Sobre Karolina Neves

Jornalista das editorias de Money e Tech do Portal R7 Lorena.

Fugir do trânsito pelo céu está cada vez mais próximo de se tornar realidade

O sonho de não precisar pegar trânsito nas grandes cidades está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Os drones tripulados existem e decolam até de um vertiporto: um aeroporto vertical.

 

Já existe inclusive uma corrida: 600 empresas do mundo inteiro tentando criar veículos que têm hélices, mas não são helicópteros, têm asas, mas não são aviões e, também, não são carros voadores (já que não necessariamente têm rodas para andar na estrada). Para leigos, parecem drones tripulados. A indústria prefere chamar de eVTOL, sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem verticais. O eVTOL é uma aeronave que lembra um helicóptero, mas que faz menos barulho e usa mais hélices para voar.

 

Tem muito dinheiro sendo investido nessa tecnologia. Pelo menos cinco empresas foram buscar recursos no mercado financeiro. Uma delas, brasileira. A Eve Urban Air Mobility, empresa da Embraer, recebeu uma encomenda em outubro de 2021 para entregar até 100 unidades do eVTOL. As entregas estão programadas para começar em 2026. Há duas semanas, a empresa passou a vender ações na bolsa de Nova Iorque.


Nova era da mobiliddade. Foto: Divulgação

 


Para chegar até o momento atual, a pesquisa envolveu desde multinacionais até inventores de fundo de quintal. O Fantástico conheceu em 2016 Colin Furze, ex-encanador, sem educação formal em engenharia e inventor, que trabalha na garagem de sua casa, no interior da Inglaterra. Colin usou motores de parapente para criar uma bicicleta voadora, mas não conseguiu inventar um pouso seguro.

 

Já em 2017, o Fantástico fez um voo bem tranquilo na Holanda, onde o problema do carro-voador não era a segurança. A questão é que o Pal-V precisava de uma pista de pouso e decolagem.

 

O chamado “Jetson”, não; esse drone tripulado voa na vertical também. A decolagem pode ser da garagem, de qualquer lugar. O desenvolvedor explicou que oito propulsores tiram o drone do chão. Mas só precisaria de quatro motores – essa redundância serve para garantir o pouso em caso de pane.

 

O impacto nas cidades, principalmente dos pousos e decolagens desses veículos, é uma das grandes preocupações de todo mundo. O ruído talvez seja a maior barreira que essa classe de aeronaves vai ter que superar.

 

Para entender melhor o funcionamento dessas máquinas voadoras, o Fantástico foi até a fábrica do modelo que está sendo desenvolvido no Brasil. Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, Vale do Paraíba, já é possível pilotar um eVTOL.

 

Muita coisa ainda está para ser resolvida, e as agências de aviação no mundo inteiro – entre elas a Anac – estão cooperando na criação de regras para que um voo de 15 minutos, longe do engarrafamento, seja tão seguro para quem estiver no ar quanto para quem andar pelo chão.

 

Foto destaque: Carro-voador cada vez mais próximo de se tornar real. Divulgação.

Meta lança programa que visa promover a diversidade no ambiente digital

A Meta, holding que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou na última quinta-feira (19) o lançamento do Desafio RAP, “Realidade Aumentada na Pele”. O programa, que é exclusivo do Brasil, tem o objetivo de impulsionar iniciativas que aumentem a diversidade dentro do metaverso da empresa.

O Desafio RAP vai oferecer treinamento e premiações para projetos que aumentem a presença e melhorem a representação de pessoas pretas dentro do metaverso da Meta. Atualmente, 56% da população brasileira se considera preta ou parda, porém, ainda é pouco representada em avatares e filtros. Mundialmente, mais de 700 milhões de pessoas usam filtros de realidade aumentada através dos aplicativos Facebook e Instagram. O Desafio RAP procura diminuir as lacunas de inclusão e diversidade dentro do ambiente digital.

Segundo o gerente de parcerias estratégicas da Meta na América Latina, Erick Portes Martins, “é preciso criar oportunidades de forma intencional e o Desafio RAP nasce como uma forma de abrir mais portas para a comunidade negra no universo de realidade aumentada. A iniciativa tem como premissa que ao incluir, educar e desenvolver mais criadores negros de RA, é possível promover mais diversidade, oportunidades e inclusão para esse grupo no ambiente digital”. 

A duração do programa é de um ano, com a primeira fase sendo de Educação, a segunda fase do Desafio, e a terceira fase de Premiação.


Projeto de realidade aumentada focado na comunidade negra. (Foto Divulgação/Meta)


Os embaixadores serão Lucy Ramos e Esdras Saturnino e parte do júri da premiação contará com Nathalia Carneiro, do Geledés Instituto da Mulher Negra, e empresas aliadas da diversidade como Ambev, Grupo Boticário, L’Oréal e Magazine Luiza. Os filtros serão avaliados e escolhidos baseando-se no pensamento e desenvolvimento exclusivo para a comunidade negra.

Os jurados vão escolher em junho os 200 primeiros criadores de filtros negros que inscreverem os melhores trabalhos, baseando-se nos critérios de engajamento, criatividade, sofisticação e a aplicabilidade para usuários e negócios.

Na terceira fase, de Premiação, os 10 melhores no ranking serão premiados com uma bolsa de estudos e equipamentos para continuar trabalhando na criação de um ecossistema de realidade aumentada mais inclusiva no Brasil.

 

Foto destaque: Desafio RAP é o lançamento da Meta no Brasil. Reprodução Divulgação/Meta.

Netflix vs. TikTok: disputa entre gigantes das telas

Um é consumido em telas grandes; o outro, em pequenas. Um possui documentários de quase três horas de duração; o outro, poucos segundos gravados pelo próprio celular, que podem ser produzidos em qualquer lugar. Um consome bilhões de dólares em capital para criar conteúdo; o outro recebe milhões de horas de programação praticamente de graça. Um é pago; o outro, gratuito e tem anúncios como suporte

“Você está realmente tentando capturar globos oculares e os globos oculares só podem estar em tantos lugares, certo?” diz o CEO da Data.ai, Ted Krantz.

A batalha não fica só entre Netflix e TikTok. Entre os OTT (serviço de mídia que faz distribuição de conteúdos pela internet), tem também os Reels do Facebook/Meta, Shorts do YouTube, Triller, Likee, Snapchat e muito mais. Entre os streamings, Disney + e HBO Max, Apple TV + e Peacock, Hulu, Amazon Prime e dezenas de outros.


Batalha entre streamings e os OTT. (Foto: Reprodução/Internet)


Apesar da recente queda de status, a Netflix, ainda é o gigante do streaming com mais clientes do que qualquer outro serviço OTT. E o TikTok, que acabou de ter o trimestre mais lucrativo de qualquer aplicativo, com receita de R$ 4 bilhões (US$ 840 milhões) no aplicativo, agora é claramente o player mais massivo em aplicativos de vídeo/sociais/entretenimento, apesar dos melhores esforços do YouTube e do Meta.

“A geração Z está gastando cerca de três vezes mais no vídeo de formato curto do que no OTT”, diz Krantz. “Essa é uma tendência realmente interessante. O TikTok pode passar para outras categorias com essa base muito leal e, em seguida, começar a tentar aumentar a monetização de acordo com as jogadas de assinatura maiores que estão no OTT.”

Além de jogos, OTT/streaming é a maior categoria em termos de gastos do consumidor em dispositivos móveis, compartilhou Data.ai em um relatório recente. Portanto, a visualização programada não está desaparecendo totalmente, e a Netflix e a empresa não são apenas para a tela grande na parede.

O desafio é que seu modelo de negócios – conteúdo caro para clientes pagantes – é muito mais intensivo em capital do que o TikTok, Meta ou Snapchat, enquanto constrói a partir de uma coleção mais limitada do que players estabelecidos como Disney ou HBO. Mudar para um modelo suportado por anúncios, com o qual a Netflix se comprometeu, levará tempo e foco, e tem o potencial de prejudicar o produto que conquistou mais de 220 milhões de clientes pagantes.

 

Foto destaque: Geração Z e os OTT. Reprodução/Getty Images.

Sony afirma estar bem posicionada para desempenhar papel de liderança no metaverso

A multinacional japonesa Sony é mais uma empresa apostando no desenvolvimento do metaverso que, segundo especulam analistas, afetará massivamente as indústrias. A desenvolvedora de consoles e jogos afirmou que está no caminho para chegar na liderança do segmento. Para isso, estaria desenvolvendo seu conjunto de mundos virtuais em todos seus jogos.

“O metaverso é ao mesmo tempo um espaço social e um espaço de rede ao vivo onde jogos, música, filmes e anime se cruzam”, disse o presidente-executivo da Sony, Kenichiro Yoshida, na última quarta-feira (18), apontando o uso do jogo Fortnite, da Epic Games, como um espaço social online.

As unidades de jogos, música e filmes da Sony contribuíram com dois terços da receita operacional do conglomerado japonês no ano encerrado em março, o que evidencia a transformação do grupo de uma fabricante de eletrônicos de consumo a uma empresa de entretenimento pronta para o metaverso.

No entanto, analistas dizem que o crescimento de títulos multiplataforma e baseados em nuvem tem potencial para reduzir a influência de plataformas como o PlayStation 5, da Sony.


A Sony é mais uma empresa apostando no desenvolvimento do metaverso. Foto: Simon Dawson/Reuters


A Sony vem ajustando sua abordagem, permitindo jogabilidade multiplataforma no Fortnite em 2018, enquanto mais cedo nesta semana, a Epic disse que a “V-Bucks” – moeda interna do jogo -comprada no PlayStation poderá ser utilizada em outras plataformas.

“O PlayStation desempenhou um grande papel na revolução social dos jogos que está alimentando o crescimento do metaverso como um novo meio de entretenimento”, disse o presidente-executivo da Epic, Tim Sweeney, no Twitter.

A Sony já licencia conteúdo para outras plataformas, lucrando com o valor do uso do conteúdo por streamings, como com a popular comédia norte-americana “Seinfeld”. Embora a empresa seja proprietária do serviço de streaming de anime Crunchyroll, a companhia não foi tão agressiva em operar suas próprias plataformas de vídeo quanto rivais, incluindo a Disney.

Além do metaverso, o presidente-executivo Yoshida também defendeu a reivindicação da Sony em mobilidade, com o desenvolvimento de um veículo elétrico com a Honda.

Foto destaque: A multinacional afirma estar bem posicionada para desempenhar um papel de liderança no metaverso. Reprodução: Nikita Kostrykin/Unsplash. 

SpaceX pode se tornar a startup mais valiosa dos Estados Unidos

A empresa do bilionário Elon Musk, SpaceX, está prestes a se tornar a startup mais valiosa dos Estados Unidos. De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, sua avaliação subiu para mais de 125 bilhões de dólares em uma venda de ações em andamento no mercado secundário.

As ações, que são comercializadas a cerca de US$ 72, subiram na avaliação desde outubro passado, quando as ações da SpaceX foram vendidas a US$ 56 cada após uma divisão de 10-1 e avaliaram a empresa de foguetes em US$ 100 bilhões.

Não foram emitidas novas ações na oferta secundária, mas a empresa indicou aos investidores que poderá fazê-lo ainda este ano.

A venda de ações pode valorizar a SpaceX em mais de US$ 125 bilhões, superando a gigante das fintechs Stripe, que foi avaliada em US$ 115 bilhões em uma venda secundária.

Não foi possível saber quantas ações foram disponibilizadas para venda pela empresa. É comum que empresas privadas de alto valor ofereçam ações no mercado secundário para introduzir liquidez para os primeiros investidores e funcionários.


A Space Exploration Technologies Corp., ou SpaceX, foi fundada em 2002. Foto: SpaceX/Reprodução


A SpaceX surgiu com a missão de revolucionar a tecnologia espacial e foi fundada nos Estados Unidos em 2002. A empresa de Elon Musk projeta, fábrica e lança foguetes que, atualmente, entregam cargas na órbita terrestre. Apesar disso, o foco principal da companhia é permitir que as pessoas possam habitar outros planetas.

Para alcançar seu principal objetivo, a empresa tem trabalhado para que o turismo espacial se torne realidade em breve, através da construção de foguetes reutilizáveis.

A SpaceX ganhou destaque internacional depois de ter sido responsável pelo primeiro foguete de combustível líquido a chegar à órbita da Terra com financiamento privado, ser a primeira empresa privada a transportar mantimentos para a Estação Espacial Internacional e a primeira empresa a conseguir fazer a reutilização de um foguete orbital.

 

Foto destaque: Homem mais rico do mundo é o CEO da startup que pode se tornar a mais valiosa dos EUA. Reprodução:The New York Times/Todd Anderson

Romero Britto: união entre arte e um negócio de sucesso

Britto diz que, quando criança, preferia ficar na escola enquanto sonhava com um futuro melhor, viajando pelo mundo. E, enquanto viajava na imaginação, decorava os cadernos com desenhos e cores vivas. Quando não havia mais caderno para pintar, transferia para jornais e papelões seu talento precoce.

 

“Um dia, na praia, conheci a família do cônsul geral e comecei a pensar em ser diplomata, imaginava que isso abriria as portas do mundo para mim”, lembra o artista. Como parte do plano, o menino que passou a infância vivendo com uma família enorme espremida em uma casinha no recife iniciou o curso de direito na Universidade Católica de Pernambuco. Mas o entusiasmo pelas leis não durou. Logo trancou a matrícula, juntou suas economias e foi para a Europa, onde, durante um ano, contou com a acolhida de conhecidos.

 

Chegou a exibir alguns quadros em Londres, Madri e Berlim – e se deu conta de qual era sua verdadeira vocação: pintar, de preferência fora do Brasil. Não demorou para que novamente fizesse as malas, dessa vez rumo aos EUA. Lá, além de pintar, complementava a renda trabalhando em lanchonetes e lojas. O pernambucano se casou, teve um filho e passou a morar em Miami, onde expunha seus quadros nas calçadas no bairro de Coconut Grove.

 

Em 2005, Romero Britto foi nomeado Embaixador das Artes do Estado da Flórida. O pintor conheceu e retratou inúmeras celebridades: Leonardo DiCaprio, Michael Jackson, a princesa Diana, o ex-presidente Barack Obama, o Papa Francisco.


Britto já pintou quadros para personalidades como Michael Jackson e Madona. Foto: Reprodução/Forbes


Segundo o CEO do Grupo Britto, Lucas Vidal, as marcas Britto e Romero Britto Fine Art movimentam anualmente US$ 250 milhões em obras e produtos licenciados – que estão à venda em mais de 30 mil pontos em 120 países. Suas obras originais são comercializadas por valores entre US$ 1 mil e US$ 1 milhão (como o quadro “A Primeira Ceia”, vendido por esse valor em 2020 para um colecionador americano).

 

O artista inaugurou há um ano uma nova sede, próximo ao Design District, em Miami. O “Britto Palace” custou US$ 10 milhões e tem cerca de 5.600 metros quadrados – que abrigam cerca de 80 pinturas e esculturas, uma Ferrari, um Bentley e um Rolls-Royce.

 

“Estamos finalizando o desenvolvimento da linha de produtos – cama, mesa e banho, moda, linha pet e outros itens, todos de fabricação própria – e devemos abrir a primeira loja com esse novo conceito no fim de 2022”, revela Vidal. O valor de cada franquia ainda não foi definido, mas o objetivo da empresa é chegar a 300 lojas em cinco anos e pavimentar o caminho rumo à meta de faturamento anual de US$ 1 bilhão.

Fim de uma era: FIFA vai virar “EA Sports FC” a partir de 2023

A Electronic Arts (EA) anunciou na semana passada que sua franquia de games de futebol, batizada de “FIFA”, vai mudar de nome para “EA Sports FC”.  A mudança marca o fim de uma pareceria entre a entidade esportiva e a desenvolvedora que durou quase 30 anos.

 

O novo game “EA Sports FC” assume o lugar de “FIFA” a partir de 2023, e a empresa promete mais informações sobre o futuro da série em julho do mesmo ano. Antes da mudança ocorrer de fato, a Electronic Arts confirma que irá lançar seu último “FIFA” em 2022.

 

“Estamos comprometidos em garantir que o próximo Fifa seja o melhor de todos os tempos, com mais recursos, modos de jogo, conteúdo da Copa do Mundo, clubes, ligas, competições e jogadores do que qualquer FIFA lançado anteriormente”, afirmou o vice-presidente executivo da desenvolvedora, Cam Weber, em comunicado.

 

Apesar da mudança de nome, a EA diz que grande parte da franquia continua a mesma e que outros aspectos do jogo não devem ser afetados. “Tudo que você ama sobre nossos games farão parte do “/EA Sports FC”/ — as mesmas grandes experiências, modos, ligas, torneios, clubes e atletas estarão lá”, disse Weber.


EA  promete mais informações sobre futuro de sua franquia em julho de 2023. Foto: Divulgação/EA


De acordo com o sócio da GoGamers, Carlos Silva, esse tipo de movimentação é complexa por se tratar de um clássico dos games. “Uma das principais preocupações é a perda das licenças que o jogo FIFA conseguiu agregar ao longo dos últimos anos, e que fez ele se tornar um dos maiores produtos da indústria. A princípio, as grandes licenças irão se manter, mas não está claro até quando, já que a FIFA como entidade máxima do futebol pode procurar um novo parceiro para publicar e desenvolver um novo produto para o consumidor. Se for nesse caminho, é possível que exclusividades sejam negociadas e teremos um cenário parecido com o que já vimos entre o jogo FIFA e eFootball (antigo Pro Evolution Soccer), e isso muitas vezes prejudica a experiência do consumidor.”

 

A desenvolvedora falou pela primeira vez em outubro de 2021 sobre a possibilidade de mudar o nome do jogo. A parceria entre empresa e a maior entidade do futebol mundial acontece desde 1993, quando a franquia teve início com “Fifa International Soccer”. De acordo com o jornal “New York Times”, a FIFA queria receber mais de US$ 1 bilhão a cada quatro anos, o ciclo estabelecido pelas Copas do Mundo.

 

Foto destaque: EA garante que próximo “FIFA” será o melhor da franquia. Reprodução: Divulgação/EA

“Geração TikTok”: pesquisa mostra que jovens brasileiros são os que mais utilizam aparelhos eletrônicos no mundo

De acordo com a pesquisa realizada pela McAfee em dezembro do ano passado e divulgada esta semana, o Brasil é o país com maior exposição de jovens e crianças a aparelhos eletrônicos no mundo, embora os pais se preocupem com o tempo que seus filhos passam nos dispositivos. O Brasil teve a mais alta taxa de uso de celular entre crianças e adolescentes, chegando a 96% no total. Além disso, esse uso começa mais cedo do que nunca, com 95% dos pré-adolescentes e adolescentes afirmando que usam um smartphone — 19% acima da média global nessa faixa etária.

Ainda segundo o estudo, as crianças brasileiras que possuem um dispositivo móvel são muito mais propensas a dizer que o utilizam para uma variedade de atividades recreativas e sociais, em muitos casos superando em dois dígitos a média global. O ato de assistir vídeos inteiros no celular apresentou um aumento de 19%, o mais expressivo em comparação com outras crianças. Jogos e aulas on-line estiveram, respectivamente, 16% e 13% acima das médias globais.


Crianças nativas da era digital causam preocupação. (Foto: Reprodução/Getty Images)


Já os pais brasileiros, entretanto, estão muito mais preocupados que os pais do restante do mundo com o tempo que seus filhos passam nos dispositivos. Em 71%, eles são 14% mais que os pais de outras nacionalidades. Dos 71% que disseram estar preocupados, 39% afirmaram estar “muito preocupados”.

Em dezembro de 2021, a McAfee realizou o primeiro estudo global sobre crenças e comportamentos sobre participação digital e proteção on-line entre membros de famílias conectadas — individualmente e como unidade familiar. Pais e filhos foram consultados juntos, com os pais respondendo primeiro e, em seguida, consultando seus filhos. Ou seja, estas descobertas representam famílias conectadas, e não conjuntos de indivíduos. A pesquisa foi feita em 10 países, com 15.500 pais com filhos entre 10 e 18 anos de idade participando do estudo, bem como mais de 12.000 de filhos.

 

Foto destaque: Crianças e jovens brasileiros são os mais expostos no mundo dos dispositivos eletrônicos. Reprodução/Getty Images.

Acordo de bilhões de Elon Musk para a compra do Twitter é suspenso temporariamente

Elon Musk anunciou nesta sexta-feira, 13, a suspensão temporária da compra bilionária do Twitter. Segundo o comunicado de Musk na rede social, antes de avançar com o acordo, o homem mais rico do mundo aguarda a entrega de cálculos detalhados que confirmem, de fato, que as contas falsas e spams na rede social representam menos de 5% dos usuários da plataforma. A decisão ocorreu semanas depois do acordo da compra estimada em US$ 44 bilhões.

“O acordo do Twitter foi suspenso temporariamente para aguardar os detalhes pendentes que apoiam o cálculo de que contas spam/falsas representam de fato menos de 5% dos usuários”, tuitou Musk ao compartilhar um link com a reportagem da agência de notícias Reuters publicada no dia 2 de maio que destacava uma estimativa de contas falsas feita pela própria rede social. Elon já havia dito que uma de suas prioridades seria remover os “bots de spam” da plataforma.

A declaração do CEO da Tesla levou as ações do Twitter a despencarem no pré-mercado da Bolsa de Nova York. Às 9h55 (horário de Brasília), elas sofriam uma queda de 12% na pré-abertura, passando a ser negociadas pouco abaixo de US$ 40 (R$ 205,50), valor menor que os US$ 54,20 (R$ 264,50, na época) por ação na proposta de compra da rede social pelo bilionário.


Anúncio de Elon Musk faz ações do Twitter caírem. Foto: Pixabay


“Essa métrica de 5% já está disponível há algum tempo. Ele claramente já a teria visto… Portanto, pode ser mais parte da estratégia de reduzir o preço”, afirmou a analista da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, à Reuters. Caso desista do acordo de compra, Musk terá que pagar uma taxa de rescisão de US$ 1 bilhão.

Duas horas depois de comunicar a suspensão temporária da compra, Musk afirma que continua comprometido com a compra da rede social.

 

Foto destaque: O CEO da Tesla havia comentado que uma de suas prioridades seria excluir os “bots de spam” da rede social. Reprodução/Getty Images. 

Nubank anuncia entrada no mercado de criptomoedas

O banco digital Nubank entrou ontem (11) no mercado das criptomoedas e vai passar a disponibilizar transações com Bitcoin e Ethereum para seus clientes, que poderão fazer investimentos a partir de R$ 1.

De acordo com o documento enviado ao mercado, a novidade, que busca facilitar o acesso a criptoativos, será implementada gradualmente e deve estar disponível para toda a base do banco até o final de junho de 2022.

“O Nubank Cripto chegou para democratizar o acesso a este universo para quem quiser fazer parte dele, tirando a complexidade desse mercado. Além disso, queremos te dar as informações necessárias sobre como funcionam as criptomoedas e quais os riscos envolvidos para que você tome as melhores decisões para o seu dinheiro.”

Sobre a expansão do número de criptomoedas disponíveis, o banco afirmou que fará curadorias frequentes para entender quais outras devem ser incluídas no portifólio.


Operações com criptomoedas no Nubank. Foto: Depositphotos


O novo serviço, que vai se chamar Nubank Cripto, é operacionalizado em parceria com a Paxos, provedor de infraestrutura de blockchain, que atua como corretora e realiza a custódia das criptomoedas no aplicativo do Nubank.

“Não existem dúvidas que as criptomoedas são uma tendência crescente na América Latina. Temos acompanhado o mercado de perto e acreditamos que existe um potencial transformacional na região”, explica David Velez, CEO e fundador do Nubank.

O Nubank foi fundado no Brasil em maio de 2013 pelo colombiano David Vélez, o americano Edward Wible e a brasileira Cristina Junqueira. A empresa surgiu como uma fintech – uma startup focada em resolver problemas financeiros usando a tecnologia.Hoje, o Nubank é uma das maiores plataformas de serviços financeiros digitais do mundo, com mais de 53.9 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. Além disso o banco recebe, em média, 1.9 milhão de novos clientes por mês, segundo a média do final de 2021. 

 

 

Foto destaque: O novo serviço é operacionalizado em parceria com a Paxos. Reprodução/Nubank.