein/Reuters

Segundo paciente morre após transplante de coração de porco

Na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, Lawrence Faucette, um homem de 58 anos portador de doença cardíaca em fase terminal, se submeteu a um transplante experimental de coração de porco no dia 20 de setembro. Ele se tornou a segunda pessoa no mundo a passar por esse procedimento. Após seis semanas, Faucette veio a falecer, apresentando sinais de rejeição ao órgão transplantado. A equipe médica havia descartado essa possibilidade anteriormente, pois até então o paciente apresentava progressos significativos.

Avanços e desafios do transplante experimental

Após a cirurgia, os médicos observaram avanços no estado de saúde de Faucette. Ele participava de sessões de fisioterapia e passava tempo com a família. Um mês depois, sua função cardíaca estava excelente e ele não necessitava mais de medicamentos para apoiar o funcionamento do coração. Mesmo assim, os médicos decidiram tratar o paciente com um tratamento experimental de anticorpos para suprimir o sistema imunológico e tentar prevenir a rejeição do órgão. Apesar desses esforços, a rejeição de órgãos permanece como um grande desafio nos transplantes, inclusive nos que envolvem órgãos humanos.


Veja o primeiro caso de transplante de coração de um porco para um Ser humano (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN)


A esperança de Lawrence e o futuro dos transplantes

Faucette expressou sua esperança na técnica experimental como sua única chance real de sobrevivência, e sua esposa Ann destacou o desejo de passar mais tempo juntos, mesmo que fosse realizando atividades simples. O procedimento realizado em Lawrence abre caminhos para futuros transplantes e oferece esperança para mais de 113 mil pessoas nos Estados Unidos que aguardam por um órgão. Diariamente, 17 pessoas morrem à espera de um transplante.

Em janeiro de 2022, a Universidade de Maryland realizou a primeira cirurgia do tipo em David Bennett, de 57 anos, que faleceu dois meses após o procedimento. Embora Bennett não tenha apresentado sinais de rejeição nas primeiras semanas, uma autópsia revelou que ele morreu de insuficiência cardíaca devido a uma série de fatores complexos. Esse caso, assim como o de Lawrence Faucette, fornece dados valiosos para futuras pesquisas e avanços na medicina transplantadora.

Foto Destaque: Lawrence Faucette, o segundo paciente a receber um coração de porco no mundo. (Reprodução/University of Maryland School of Medicine/CNN)

Consultor defende Blockchain na Bolsa de Valores de NY apesar de crise cripto

No segundo semestre de 2023, o sócio da renomada consultoria McKinsey, Julian Sevillano, apresentou-se na Bolsa de Valores de Nova York para discutir o potencial da tecnologia blockchain, destacando sua aplicabilidade muito além do volátil mercado de criptomoedas. O cenário das criptomoedas encontrava-se em baixa, com bitcoin, ether, solana e outras moedas acumulando uma depreciação de 60% desde o pico em novembro de 2021, totalizando uma perda de US$ 2 trilhões (R$ 10 trilhões) em valor de mercado. Apesar dos contratempos, Sevillano enfatizou a solidez e o futuro promissor do blockchain.


Conheça melhor o que são tolkens e sua importância (Vídeo: Reprodução/YouTube/Primo Pobre)


Blockchain versus Criptomoedas

Julian Sevillano distinguiu claramente entre blockchain e criptomoedas, reiterando a real utilidade do primeiro. Explicou conceitos básicos, como “contratos inteligentes” e a tokenização de ativos tradicionais – processo de converter direitos sobre um ativo em um token digital no blockchain. A tokenização, conforme a explicação, poderia revolucionar a maneira como ativos financeiros como ações, títulos e imóveis são transferidos e gerenciados, prometendo transações quase instantâneas globalmente.

Apesar da eficiência propagada, a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização enfrentam resistência. Poucas empresas adotaram a tecnologia e vários projetos ainda enfrentam desafios de estabilidade, escalabilidade e governança. Um exemplo notável é a parceria entre a Digital Asset Holdings (DAH) e a Bolsa de Valores da Austrália, que visava substituir um sistema antiquado, mas acabou sendo descontinuada devido a problemas operacionais, resultando em uma perda substancial.

Futuro da tokenização

Recentemente, a empresa de tokenização DAH foi adquirida pela Depository Trust and Clearing Corporation (DTCC) por US$ 50 milhões (R$ 249 milhões). A tokenização, apesar dos desafios, continua sendo vista como o futuro dos serviços financeiros por gigantes do setor como Blackrock e Goldman Sachs. A interoperabilidade e a liquidez são apontadas como barreiras, mas iniciativas como o plano do Citi de tokenizar depósitos de clientes e o interesse da Bolsa de Valores de Londres em negociações tokenizadas sugerem um momentum crescente na busca por soluções blockchain mais eficientes e transparentes.

 

Foto Destaque: Representação artística dos Tolkens. Reprodução/Getty Images/Forbes

G7 acerta código de conduta para IA avançada na segunda-feira

No próximo dia 30 de outubro, segunda-feira, o Grupo dos Sete (G7), composto por Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia, anunciará um código de conduta voluntário para empresas que desenvolvem tecnologias de Inteligência Artificial (IA) avançadas. Esse acordo, revelado por um documento do G7, surge como uma iniciativa dos líderes dessas economias para atenuar os riscos e o uso indevido potencial dessa tecnologia emergente.

Origem da iniciativa

A jornada para essa regulação iniciou-se em maio, durante um fórum ministerial intitulado “Processo de IA de Hiroshima”. O documento do G7, que destaca 11 tópicos cruciais, tem o objetivo de promover uma IA segura e confiável globalmente, fornecendo diretrizes para as ações de organizações que estão à frente no desenvolvimento de sistemas de IA avançados.


Entenda o que é Inteligencia Artificial e a importância em sua regulamentação (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhar Digital)


O que o código propõe

O código enfatiza a importância de identificar, avaliar e mitigar riscos ao longo do ciclo de vida da IA. Instiga as empresas a solucionarem incidentes e padrões de uso indevido após os produtos de IA serem lançados no mercado. Adicionalmente, sugere que as empresas publiquem relatórios públicos detalhando as habilidades, limitações, o uso e a utilização indevida de seus sistemas de IA, além de investirem em controles de segurança robustos.

A Comissária Digital da Comissão Europeia, Vera Jourova, ressaltou que o Código de Conduta é um fundamento sólido para assegurar a segurança e servirá como uma ponte até que a regulamentação esteja em vigor. Essa iniciativa voluntária, além de ser um marco na maneira como as principais nações lidarão com a IA, reflete a crescente preocupação com a privacidade e os riscos de segurança associados a esta tecnologia.

No cenário brasileiro, a regulamentação da IA ainda enfrenta desafios significativos, o que eleva a relevância de iniciativas globais como a do G7, proporcionando insights valiosos sobre como promover a IA segura e responsável em um mundo cada vez mais digitalizado.

 

Foto Destaque: representação artística de Inteligência Artificial. (Reprodução/Getty Images/Total IP)

Abin defende uso de software espião; especialistas alertam para ilegalidade

No embate recente entre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal (PF), originado pela operação Última Milha, deflagrada em 20 de outubro, emerge a polêmica sobre a utilização do software FirsMile pela Abin. O software, destinado à geolocalização, é alvo de questionamentos legais, levando a uma divisão de opiniões entre os servidores da agência e especialistas no tema.

Aquisição e justificativa

Os servidores da Abin sustentam que a aquisição e utilização do FirsMile não necessitavam de autorização judicial, inserindo-se em um contexto de modernização das técnicas de inteligência do órgão. Eles compararam a função do software às campanas tradicionais, que monitoram o deslocamento de alvos específicos. A defesa ressalta que ferramentas semelhantes estão em uso em países como Estados Unidos e Reino Unido, demonstrando uma prática internacional.

Contraponto técnico

Entretanto, especialistas, como André Ramiro, pesquisador alemão, apontam a distinção crucial entre o FirsMile e as campanas tradicionais. Segundo ele, o software facilita a vigilância, demandando menos esforço humano e ampliando significativamente a abrangência do monitoramento. A tecnologia intercepta sinais de comunicação entre celulares e torres de transmissão, revelando a localização dos aparelhos.

A crítica reside também na exploração de uma vulnerabilidade não corrigida pelos sistemas de telecomunicações, o que, na visão de Ramiro, configura um risco inerente. O especialista ainda menciona a falta de protocolos rígidos para a utilização segura do software, advogando por uma autorização judicial prévia, fundamentada e plausível.


Saiba mais sobre a operação Ultima Milha e suas implicações (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Implicações e desdobramentos

A operação da PF, desencadeada pela suspeita de uso ilegal do software, resultou em buscas, apreensões e detenções de servidores da Abin. Foi revelado que cerca de 33 mil monitoramentos foram realizados, mas somente 1.800 foram identificados, os demais foram excluídos.

O atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, reconheceu o uso do FirstMile como um erro das gestões anteriores, em depoimento na sessão secreta da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, no dia 25 de outubro.

 

Foto Destaque: Entrada da Abin em Brasília – DF. Reprodução/Divulgação/CNN

Meta enfrenta perdas bilionárias, mas mantém aposta no Metaverso

No universo tecnológico, a empresa Meta, liderada por Mark Zuckerberg, revelou um cenário desafiador em seu balanço financeiro do terceiro trimestre, divulgado na quarta-feira (25). Os relatórios indicam que a divisão Reality Labs, responsável pelo desenvolvimento do metaverso e projetos de realidade virtual, registrou um prejuízo de US$ 3,7 bilhões no período mencionado.

Persistência na inovação

A aposta de Zuckerberg no metaverso não é recente, mesmo com os números negativos, a Meta continuou investindo na divisão. Durante a apresentação dos resultados, Susan Li, a CFO da Meta, mencionou que as vendas do headset Quest 2 VR foram menores que o esperado no terceiro trimestre. Ainda assim, a estratégia da empresa parece não ter se desviado. Conforme apontado no relatório, espera-se que as perdas operacionais do Reality Labs cresçam nos próximos tempos.

Projeções futuras

Mark Zuckerberg, em diversas ocasiões, reiterou seu compromisso com o metaverso, identificando-o como um foco principal de longo prazo. A empresa enxerga um horizonte onde as perdas monetárias atuais podem ser compensadas pelo sucesso futuro dos projetos de realidade virtual e metaverso. O CEO prevê um período de 3 a 5 anos de investimentos robustos antes de observar retornos significativos.


Conheça os erros e acertos do metaverso da Meta (Vídeo: reprodução/YouTube/Canal Tech)


Recentemente, notícias sobre demissões na divisão Reality Labs emergiram, causando certo alvoroço no setor. Embora o número exato de funcionários afetados não tenha sido revelado, a situação ressalta os desafios enfrentados pela Meta em sua jornada inovadora.

Por outro lado, a Meta observou uma receita expressiva de US$ 11,58 bilhões no terceiro trimestre, demonstrando que, apesar dos desafios enfrentados pela divisão Reality Labs, a empresa tem sustentado sua presença forte no mercado. Uma comparação com outras gigantes da tecnologia como Alphabet e Snap, que mostraram recuperação no mercado de publicidade, coloca a Meta em uma posição de análise e expectativa no cenário tecnológico global.

 

Foto Destaque: Identidade visual da Meta, empresa de Mark Zuckerberg (Reprodução/Divulgação/Analytics Insight)