Nesta terça-feira (12), a polícia de Dorset informou a morte de um solicitante de asilo a bordo da barcaça “Bibby Stockholm”, ancorada no porto inglês de Portland, no sudoeste da Inglaterra. A embarcação, apelidada de “prisão flutuante”, é objeto de intensos debates devido às condições de alojamento e segurança para imigrantes. O ocorrido reforça críticas e levanta questões sobre a utilização dessas barcaças para abrigar pessoas em busca de asilo.

Investigação 

Ao apresentar um projeto de lei de imigração no Parlamento, o ministro do Interior, James Cleverly, assegurou uma “investigação completa” sobre a morte do solicitante de asilo. Detalhes sobre o falecimento ainda são escassos. Cleverly afirmou que a investigação abordará o incidente ocorrido na “Bibby Stockholm”, apontada como uma alternativa polêmica para reduzir custos de acomodação para imigrantes.

Preocupações locais e contexto político

Heather Haddow, coordenadora da associação local Portland Global Friendship, expressou preocupações anteriores sobre a possibilidade de tragédias como essa acontecerem. “É uma preocupação real. É algo sobre o qual todos falamos no grupo, como apoiar as pessoas para prevenir um suicídio, mas sabíamos que ia acontecer”, disse Haddow. O contexto político também é relevante, pois o governo britânico enfrenta desafios em sua política de imigração, sendo a proposta de deportação para Ruanda uma das medidas mais contestadas. O uso das barcaças, destinadas a reduzir custos de acomodação para solicitantes de asilo, também tem sido alvo de denúncias.

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Bibby Stockholm

Apesar de anunciada como uma embarcação de luxo pela Bibby Marine, a “Bibby Stockholm” tem sido alvo de críticas de mais de 50 organizações humanitárias. Com três andares, 93 metros de comprimento, 27 metros de largura e capacidade para 500 migrantes, o navio é considerado polêmico e controverso. Organizações questionam as condições em que os imigrantes são mantidos a bordo, destacando a necessidade de segurança e bem-estar. A votação sobre a polêmica proposta está agendada para esta terça-feira no Parlamento britânico.

Foto destaque: Bibby Stockholm (Reprodução/Dorset Live)

Na manhã desta terça-feira (12), o influenciador fitness Renato Cariani, renomado no universo digital com mais de 7 milhões de seguidores, e a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda, da qual é sócio, foram alvos de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal. A Operação Hinsberg visa desarticular uma organização criminosa que desviou produtos químicos para a produção de drogas como crack.

Quem é Renato Cariani

Aos 47 anos, Renato Cariani é uma figura proeminente no cenário fitness brasileiro, acumulando mais de 7,3 milhões de seguidores no Instagram e 6,3 milhões no YouTube. Além de influenciador digital, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber. Cariani, formado em química, educação física e administração de empresas, é conhecido por suas consultorias, cursos de treinamento e recentemente inaugurou uma loja de roupas em um shopping em São Paulo.

O influenciador, além de suas atividades nas redes sociais, é sócio da Supley, a maior fabricante de suplementos da América Latina, com faturamento de R$ 830 milhões no último ano. Renato, que já foi fisiculturista vencedor de competições ao redor do mundo, utiliza sua história de superação do bullying na infância como motivação para promover o universo fitness.

A operação

A Polícia Federal deflagrou a Operação Hinsberg com mais de 70 policiais federais cumprindo 18 mandados de busca e apreensão em endereços de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A investigação, em parceria com o GAECO do MPSP e a Receita Federal, revela que o esquema envolvia emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo. “Laranjas” eram utilizados para depositar o dinheiro, simulando funcionários de grandes multinacionais.

A operação identificou 60 transações dissimuladas, totalizando aproximadamente 12 toneladas de produtos químicos desviados, equivalentes a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo. Os envolvidos empregavam diversas metodologias para ocultar a origem ilícita dos valores recebidos, incluindo interpostas pessoas e constituição de empresas fictícias.

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Consequências e repercussão 

As pessoas relacionadas aos fatos investigados podem responder por tráfico equiparado, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 35 anos de reclusão. O nome da operação faz referência a Oscar Hinsberg, químico que identificou a conversão de compostos químicos em fenacetina, principal insumo desviado pela organização criminosa. O influenciador Renato Cariani negou envolvimento e prometeu esclarecer o caso quando tiver acesso ao processo.

Após a divulgação da Operação Hinsberg, internautas começaram a comparar as ações do grupo investigado, especialmente Renato Cariani, com o protagonista da série de sucesso Breaking Bad. Nas redes sociais, termos relacionados à série tornaram-se trending topics.

Foto destaque: Renato Cariani (Reprodução/Instagram/@renato_cariani)

A recente aquisição conjunta de um terreno de 30 mil metros quadrados na Avenida Lúcio Costa, na orla da Barra da Tijuca, pelo valor notável de R$ 370 milhões, está captando a atenção do mercado imobiliário. Esta transação, conduzida em conjunto pelas empreiteiras Tegra Incorporadora e Construtora São José, foi revelada pela coluna do jornalista Lauro Jardim no Jornal O Globo, que apontou o feito como o maior negócio imobiliário na cidade do Rio de Janeiro no século XXI.

Negociação de prestígio na Barra da Tijuca

O terreno, estrategicamente localizado ao lado do condomínio Golden Green, foi adquirido das herdeiras do renomado banqueiro Aloysio de Andrade Faria, falecido em 2020 aos 99 anos. O local, que representa o maior terreno disponível na orla da Barra, será destinado à construção de um condomínio residencial de “altíssimo padrão”, conforme anunciado pela Tegra Incorporadora. A expectativa é de que o novo empreendimento siga os padrões luxuosos do Golden Green, possuindo possíveis atrativos como heliponto, clube exclusivo e quadra de golfe.

Os detalhes específicos do projeto ainda não foram divulgados, mas, de acordo com Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado (Sinduscon Rio), o mercado imobiliário carioca apresenta uma concentração notável no segmento de alto padrão.

_{Terreno na Barra da Tijuca (Foto: reprodução/TV Globo)}

Legado de Aloysio Faria e o futuro do terreno na orla

O empresário Cláudio Castro, da Sérgio Castro Imóveis, revela que a intenção de vender o terreno foi manifestada em 2012, enquanto o banqueiro Aloysio Faria ainda estava vivo. O fundador dos conglomerados Real e Alfa faleceu em 2020, deixando um legado nos setores financeiro, de inovação, agronegócio, materiais de construção, hotelaria e lazer, entre outros.

A área em questão foi adquirida em 1989 por Aloysio Faria com a intenção original de construir um hotel da rede Transamérica. Contudo, os novos compradores mantêm segredo sobre os detalhes do recente empreendimento, que certamente buscará atender às expectativas de moradores exigentes em um local de luxo como a Barra da Tijuca.

Foto Destaque: Barra da Tijuca (Reprodução/Lopes)

Entre 2018 e 2022, o Brasil manteve um desempenho estável no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), uma avaliação aplicada em 81 países para medir o desempenho de alunos de 15 anos em disciplinas como Matemática, Leitura e Ciências. Conforme revelado pelos dados divulgados nesta terça-feira (5), apesar da estabilidade, o país persiste na parte inferior da tabela, apresentando notas consideravelmente abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

_{Pisa (Foto: reprodução/Gov.br)}

Lacunas em matemática e persistência em desigualdades

Os dados revelam um aumento preocupante no número de estudantes brasileiros que não atingiram o patamar mínimo de aprendizagem em Matemática, passando de 60% em 2018 para 73% em 2022. Em comparação com os países da OCDE, cuja média é de apenas 31%, o Brasil enfrenta um déficit significativo. Em Leitura e Ciências, embora o nível de estudantes abaixo do Nível 2 de proficiência tenha se mantido estável, permanece muito acima dos jovens de nações desenvolvidas.

A média de desempenho nos países da OCDE registrou uma queda de dez pontos em Leitura e quase 15 pontos em Matemática entre 2018 e 2022, enquanto a média em Ciências permaneceu estável. Em países como Alemanha, Islândia, Países Baixos, Noruega e Polônia, as notas em Matemática sofreram uma queda de 25 pontos ou mais no mesmo período.

Comparativos com a OCDE

Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, destacou a notável estabilidade nos resultados brasileiros no Pisa de 2022, ressaltando a exceção do país diante da ausência de queda mesmo após as adversidades enfrentadas durante a pandemia de Covid-19, que incluíram o fechamento de escolas e desigualdades no ensino remoto.

Apesar do elogio de Cormann, o Brasil permanece abaixo da média da OCDE nas três disciplinas, com pontuações de 472 em Matemática, 476 em Leitura e 485 em Ciências, indicando um atraso de pelo menos quatro anos em relação aos países membros da organização.

A avaliação bienal, que se concentrou em Matemática na edição de 2022, revelou que, entre os 81 países participantes, o Brasil ascendeu em posições relativas a 2018: 6 posições em Matemática (de 71º para 65º), 5 posições em Leitura (de 57º para 52º) e 2 posições em Ciências (de 64º para 62º). Entretanto, o país ainda se encontra abaixo de outros latino-americanos como Chile, Uruguai, México e Costa Rica.

O impacto da pandemia foi mais significativo em países com índices mais elevados de desempenho nas três disciplinas. Em Matemática, apenas 31 países conseguiram manter ou melhorar suas notas desde 2018, destacando a resiliência do Brasil mesmo em tempos desafiadores.

Foto destaque: estudante (Reprodução/Jornal Nordeste)