Sobre Larissa Lima

Jornalista nas editorias de Esportes, Cinema e Música.

Empreendedores de moda masculina sustentável e minimalista faturaram mais de 9 milhões de reais

Aloysio Rebello e Matheus Menezes, ambos com 29, são os jovens empreendedores que se conheceram na faculdade de engenharia e atualmente são sócios de uma empresa de moda masculina.  Eles são donos da Urbô, uma empresa voltada para a moda masculina minimalista, que já faturou mais de 9 milhões de reais só em 2021 com peças feitas a partir de matérias-primas sustentáveis, como fibra de banana e borra de café.  

Tendo o meio de venda por e-commerce e em mais de 300 varejistas multimarca, o plano principal para este ano é tornar a marca mais conhecida nacionalmente e consequentemente faturar 12 milhões de reais.  Em 2015 quando ambos se formaram, estavam insatisfeitos com seus empregos antigos e buscavam algum setor para conseguir empreender. A ideia de criar a Urbô nasceu quando Aloysio tentou comprar uma camiseta pela internet e assim percebeu como o processo era cheio de dificuldades. Foi então que eles pensaram em empreender com um e-commerce de camisetas.  

No início eles fizeram uma pesquisa sobre produtos, e perceberam que seria necessário ter um diferencial significativo. “Queríamos uma variável que nos potencializasse no mercado. Fomos estudar o efeito da indústria na natureza e como era feito lá fora”, explicou Matheus. Naquela época, no mercado da moda já se falava sobre como minimizar os efeitos da indústria têxtil sobre o meio ambiente, com isso os empreendedores tinham um contato com startups com uma pegada mais consciente, fazendo ter a inspiração de criar a Urbô em 2016.  


Matheus Menezes e Aloysio Rebello, os sócios e donos da Urbô (Foto: Reprodução/Divulgação/Revistapegn)


Já os primeiros passos dos novos empreendedores foi mapear as possibilidades de fornecedores para o negócio. Matheus disse que eles priorizaram o impacto ambiental, mas também o custo-benefício do item durante a seleção. O uso de matérias-primas como fibra de banana e borra de café é recente e, por causa delas, o custo é maior. “Ainda não trazem lucro, mas bancamos o produto porque entendemos que tende a baratear com o passar do tempo”, afirmou ele. Além dessas matérias-primas eles trabalham também com itens como garrafa PET reciclada, cânhamo, e algodões naturais, pima e egípcio. 

Foi então que os dois começaram a vender camisetas e bonés por um e-commerce próprio, porém em pouco tempo eles conseguiram fechar parcerias com lojas multimarcas que se interessaram pela proposta da marca Urbô. Quando os empreendedores pereceram esse interesse e resolveram ir atrás de possíveis novos parceiros. “Colocamos a mala no carro e fomos bater de porta em porta em lojas de Minas Gerais”, lembrou Matheus. 

O período desse movimento coincidiu com o início da pandemia, o que fez com que os novos empreendedores tivessem vantagens sobre grandes marcas. Segundo Matheus, por terem um custo operacional mais baixo e mais margem para negociação. “Os parceiros enxergaram uma marca jovem, com característica sustentável e um viés interessante”, afirmou ele. Deste modo, passaram a ocupar lugar nas prateleiras ao lado de nomes já consolidados no mercado da moda. 

Apostando nas estratégias de marketing online e off-line, explicou Matheus. “Do ponto de vista online, todos os produtos são fotografados com foto still, foto externa, vídeos de coleção, sugestões de stories, enfim, um amplo arsenal para o trabalho diário dos lojistas e usamos estes materiais nas nossas redes sociais”. Já para o off-line, a proposta é enviar sinalizadores de loja. 


No início a loja vendia camisetas (Foto: Reprodução/Divulgação/Instagram) 


Com a Urbô crescendo, a marca passou a de 25 itens por coleção a ter mais de 350 itens. O que chama a atenção dos clientes, segundo os empreendedores, é a variedade de jeans com diversas modelagens como: carrot, straight, slim fit e skinny. Atualmente a Urbô tem uma fábrica de 1,1 mil metros quadrados e um centro de distribuição de cerca de 700 metros quadrados. A emprega agora emprega diretamente 35 funcionários e mais de 150 de forma indireta. 

Fora as coleções próprias da Urbô, os jovens empreendedores já têm planos de colaborações com marcas de outros segmentos para este ano, além de parcerias com influenciadores digitais nacionais, com aderência ao tema de sustentabilidade. “Isso vai nos ajudar a gerar mais faturamento e conhecimento de marca, o que pode potencializar nossa venda no varejo”, finalizaram. 

 

Foto destaque: Logo da marca Urbô. Reprodução/Divulgação/Urbostore

Carla Assumpção, diretora-geral da Swarowski, fala da importância de exercer liderança humana

Carla Assumpção, diretora-geral da Swarowski, tem uma bagagem com uma linda trajetória de 22 anos na marca. A executiva começou criando diversas estratégias de relações públicas para conseguir consolidar a presença da marca austríaca no país, e brinca dizendo: “Estou nessa empresa desde quando ela era associada a nome de vodka, porque as pessoas mal conheciam Swarowski no Brasil”

Atualmente, na posição de diretora-geral no Brasil, Argentina e Chile, Carla lidera o processo global de reposicionamento da centenária marca austríaca de cristais na região do Cone Sul, que é uma região composta pelas zonas austrais da América do Sul. 

A empresária também vem se reposicionando no papel de líder. Segundo ela, a gestão não se limita apenas em mirar os resultados e deve promover um ambiente corporativo mais humano. Depois de conseguir consolidar a empresa nacionalmente, ela vem buscando um novo tipo de atuação, partindo de qualidades vistas como femininas pelo mercado.

“Não acredito mais em lideranças e líderes baseados na ideia de que não se pode falhar, não se pode mostrar dúvidas, inseguranças e erros. Isso é completamente ultrapassado e vem de uma visão muito patriarcal”, afirmou ela, que ainda completa, “o que estamos trazendo como contraponto sendo mulher é conseguir ser líder junto a aspectos humanos”



Empresária Carla Assumpção tenta consolidar uma rede de apoio. (Foto: Reprodução/ Forbes/ Divulgação) 


Carla declara que as mulheres ainda são pressionadas a se provarem no mundo dos negócios. “A mulher é muito rígida e muito criteriosa na sua entrega porque ela precisa. Tem uma jornada aí de provação muito maior para a mulher do que para o homem nas grandes nas corporações, como em todo o mercado de trabalho”, disse ela, e que faz questão de se rodear de mentores e mulheres para lhe garantir uma ancoragem. “Tive várias pessoas na minha vida que enxergaram coisas em mim que eu não pensava ter ou ser capaz”. 

Após virar embaixadora e porta-voz da Swarowski Foundation, fundação que é um braço de trabalho social da companhia com um programa dedicado ao empoderamento feminino, contudo, agora é Carla quem tenta consolidar uma rede de apoio dentro da empresa e exercer o papel de suporte para outras profissionais 

“Tento ser um exemplo na organização e mostrar que nem sempre você precisa ser forte e assertiva. Mas é preciso ser muito responsável, humano e verdadeiro”, afirma.

Em sua função como mentora, não é tão simples, e vai além da multinacional, onde ela dá cursos e orienta pessoas mundialmente, e se estende para projetos de outras empresas e ao lado de outras lideranças femininas, como Rachel Maia, empresária brasileira e conselheira administrativa de diversas empresas. “A ideia é gerar um tipo de inspiração e referência para outras mulheres. A sororidade no mundo executivo realmente existe, porque ainda somos poucas e precisamos nos unir”, afirmou Carla. 

O objetivo de Carla, nessa nova fase profissional, é trazer à discussão de causas importantes e diversificar a equipe da Swarowski. Ainda segundo ela, a empresa tem um equilíbrio acima da média em relação aos cargos de gestão distribuídos entre homens e mulheres, porém existe um caminho a seguir. “Somos uma empresa muito branca ainda, é preciso diversificar. E, ao meu ver, temos muitas regras e políticas que foram criadas por um homem. Temos boas batalhas pela frente, mas é uma empresa muito aberta a rever as suas questões, estamos em um processo de mudança”, finalizou.

 

Foto destaque: Carla Assumpção. Reprodução/ TopView/Divulgação 

Inditex, empresa dona da Zara, suspende as operações na Rússia

Inditex, varejista no mundo da moda espanhola, informou por um comunicado no último sábado (05), a suspenção das operações feitas na Rússia, foram fechadas suas 502 lojas, sendo 86 delas da Zara, e também foram interrompidas as vendas online. A empresa que é proprietária da Zara, e sua principal concorrente a H&M, acompanham algumas das principais marcas ocidentais que suspenderam suas operações na Rússia, após a invasão da Ucrânia e a imposição de sanções econômicas.  

“Nas circunstâncias atuais, a Inditex não pode garantir a continuidade das operações e condições comerciais na Rússia e suspende temporariamente sua atividade”, afirmou a maior empresa no mercado da moda do mundo. 


A loja de fast fashion H&M é a principal concorrente da Zara na moda internacional. ( Foto: Reprodução/ NeoFeed) 


A Rússia atualmente atende a cerca de 8,5% do EBIT global do grupo, lucro antes de juros e de impostos, e todas as lojas da Inditex utilizam a administração por aluguel, afirmou a companhia. 

Na Rússia o total que a empresa tem representa quase 8%, sendo 6.657 mil unidades em que a companhia te ao redor do mundo, de acordo com informações disponibilizadas no site.  

A Inditex afirmou ainda que irá oferecer aos seus mais de 9 mil funcionários um plano de suporte especial, sem dar muito mais detalhes. A companhia tinha dito que em suas 79 lojas da Ucrânia já haviam sido temporariamente fechadas.  

“A combinação do rublo fraco, resultando em grandes aumentos de preços para o consumidor russo, e maiores dificuldades logísticas tornarão as operações difíceis para todos os varejistas que importam para a Rússia, mesmo que não haja sanções diretas sobre suas categorias de produtos”, declarou o analista do Deutsche Bank Research, Adam Cochrane. 

 

Foto destaque:  Loja da Zara . Reprodução/ Ellegancy Costuras

Real é valorizado contra quase todos os pares e opera nos maiores níveis em vários meses

Depois de um longo tempo e pressão por ajustes ao ambiente externo mais difícil por causa da guerra na Ucrânia, a moeda Real volta a ostentar ganhos diante do dólar e de outras moedas, com as expectativas de que se beneficie da capacidade de novos fluxos de investidores que se afastam da Rússia. 

Na última quinta-feira (03), a divisa brasileira teve um salto de 1,7% diante do dólar, se aproximando da linha psicológica a dos 5 reais por dólar e nos maiores níveis desde o mês de julho do último ano. Já contra o euro, o real subiu em 2% na sessão de ontem, indo a 5,55 reais por euro, tendo também um crescimento desde o mês junho de 2020. 


Notas de 5, 10, 20, 50 e 100 reais. (Foto: Reprodução/ Suno)


O real, a moeda brasileira, ganhou 2% a frente da libra, sendo 6,70 reais por libra, atingindo a máxima desde o fim do ano de 2020. O real ainda subiu 1,4%, sendo 22,97 ienes, tendo um dos maiores valores diante da divisa japonesa desde o mês de março de 2020, o mês que ficou marcado pelo início da pandemia do coronavírus. 

Nesta última sessão, a moeda doméstica avançou entre 1,1% e 1,9% contra as moedas da Australia, Canadá e Nova Zelândia, frente aos quais variava em torno dos maiores valores desde o segundo semestre de 2020. Agora, contra o rublo russo, o real teve um salto de 13,2% na sessão, tendo picos desde o mês de fevereiro de 2015. Também foi destaque a divisa contra seus pares latino-americanos, tendo alta de 1,8% contrapeso mexicano, de 0,4% diante do peso chileno e de 0,9% em relação ao sol peruano. 

Contudo, a única moeda a qual o real teve queda foi o peso colombiano. O real tinha baixa de 0,6%, com o peso tendo salto de 2% a frente do dólar e para o topo do ranking de melhores desempenhos da sessão, desenvolvendo altos preços do petróleo, produto de grande importância na pauta de exportação colombiana.  

 

Foto destaque: Real volta a ostentar diante do dólar e outras moedas. Reprodução/ Shutterstock 

Saiba onde estão localizados os iates dos bilionários russos que Biden está à procura

Desde o discurso na última terça-feira (01), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que em seu governo trabalharia com países europeus para atingir os oligarcas russos apreendendo “seus iates, seus apartamentos de luxo, seus jatos particulares”. Com tudo, deixado em foco os bilionários russos. 

A União Europeia impôs sanções na última segunda-feira (28), a seis oligarcas russos, fazendo assim aumentar o número total de bilionários russos para 16 sancionados.  Pelo menos dois iates que pertencem a eles, no caso de Alexey Mordashov e Alisher Usmanov, foram rastreados pela última vez na Itália e na Alemanha. Seus bens pessoais na União Europeia, sendo imóveis de luxo, jatos particulares e super iates, podem agora ser confiscados. Porém ainda não está claro se os Estados Unidos, Reino Unido e a União Europeia irão declarar sanções adicionais a outros empresários.  


A maioria dos Iates estão registrados nas Ilhas Cayman. (Foto: Reprodução/ Ping Shu/ GettyImages)


A companhia VesselsValue tem 90% de confiança no que se diz respeito aos dados sobre os iates, que geralmente são de propriedade de empresas Offshore registradas em diversos lugares, como Ilha de Man a Ilhas Cayman.  

“Tecnicamente falando, esses iates estão registrados em uma jurisdição diferente da que está o beneficiário efetivo”, disse o chefe de super iates da empresa, Sam Tucker.  “Também existem sistemas de arrendamento, que distanciam ainda mais o proprietário do ativo”, explicou ele. 

Os sistemas de arrendamento são estruturas legais comumente usadas para compras de iates, permitindo que indivíduos tenham um iate por meio de uma empresa separada, geralmente registrada em lugares como Malta e Chipre, que por sua vez aluga o iate para o indivíduo. 

Abaixo confira o quadro da lista de todos os iates que são de bilionários russos rastreados pela VesselsValeu e pela Forbes.  

Bilionário dono do iate 

Nome do iate 

Comprimento 

Último local gravado 

Registrado em 

Alexandre Abramov 

 

Titan 

78,32m 

Malé, Maldivas em 1º de março 

Bermudas 

 

Roman Abramovich 

 

Eclipse e  

Solaris 

 

162,45m e 

139,59m 

 

Philipsburg, St. Martin em 1º de março. 

Barcelona, Espanha, em 1º de março 

Bermudas 

Vagit Alekperov 

 

Galactica Super Nova 

70,10m 

Tivat, Montenegro, em 1º de março 

 

Ilhas Cayman 

Alexey Mordashov  

 

Lady M e  

Nord 

64,91m e 

141,42m 

Imperia, Itália, em 1º de março. 

La Digue, Seychelles, em 1º de março. 

Ilhas Cayman 

Oleg Deripaska 

 

Clio 

72,53m 

Galle, Sri Lanka em 10 de fevereiro (a caminho de Malé, Maldivas) 

 

Ilhas Cayman 

Alexander Frolov 

 

Dream 

33,22m 

Não disponível 

 

Ilhas Cayman 

Sergey Galitsky 

 

Quantum Blue 

103,93m 

Mônaco em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Andrei Guriev 

Alfa Nero 

81,37m 

Philipsburg, St. Martin em 1º de março 

 

Ilhas Cayman 

Igor Kesaev 

 

My Sky e 

Sky 

 

51,20m e 

50,59m 

Não disponível. 

Philipsburg, St. Martin em 1º de março 

 

Ilhas Cayman 

Anatoly Lomakin 

 

Sea & Us 

64,48m 

Dubai, Emirados Árabes Unidos em 1º de março 

Ilhas Marshall 

 

Igor Makarov 

 

Areti I 

 

39,01m 

St. Augustine, Flórida, em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Andrey Melnichenko 

 

A e 

SY A 

118,86m e  

142,94m 

Dubai, Emirados Árabes Unidos em 1º de março. 

Trieste, Itália, em 1º de março. 

Ilha de Man 

E 

Reino Unido 

Leonid Mikhelson 

 

Pacific 

85,33m 

Na costa de Puntarenas, Costa Rica, em 16 de fevereiro 

Ilhas Cayman 

Andrei Molchanov 

 

Aurora 

74,06m 

Barcelona, Espanha, em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Alexander Nesis 

 

Romea 

84,68m 

Victoria, Seychelles em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Vladimir Potain 

 

Nirvana 

88,38m 

Malé, Maldivas em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Mikhail Prokhorov 

 

Palladium 

95,09m 

Não disponível 

Ilhas Cayman 

Dmitry Pumpyansky 

 

Axioma 

71,92m 

English Harbour, Antígua e Barbuda em 1º de março 

Malta 

Viktor Rashnikov 

 

Ocean Victory 

139,89m 

Malé, Maldivas em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Arkady Rotenberg 

 

Rahil 

64,91m 

Istambul, Turquia, em 4 de novembro de 2021 

Rússia 

Dmitry Rybolovlev 

 

Anna 

110,02m 

Five Islands Harbour, Antígua e Barbuda em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Anatoly Sedykh 

 

Hermitage 

68,57m 

Victoria, Seychelles em 1º de março 

Ilhas Cayman 

Eugene Shvidler 

 

Le Grand Bleu 

107,89m 

Philipsburg, St. Martin em 1º de março 

Bermudas 

Andrei Skoch 

 

Madame Gu 

99,05m 

Dubai, Emirados Árabes Unidos em 28 de fevereiro 

Ilhas Cayman 

Alexander Svetakov 

 

Cloudbreak 

74,97m 

Na costa de Victoria, Seychelles, em 20 de fevereiro (a caminho de Darrow, Louisiana) 

 

Ilhas Cayman 

Oleg Tinkov 

 

La Datcha e 

YCM 90 

76,80m e  

27,43m 

Cabo San Lucas, México, em 1º de março. 

Não disponível. 

Rússia e 

Ilhas Cayman 

Alisher Usmanov 

 

Dilbar 

156,04m 

Hamburgo, Alemanha, em 5 de janeiro 

 

Ilhas Cayman 

 

Foto destaque: Joe Biden à procura dos bilionários russos. Reprodução/ Twitter/ @POTUS

Banco central da Rússia vai retomar compra de ouro no mercado doméstico

No último domingo (27), o Banco central da Rússia afirmou que irá retomar a compra de ouro no mercado doméstico a partir de hoje, segunda-feira (28). A medida faz parte do quadro de soluções da instituição para assim tentar garantir a estabilidade financeira em meio às sanções ocidentais contra Moscou, capital da Rússia em resposta à invasão da Ucrânia. 

Os líderes do G7, soltaram um comunicado no qual afirmam que decidiram cortar ‘certos bancos russo’ do sistema mundial de comunicação financeira, mais conhecido como Swift. Com isso será garantido que esses bancos sejam desconectados de operações globais.  

Contudo o Ocidente também pretende paralisar os ativos do banco central russo, fazendo assim congelar suas transações e impossibilitar que o banco central liquide com ativos.  


Guerra na Ucrânia: Vladimir Putin ordenou que o comando militar colocasse as forças com armas nucleares em alerta máximo. (Foto: Reprodução/ Exame) 


Em um comunicado divulgado pela Casa Branca na última quinta-feira (24), os países disseram que condenam “a escolha de Vladimir Putin pela guerra e os ataques à nação soberana e ao povo da Ucrânia”, e acrescentou também que vão “responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para Putin”

Vladimir Putin, o presidente da Rússia, ordenou ontem (27) que seu comando militar colocasse as forças com armas nucleares em alerta máximo. Fazendo com que combatentes ucranianos que defendem a cidade de Kharkiv sejam ainda mais atingidos, alguns combatentes ainda disseram ter repelido um ataque de tropas invasoras russas. 

E hoje (28), logo pela manhã, o conselho administrativo do banco central russo tomou a decisão de aumentar a taxa de juros que antes era de 9,5% e agora está em 20%, essa decisão já está em vigor.

 

Foto destaque: Sede do Banco central da Rússia situado em Moscou, sua capital. Reprodução/ REUTERS/ Maxim Shemetov  .

Como o mercado financeiro vem reagindo aos últimos anos de guerra

Na última quinta-feira (24), após o ataque da Rússia à Ucrânia, o mercado financeiro vem respondendo com cautela. Conflitos geopolíticos globais, historicamente afetam a avaliação de risco dos investidores. 

O Ibovespa fechou em queda de 0,37%, o S&P 500 terminou o dia em alta de 1,49% e o Nasdaq encerrou com a valorização de 3,34%. Já nos EUA, o presidente Joe Biden fez o anúncio de fortes sanções econômicas A Rússia, fazendo ter uma grande repercussão positiva nos índices acionários do país.


 Guerra na Ucrânia. (Foto: Reprodução/Escritório Presidencial da Ucrânia) 


Sendo avaliado o impacto histórico das guerras dos últimos anos, a Guerra do Golfo que ocorreu em 1990, foi o conflito que mais causou queda no S&P 500, fazendo decair em 20,22%, segundo dados levantados pelo Yubb. Dos dez conflitos listados pelo Yubb, o ataque à Ucrânia ocupa o sexto lugar em maiores quedas já registradas por guerras, depois de cair 7,62%. 

A seguir, veja o quadro dos anos das guerras e como o mercado se comportou.  

Ano 

Guerra 

S&P 500 

Tempo de recuperação 

1990 

Guerra do Golfo 

-20,22% 

211 dias 

1959 

Guerra do Vietnã 

-14,62% 

1.017 dias 

2001 

11 de setembro 

-12,85% 

53 dias 

1999 

2° Guerra na Chechênia 

-10,57% 

77 dias 

1962 

Crise dos mísseis em Cuba 

-9,06% 

23 dias 

2022 

Guerra da Ucrânia 

-7,62% 

 

2014 

Invasão na Crimeia 

-6,01% 

92 dias 

2003 

Guerra do Iraque 

-5,53% 

32 dias 

1992 

Guerra da Bósnia 

-3,21% 

186 dias 

2001 

Guerra do Afeganistão 

-2,56% 

29 dias 

1998 

Guerra do Kosovo 

-2,20% 

4 dias 

2008 

Guerra Russo-Georgiana 

-1,92% 

7 dias 

Fonte: Yubb 

Analisando o tempo em que a guerra repercutiu, a guerra do Vietnã, que teve início em 1959, foi o conflito que fez com que o S&P 500 demorasse mais tempo para retornar, foram 1017 dias. 

De acordo com o Yubb, os percentuais foram considerados com base no início das tensões e impactos na bolsa de valores. Sendo que alguns casos, pode ter sido o dia imediatamente anterior (como ocorreu no caso dos ataques de 11 de setembro). 

Segundo Pascowitch, com os dados apresentados é possível pontuar que os impactos não são duradouros, podendo ter uma retomada de quatro dias, assim como na guerra do Kosovo que ocorreu em 1998, até 3 anos e os 2 anos e 9 meses da guerra do Vietnã. 

Foto Destaque: Bandeiras dos países da Ucrânia e Rússia. Reprodução/MundoEducação

Com o aumento do trabalho híbrido, lucro trimestral da Lenovo da impulsionada

A maior fabricante mundial de computadores pessoais, a Lenovo, divulgou na última quarta-feira (23), o lucro trimestral da empresa que obteve um salto de 62% assim tendo o recorde de 640 milhões de dólares, com o crescente uso do trabalho híbrido impulsionando a demanda por PCs. 

A receita do último trimestre fechada em dezembro teve o aumento de 17%, sendo 20,1 bilhões de dólares, também sendo um recorde e ultrapassando a estimativa média de 18,4 bilhões de dólares de 10 analistas, segundo a Refinitiv. 

A empresa afirmou que a demanda mundial por PCs comerciais no trimestre, exceto o Chromebook, teve o aumento na terceira maior taxa de crescimento desde o ano de 1998. Com isso, os aparelhos que os clientes mais compraram foram os PCs premium, portáteis e de alta qualidade. 


Sede da Lenovo no Subdistrito de Malianwa, Distrito de Haidian, Pequim. (Foto: Reprodução/ Visual China) 


“O trabalho híbrido continuará mesmo após a pandemia e mais empresas anunciaram que terão um modelo híbrido”, afirmou Yang Yuanqing presidente executivo e presidente do conselho.  

Ele ainda acrescentou, “isso ajudará a impulsionar a demanda de PCs, pelo menos, para manter os níveis atuais de cerca de 340 a 350 milhões (por ano)”, se referindo a uma consultoria que a IDC fez para a demanda entre 2022 a 2025. 

Apesar grande escassez global de semicondutores, que afetou em vários setores, incluindo as montadoras, continua sendo um grande desafio comercial, porém há sinas de melhoras no segundo semestre, segundo Yang. 

A Lenovo, foi além e disse também que está no caminho de cumprir a sua meta de médio prazo de dobrar a margem de lucro líquido. 

A empresa ainda teve uma participação de mercado de 24,6% nas remessas mundiais de PCs no quarto trimestre do ano de 2021, seguida pelas empresas HP e Dell, segundo a consultoria Gartner. 

A Lenovo, fez o pedido para fazer o registro e listar ações em Xangai, porém desistiu abruptamente dias depois que o pedido foi aceito. Yang disse que atualmente não tem planos de reenviar o pedido.

 

 

Foto destaque: Logo da empresa Lenovo. Reprodução/ Divulgação/ Lenovo 

Saiba quais são as maiores franquias do Brasil segundo a ABF

Ontem (16) a ABF (Associação Brasileira de Franchising) divulgou o ranking das 50 maiores redes de franquias do Brasil em 2021 por número de unidades. Com mais de 3.650 filiais, O Boticário manteve a liderança do ranking conquista no ano de 2020, sendo mais 825 unidades que a segunda posição. 

O estudo indica que o número mínimo de unidades para ingressar no ranking subiu cerca de 29% apenas em 2021 em comparação ao ano de 2020. “As redes não apenas mantiveram, como aceleraram seus planos de expansão, resultando no expressivo crescimento do total de unidades do grupo e na elevação do piso de ingresso”, afirmou o presidente da ABF, André Friedheim. 


Cacau Show está na segunda colocação do ranking. (Foto: Reprodução/ Divulgação/ Cacau Show)


Contudo, os números de redes em que contam com mais de mil unidades passou para 21, antes eram de 16 em 2020. Dessas redes 46 são brasileiras e 43 têm sede no Sudeste. 

A rede de chocolates, Cacau Show aparece logo atras do O Boticário ocupando a segunda posição no ranking. Em terceiro lugar está a rede de fast food Mc Donald’s, que registrou 0,7% de expansão. 


Mc Donald”/s está na terceira colocação do ranking. (Foto: Reprodução/ Divulgação/ Mc Donald”/s)


Estreando no ranking, Gazin Semijóias, aparece em 4° lugar, com mais de 2 mil unidades. Este ano a rede Ortobom voltou ao ranking e está ocupando a 5° posição. Prudential, Splash e Soridents são franquias que apareceram pela primeira vez no ranking. 

Este ano no ranking se mostra que o segmento de serviços e outros negócios foi o que mais expandiu sua participação no Top 50, correspondendo 15% das franquias, em 2020 eram de 10%. Segundo a ABF, a adoção de novos formatos digitais pelas redes de franquias é um dos fatores pelo qual está por trás desse crescimento. 

Já o segmento de alimentação permaneceu na liderança, correspondente a 33% das redes de franquias apresentadas pelo ranking.  O estudo também mostra que as operações em lojas tradicionais caíram de 90% para 82%, enquanto outros formatos que incluem home based, unidades móveis e quiosques, cresceram de 10% para 18%. 

Com o tempo de atuação no mercado entre franquias com 10 anos ou amis se manteve em 71%, enquanto as marcas atuantes no setor entre 5 e 6 tiveram a maior alta de 2% para 12%. 

“Ainda que os anos de estrada continuem sendo muito importantes, acompanhamos o dinamismo do setor com a chegada e o desenvolvimento rápido de entrantes relativamente jovens” , confessou André. 

Abaixo segue o ranking com as 10 primeiras posições segundo a ABF: 

  1. O Boticário

Número de unidades: 3.652 

Crescimento em 2021: 0,9% 

Posição no ranking de 2020: 1º lugar 

  1. Cacau Show

Número de unidades: 2.827 

Crescimento em 2021: 19,2% 

Posição no ranking de 2020: 3º lugar 

  1. McDonald’s

Número de unidades: 2.585 

Crescimento em 2021: 0,7% 

Posição no ranking de 2020: 2º lugar 

  1. Gazin Semijoias

Número de unidades: 2.083 

Crescimento em 2021: 0 

Posição no ranking de 2020: Não constava 

  1. Ortobom

Número de unidades: 2.078 

Crescimento em 2021: 0 

Posição no ranking de 2020: Não constava 

  1. Pit Stop Skol

Número de unidades: 1.880 

Crescimento em 2021: 0,8% 

Posição no ranking de 2020: Não constava 

  1. Subway

Número de unidades: 1.862 

Crescimento em 2021: -0,1% 

Posição no ranking de 2020: 4º lugar 

  1. am/pm

Número de unidades: 1.841 

Crescimento em 2021: 2,1% 

Posição no ranking de 2020: 5º lugar 

  1. Seguralta

Número de unidades: 1.682 

Crescimento em 2021: 26,9% 

Posição no ranking de 2020: 9º lugar 

  1. Lubrax+

Número de unidades: 1.668 

Crescimento em 2021: 0,2% 

Posição no ranking de 2020: 6º lugar 

 

Foto destaque: Facha da loja O Boticário.  Reprodução/ Divulgação/ O Boticário

Conheça o Super Bowl e todo o dinheiro que envolve o campeonato

Aconteceu no último domingo (13) a 56°edição do Super Bowl, partida que definiu o campeão NFL, a liga dos EUA de futebol americano. O jogo foi realizado entre o Cincinnati Bengals e o Los Angeles Rams, tendo início marcado para às 20h30, horário de Brasília. 

É a segunda vez em quatro temporadas que o Los Angeles Rams compete pelo título. Já os Cincinnati Bengals não venciam um jogo de playoffs desde 1991. E como o jogo de ontem não foi diferente, apesar de os Bengals terem ficado boa parte da partida na frente, os Rams viraram o jogo e saíram campeões. 

Há uma significativa desigualdade financeira entre as duas equipes que disputaram o campeonato. A final foi disputada entre o quarto time mais valioso da NFL e o 31° (tem 32 times na liga). Os Bengals são uma empresa família. Stan Kroenke, é dono de um grande império esportivo e está por trás dos Los Angeles Rams.  

Os jogadores do time vencedor, Los Angeles Rams irão receber um bonus de 150 mil dólares da NFL e os jogadores do time perdedor, Cincinnati Bengals irão receber 75 mil dólares cada. 


Estádio de SoFi, localizado em Los Angeles, EUA. (Foto: Reprodução/ AFP)


O jogo aconteceu no estádio de SoFi, que é diferente de todos os outros campos da NFL, não só por causa do seu preço elevado de 5 bilhões de dólares. Com os shows durantes os intervalos de Dr, Dre, Snoop Dogg, Eminem, Mary J. Blige e Kendrick Lamar. Todos grandes estrelas, mas que não receberam nada de cachê.  

Com um dos melhores índices de audiência dos últimos anos, os anunciantes de TV gastaram cerca de até 7 milhões de dólares por 30 segundos de comercial. 

Sucesso nos EUA, casas de apostas receberam cerca de 7,6 bilhões de apostas, um aumento de 78% em relação ao ano passado. Os Los Angeles Rams são favoritos por 4 pontos, tendo uma série de apostas interessantes. Um grande apostador colocou mais de 9,5 milhões de dólares em uma vitória do Bengals. 

 

Foto destaque: Banner de divulgação para o campeonato. Reprodução/ Ge.globo