Sobre Joice Cirqueira

Jornalista no site Lorena R7.

Após ataque em Brasília, deputados americanos solicitaram que FBI investigue se o ataque foi planejado nos EUA

Em uma carta assinada por 46 deputados americanos, os congressistas pedem ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que o visto diplomático do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) seja revogado. Eles também solicitam que o Departamento de Justiça responsabilize “quaisquer atos baseados na Flórida que possam ter financiado ou apoiado os crimes violentos de 8 de janeiro”, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em uma tentativa mal sucedida de golpe de Estado. Solicitam que o governo do país tome medidas para que os Estados Unidos não seja usado como “refúgio” pelo ex-presidente brasileiro, a quem os parlamentares conectam a invasão do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma das cartas, os parlamentares americanos dizem que se “o Sr. Bolsonaro voou para a Flórida antes do final de seu mandato e estamos preocupados com os relatos de que ele atualmente reside em Orlando. Os EUA não devem dar abrigo a ele ou a qualquer autoritário que tenha inspirado tamanha violência contra as instituições democráticas.”

O ex-presidente foi para Flórida no dia 30 de dezembro, ele deixou o Brasil em um voo das Forças Armadas Brasileiras e acabou não passando a faixa ao sucessor, Lula. Foi para os Estados Unidos antes do fim oficial do seu mandato.

Bolsonaro precisou de uma breve internação nos Estados Unidos por causa de uma obstrução intestinal, o ex-presidente disse à CNN que pretende voltar ao Brasil nos próximos dias. O plano, segundo ele, era ficar até o final de janeiro nos EUA.

Na quarta-feira (11), um grupo de 32 legisladores democratas dos EUA e 38 brasileiros de diversos partidos divulgou uma declaração conjunta, onde eles acusam o ex-presidente Donald Trump e seus ex-assessores Jason Miller e Steve Bannon de “encorajaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a contestar os resultados das eleições no Brasil” e pedindo responsabilização pelos ataques à democracia.


Invasão em Brasília (Foto:Reprodução/Mateus Bonomi/Getty Images)


Os legisladores apontam semelhança entre os ataques ao Capitólio, que foi feito por trumpistas em 6 de janeiro de 2021 em Washington. O ataque ocorreu quando o congresso dos EUA certificava a vitória de Biden, ficou uma ferida aberta no país que sempre se orgulhou de ser a democracia mais antiga do planeta.

Em outra carta os deputados escreveram que já enfrentaram um ataque semelhante a democracia “Conhecemos em primeira mão o impacto — imediato e de longo prazo — quando funcionários do governo subvertem as normas democráticas, espalham desinformação e fomentam o extremismo violento”

Após os ataques, Lula recebeu um telefonema de Biden, onde o presidente dos Estados Unidos expressou seu apoio e convidou Lula para visitar a Casa Branca em fevereiro. O ex-presidente dos EUA Bill Clinton também ligou para Lula e Barack Obama foi às redes sociais dizer que o sucesso da democracia no Brasil importa ao mundo todo.

Congressistas querem que a Casa Branca deporte o ex-presidente do Brasil, Bolsonaro.  Joaquín Castro, que representa a minoria democrata no Comitê de Hemisfério Ocidental, disse à CNN americana que “os EUA não deveriam ser um refúgio para o autoritário que inspirou terrorismo doméstico no Brasil”. Alexandria Ocasio-Cortez, conhecida como AOC, parte da ala mais à esquerda dos democratas, postou no Twitter: “Os EUA precisam deixar de dar guarida a Bolsonaro”.

Os americanos acompanham de perto a movimentação política no Brasil. Antes da posse do atual presidente Lula, os democratas fizeram uma articulação para desprender a nomeação da nova embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Bagley.

 

Foto Destaque: Ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro – Reprodução/Isac Nóbrega/PR

Presidente Lula saiu em uma caminhada simbólica com governadores e ministros

Após a reunião com governadores e vice-governadores na noite da última segunda-feira (9), o presidente saiu em uma caminhada com governadores, ministros, parlamentares, a presidente do STF, Rosa Weber e a primeira-dama Janja, a caminhada foi do Palácio do Planalto até o Supremo Tribunal Federal. Lula subiu a rampa do Judiciário para verificar de perto os danos causados pelos ataques terroristas que ocorreram no último domingo (8).

O presidente precisou convocar a reunião após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, quando bolsonaristas radicais depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo.

No meio da Praça dos Três Poderes, Lula falou com jornalistas e garantiu que o governo “não vai dar trégua” até descobrir os financiadores dos atos terroristas. “O que eles querem é golpe, e golpe não vai ter”, completou Lula.

Na sede do STF, Lula se separou com vídeos estilhaçados, móveis destroçados e itens jogados pelo chão. Precisou montar um cordão de segurança por agentes para que o presidente visitasse o local.


O presidente Lula em reunião com governadores após atos violentos em Brasília (Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


Mais cedo, na reunião com os governadores, Lula já havia afirmado que não irá permitir que a democracia escapasse das mãos e que esse é o único regime capaz de possibilitar que pessoas humildes no país possam fazer três refeições por dia.

Ele também afirmou que as instituições vão investigar e vão chegar até os financiadores dos atos golpistas em Brasília.

Cinco governadores representando cada uma das regiões do país discursaram em solidariedade aos chefes dos três poderes e reafirmaram o compromisso com a democracia durante a reunião.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se colocaram à disposição para ajudar na pacificação do país. A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).

Ministros do STF, o procurador-geral da República, Augusto Aras, parlamentares e membros do Executivo também participaram.

Foto Destaque: Lula sai em caminhada com governadores e ministros até o STF. (Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Deputados dos EUA sugerem a extradição de Bolsonaro após atos golpistas em Brasília

No dia 30 de dezembro, às vésperas da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi para os Estados Unidos com retorno previsto para 30 de janeiro. Bolsonaro viajou pouco antes do fim do seu mandato, recusando-se a passar a faixa para o sucessor, o presidente Lula.

Neste domingo (8) ocorreram atos golpistas de invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília. Os ataques foram feitos por centenas de apoiadores radicais do ex-presidente, referente a esses ataques alguns parlamentares americanos postaram em suas redes sociais mensagens de apoio a uma eventual extradição de Bolsonaro, já que o mesmo se encontra na Flórida desde dezembro de 2022.

O deputado democrata Joaquín Castro disse que “Bolsonaro não pode receber refúgio na Flórida, onde ele tem se escondido da responsabilidade por seus crimes”

Já Alexandria Ocasio-Cortez escreveu: “Devemos nos solidarizar com o governo democraticamente eleito de Lula. Os Estados Unidos devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida.” 


Bolsonaro chegando em Orlando, nos Estados Unidos. (Reprodução/Internet)


Segundo as regras do direito internacional, existem previsões legais para que o Bolsonaro seja obrigado a deixar os Estados Unidos e voltar para o Brasil, caso seja condenado ou simplesmente investigado pela Justiça Brasileira, já que quando foi para Flórida, sem passar a faixa para Lula, fez com que a atitude do ex-presidente fosse interpretada como uma fuga, já que com o fim do seu mandato, ele perdeu o foro privilegiado e há várias acusações sobre ele que podem culminar em pedido de prisão, sua possível interferência no comando da Polícia Federal e sua ligação com a disseminação de fake news. 

Um especialista de direito internacional e professor da faculdade Dom Helder Câmara, Vladimir Feijó, diz que não é necessário uma condenação para que o ex-presidente retorne ao Brasil, apenas uma investigação é suficiente para que o Itamaraty peça a extradição.

“Primeiro, é preciso haver ao menos um inquérito instaurado com pedidos para ser ouvido. Diante do pedido judicial, o Itamaraty pode encaminhar a solicitação para cooperação judiciária aos EUA. Chegando lá, eles vão analisar os documentos enviados e se cumpre os critérios deles”, diz o professor.

Segundo Feijó, Bolsonaro poderia ainda ser deportado, caso viole alguma lei do país norte-americano, não necessariamente por cometimento de crime, mas pode ocorrer por violação administrativa.

Foto Destaque: Ex-presidente, Jair Bolsonaro. (Reprodução/Adriano Machado/Reuters/Reuters)

Ovidio Guzmán tem um histórico com narcotráfico, assassinato e pedido de extradição

Ovidio Guzmán Lopez, apelidado de “El Ratón” ou “El Nuevo Ratón” (“O rato” ou “O novo rato”), é filho de Joaquín Guzmán ou como é conhecido “El Chapo” ele chefiava o cartel de Sinaloa até ser detido.

Ovidio é considerado um criminoso perigoso. Tráfico de cocaína, metanfetamina e maconha, essas são as substâncias que estão no centro de acusação contra ele. Existe um único processo conhecido contra ele, que foi aberto em um tribunal de Washington, nos Estados Unidos, a acusação é sobre tráfico de drogas, embora as autoridades digam que Guzmán também está por trás de vários assassinatos.

A prisão do El Ratón gerou bloqueios em diferentes estradas em Culiacán, a capital do estado de Sinaloa, houve também distúrbios em diferentes partes da cidade, veículos foram incendiados e houve relatos de civis sendo retirados de seus carros, o que paralisou a cidade.


Veículos em chamas em Culiacán, no México. (Reprodução/Leo Espinoza/Revista Espejo via Reuters)


Na quinta-feira (5) a captura de Ovidio desencadeou uma espiral de violentos protestos e caos no estado de Sinaloa, obra da organização criminosa. O líder do Cartel de Sinaloa foi detido quatro dias antes da chegada do presidente americano, Joe Biden, ao México, para a Cúpula de Líderes da América do Norte.

Marcelo Ebrard, é o ministro de Relações Exteriores, ele informou na quinta-feira que já existia desde setembro de 2019 um pedido de extração, porém ele descarta que a prisão esteja relacionada à visita de Joe na próxima semana.

“Não tem nada a ver, esta operação foi mantida em extremo sigilo pelas autoridades encarregadas de realizá-la e não houve nenhuma consulta política no Gabinete”afirmou Ebrard. 

Ele comenta que é improvável que o filho de Joaquín seja extraditado nos próximos dias, já que o processo de extradição é demorado e também há processos judiciais abertos no México.

Ele informa que a captura foi produzida por uma ordem no país e não pelo pedido de prisão emitido por Washington.

Após a sua captura, as Forças Armadas transferiram Ovidio para a capital mexicana e o colocaram à disposição do Ministério Público Federal para que se averigue a sua situação jurídica.

Foto Destaque: Ovidio Guzmán López. (Reprodução/IMDb)

Após a festa de eleição acabar, Lula cobra resultados aos ministros

Ao término da primeira reunião ministerial, Lula informou aos ministros que a festa da eleição acabou e que agora é necessário apresentar resultados à população.

O presidente disse que quatro anos para quem é da oposição são uma eternidade, porém passa rápido para quem é do governo. 

Os exemplos que Lula deu, foi que se não houver hospitais para entregar, que sejam colocados remédios na Farmácia Popular, se não houver rodovias para entregar, que os buracos sejam tapados.

O governo quer e necessita apresentar resultados e também impor, já na largada, uma agenda positiva, tendo em vista a polarização política e o fato do resultado apertado nas urnas que o levou a sua vitória.


O presidente coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, no Palácio do Planalto (Foto: Reprodução/José Cruz/Agência Brasil)


Outro ponto central na reunião também foi a relação com o Congresso.

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, solicitou que os ministros recebam parlamentares toda semana, sobretudo às terças e quartas, já que a maioria deles se encontra em Brasília.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, informou aos colegas que todo o orçamento já está aprovado pelo Congresso, o que foi lido por parte dos ministros como um sinal de que não há mais recursos para serem disponibilizados, o próprio também afirmou na reunião que irá trabalhar com afinco pela reforma tributária e irá encaminhar o quanto antes uma nova âncora fiscal.

Mencionaram algumas vezes a necessidade de ações do governo de transmitirem segurança ao mercado.

Segundo um ministro que a CNN conversou, o presidente disse que o mercado cobra responsabilidade fiscal do governo, porém não fala em responsabilidade social, ao passo que ele defende a todo instante tanto a responsabilidade social quanto a fiscal.

Paulo Pimenta é o ministro da Secretaria de Comunicação Social, ele fez uma avaliação do momento, de acordo com ele, positivo de grande parte da imprensa com o novo governo.

Foto Destaque: Presidente Lula. Reprodução/ CNN

Chuva em São Paulo causa alagamentos e interdita rodovia

Na noite desta quarta-feira (04) e na madrugada desta quinta-feira (05), as fortes chuvas que estão ocorrendo em São Paulo causaram alagamentos e alguns transtornos. A rodovia que fica em Tancredo Neves (SP-032), que passa por Caieiras, precisou ser interditada devido ao alagamento.

Ao redor da estação Franco da Rocha ocorreu alagamento por causa das fortes chuvas, a situação é com várias vias alagadas. A Defesa Civil recebeu chamados para ajudar moradores que ficaram ilhados em alguns pontos. A água acabou tomando toda a região da estação Franco da Rocha.

No município de Caieiras várias vias ficaram alagadas por conta da subida da água. A Defesa Civil do município precisou ser acionada para ocorrências de pontos de alagamentos e pequenas movimentações de terra, mas sem nenhuma gravidade e nenhuma vítima.

O Corpo de Bombeiros anunciou que atendeu uma ocorrência de oito quedas de árvores, dois desabamentos, enchentes, todos tiveram gravidades, mas nenhuma vítima.

Na rua Teixeira Leite, na Liberdade, que fica na capital, ocorreu um desabamento de parte de um prédio. Parte da varanda de um prédio não habitado caiu, a Defesa Civil isolou o local, não houve nenhuma vítima.

No Centro-sul e Oeste de São Paulo houve pancadas de chuva isoladas, porém ainda pode ser moderada a forte. Já no Norte e no Centro-Leste do estado, incluindo a Grande São Paulo, ainda pode ter muita chuva.


Chuva em São Paulo (Foto: Reprodução/ Rahul Pandit)


Na manhã desta quinta-feira (05) por conta dos efeitos que a chuva provocou em Franco da Rocha, as linhas de ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) tiveram itinerários desviados. 

As linhas vão de Franco da Rocha até Caieiras e até a capital paulista.

199 – Franco da Rocha (Jardim Luciana)/ São Paulo (Perus)

361 – Francisco Morato (Parque 120)/ São Paulo (Terminal Rodoviário da Barra Funda)

361VP1 – Francisco Morato (Parque 120)/ Caieiras (Parque das Laranjeiras)

426 – Franco da Rocha (Centro)/ Cajamar (Polvilho) 

469 – Franco da Rocha (Jardim Lago Azul)/ Caieiras (Jardim Nova Era)

 

Foto Destaque: Caieiras ficou interditada devido aos alagamentos (Reprodução/TV Globo)

Celso Amorim, ex-chanceler é nomeado assessor-chefe da Assessoria Especial de Lula

Na noite desta quarta-feira (04), o Embaixador Celso Amorim foi nomeado pelo presidente para ser o Assessor-Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República.

Amorim comandou o Itamaraty nas duas gestões anteriores de Lula. No governo Dilma Rousseff foi o ministro da defesa.

Entre os anos de 1993 e 1995, durante o governo de Itamar Franco, Celso Amorim ocupou o Ministério das Relações Exteriores pela primeira vez, ele representou o Brasil na missão permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York e também em outros países no exterior.

Como assessor-chefe, o ex-ministro das Relações Exteriores será um dos principais conselheiros de Lula e atuará no Palácio do Planalto, ele deve acompanhar o presidente em compromissos internacionais.

Amorim está criando sua equipe com nomes próximos e provavelmente irá contar com quadros como o diplomata Tudo Faleira, que chegou a sofrer retaliações durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-ministro foi o responsável pela indicação do embaixador Mauro Vieira para comandar o Itamaraty.

Ainda na noite de quarta-feira, o ex-ministro compareceu ao Palácio do Itamaraty, onde estava ocorrendo a cerimônia de transmissão de cargo da embaixadora Maria Laura da Rocha, a mesma se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, que é o segundo na hierarquia da diplomacia brasileira. 


Celso Amorim e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Reprodução/ Fotoarena/Rodrigo Coca) 


Durante a campanha eleitoral e da transição, foi Amorim o principal auxiliar do presidente na área internacional. Em uma conversa de Lula por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Celso acompanhou a conversa entre os dois presidentes.

Lula terá um conselheiro de política externa dentro do Palácio do Planalto, além do ministro Mauro Vieira no Itamaraty.

Ainda neste mês, Lula tem uma viagem programada para a Argentina, também tem previsão de ida aos Estados Unidos, Portugal e a China nos próximos meses.

 

Foto Destaque: Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores – Reprodução/Antônio Araújo/Câmara dos Deputados

Precisando redundar ações do ex-presidente, Lula chega na presidência com recorde de atos na largada do governo

O presidente eleito assumiu o governo com um grande pacote de medidas para desfazer atos e marcas do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que gerou a estabelecer um recorde desde a redemocratização, onde 52 decretos e quatro medidas provisórias assinadas, Lula acabou se tornando o chefe executivo que mais atos editou nos primeiros dois dias de cargo.

Houve uma soma enorme de exonerações da administração federal de bolsonaristas que estavam alocados em cargos comissionados.

Filipe Martins foi um dos nomes que estava na dispensa, ele ocupava o cargo de assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência.

O tom dos discursos dos ministros que tomaram posse no domingo (1) é perceptível a necessidade de reconstruir o país após quatros anos de Bolsonaro. Rui Costa assumiu a Casa Civil e disse que um dos desafios na pasta será descobrir quantas obras precisará retomar. 

“Isso é a demonstração do caos que estamos recebendo.” contou Costa durante a cerimônia do Palácio do Planalto.

Márcio Macêdo é o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, ao se referir sobre a extinção de conselhos populares, ele diz que o que se viu no último governo foi o desmonte da participação popular.


Presidente Eleito no dia da posse. (Reprodução/Ricardo Stuckert)


Bolsonaro ignorou o rito democrático da passagem de faixa e a maioria dos seus ministros também não participou da transmissão do cargo aos novos titulares. Foram realizados 18 eventos e só três pessoas que eram donos da cadeira participaram, que foi Paulo Sérgio Nogueira Oliveira, que é da Defesa, Carlos França, que é das Relações Exteriores, e Paulo Alvim, que é da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Em 2019 a então ministra Damares Alves tinha assumido com o discurso que “meninos vestem azul e meninas rosa”, porém na passagem do bastão em alguns dos ministérios também foi marcada por protocolos antes impensáveis na Esplanada dos Ministérios. Três cerimônias realizadas pelos locutores adotaram a linguagem neutra para saudar os presentes.

A cerimonialista que anunciou o evento de posse de Fernando Haddad na Fazenda, anunciou agradecendo a presença de todos e também agradecendo a todas e todes. Nas cerimônias de Macêdo, da Secretaria-Geral e de Margareth Menezes, da Cultura, o “todes” foi repetido. 

Foto Destaque: Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Reprodução/Ricardo Stuckert/Divulgação)

Presidente e primeira-dama contam como foi o início do namoro

Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja é a atual esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira-dama nasceu em 1966, em União da Vitória, cidade na divisa com Santa Catarina. 

Na véspera do Natal de 2017, cerca de 1.500 pessoas foram convidadas para a inauguração do campo de futebol “Dr. Sócrates Brasileiro”, que ocorreu na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST, em Guararema (SP).

O presidente estava presente neste evento, fazia parte do time de Chico. Janja também se encontrava no evento. Foi nesse evento que os dois se aproximaram, mas os dois já se conheciam nos tempos das caravanas da Cidadania e mantiveram a amizade ao longo dos anos, porém no início do ano seguinte, houve a oficialização do namoro para os mais próximos.


Janja e Lula celebram a vitória do petista na eleição de 2022 (Reprodução/Alexandre Schneider/Getty)


Em uma entrevista para o Fantástico em novembro do ano passado, Janja fala sobre esse evento “Final de 2017, o MST fez um jogo. E o Chico Buarque ia jogar. Todos nós sabemos, Chico Buarque. E eu falei assim: ‘Eu preciso ir nesse jogo’. Acabei indo no jogo. E eu conheci, quer dizer, já conhecia o meu marido de outros momentos. Óbvio que eu não sei se ele lembrava muito de mim. Mas enfim, a gente se sentou para almoçar, todo mundo almoçou, os convidados e tal. Depois, ele pediu o meu telefone para alguém, eu recebi ali e foi indo. A gente foi se aproximando”, disse na entrevista.

Lula foi preso em 2018, porém durante os meses de cadeia, a primeira-dama estava acampada no entorno da sede da Polícia Federal de Curitiba na Vigília Lula Livre.

Em novembro de 2019, após Lula sair da prisão, os dois passaram a morar juntos em São Paulo, já em maio de 2022 os dois se casaram, a cerimônia contou com a presença de diversos políticos e celebridades.

Foto Destaque: Janja e Lula na festa de 42 anos do PT, em fevereiro (Reprodução/Ricardo Stuckert/PT)

Câmara dos EUA libera declarações fiscais de Donald Trump

Foram divulgadas nesta sexta-feira (30) seis anos das declarações fiscais federais de Donald Trump, após uma longa batalha judicial do ex-presidente para manter suas finanças em sigilo. A divulgação dos documentos de Donald entre 2015 e 2020 encerra uma batalha de vários anos entre o ex-presidente republicano e os legisladores democratas.

Donald Trump está se preparando para uma nova candidatura à Casa Branca em 2024, porém o mesmo recusou-se a divulgar suas declarações de renda, ao contrário de todos os seus antecessores desde a década de 1970, o que acabou gerando dúvidas sobre seu conteúdo.

Foi em meados de dezembro que a comissão parlamentar votou a favor de publicar as declarações à Receita do republicano entre 2015 e 2020.

As declarações feitas, envoltas em segredos, foram divulgadas ao público na sexta-feira pelo Comitê de Meios e Recursos da Câmara, o ponto culminante de uma batalha sobre a divulgação que foi para a Suprema Corte.

Richard Neal é o presidente do Comitê de Formas e Meios da Câmara, ele solicitou as declarações em 2019, onde argumentou que o Congresso precisava delas para determinar se a legislação sobre declarações de impostos presidenciais era justificada.

Trump e a ex-primeira-dama, sua esposa Melania Trump reivindicaram algumas grandes deduções e perdas e pegaram pouco ou nenhum imposto de renda em vários desses anos. Porém com a liberação das declarações fiscais, os valores poderão ser auditados publicamente.


Trump e sua esposa Melania Trump (Reprodução/Octavio Jones/Reuters)


“Os democratas nunca deveriam ter feito isso, a Suprema Corte nunca deveria ter aprovado, e isso vai levar a coisas horríveis para tantas pessoas. Os democratas radicais de esquerda armaram tudo, mas lembre-se, essa é uma perigosa via de mão dupla”, disse Trump em um comunicado após o anúncio desta sexta-feira (30). 

Os registros íntegra proteção de algumas informações pessoais e confidenciais, como números de contas bancárias e da Previdência Social. São quase 6.000 páginas, incluindo também mais de 2.700 páginas de declarações individuais de Trump e a sua esposa, Melania, e além de mais de 3.000 páginas em declarações das entidades comerciais do ex-presidente.

Foto Destaque: Ex-presidente Donald Trump (Reprodução/REUTERS/Andrew Kelly)