Sobre Josiane Martins

Jornalista no site Lorena R7.

Rio comemora a virada de ano com festa em grande estilo

O ano de 2024 chegou no Rio de Janeiro acompanhado de muita elegância, tecnologia e emoção. Além da tradicional maior queima de fogos do país e inúmeros shows com os principais nomes da música brasileira, a festa em Copacabana também contou com show de drones e uma emocionante homenagem à diva Rita Lee, que faleceu em 2023.

Shows

A organização da festa no Rio iniciou no sábado (30), com o controle do tráfego de veículos na região preparada para receber 2024 em grande estilo, em Copacabana. Já neste domingo (31), as comemorações tiveram início às 17h30 com shows musicais em dois palcos montados exclusivamente para o evento: um em frente ao Copacabana Palace, Palco Copacabana, e outro na República do Peru, Palco do Samba.

A DJ Tamy abriu a festa em Copacabana, seguida por Luísa Sonza, Gloria Groove (ambas pela primeira vez no evento) e Ludmila. Enquanto no palco do Samba, quem iniciou a sequência de shows foi a DJ Tati da Vila, seguida por Teresa Cristina, Diogo Nogueira e Jorge Aragão, que emocionou o público comemorando também a notícia da remissão completa do linfoma não-hodgkin, revelado ao cantor em julho deste ano que passou.


Cascatas douradas na comemoração de 2024 (Foto: reprodução/Tv Globo)


Próximo a 0h iniciaram os 12 minutos da queima de fogos tão esperada pelo público, tanto o que estava presente no evento, quanto o que acompanhava de casa, pela TV. Com a apresentação de grafismos inéditos, este momento foi acompanhado de um show de tecnologia com a apresentação de drones, e a homenagem da orquestra presente à Rita Lee, reproduzindo “Ovelha negra”, acompanhada de cascatas douradas -talvez um dos momentos mais emocionantes da noite. Após a queima de fogos, os shows continuaram com Nattan, no palco, Copacabana, e com Belo, no palco Samba.

Segurança do evento

Um forte esquema de segurança para o público presente foi organizado, com um contingente de cerca de  2.946 policiais militares, 15 pontos de revista para reter qualquer objeto possível de ser usado como arma, com o auxílio de 150 detectores de metal. Além da utilização de câmeras de reconhecimento facial.


Pontos de revista policial para o evento (Foto: reprodução/G1)


Até o início da queima de fogos, apenas poucas ocorrências foram registradas, entretanto, durante, focos de tumulto puderam ser observados.

Também quatro postos médicos, com cerca de 300 profissionais da área e 30 equipes de ambulâncias, foram montados no local do evento e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), cerca de 309 pessoas foram atendidas desde o início da festa até as 5h de hoje (1). A maioria das ocorrências fora de: mal-estar, traumas e abuso de álcool.

 

Foto detaque: réveillon em Copacabana, Rio de Janeiro (Reprodução/TV Globo)

Paula Abdul afirma ter sido agredida sexualmente por produtor executivo do “American Idol”

A ex-jurada do “American Idol”, Paula Abdul, de 61 anos, após anos de silêncio, abriu um processo de agressão sexual contra Nigel Lythgoe, 76 anos, ex-produtor executivo do programa de calouros.

Detalhes do caso

Segundo a agência de notícias Associated Press, Abdul afirma que o crime sexual teria ocorrido na primeira fase do programa, nos anos 2000, quando ainda era jurada de talentos. Sua declaração, contida no processo, traz a informação de que Lythgoe a teria assediado sexualmente dentro de um elevador, forçando contato físico com a cantora, apalpando-a sem seu consentimento.

Paula saiu do programa em 2009, sem levar a público o ocorrido, segundo ela, por medo de represálias por acusar um produtor de tanto prestígio no meio artístico sem provas materiais e, também porque, enquanto trabalhava com ele, nos dois programas, teve que assinar contratos de confidencialidade, impedindo-a de levar a público informações consideradas confidenciais ou depreciativas.

Porém, em 2015, a artista passou a fazer parte do programa “So You Think You Can Dance”, concorrente do “American Idol”, também produzido por Nigel e no qual ele também participava como jurado, quando novamente foi atacada sexualmente pelo ex-produtor, agora durante um jantar, que deveria ter cunho profissional, na casa de Lythgoe.


Nigel Lythgoe, ex-produtor de  “American Idol” e “So You Think You Can Dance” (Foto: reprodução/People)


Abuso psicológico

Conforme informações divulgadas pela BBC, que afirma ter tido acesso aos autos do processo, sete anos após a primeira ocorrência, Lythgoe teria ligado para a ex-jurada e a convidado para comemorar a prescrição de seu crime. 

Abdul declarou que resolveu agora buscar fazer o ex-produtor britânico pagar por seus crimes cometidos contra ela por conta da mudança na legislação do estado da Califórnia, que agora permite a abertura de processos que visam a punição de crimes sexuais considerados prescritos através da criação da Lei de Responsabilização por Abuso Sexual e Encobrimento.

Abdul também responsabiliza as empresas responsáveis pelos dois programas de calouros em que atuou quando ocorreram os crimes em seu processo por conivência com o comportamento do ex-produtor.

Declaração de Nigel Lythgoe

Lyghtgoe se diz “chocado e triste” com as acusações de Paula Abdul, principalmente, porque a considerava uma “amiga querida” e nega, veementemente, que haja qualquer verdade nas palavras da cantora e que irá provar sua inocência.

 

Foto Destaque: Paula Abdul, artista norte-americana (Reprodução/NBCNews)

Trump pode ser impedido de concorrer para presidente

Mesmo tendo perdido a reeleição para presidente dos Estados Unidos para Joe Biden, o ex-presidente Donald Trump está no topo das pesquisas para as eleições de 2024. Biden não tem agradado o eleitorado americano, e as recentes acusações de crimes contra seu filho (e  a suposta proteção que o atual presidente estaria concedendo a seu primogênito)  está abrindo espaço para uma possível volta de Trump ao poder. A questão está no fato de que em alguns estados americanos, talvez, o ex-presidente seja impedido de concorrer ao pleito, ainda que não tenha sido condenado.

Poder dos Estados Americano

A Constituição Americana concede total autonomia a cada um dos Estados Unidos, com relação a pleitos eleitorais e, ainda, contém uma determinada cláusula, a Seção 3 da 14ª Emenda, que tem o intuito de impedir que ex ocupantes de cargos públicos possam voltar a posições de poder, se acusados de envolvimento em insurreições – comportamento de revolta contra a ordem pública, pré-estabelecida.

O uso deste subterfúgio para impedir que Donald Trump possa concorrer em 2024 entra para a história americana como a primeira vez em que a Seção 3 da 14ª Emenda é utilizada contra um concorrente a eleições presidenciais.  


Apoiadores de Donald Trump invadindo o Capitólio (Foto: reprodução/Dw)


O grupo Cidadãos pela Responsabilidade e Ética em Washington (Crew) entrou com uma ação contra a candidatura de Trump, utilizando-se da Seção 3, por conta das inúmeras denúncias de crimes às quais o ex-presidente responde. O Incentivo aos ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando este perdeu a reeleição, é uma das principais acusações  contra o ex-presidente. O evento foi muito parecido com o ocorrido no Brasil em 8 de janeiro de 2023, com a invasão e depredação da Esplanada pelos apoiadores de Jair Bolsonaro, após este perder a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva.


 

Apoiadores de Jair Bolsonaro invadindo Brasília (Foto: reprodução/Ton Molina/AFP)


Colorado e Maine já decidiram a favor da ação. Mais dez estados americanos também têm ações da mesma natureza, porém, sem decisões tomadas até o momento.

Decisão não é definitiva

O Partido Republicano, do qual Donald Trump faz parte, recorreu da decisão à Suprema Corte americana.

Desta forma, nada ainda é definitivo, e ele ainda tem a possibilidade de retornar ao pleito nos estados onde a decisão já foi tomada.

Por enquanto, se mantidas essas decisões no Colorado e em Maine, o ex-presidente não poderá concorrer à presidência, uma vez que ele não estará na lista de candidatos.

No restante dos estados americanos que não optarem pela mesma decisão, sua candidatura será válida, e Trump ainda poderá ser votado.

 

Foto Destaque: Donald Trump, ex-presidente dos EUA (Reprodução/Seth Wenig/Pool/Reuters)

Alta de preços marca início do governo Milei na Argentina

Possivelmente, o presidente eleito mais controverso que o povo argentino já elegeu, Javier Milei, já havia adiantado durante sua campanha que tomaria medidas drásticas com intuito de resolver o problema econômico em que a Argentina se encontra. E, durante a celebração de sua posse, no início de dezembro, reforçou seu discurso, impedindo assim a população de alegar surpresa com suas ações.

Preços nas alturas

A já sofrida Argentina, que viu a inflação ultrapassar 168% ainda este ano,  termina 2023 um pouco mais arrebentada economicamente. Preços de produtos de primeira necessidade, contidos o quanto possível pelo governo anterior, agora, com Javier Milei, chegam ao topo da alta.


Novos valores de produtos em prateleiras de supermercado argentino (Foto: reprodução/Valor Globo)


A carne, em apenas duas semanas de governo, chegou a ter 73% de aumento, o combustível bateu 60%, e algumas hortaliças, como a abobrinha, ultrapassaram 140%. Assim como os produtos importados, café e gás – cotados em dólar – também ultrapassaram 60% de aumento.

Políticas de livre mercado

O novo presidente eleito argentino também já deu início a implementação de políticas de livre mercado, ideia que já defendia em sua campanha com promessas que começa a cumprir. 

Na última quarta-feira (20), apresentou seu primeiro decreto, de emergência, com intuito de dar início a sua reformulação da economia argentina através da redução da intervenção do Estado.


Nota de 100 dólares com foto do presidente eleito da Argentina, Javier Milei (reprodução/Matias Baglietto/Reuters)


O documento retira os poderes do Governo de interferir na regulação de aluguéis de imóveis, taxas de bancos, e seguradoras de saúde – que já declararam um aumento de 40% para o início do próximo ano. Além de dar início a privatização de empresas do governo – característica marcante da forma de governo adotada pelo novo presidente.

Desta forma, não será apenas com a alta de produtos essenciais que o argentino sofrerá ainda mais com o governo de Milei, mas com a de serviços também. E que tendem a subir gradativamente, segundo o porta-voz do presidente, Manuel Adorni, até equilibrar a economia, muito distorcida.

Mercado de trabalho

O decreto emergencial de Milei também altera leis trabalhistas para facilitar as demissões em massa, ao mesmo tempo, em que proíbe, terminantemente, o direito à greve por parte dos trabalhadores. 

Assim como ameaçou possíveis manifestações contra sua política de cortes de programas sociais e multa para os participantes.

Segundo Javier Milei, tais medidas são imprescindíveis para consertar o país, porém, a desvalorização da moeda argentina acompanha as mudanças já implementadas e deixa quase à deriva os mais necessitados.

 

Foto destaque: presidente eleito argentino Javier Milei (Reprodução/Juan Mabromata/AFP)

EUA retira apoio financeiro à Ucrânia após fake news sobre compra iates de luxo por Zelensky

A acusação falsa de que o presidente da Ucrânia teria usado a ajuda financeira enviada pelo aliado americano para auxiliar na guerra contra a Rússia em benefício próprio, comprando iates de luxo, viralizou na internet, chegando até a ser reproduzida por congressistas dos Estados Unidos. O responsável pela fake news é um ex-fuzileiro americano que reside na Rússia desde 2016. 

Notícia falsa

Segundo as informações divulgadas no site particular do ex-fuzileiro e ex-policial americano, John Mark Dougan, o presidente ucraniano teria utilizado cerca de US$ 75 milhões (cerca de R$ 366 milhões) da ajuda financeira enviada pelos Estados Unidos para comprar dois iates luxuosos para uso de associados de Zelensky.

O site, chamado DC Weekly, expunha fotografias dos dois iates, Lucky Me e My Legacy, junto da notícia, assim como uma documentação que confirmava a venda das embarcações.


Iate Lucky Me (Foto: reprodução/BBC)


Porém, não só a empresa dona dos iates negou a veracidade da documentação, como declarou que ambos ainda encontram-se disponíveis para venda.

Dougan, que atualmente reside na Rússia, agora se declara jornalista e utiliza seu site para cobrir a guerra entre o país e a Ucrânia, onde tem o hábito de publicar inúmeras notícias falsas. Mas, segundo reportagem da BBC, o ex-fuzileiro americano nega sua participação e colaboração com o DC Weekly, afirmando tê-lo vendido há muito tempo.

Reação americana

E, mesmo a notícia sendo comprovada falsa, foi reproduzida por membros do Congresso americano como base para a decisão de postergar todas as decisões relacionadas a possibilidade de nova ajuda financeira à Ucrânia para o próximo ano.

A fake news corroborou com a prerrogativa de muitos congressistas que já vinham se opondo a continuar prestando assistência à Ucrânia, agora com declarações públicas contra, como a de Marjorie Taylor Greene, congressista republicana.

Greene publicou em sua conta particular no X, junto do link da notícia falsa, o comentário de que, aquele que continuar a favor de tal ajuda ao governo ucraniano estará colaborando com, segundo ela, “o esquema financeiro mais corrupto”  já visto em uma guerra estrangeira na qual seu país esteve envolvido.

 

Foto Destaque: Volodymyr Zelensk, presidente da Ucrânia e Joe Biden, presidente dos EUA (Reprodução/Observador)

Indulto de Natal é concedido pelo Presidente Lula

Nesta sexta-feira (22), foi publicado em edição do “Diário Oficial da União” o indulto de Natal concedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) a presos que se enquadrar nos requisitos pré-estabelecidos pelo presidente e especificados no decreto.

O ato, previsto na Constituição Brasileira, concede perdão da pena para alguns presos, já condenados, normalmente, por crimes não violentos.

Requisitos para 2023

Entre os requisitos estabelecidos pelo presidente Lula estão casos em que, mulheres, condenadas por crimes não violentos ou grave ameaça, com penas menores de 8 anos, com mais de 60 anos e que já tenham cumprido um terço do período de reclusão ou, penas menores de12 anos, com doenças crônicas/filhos menores de idade/de qualquer idade, mas, que sofram de doença crônica ou tenham deficiência física, desde que já tenham cumprido um quarto da pena. Assim como presas condenadas a pena de multa, desde que o valor não supere R$ 20 mil, ou que não possuam meios para quitá-la.

Excluídos

Ficaram de fora da possibilidade de indulto os presos condenados por crimes hediondos que cumprem pena em prisões de segurança máxima, condenados por chefiar facções criminosas, por crime de tortura, tráfico de drogas praticados contra menor, contra mulher, ou contra o Estado Democrático de Direito – aqui se enquadram os presos condenados pelos atos, considerados golpistas, de oito de janeiro de 2023.


Policiais na rampa do Palácio do Planalto durante invasão em Brasília em 8 de janeiro (Foto: reprodução/Eraldo Peres/AP)


No início do terceiro mandato como presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, após a celebração de sua posse, em 8 de janeiro. Um imenso grupo de apoiadores do ex-presidente, derrotado nas urnas, Jair Messias Bolsonaro, invadiram a praça dos três poderes em Brasília e depredaram prédios públicos, deixando um enorme rastro de destruição e prejuízos, não só para a Nação, em questão de cultura, mas também para os cofres públicos. 

Enquanto presidente, Bolsonaro concedeu indulto de perdão de pena para policiais, agentes de segurança pública e militares condenados por crime na hipótese de excesso culposo ou por crime considerado de fato culposo, que já tivessem cumprido um sexto da pena. Assim como para aqueles que condenados a crimes ocorridos há mais de 30 anos que na época não eram considerados hediondos – aqui se enquadrariam os policiais condenados pelo massacre do Carandiru, em 1992.

 

Foto Destaque: Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pronunciamento (Reprodução/Ricardo Stuckert/Carta Capital)

Nova Constituição proposta pela direita chilena sofre rejeição por mais da metade da população

Neste domingo (17) foi realizado o plebiscito que decidiria se a nova Constituição chilena, Carta Magna, com texto criado pela direita do país, seria aprovada ou não. E, 55,6% da população optou por não aprová-la. Cerca de 15 milhões de cidadãos chilenos deveriam ter ido às urnas, porém, nem todos compareceram, mesmo sendo o voto obrigatório.

Constituição chilena

A Constituição vigente no Chile foi criada em 1981, durante a ditadura de Augusto Pinochet, considerada uma das mais violentas da história das Américas e também pela maior parte da população, a responsável pelas desigualdades sociais do país. A redemocratização do Chile teve início nos anos de 1990, porém, não foi mexido na constituição de Pinochet.

Desde então, esta é a segunda vez que a população tenta substituí-la, sem sucesso – a primeira vez foi em 2022 que, na verdade, deveria ter ocorrido em 2020, mas teve que o ter o plebiscito adiado por conta da pandemia. O primeiro texto, criado por legisladores da esquerda, teve 62% de rejeição da população apta a votar.


Proposta de nova Constituição é novamente rejeitada no chile (Foto: reprodução/Correio do Brasil)


Nova proposta rejeitada

A nova proposta de Constituição para o Chile, apresentada pelo atual presidente, Gabriel Boric e, elaborada por um Conselho Constitucional, formado com a maioria de políticos da direita, foi considerada ainda mais conservadora que a votada em 2022, que tinha a intenção de extinguir o Senado, mas reforçava a responsabilidade do Estado no setor da educação e saúde.

Para a maioria dos críticos, a nova proposta não passa de uma reescrita da Constituição de Augusto Pinochet, principalmente no que se refere ao sistema político chileno, que não teria mudanças significativas, e continuaria voltada para o liberalismo.

Neste texto, já rejeitado, o setor privado continuaria a frente da prestação dos direitos sociais e dividiria com o setor privado a responsabilidade pela educação, saúde e previdência; assim como, incluía a comunidade indígena como parte integrante da Nação Chilena. O que foi constatado com a votação, é que nem direita e nem esquerda agradam à população, ou seja, não conseguem definir o que é melhor para a população chilena.

 

Foto destaque: plebiscito chileno para substituição da Constituição vigente (Reprodução/YouTube/Perfil Brasil)

Israel afirma sobre a permissão da entrada de 470 caminhões de ajuda em Gaza

Segundo informações concedidas pelo coronel Moshe Tetro, alto funcionário do Ministério da Defesa de Israel, aos meios de comunicação, na última sexta-feira (15), Israel já permitiu a entrada de 470 caminhões de ajuda humanitária da ONU em Gaza através da passagem de Rafah, fronteira com o Egito. Tetro também afirma que com a liberação da passagem por Kerem Shalom, muito mais ajuda chegará à Gaza.

Abertura de Kerem Shalom

Israel afirmou permitir, como uma medida temporária, a passagem dos caminhões de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através de Kerem Shalom – que estava fechada desde o início do conflito entre Israel e Hamas.  O que só ocorreu após dura pressão internacional, principalmente de seu maior aliado, os Estados Unidos, para que Israel priorizasse a vida dos civis, diminuindo a intensidade dos ataques a Gaza e, permitindo a entrada de mais ajuda humanitária na região do conflito. E, apenas neste domingo (17), 79 caminhões já conseguiram entrar em Gaza pela nova passagem liberada.

Anteriormente, os caminhões que ali chegavam, eram apenas inspecionados em Shalom, e depois encaminhados a Gaza pela passagem de Rafah, que só permitia a passagem de 100 caminhões por dia. Agora, os mesmos têm permissão para descarregar a ajuda diretamente em Gaza, sem precisar passar por Rafah, o que irá aumentar significativamente a quantidade de caminhões a entregarem a ajuda aos civis na região do conflito.


ONU na organização da entrada de ajuda humanitária em Gaza (Foto: reprodução/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)


Capacidade de distribuição

Porém, segundo a declaração da imprensa de Elad Goren, líder do Cogat (órgão israelense que supervisiona as atividades civis nos territórios palestinos), a baixa capacidade de distribuição das agências de ajuda humanitária pode atrasar o aumento do recebimento dos suprimentos de primeira necessidade aos refugiados ao sul de Gaza.

Goren também afirmou que, desta forma, a ONU precisa ampliar sua capacidade de coletar e distribuir ajuda ou, não adiantará abrir mais passagens para os caminhões – ao que a Organização das Nações Unidas ainda não se manifestou.

 

Foto destaque: caminhões de ajuda humanitária para Faixa de Gaza (Reprodução/Veja)

Brasil enfrenta novas ondas de calor e pode atingir máxima de 43ºC

Na última quinta-feira (14), no início desta nova onda de calor, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou um alerta para 15 estados brasileiros e o Distrito Federal sobre os perigos que com ela vêm. Com várias regiões batendo recordes de alta temperatura, o estado do Rio Grande de Sul poderá alcançar 40ºC, em Porto Alegre e outras regiões do país podem chegar até a 43ºC neste domingo (17). A partir de amanhã, segunda-feira (18), as temperaturas devem diminuir, porém, ainda se mantendo bem elevadas.

Alerta vermelho

Segundo a meteorologista do Inep, Marília Nascimento, as temperaturas estão ultrapassando 5ºC a mais que o normal para este período do ano, e estamos tendo muitos dias consecutivos de altas temperaturas, o que preocupa.

Uma análise das temperaturas ao longo dos anos indica que já faz um bom tempo que a temperatura vem subindo absurdamente no país e por um maior período de tempo. Até os anos 1990, a média era a de 7 dias de calor intenso por ano, mas nos 10 anos seguintes, esse número subiu para 20. De 2000 até 2010, passou para 40 dias, e até 2020, 52 dias de calor intenso no país foram registrados. E, em 2023, já tivemos 61 dias.


Cuidados em ondas de calor (Foto: reprodução/G1)


Saúde

Por mais que muitos digam que estamos acostumados a sentir calor, não estamos acostumados a temperaturas tão altas, nem por períodos tão longos de calor intenso. E, muitos brasileiros não possuem condições para suportá-lo, como ar-condicionado em casa, ou mesmo um simples ventilador. Os cidadãos de baixa renda são os que mais sofrem com as altas temperaturas.

Além da sensação insuportável de calor, este clima afeta diretamente nosso corpo e o funcionamento de determinados órgãos como o coração e os rins, segundo o especialista em medicina ambiental Nelson Gouveia, professor da faculdade de medicina da USP, em entrevista ao Jornal Nacional.


Sintomas derivados de ondas de calor (Foto: reprodução/SESA)


O professor alerta para um cuidado especial com crianças e idosos, por conta da desidratação causada pela exposição ao calor excessivo, que leva à queda da pressão arterial e, consequentemente, mais trabalho para o coração. A atenção com relação às crianças se deve ao fato destas não saberem exatamente como externar o que estão sentindo e, com relação aos idosos, porque seus mecanismos de defesa e alerta já não são os mesmos, e muitas vezes, nem mesmo eles se dão conta de seu real estado.

Desta forma, Gouveia sugere que se tente evitar ficar exposto ao sol, aumentar a ingestão de líquidos, buscar sempre se proteger e estar alerta quanto as mudanças apresentadas por seu corpo.

 

Foto Destaque: mapa do Climate Reanalyzer mostra temperaturas máximas na América do Sul (Reprodução/UMaine)

Ajuda humanitária volta a Gaza após pressão internacional

Após dura pressão internacional, principalmente de seu maior aliado, os Estados Unidos, Israel decidiu permitir a entrada dos caminhões de ajuda humanitária por Kerem Shalom nesta sexta-feira (15). O aliado de Israel também clama pela proteção dos civis, após o país ter admitido matar três reféns israelenses por engano.

Nova rota da ajuda humanitária

O congestionamento causado pelo estreitamento da passagem de Rafah, segundo o exército israelense, por segurança, levou Israel a permitir temporariamente que a ajuda humanitária chegue a Gaza pela passagem de Kerem Shalom, isso só após sofrer pressão internacional pela proteção da população civil que se encontra na região do conflito.

Crise humanitária

Desde o início do conflito armado entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro, a população da Faixa de Gaza vem sofrendo com a perda de entes queridos, com a perda de seus lares, com o deslocamento constante no intuito de procurar por um local seguro, assim como a escassez de tudo aquilo necessário para subsistência – água, gaz, alimentos, energia e suprimentos médicos. E a ONU alerta o mundo sobre um eminente “colapso da ordem civil” na região, uma vez que, por conta do desespero, a população vem atacando os comboios de ajuda humanitária e os saqueando, antes mesmo que estes possam se organizar para a distribuição dos mantimentos.


Faixa de Gaza após ataques de Israel (Foto: reprodução/Shadi Tabatibi/Reuters)


Apelo internacional

Israel não tem dado trégua a população da Faixa de Gaza, que sofre com inúmeras mortes na tentativa do exército israelense de atingir o contingente do Hamas. Já há algum tempo, os países envolvidos na tentativa de resolver o problema vêm pedindo a Israel que prese pelas vidas civis, diminuindo a intensidade dos ataques a Gaza. 

Porém, sem resultado, pois, a cada dia mais o país aumenta sua ofensiva e continua a prometer que tudo irá piorar enquanto o grupo terrorista não libertar todos os reféns e se render.

Após o fim da guerra

E, pensando no fim futuro da guerra, contando com a vitória de Israel, já surge outra preocupação, o desejo do país de tomar “posse” do território da Faixa de Gaza e anexá-lo ao seu. 

O próprio aliado, os Estados Unidos, já expressa esta preocupação e defende que tal ação não ocorra por parte de Israel. O presidente americano Joe Biden mesmo já até escreveu um artigo, publicado no The Washington Post, falando sobre o assunto, defendendo que Gaza fique a encargo da Autoridade Palestina. E, Mahmud Abbas. Seu presidente, também já se pronunciou, afirmando que qualquer tentativa de Israel neste sentido será inaceitável.

 

Foto Destaque: passagem fronteiriça de Kerem Shalom (Reprodução/Reuters)