Sobre Giovanni Saccilotto

Jornalista no site Lorena R7.

Cientistas usam IA para auxiliar na descoberta da imortalidade

O dispendioso esforço de descobrir e desenvolver novos medicamentos pode ser significativamente reduzido com o auxílio da nova tecnologia de inteligência artificial, como demonstrado por um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, como é mais conhecido), em parceria com a startup estadunidense Integrated Biosciences. 

A parceria se deu com o objetivo de descobrir drogas capazes de ampliar a longevidade humana e, através disso, também combater certas doenças.

Detalhes a respeito da pesquisa

Os cientistas envolvidos no projeto recentemente publicaram um estudo denominado “Discovering small-molecule senolytics deep neural networks” (“Descobrindo moléculas pequenas e senolíticas com redes neurais profundas”) na edição de Maio da revista Nature Aging.

Colocando de maneira simplificada, o principal objetivo dos cientistas é utilizar a tecnologia de machine learning para auxiliar e facilitar o desenvolvimento de novas drogas, sendo que o foco principal do estudo é descobrir compostos químicos que são capazes de afetar e potencialmente eliminar “células zumbi”, apelido das células senescentes que estão diretamente envolvidas com o envelhecimento do corpo e de doenças relacionadas, como o câncer, diabetes e até problemas cardiovasculares.

“Descobrir uma nova droga é tão difícil quanto procurar uma agulha em um palheiro”, disse Felix Wong, físico e matemático americano e o principal autor do estudo, bem como um dos fundadores da Integrated Biosciences, durante entrevista à BBC News. “No caso da nossa pesquisa, o palheiro consiste de todos os produtos químicos já criados ou que ainda estão para ser desenvolvidos”, completou.


Felix Wong, principal autor do estudo (Foto: Reprodução/MIT&Felix Wong).


Wong e sua equipe de pesquisadores utilizaram a tecnologia emergente de inteligência artificial para testar e documentar os resultados de mais de 800 mil compostos químicos, na esperança de encontrar as drogas que conseguem combater os efeitos das ditas células zumbi.

Em testes fechados de laboratório, principalmente com o auxílio de ambientes simulados, os pesquisadores reduziram o número de compostos relevantes para meros 216 e, após uma rodada de testes mais extensiva e manual, chegaram à conclusão de que 3 desses poderiam ser utilizados para eliminar as células senescentes. 

O auxílio da IA na descoberta dos compostos químicos

A técnica de triagem empregada pela Integrated Biosciences dá esperança aos cientistas quanto ao uso mais amplo da inteligência artificial para o desenvolvimento de novas drogas e medicamentos. Mas esse incrível avanço na tecnologia também traz uma preocupação bastante relevante — a possibilidade das mentes de Boston, principal área de pesquisa em biomedicina, serem substituídas pela IA em certos nichos. 

Mas segundo Jim Collins, que faz parte do conselho de consultoria da Integrated Biosciences, a “aplicação da inteligência artificial no campo da biotecnologia ainda é algo recente e que precisa ser estudado mais a fundo”. De acordo com Collins, Boston e Cambridge ainda são os principais polos de desenvolvimento de biotecnologia no mundo, mas os grandes responsáveis pelo avanço na inteligência artificial são empresas como o Google, Microsoft, Facebook e a Amazon, todas presentes na costa oeste dos Estados Unidos. 

E conforme o uso de IA é integrado ao desenvolvimento e pesquisa para a criação de novas drogas, Collins acredita que uma nova geração de biotecnologia deve surgir vinda de ambos os locais, mas o campo da biologia, liderado pelas mentes brilhantes de Boston, deve permanecer como foco principal.

Foto destaque: Tubo de ensaio em cima de tabela periódica. Reprodução/Unsplash & Vedrana Filipović.

Greve dos profissionais de Hollywood afeta severamente a receita da Warner Bros

A greve dos atores e roteiristas de Hollywood, parcialmente provocada pelo advento da inteligência artificial e a insegurança no mercado de trabalho que ela traz consigo, está afetando de maneira significativa as grandes empresas produtoras de filmes.

Dentre elas, uma das mais prejudicadas é a Warner Bros Discovery, que declarou um grande impacto em seu lucro anual.

A primeira greve dos últimos 63 anos

Essa é a primeira paralisação simultânea de atores e roteiristas em Hollywood nos últimos 63 anos, interrompendo a produção cinematográfica de praticamente toda a indústria e, como resultado, custando bilhões de dólares à economia da Califórnia, onde o paraíso da produção de filmes está localizado. A greve até mesmo obrigou estúdios de cinema a adaptarem seus cronogramas de lançamento de filmes, por conta da ausência de celebridades que se disponham a comparecer nos tapetes vermelhos ou programas de televisão para divulgar as novas produções. 

A Warner Bros, famoso estúdio de cinema, divulgou no mês passado que precisaria adiar o lançamento da sequência de “Duna”, originalmente previsto para chegar às grandes telas ainda em novembro, até março do ano que vem, pois as estrelas do filme não poderiam promover o filme em razão da greve. 

As consequências financeiras para a Warner Bros

A orientação financeira do estúdio já havia sido previamente divulgada, sob a esperança de que a greve já tivesse acabado no início de setembro. Agora, contudo, a Warner acredita que o lucro ajustado de 2023 vai ser reduzido em cerca de US$ 300 milhões a US$ 500 milhões, chegando a um patamar de US$ 10,5 à US$ 11 bilhões

Max Willens, analista sênior da Insider Intelligence, disse que “a orientação atualizada da Warner provavelmente está diretamente correlacionada à decisão de adiar ‘Duna 2” para 2024, já que a Warner estava esperando que a sequência da grande obra de ficção científica igualasse a receita de bilheteria de seu antecessor”.


Imagem promocional do filme “Duna 2”, adiado para 2024 (Foto: Divulgação/WBD).


Dentre os filmes mais aguardados em 2023, a sequência de ‘Duna’ estava no topo da lista de muitos amantes do cinema. 

O estúdio agora precisou aumentar as expectativas de fluxo de caixa livre de 2023 para pelo menos US$ 5 bilhões, com a previsão de que o terceiro trimestre ultrapasse US$ 1,7 bilhões graças ao forte desempenho do filme da Barbie a outros fatores causados pela greve.

Foto destaque: Novo logo da Warner Bros sobre fundo azul (Foto: Reprodução/WBD).

Conheça um dos mais luxuosos e exclusivos resorts do Caribe

Muito se comenta a respeito de resorts de luxo como pontos turisticos que oferecem um escape perfeito da realidade tumultuada e intensa da vida moderna, mas poucos se comparam ao Àni Dominican Republic, localizado na costa norte da República Dominicana. Construída em uma península particular e escondida de olhares curiosos, trata-se de uma residência tropical que oferece completa privacidade, além de experiências customizadas para um único grupo de visitantes. 

A respeito do resort mais exclusivo do Caribe

O retiro faz parte da ÀNI Private Resorts, uma série de residências privadas e exclusivas localizadas nos cantos mais belos e remotos do planeta — pois além de marcar presença na República Dominicana, também há filiais na Tailândia, Aguilla e Sri Lanka.

Esses hotéis de luxo são criados sob a visão de private luxury stay all-inclusive, que garante uma estadia exclusiva e privada para um grupo de pessoas, idealmente amigos próximos ou família. A estada conta com refeições, passeios e atividades personalizadas, variando de massagens a serviço de mordomos na praia. O resort é mantido por uma equipe profissional de 30 pessoas que se dedicam a atender os hóspedes. 

O Àni Dominican também é excepcionalmente vasto, contando com 14 suítes de luxo com vista para o mar. As mesmas são mobiliadas com enormes camas, banheiras, chuveiros internos e ao ar livre, além de varandas luxuosas, tudo feito com extremo cuidado aos detalhes. A estada no local também é pontuada por uma grande variedade de amenities de fragrâncias diversas, além de produtos de beleza naturais que são feitos localmente. Na geladeira, é possível também encontrar uma grande variedade de alimentos diversos, além de cafés de marca, frutas frescas e todo tipo de coisa que os visitantes possam vir a desejar. 

A estada garante conforto e tranquilidade para os visitantes

O design do resort, como esperado para um ambiente tão luxuoso, busca evocar um sentimento de tranquilidade e diversão em seus visitantes. Construído primariamente com uma mistura de madeira, pedras, palha e alguns detalhes em algodão, ele não deixa a desejar nos confortos encontrados na vida moderna.

Iluminação, ventilação com ar-condicionado e um mobiliário convidativo e pontuado por tecnologia — tal como uma persiana que se abre com comando remoto, revelando a deslumbrante paisagem da praia lá fora —, são de um conforto indescritível. Curiosamente, as suítes são decoradas com obras de arte feitas pelos alunos que atendem à Áni Academy, podendo inclusive ser encomendadas por fora, se os visitantes desejarem. 


Um dos muitos eventos especialmente preparados para o grupo de visitantes que for passar alguns dias no resort (Foto: Reprodução/Àni Private Resorts). 


Feito com a ideia de ser totalmente sustentável, as práticas do hotel são voltadas inteiramente para a comunidade e a apreciação da arte, tanto humana quanto natural. O Àni Dominican conta com uma equipe gastronômica profissional e dedicada, bares especialmente preparados com a ajuda de mixologistas, academia e até spa com terapeutas que podem fornecer até 12 tratamentos diários, aulas de culinária, tênis, yoga e trekkings, além de cruzeiros particulares e excursões ao belo ambiente que rodeia o resort. 

O resort pode ser reservado por um mínimo de cinco noites e os preços começam na faixa de US$ 15 mil pela diária — valor pago por 6 hóspedes e com tudo incluso. O preço, claro, irá aumentar com o número de pessoas que deseja fazer a viagem, podendo acomodar até 28 pessoas.

Foto destaque: Visão aérea do resort durante o dia. Reprodução/Àni Private Resorts/Instagram.

Empresa canadense desenvolve carrinho de bebê automático

O chamado Ella é um carrinho de bebê equipado com motor duplo e com a capacidade de subir terrenos íngremes, atravessar ruas esburacadas e outros obstáculos com notável facilidade.

As funções inovadoras do carrinho

O dispositivo ainda conta com sensores que conseguem detectar a movimentação ao redor do carrinho e que, se necessário, podem alertar a presença de um carro ou bicicleta se aproximando, para evitar acidentes. Além disso, o Ella conta com assistência de freio e estacionamento automático, podendo também ser utilizado como uma bicicleta elétrica com pedal auxiliar, tendo em vista que ele pesa cerca de 13kgs. 


O carrinho Ella mantendo-se estável em uma descida íngreme, com o auxílio de seu sistema de freio. (Foto: Reprodução/GluxKind)


Entretanto, essas são apenas as funcionalidades mecânicas do carrinho idealizado e fabricado pela GluxKind Technologies, uma empresa canadense que inicialmente revelou a ideia no CES 2023, ainda no começo do ano. O dispositivo também busca ajudar o bebê, podendo emitir ruído branco para auxiliar no sono do infante, além de ser dotado de um dispositivo de localização, em caso de roubo ou tentativa de sequestro. Uma das funcionalidades recentemente reveladas, também, é que o carrinho conta com uma database de canções de ninar, que podem ser escolhidas ao gosto dos pais.

O Ella promete auxiliar tanto o bebê quanto os pais

Sendo uma tecnologia que promete auxiliar mães e pais na hora de levar os filhos para fora de casa, o carrinho pode ser configurado para atuar de maneira autônoma, dispensando a necessidade de ser empurrado manualmente. Junto do sensor de proximidade, que detecta se o dono do carrinho está caminhando próximo a ele; trata-se de um produto que pode ajudar, e muito, no conforto de longas viagens. E caso o bebê fique desconfortável ou inquieto, o Ella ainda conta com uma função chamada de Rock-my-baby, que balança o pequeno suavemente, para que ele repouse e se acalme. 

O Ella tecnicamente já está disponível no site oficial da GluxKind Technologies, através de uma wishlist. Sendo inicialmente precificado ao que seria equivalente a R$ 8 mil em cotação atual, o produto parece ter alcançado tanto sucesso que a lista de espera para poder comprá-lo está enorme, com previsões de entrega alcançando até mesmo março do ano que vem. 

 

Foto destaque: O carrinho de bebê automatizado, Ella, conforme divulgado pela GluxKind. Reprodução/Divulgação/GluxKind Techonologies

Duet AI, do Google, pode escrever e-mails e até substituir usuários durante reuniões

O Google segue como um dos pioneiros na nova onda da tecnologia de inteligência artificial, já tendo disponibilizado uma nova ferramenta para todos os aplicativos do Workspace da empresa, tal como o Gmail, Drive, Documentos e outros. Antes de ser lançada para o público maior, a ferramenta denominada Duet AI foi amplamente testada por mais de um milhão de usuários e essencialmente funciona como um assistente virtual, contando com uma variada gama de recursos. 

A ferramenta conta com os seguintes recursos

Dentre as muitas funcionalidades que estão sendo discutidas, a mais chamativa e inusitada é a possibilidade de utilizar a ferramenta para “substituir” o usuário durante uma reunião pelo Google Meet, o serviço de chamada do Google. “Através da funcionalidade ‘assistir por mim’, o Duet AI pode participar de um evento no Meet em seu lugar, podendo até mesmo fazer com que suas mensagens sejam escutadas e ainda preparar um resumo do que foi discutido”, divulgou a subsidiária da Alphabet durante comunicado. 


Exemplo do Duet AI em funcionamento, auxiliando o usuário na criação de apresentações (Foto: Reprodução/Google).


A ferramenta também é capaz de realizar ajustes de iluminação e som baseados em um algoritmo de inteligência artificial, faz anotações e disponibiliza legendas com tradução automática em 18 idiomas, por enquanto. Caso desejem, os usuários podem conversar com um chatbot em privado, para revisar os detalhes da reunião. As funcionalidades do Duet AI também não são exclusivas do Google Meet. Ele também oferece a possibilidade de encontrar itens no Drive, criar planilhas, resumir documentos e até preparar apresentações de slides para o usuário. Tal como outras ferramentas de chatbot baseado em IA, também é possível usá-lo para escrever respostas automáticas por e-mail, gerar imagens ou corrigir erros de gramática. 

O Duet AI não será gratuito

Mas como é de se esperar, tendo em vista o dinheiro investido pelo Google para desenvolver e aprimorar essa tecnologia, a ferramenta não será disponibilizada gratuitamente. Segundo informações vindas do The Verge, a gigante de tecnologia pretende cobrar US$ 30 por usuários para acessar o Duet, ao menos para grandes empresas. Aparna Pappu, chefe do Workspace, disse em entrevista ao CNBC que a empresa ainda não finalizou a precificação para companhias menores. 

O valor parece estar de acordo com o mercado atual, sendo o mesmo que a Microsoft está cobrando por sua ferramenta de inteligência artificial, o Copilot, que é dotado de recursos parecidos e funciona na grande maioria dos aplicativos do Office. Ambas as empresas estão competindo para incrementar seus serviços com o uso da tecnologia de IA desde o lançamento do ChatGPT, da OpenAI, no ano passado.

Ainda não há mais informações a respeito da disponibilidade do Duet AI para usuários comuns.

Foto destaque: A ferramenta sendo apresentada durante conferência do Google. Reprodução/Google.

Grécia lançará mais de 100 drones para auxiliar no combate a incêndio florestal

O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, disse durante discurso ao parlamento nesta quinta-feira (31) que o país planeja lançar drones e segue com planos de realizar a instalação de sensores de temperatura florestais para auxiliar no combate preventivo de incêndios. O movimento chega pouco tempo depois de uma série de duras críticas vindas de ativistas climáticos a respeito de um fogo que está devastando as florestas em território grego há quase duas semanas e que, até o presente momento, ainda não foi totalmente controlado. 

A extensão do desastre florestal

O desastre ocorreu na região nordeste de Evros, sendo o mais grave incêndio que ocorreu na Europa neste verão, contando com 14 dias de fogo ininterrupto hoje, sexta-feira (01). Até então, 20 pessoas tiveram suas mortes confirmadas pelas autoridades e o desastre florestal também destruiu casas e outros meios de subsistência para os moradores da região, além de queimar e devastar uma área comparativamente maior à de grandes cidades, como Nova Iorque ou Madrid. 


Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia (Foto: Reprodução/Reuters & Louiza Vradi).


“Este ano, embora tenhamos nos preparado mais do que o normal, enfrentamos uma série de incidentes sem precedentes”, afirmou Mitsotakis ao parlamento grego, referindo-se a forte onda de calor em julho, que foi a mais longa da Grécia nos últimos anos, além de ventanias especialmente intensas. 

As medidas que o governo grego está tomando

Segundo o primeiro-ministro, as autoridades responsáveis já haviam tomado as medidas necessárias para adquirir mais de 100 drones que serão utilizados para monitorar os incêndios nas florestas em tempo real. Nos planos do governo também está incluso a instalação de sensores de temperatura em sítios arqueológicos de grande importância, bem como em florestas que enfrentam alto risco de incêndio. Ademais, cerca de 500 cientistas florestais e mais de mil bombeiros estão para ser contratados. 

Há ambientalistas que defendem uma intervenção internacional mais proeminente para combater as mudanças climáticas, acusando as autoridades gregas de gastar desnecessariamente mais recursos na extinção de incêndios do que para auxiliar na prevenção dos mesmos. Mitsotakis, por outro lado, afirmou que dezenas de milhões de euros foram investidos na prevenção de desastres florestais só este ano, mas mesmo assim não foi o suficiente.

“Podemos dizer que a crise climática é um álibi para todos os nossos problemas? Não, não podemos”, disse aos parlamentares, reiterando que o aquecimento global também ajudou a intensificar os incêndios florestais que, em sua grande maioria, foram causados por negligência humana ou através de atos criminosos.

Foto destaque: Drone voando sobre oceano em um por do sol. Reprodução/kjpargeter&Freepik.

Google revela novo chip de IA durante conferência em San Francisco

O desenvolvimento de tecnologias envolvendo a inteligência artificial continua a todo vapor, principalmente com o recente anúncio por parte do Google. Nesta terça-feira (29), foi revelado que a companhia está desenvolvendo uma gama de novas tecnologias envolvendo esse setor; também foram estabelecidas parcerias voltadas para disseminar mais dessa tecnologia emergente às empresas de grande porte.

Essas novidades foram apresentadas na conferência Google Next em San Francisco, contando também com a presença de novos clientes para o serviço de software em nuvem da empresa, como a Estée Lauder Companies. 

As novidades apresentadas na conferência

A empresa de tecnologia apresentou, durante a conferência, uma nova versão de seus chips de inteligência artificial customizados, novas ferramentas para segurança e o pacote corporativo, bem como um software em escala empresarial para marcar e identificar imagens geradas através de inteligência artificial. 

Em um esforço para tornar o serviço de nuvem empresarial mais robusto, o Google também adicionou 20 novos modelos de IA ao seu portfólio, alcançando um impressionante total de 100 modelos distintos. A tecnologia empregada pela companhia inclui acordos que permitem que usuários do Google Cloud possam acessar o modelo de IA Claude 2 da startup Anthropic e até mesmo ao LLaMA 2, de propriedade da Meta.

Melhorias na infraestrutura de IA da empresa

A subsidiária da Alphabet também anunciou versões melhoradas da infraestrutura básica de seus serviços, melhorando o desempenho e adicionando novos recursos. Por exemplo, o modelo de texto da empresa, o PaLM, agora aceita que os usuários insiram uma quantidade maior de texto para facilitar o processamento de documentos mais extensos, como textos de cunho jurídico ou livros. O Google também falou a respeito de uma ferramenta que adiciona marcas d’água em imagens geradas pelo software. A ferramenta, chamada SynthID, é capaz de alterar o arquivo de imagem digital de maneira invisível aos olhos humanos, sendo projetada para manter a imagem intacta. 


Em tradução, “Durante a Google Next nós anunciamos uma nova forma de solucionar o maior desafio de segurança: a sobrecarga de ameaça, ferramentas trabalhosas e falta de talento na área, através do uso de IA. (Foto: reprodução/Twitter/@googlecloud)


Durante a conferência, o Google também anunciou novas versões para seu pacote de software de escritório e suas ferramentas de segurança. Dentre essas novidades, a companhia revelou uma ferramenta operada por inteligência artificial que é capaz de transferir bancos de dados da Oracle para versões de código aberto, algo que normalmente é rigorosamente complexo de ser feito manualmente.

Para finalizar a conferência, o Google anunciou o novo chip de inteligência artificial que está sendo desenvolvido, o TPU V5e. Projetado para treinar modelos amplos, mas também para fornecer conteúdo eficiente com base nesses modelos, ele não é tão poderoso quanto o chip da quinta geração de IA, ainda não lançado, mas é um avanço significativo na tecnologia. E, segundo a empresa, eles juntaram os chips TPU v5e em grupos de 256 partes descritos como “supercomputadores”, onde clientes da nuvem podem se conectar para resolver problemas de computação complexos.

 

Foto destaque: Painel do Google Cloud Next em San Francisco. Reprodução/Google Cloud/Olhar Digital

Xiaomi pretende ingressar no mercado automobilístico em 2024

A Xiaomi tem se tornado uma das marcas mais conhecidas e populares aqui no Brasil nos últimos anos, sobretudo por conta da venda de smartphones com ótimo custo-benefício, em comparação com as concorrentes. Contudo, o aparente declínio nas vendas desse setor motivaram a empresa chinesa buscar uma diversificação no seu portfólio; atualmente, a Xiaomi está dando os primeiros passos para ingressar na indústria de produção de veículos. Segundo informações divulgadas pela empresa nesta terça-feira (29), o processo inicial está até mesmo um pouco avançado em relação ao cronograma estabelecido no começo do ano. 

Baixo no mercado de smartphones

Com a queda na venda de aparelhos móveis, a ideia da Xiaomi é desenvolver e comercializar EVs, ou veículos elétricos, tendo recebido a aprovação do planejador estatal da China para isso, conforme informou à Reuters ainda este mês. 

Lu Weibing, presidente da companhia, disse durante uma conferência voltada aos analistas que os planos da empresa para iniciar a produção em massa de EVs no primeiro semestre de 2024 continuam inalterados. “O nosso progresso atual está até mesmo acima de nossas expectativas quando estabelecemos o cronograma original”, afirmou. 

A Xiaomi pretende investir cerca de US$ 10 bilhões ao longo da próxima década no setor automotivo. 

Receita da companhia diminuiu em relação ao ano passado

Esse movimento chega em boa hora, pois a receita divulgada pela companhia no trimestre passado chegou a 67,4 bilhões de yuans (US$ 9,2 bilhões, em conversão), inferior aos 70,17 bilhões arrecadados no mesmo trimestre de 2022. Essa, contudo, ainda é uma quantia acima dos 65,13 bilhões antecipados por analistas. 

No mesmo período, o lucro líquido da empresa aumentou para 5,14 bilhões de iuans. Trata-se de um aumento significativo de 147%, também acima do esperado. A Xiaomi afirmou que esse aumento é derivado da redução de custos e das melhorias de eficiência empregadas pela companhia, principalmente em lojas físicas. 


O Xiaomi T77, novo modelo de EV divulgado pela empresa (Foto: Divulgação/Xiaomi).


“Apesar dos ventos desfavoráveis na macroeconomia global, continuamos com a nossa forte presença”, disse Lu Weibing. “Vários de nossos concorrentes já saíram de certos setores nesse clima desafiador, mas não importa quão complexos sejam os desafios, manteremos nossa posição no mercado”, concluiu.

A demanda chinesa por smartphones teve uma queda de 5% no segundo trimestre deste ano, de acordo com a empresa Canalys. As vendas da Xiaomi, portanto, caíram em 19%, para 8,6 milhões de unidades. Em seu principal mercado externo, a Índia, elas caíram para 22%, cerca de 5,4 milhões de aparelhos.

Foto destaque: Escritório principal da Xiaomi. Reprodução/Xiaomi

Conheça a tecnologia que está trazendo atores mortos “de volta à vida”

O sonho de muitas pessoas cujo trabalho está nos olhos do público, como atores e músicos, é o de ter seus feitos e conquistas imortalizados mesmo após eventualmente partirem deste plano. Entretanto, sendo um ambiente demasiadamente difícil para que todos possam criar raízes e obter sucesso relevante, o show business dificilmente permite que a grande maioria dos atores seja lembrada pelo público após falecerem. Os poucos que conseguem, são agraciados com um certo tipo de imortalidade nas grandes telas e até mesmo além delas.

 

Ator ressucitado pela tecnologia

Um dos ícones do cinema que foi capaz de realizar esse feito é o ator estadunidense James Dean, que faleceu em 1955 em um acidente de carro após estrelar em apenas três filmes, todos extremamente famosos e bem quistos. 

Agora, praticamente sete décadas depois de seu falecimento, Dean foi oficialmente escalado como estrela de uma nova produção cinematográfica intitulada Back to Eden (De volta ao Éden, em tradução). Isso foi possível através da criação de um clone digital do ator usando uma tecnologia de inteligência artificial parecida com a usada no desenvolvimento de deep fakes. Essa tecnologia está dentre as mais inovadoras e modernas na criação de imagens geradas por computador (CGI) em Hollywood. Mas também trata-se de uma fonte de preocupação para atores e roteiristas, algo que ocasionou uma greve em Hollywood pela primeira vez em 43 anos. 

Essas pessoas têm receio de serem substituídas por códigos de IA, algo que, segundo eles, sacrificaria a criatividade em prol do lucro das grandes empresas de cinema. Dentre os artistas que vieram a público falar sobre esse problema, está Susan Sarandon, afirmando que a inteligência artificial poderia fazê-la “dizer ou fazer coisas das quais eu não tenho escolha”.


O deepfake de Carrie Fisher, que foi ressucitada digitalmente no filme “Rogue One”. (Foto: Reprodução/Lucas Films)


No entanto, esta não é a primeira vez que atores falecidos foram trazidos de volta à vida nas telas do cinema. Carrie Fisher, Harold Ramis e Paul Walker são exemplos de algumas das celebridades de Hollywood que reprisaram seus papéis de maneira póstuma. A cantora brasileira Elis Regina também foi “ressuscitada” recentemente para um anúncio da Volkswagen, onde apareceu fazendo um dueto com sua amada filha, Maria Rita.

Essa tecnologia também não é usada exclusivamente com pessoas mortas, sendo o maior exemplo disso a aparição de Luke Skywalker, protagonista de Star Wars, décadas mais novo durante um episódio da série de TV, Mandalorian.

 

Preocupação causada pela popularização dessa tecnologia

A clonagem digital de James Dean pode representar uma mudança significativa no que é plausível esperar da IA. Seu avatar digital não irá apenas desempenhar um papel em Back to Eden e em outros filmes subsequentes, como também irá interagir com o público em outras plataformas, incluindo realidade aumentada e jogos. 

Isso traz uma preocupação bastante significativa para os atores. Muitos temem que a “ressurreição digital” de seres humanos possa cruzar fronteiras éticas e legais, algo que pode atingir tanto celebridades como cidadãos comuns. Os dubladores, em especial, estão no fronte da discussão e estão trabalhando com associações de atores para formar uma frente unificada para a proteção dos direitos de suas carreiras. 

Foto destaque: Foto do póstumo James Dean, ator que morreu em 1955 por conta de um acidente de carro. Reprodução/Michael Orchs Archives

Explosão em lançamento de foguete da SpaceX causa “devastação ambiental” grave

Apesar de ser conhecida por sua parceria com a NASA e os lançamentos de foguete geralmente muito bem-sucedidos, a SpaceX não está livre de falhas. Em abril deste ano, o fracasso no lançamento do foguete Starship, no extremo sul do Texas, próximo à praia de Boca Chica, causou uma destruição devastadora no meio ambiente, segundo autoridades do Fish and Wildlife Service — agência federal dos EUA, responsável por proteger e preservar a vida selvagem na região afetada. Essas informações constam no relatório da organização enviado para a Bloomberg através da Lei de Acesso à Informação. 

Os danos causados pelo lançamento são preocupantes

Na área danificada pelo lançamento, biólogos encontraram pedaços de concreto e crateras com mais de 30 centímetros de profundidade nas planícies de maré. Segundo a investigação, um conjunto de caranguejos azuis e cerca de sete ovos de codorna foram completamente incinerados pelo foguete. E também, segundo o relatório, uma área de 1.187² metros quadrados do parque estadual do Texas foram queimados como consequência desastrosa da explosão. 

A preocupação que um desastre de tais proporções causa não é novidade. O fato da base de lançamento de foguetes da SpaceX ser localizada próximo à uma área habitada por espécies ameaçadas de extinção, tal como a praia que é conhecida por abrigar ninhos de tartarugas marinhas, já gera preocupações há anos. Ambientalistas até mesmo processaram a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos após o último lançamento realizado pela SpaceX, argumentando que a empresa não mantém as diretrizes de segurança ambiental adequadas. Felizmente, no último lançamento, não foram descobertos danos à qualquer espécie.

SpaceX pode ter encoberto as evidências para evitar repercussões

De acordo com os cientistas envolvidos na análise da região, a investigação também foi dificultada pelo envolvimento da SpaceX. Os profissionais que cuidam da preservação ambiental não tiveram autorização para acessar o local até 48 horas depois do foguete Starship ter sido lançado. Isso sugere que qualquer cadáver animal pode ter sido removido do local, seja por ação humana ou natural, como servido de alimento para predadores da região, antes que os especialistas pudessem analisar e registrar as mortes. 


O foguete Starship da SpaceX (Foto: Reprodução/Darrell Etherington).


Em conclusão, especialistas disseram que parte desse dano ambiental poderia ter sido evitado caso a SpaceX tivesse empregado tecnologias de supressão de incêndio, como um sistema para desviar as chamas ou uma trincheira para a contenção do fogo causado pelo lançamento, conhecidas como práticas comuns na indústria. Desprovida dessas medidas, a Starship criou uma abertura no solo abaixo de si, que resultou na destruição da plataforma de lançamento. 

 

Foto destaque: Logo da SpaceX com foguete sendo lançando ao fundo (Foto: Divulgação/SpaceX).