Sobre Josiane Martins

Jornalista no site Lorena R7.

“Combates violentos” são intensificados por Israel na Faixa de Gaza

Hamas ameaça de morte todos os reféns ainda em seu poder se Israel não aceitar cumprir com as “exigências” do grupo terrorista, enquanto os israelenses, não só não cedem, como intensificam os bombardeios na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (11).

Não há acordo

O foco de Israel agora é o sul de Gaza, os últimos ataques do exército israelense se concentraram na cidade de Khan Yunis, de onde teriam sido lançados os foguetes contra Israel. 

Apesar da força dos ataques israelenses à Gaza, o comandante de seu exército, Herzi Halevi, declara que ainda não utilizaram todo seu poder bélico contra o grupo terrorista, E, reiterou que os ataques serão ainda piores caso todos os combatentes do Hamas não se rendam. Segundo o primeiro-ministro, já houve um número significativo de rendições, o que, para Beijmain Netanyahu, “é o começo do fim do Hamas”, mas Israel quer que todo o grupo deponha suas armas.

Porém, o alto-comando do Hamas insiste que, sem negociação para o cumprimento de suas exigências, mais nenhum refém voltará “vivo” para casa.


Feridos e desabrigados na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Said Khatib/AFP/CP)


Números da Guerra

Os últimos números liberados pelo Ministério da Saúde do Hamas, afirmam que as mortes causadas pelo conflito já chega a 17.997 e que, em sua maioria, trata-se de mortes de mulheres e crianças.

A ONU também declarou que cerca de 1,9 milhão, sendo um milhão de crianças, dos 2,4 milhões de habitantes da região de conflito, encontram-se sem moradia. E que, no momento, “o impacto do conflito na saúde é catastrófico”, segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral. Enquanto para o secretário-geral, António Guterres, tal situação pode gerar consequências “irreversíveis para os palestinos” e toda a região.

Novo Cessar-fogo

Enquanto a guerra se intensifica, o Catar, que é considerado o principal mediador do conflito, afirma que ainda trabalha pela possibilidade de um novo cessar-fogo, assim como pela libertação de todos os reféns. O Catar ainda expressa sua preocupação com a intensificação dos ataques de Israel e Gaza, afirmando também o “impacto catastrófico” da ação.

 

Foto destaque: bombardeios atingem prédios em Gaza. (Reprodução/Ashraf Amra/Reuters)

Operação da PF desmantela maior organização de venda ilegal de armas no Brasil

Neste domingo (10), o programa Fantástico exibiu uma reportagem que mostrou como se deu a operação da Polícia Federal brasileira, que agiu em conjunto aos governos paraguaio e norte-americano, para desmantelar uma das maiores organizações criminosas de tráfico internacional de armas na última terça-feira (5). Tal organização era a responsável pelo fornecimento do armamento pesado das maiores facções brasileiras, Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho.

Logística da organização

As investigações realizadas pela PF definiram o caminho das armas: de origem de países europeus como a Croácia, Eslovênia, República Tcheca e Turquia, eram enviadas ao Paraguai, recebidas com a autorização de Jorge Antonio Orue, da Dimabel, órgão de fiscalização de armas no país, chefiado por militares, e de lá, encaminhadas também ao Brasil – Orue, entregou-se a polícia na última quarta-feira; o chefe da operação, o argentino Diego Hernan Dirísio, traficante de armas de 49 anos, considerado o maior da América do Sul; e como principal destinatário para as armas de alto calibre, Fhillip da Silva Gregório, o “Professor”, traficante de drogas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro – ambos foragidos da polícia.


Caminho das armas da organização criminosa (Infográfico: reprodução/G1)


Detalhes da operação da PF

Segundo declaração de Flávio Albergaria, delegado da Polícia Federal, a operação, que teve início na Bahia, em 2020, durou cerca de três anos até o desmanche da organização na semana passada, quando 54 pessoas, nos três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos, foram alvos de mandados de busca e apreensão, tendo sido efetuadas 16 prisões até o momento.

Dirísio, chefe da organização, tinha uma empresa legal no Paraguai, a IAS, que, inclusive, era fornecedora do governo paraguaio, através da qual adquiria as armas que vinham da Europa. A empresa do traficante fornecia equipamentos bélicos para a polícia e o exército do Paraguai.

Dirísio e Gregório

Ambos criminosos, chefes de suas organizações, ostentavam luxo em suas vidas diárias. As investigações da PF descobriram que Gregório não saia de seu reduto a mais de trés anos e lá, no Complexo do Alemão, chegou a montar uma estrutura para receber equipes médicas para realização de procedimentos estéticos. 

Como os dois principais criminosos, alvos da operação, estão foragidos, tiveram seus nomes incluídos na lista vermelha da Interpol, a qual já foi feito o pedido de que, caso sejam presos no exterior, os mesmos sejam extraditados para o Brasil, para aqui serem julgados e condenados.

 

Foto Destaque: apreensão realizada pela Polícia Federal na casa de Diego Hernan Dirísio (Reprodução/G1)

Trump está na liderança da disputa presidencial americana

As próximas eleições americanas, que elegerá o próximo presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro de 2024, trarão novamente uma disputa pelo controle da Casa Branca entre Joe Biden (atual presidente) e Donald Trump (antecessor de Biden). E, segundo dados levantados pelo Wall Street Journal divulgados ontem (9), se o pleito fosse hoje, Trump sairia vencedor.

Rejeição de Biden

Desde o início de seu mandato, Joe Biden, não chegou a atingir 50% de aceitação de seu governo, mais da metade da população americana não se convence de que o atual presidente consiga resolver os problemas que o país enfrenta.


Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução//Leah Millis/Reuters)


Economia, crise inflacionária, alto custo de vida, desemprego e questões ligadas a imigração, são alguns dos desafios enfrentados por Biden e que, a maioria dos eleitores americanos não acredita que ele vá conseguir superar com um novo mandato.

Possível retorno de Trump

E, neste cenário, Donald Trump, derrotado por Biden nas últimas eleições nos Estados Unidos, vislumbra seu possível retorno a Casa Branca em 2025. A pesquisa realizada por Wall Street Journal mostra, novamente, o país divido entre os dois candidatos, porém, Trump se encontra na frente com o possível voto de 47% dos eleitores, enquanto Biden, aparece em segundo lugar, com apenas 43%, 10% dos entrevistados ainda se declararam indecisos quanto a quem eleger.

O ex-presidente americano mantém o apoio de 94% de seus eleitores das eleições de 2021, segundo a mesma pesquisa – realizada em 29 de novembro e 4 de dezembro, com cerca de 1500 americanos aptos a votar. E Biden, não ultrapassa o número de 87% de apoio dos seus. No entanto, a porcentagem de indecisos, demonstrou-se inclinada e pender para o seu lado quando chegar a hora. 

Desta forma, o atual presidente parece ainda ter uma chance de “virar o jogo” daqui a um ano, tudo dependerá do que ainda irá realizar neste mandato e, se conseguirá passar mais segurança de que é capaz de resolver as questões que tanto estão incomodando o eleitorado americano.

 

Foto Destaque: Donald Trump, ex-presidente americano e candidato a reeleição em 2024 (Reprodução/Canaltech)

Rússia deseja criar uma nova geração de “Amélias”

Como única saída para a crise demográfica que assola a Rússia, Vladimir Putin deseja retomar o controle sobre a vida das mulheres em seu país como era no passado, em todo o mundo, por meio de medidas sociais que às estimulam a se dedicar ao lar e a procriação.

Crise Russa

A guerra instaurada entre Rússia e Ucrânia, que levou a morte de muitos homens em idade de procriar, assim como a emigração constante desde então, agravou muito a situação demográfica do país observada já em 2014, chegando ao número de apenas 1,1 milhão de nascimentos no último ano.

Medidas

Segundo o Kremlin, é “impossível” superar o momento que o país vive sem que a mulher retome seu lugar de origem: o lar. Entre as medidas de incentivo para tanto estão: a instauração da proibição de abortos, independente das motivações; a liberdade livre de quaisquer acusações de presas no país; e desestimulação à educação. 

De volta ao Lar

Para resolver o problema, a mulher deve se dedicar, única e exclusivamente, ao lar, a procriação e aos cuidados com a prole, esta que deve ser “grande”. Para Putin, as famílias russas devem voltar a ser “numerosas”, retomando as “tradições maravilhosas” de seu povo, por este motivo o Kremlin já anunciou que 2024 será o “ano da família” russa.


Bebê russo (Foto: reprodução/Gazeta do Povo)


Retrocesso

E, segundo seu líder de estado, não existe outra forma de resolver a questão. Por isto foi que também o aborto, legalizado em 2023 na Rússia, teve de ser revogado, assim como instaurada a proibição da venda de pílulas do dia seguinte.

Necessidade

Proposta por Eva Merkachiova, membro do Conselho de Direitos Humanos do presidente russo, a libertação e anistia das detentas no país, ainda sob julgamento ou que não tenham cometido crimes não violentos, e/ou já com filhos pequenos, foi julgada uma ação necessária e capaz de ajudar na resolução da questão.

Traição

Após a absorvição pelo povo russo do discurso de seu líder de que “nada deve ser imposto às mulheres”, agora, mesmo Putin estando meio contido quanto a seus comentários, principalmente quanto a educação feminina, seus políticos manifestam sem pudores a ideia de que as russas devem deixar de lado estes desejos particulares em prol do bem da nação, concentrando seus esforços no lar.

Inclusive com a fala de Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, de que a mulher russa deve se dedicar a sua preparação para ser uma boa esposa e uma boa mãe, “mansa” e dedicada.

 

Foto Destaque: mulheres Russas (Reprodução/Observador)

Mercado de trabalho aumenta 15% de trabalhadores com ensino superior

De acordo com os dados levantados pelo Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicíliod Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e analisados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, referem-se aos anos de 2019 a 2022, porém, estes 15,5% de trabalhadores com ensino superior completo não estão atuando em suas áreas de formação, pois as vagas preenchidas por eles não exigem tal nível de escolaridade.

Motivos do aumento

Acredita-se que tal fenômeno se dê por conta do aumento da escolarização no Brasil, devido à facilidade de acesso, principalmente ao ensino privado, pelos programas federais de financiamento. Há também o fato de que o mercado de trabalho parece não acompanhar a oferta de tais, assim como o aumento considerável de vagas nos setores de comércio e de serviços – que não necessitam de uma formação específica. 

Ou seja, o sonho de uma melhor colocação no mercado de trabalho através do ensino, já não é mais uma garantia de sucesso profissional na área em que se deseja.


Maior escolaridade entre os concorrentes (Foto: reprodução/Portal Iede)


Atuação entre classes sociais

E o acesso ao ensino superior não foi capaz de diminuir as desigualdades sociais no país. Segundo os dados levantados, os trabalhadores de níveis de renda mais baixos, mesmo com formação superior, continuam a ocupar posições condizentes com seu nível social, ou seja, não alcançaram cargos que exigem tais formações.

Estes, continuam a ser ocupados pelos mais abastados financeiramente, ou seja, o quadro geral do mercado de trabalho não se alterou com a maior escolarização de um número maior de brasileiros.

Segundo o diretor técnico do DIEESE, Fausto Augusto Junior, o que se constata é que o nível de formação, ou qualidade do ensino, não é o que garante uma boa posição profissional, mas o “QI”. Em putras palavras, sua “rede de contatos” é que definirá o quão bem-sucedido profissional e financeiramente você será.

O que, possivelmente, pode desmotivar as pessoas de classes mais baixas a seguirem para a formação superior, uma vez que não se tem o resultado esperado, depois de tanto esforço.

Segundo o relatório final elaborado pelo DIEESE, a problemática está na “baixa capacidade da economia brasileira” de incorporar estes profissionais com formação superior, o que visa a necessidade de uma reorganização de seus “sistemas e cadeias” de produção.

 

Foto destaque: aumento no mercado de trabalho (Reprodução/Jornal UFG)

Satélite espião da Coreia do Norte inicia operações

Lançado em 21 de novembro de 2023, o satélite espião, de reconhecimento militar, da Coreia do Norte inicia suas operações neste domingo (3), segundo a agência de notícias coreana KCNA.

Objetivo

O objeto norte-coreano foi lançado ao espaço visando coletar informações para a Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte que, segundo os serviços secretos sul-coreanos, tiveram o auxílio da Rússia na ação, tem o intuito de preparar o país para possíveis guerras contra inimigos do Estado e  estar em constante monitoramento de posições militares da Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ), ao sul.


Líder norte-coreano, Kim Jong-Un (Foto: reprodução/KCNA/Reuters)


Após o lançamento do Malligyong-1, quando ainda estava em fase de testes, no dia 28 de novembro passado, a KCNA informou que a Coreia já havia recebido material relacionado a prédios importantes americanos, como fotografias do Pentágono, de uma base da Marinha e até mesmo da Casa Branca. O que irritou os Estados Unidos, levando a condenar a ação e proferir críticas contra o novo “brinquedinho” de Kim Jong-un, assim como seus aliados, que consideraram uma “violação descarada” das sanções estabelecidas pela ONU, e também agravou a tensão já conhecida entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

Consequências

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias Yonhap, um dia após o lançamento do Malligyong-1, Coreia do Sul suspendeu parte do acordo militar assinado em 19 de setembro de 2018 entre Jong-un e o então presidente Moon Jae-in, que ajudavam a reduzir as tensões entre os dois países e, imediatamente, redobrou a vigilância na fronteira com a Coreia do Norte, assim como fez Kim Jong-un, que decidiu suspendê-lo por completo e ainda afirmou que “nunca mais voltaria a estar vinculado”.

Desde então, a possibilidade de os exercícios de artilharia próximo à fronteira marítima ao largo da costa oeste da península coreana devem ser retomados, assim como as manobras de inverno deverão ser ainda maiores que anteriormente.

E, desta forma, em plena situação de guerra entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas, o mundo aguarda pela possibilidade de que um novo conflito se inicie entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, o receio deste, é o de uma guerra que envolva também armamento nuclear.

 

Foto Destaque: lançamento do  Malligyong-1 (Reprodução/Korean Central News Agency/Korea News Service)

Israel volta a bombardear a Faixa de Gaza após fim da trégua

Com o fim da trégua humanitária, que durou mais do que o previsto inicialmente, nesta manhã de sexta-feira (1), o exército israelense retomou o contra-ataque conta o grupo terrorista Hamas, como Israel já havia avisado que faria, no fim de semana passado.

Bombardeiros israelenses

Israel voltou a bombardear com força total a Faixa de Gaza na manhã de sexta-feira, e afirmou que acabou com o cessar-fogo porque o Hamas havia quebrado o acordo da trégua lançando um míssil em direção ao seu país, este que teria sido interceptado pelas forças militares israelenses.

Segundo informações cedidas por representantes israelenses, aproximadamente 

quatrocentos alvos inimigos já foram atingidos, desde que a guerra foi retomada, e pelo menos um líder terrorista teria sido abatido. Um comandante que, conforme afirmação de Israel, teria sido uma das mentes que teria ajudado a arquitetar os ataques do Hamas no dia 7 de outubro.

Israel também já prenunciou uma dura ofensiva ao sul de Gaza, ao anunciar que a região deve ser deixada pelos civis. E os palestinos temem que volte a ocorrer o mesmo que sucedeu ao norte, e não fazem ideia de para onde ir.

O ministério da Saúde do Hamas informou aos veículos de comunicação que já são mais de 193 palestinos mortos com os novos bombardeios e o número de feridos já ultrapassa 700.

Contra-ataque

O grupo terrorista, que ainda mantém 137 reféns israelenses em seu poder, afirmou que só os libertará mediante a libertação de seus soldados, presos em Israel. O Hamas retomou os ataques a Israel só neste sábado (2), disparando mísseis contra inúmeras cidades no centro do país inimigo, Tel Aviv também foi atingida. 

Neste mesmo sábado, um grupo de manifestantes pedia pela libertação de seus familiares em Tel Aviv, e a noite Benjamin Netanyahu se pronunciou, afirmando que foi graças as atitudes já tomadas pelo seu país que inúmeros reféns já foram libertos, e que continuará a atacar o grupo terrorista até que este seja eliminado, em sua totalidade, e todos seus reféns libertados.


Emmanuel Macron na COP 28 (Foto: reprodução/Reuters)


Por uma nova trégua

Emmanuel Macron, presidente francês, que participava da COP 28 em Dubai enquanto a guerra era retomada, declarou que irá até o Catar, para unir forças para um novo cessar-fogo na Palestina. Segundo Macron, se Israel mantiver a afirmativa de que a guerra só acaba quando todo o Hamas for eliminado, o conflito pode durar mais de dez anos, e muitas vidas ainda serão perdidas nesse tempo. O presidente francês também apelou para que todos sejam “lúcidos” quanto a questão.

 

Foto Destaque: Retorno dos ataques de israel a Faixa de Gaza (Reprodução/AFP)

Policial que assassinou George Floyd foi esfaqueado 22 vezes, segundo boletim da prisão

Segundo o boletim informativo divulgado nesta sexta-feira (1) pela prisão federal de Tucson, Arizona, onde o policial condenado pela morte de George Floyd, Derek Chauvin, cumpre pena, o ataque que sofreu no dia 24 de novembro resultou em 22 facadas.

Ataque

Chauvin estava na biblioteca da prisão quando outro detento, John Turscak, 52 anos, que também cumpre pena em Tucson, o esfaqueou 22 vezes com uma faca improvisada. Turscak, agora enfrenta mais uma acusação de tentativa de homicídio – o detento, além de cumprir pena de 30 anos por crimes cometidos enquanto fazia parte da máfia mexicana, já tinha uma acusação de tentativa de assassinato por outro ataque a faca, cometido a outro detento na mesma prisão.

E, segundo o relatório oficial da prisão, o detento declarou aos agentes prisionais que já vinha planejando o ataque há cerca de um mês, e que teria matado o ex-policial que não o tivessem detido. Turscak também afirmou que a data do ataque tem um motivo: atentar contra a vida de um assassino racista em plena “Black Friday” americana, pois foi um ato simbólico para reafirmar o movimento criado após a morte de Floyd e que ganhou o mundo, “Black Lives Matter” (Vidas negras importam). Chauvin ainda se encontra internado e em estado grave, mais informações sobre seu estado de saúde não foram divulgadas.


“Black Lives Matter”, Vidas negras importam (Foto: reprodução/Peter Foley/ EPA-EFE)


Assassinato de George Floyd

O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, condenado em 2021 pelo assassinato de George Floyd, cometido em 2020, após Chauvin detê-lo no chão, apoiando seu joelho no pescoço de Floyd, matando-o por asfixia. Cumpria pena de 21 anos pela violação dos direitos civis do homem e 22 anos e meio pelo seu assassinato. 

Sobre a primeira condenação, o ex-policial, reconheceu-se culpado pelas acusações, quanto a acusação de assassinato em terceiro grau e homicídio culposo em segundo grau, Chauvin afirma não ter tido a intenção, portanto, se declarando inocente.

A Suprema Corte americana já indeferiu o pedido de anulação da acusação de assassinato, porém, os advogados do condenado continuam tentando reverter o resultado do julgamento.

 

Foto Destaque: Chauvin Derek (Reprodução/Fresherslive)

Israel e Hamas devem estender trégua humanitária

Catar e Egito, mediadores das negociações entre Israel e o grupo terrorista Hamas, sugeriram estender a trégua humanitária em mais dois dias, totalizando seis, desde a última sexta-feira (25). Hamas anunciou ontem, segunda-feira (27), que concorda com mais dois dias de cessar-fogo, agora resta aguardar a resposta de Israel, que ainda não se pronunciou.

Trégua

Segundo o Catar e o Estados Unidos, que também está envolvido nas negociações, a trégua está oficialmente prolongada até quarta-feira (29). Isso para dar mais tempo aos envolvidos no conflito para negociar a libertação de mais reféns e prisioneiros, desejo manifestado por ambas as partes.

A confirmação da possibilidade de prolongamento da trégua veio a público no último domingo (26), quando uma autoridade Palestina revelou a BBC que o grupo terrorista se preparava para a libertação de mais 40 reféns, o que demandaria mais tempo de cessar-fogo do que o já acordado. Israel também já parecia inclinado a tal ação, porém, deixando claro que assim que a trégua se encerre, voltará a abrir fogo em Gaza. 

Alguns do governo israelense, porém, estão receosos que o prolongamento da trégua conceda tempo para o Hamas se reorganizar para dar continuidade à guerra, ou seja, que favoreça o inimigo.


Reféns libertos com a trégua entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/AFP)


Libertação 

Nesta terça-feira (28), o Hamas já libertou 30 crianças e três mulheres, não havendo dados do outro lado ainda, que se aguarda que libertem pelo menos 11 prisioneiros.

O cessar-fogo destes 4 dias já permitiu que Gaza recebesse a ajuda humanitária tão esperada: combustível, mantimentos e suprimentos médicos. Além de inúmeros reencontros de famílias afastadas pelo conflito que se iniciou em 7 de outubro passado, e que já teve mais de 14.800 mortes de palestinos com os diversos bombardeios do exército de Israel, e cerca de 1.200 israelenses. Também 240 reféns em Gaza e a prisão de 150 palestinos por Israel.

 

Foto Destaque: tanques militares de Israel deixando Gaza após o início da trégua (Reprodução/Reuters/Amir Cohen)

Aumenta o número de mulheres que denunciam violência por dia no Brasil

Os casos de violência contra a mulher aumentaram absurda e gradativamente desde 2018, mas este ano já conta com um novo record: cerca de 74.584 denúncias através do Ligue-180, apenas até outubro.

Pedido de Socorro

Do número total, 51.941 denuncias foram realizadas pela própria vítima, e destas, cerca de 31.931 são de mulheres negras. Violência que, na grande maioria das vezes, ocorre dentro do próprio lar, pelo companheiro ou familiares.

A violência psicológica, que até um tempo atrás não era considerada violência, hoje está no topo das denúncias, seguida pelas: física, patrimonial, sexual, cárcere privado, violência moral e tráfico de pessoas. São Paulo, Rio e Minas são os estados com maior número de casos.


Brasil registra 722 feminicídios no 1º semestre de 2023 (Gráfico: reprodução/G1)


Feminicídio

Crime que configura morte em decorrência de violência doméstica ou, simplesmente, por ódio ao sexo feminino, que contou com 1.153 casos até julho de 2023 em todo o Brasil, que alcança record em algumas cidades e estados: o Distrito Federal teve um aumento de 205%, apenas até junho se comparado com 2022, ou seja, já havia ultrapassado o total de mortes em todo ano passado, e até setembro já tinha 21 casos; a Paraíba, que havia registrado 17 casos até junho, contou com cerca de 8 feminicídios apenas em outubro.

Causas

Segundo a Agence France-Presse, o presidente Lula, atribui a Jair Bolsonaro, que governou o país de 2019 a 2022, parte da responsabilidade tanto pelo aumento dos casos de violência contra mulher, quanto pelo aumento do número de feminicídios. Isto porque o ex-presidente estimulou por diversas vezes publicamente, mesmo que de forma velada, a violência contra as mulheres, chegando ao episódio em que disse a deputada federal Maria do Rosário que não a estupraria porque ela não merecia – fato filmado e divulgado em diversos meios de comunicação enquanto Bolsonaro ainda era deputado.


Jair Bolsonaro atacando verbalmente Maria do Rosário (Vídeo: reprodução/Youtube/IstoÉ Publicações)


Bolsonaro também, enquanto presidente, cortou 90% dos recursos destinados ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, órgão que deveria tratar dos assuntos relacionados à violência contra a mulher. E o orçamento deixado por seu governo para este ano, não previu gastos com o assunto.

Para a atual ministra da pasta criada no vigente governo, o Ministério da Mulher, Cida Gonçalves, o problema também pode ser atribuído ao crescente aumento do ódio na sociedade brasileira, sinal de alerta de genocídio, segundo a ONU.

Canais de ajuda

Além do disque 190, número da Polícia Militar em todo Brasil, as vítimas também podem contar com atendimento pelo Ligue 180,  serviço específico para denúncias de violência contra a mulher. Além do socorro, o serviço também auxília através de informações sobre os direitos da mulher.

 

Foto Destaque: cartaz de campanha sobre violência contra mulher (reprodução/Usembassy)