Sobre Giovanni Saccilotto

Jornalista no site Lorena R7.

Adobe lança Firefly, nova tecnologia de IA generativa para imagens

Há anos consagrada no mercado como uma das maiores desenvolvedoras de software para criação gráfica, a Adobe não pretende deixar a popularidade da inteligência artificial generativa passar batida. Na terça-feira (10), a empresa lançou um software inédito de geração de imagens baseado em IA, com a possibilidade de gerar imagens não apenas baseadas em um prompt textual, mas também através de outras fotos para criar imagens derivativas ao gosto do usuário. Essa novidade, batizada de “Adobe Firefly” pela desenvolvedora, chega em um momento crítico para a empresa, cuja base de clientes foi ameaçada pelo advento de tecnologias como o Midjourney e o Dall-e 2 da OpenAI, responsável por desenvolver o ChatGPT que popularizou a IA generativa. 

Sobre o Firefly

Dotado de recursos semelhantes a outros competidores, mas com algumas melhorias, o Firefly permite que o usuário selecione uma gama de imagens que servirá como base para edições futuras, alimentando o banco de dados da inteligência artificial. As imagens geradas artificialmente também podem ser alteradas através de prompts de texto feitos pelo usuário. 


Interface do Adobe Firefly sendo utilizado para criar uma imagem à partir de um prompt de texto feito pelo usuário (Foto: reprodução/Adobe)


O programa conta com uma gama variada de estilos artísticos que o usuário pode escolher na hora de criar novas imagens. Além disso, para evitar discussões éticas ou legais, a Adobe garante que a base de dados na qual o Firefly foi treinado para aprender a gerar essas imagens é inteiramente de domínio público, prevenindo possíveis discussões em tribunal por conta de direitos autorais, problema que muitos aplicativos de imagem geradas por IA estão enfrentando no momento.

Usos para o novo produto

De acordo com Ely Greenfield, diretor de tecnologia para mídias digitais da Adobe, a ideia da empresa é que seus clientes possam utilizar apenas algumas imagens de um produto ou personagem e, com a tecnologia da inteligência artificial generativa, gerar a partir delas centenas ou milhares de outras imagens derivativas para os mais variados propósitos: campanhas de marketing, comerciais, vídeos, divulgação em site e muito mais. 

“Até alguns meses atrás, esse era um processo bem manual, não apenas para tirar as fotos, como também para processá-las”, afirmou o diretor. 

Greenfield espera que uma parcela das fotografias feitas presencialmente se tornem digitais, geradas inteiramente a partir do computador. Mas isso não acaba com o papel da fotografia tradicional, que ainda será utilizada como base para ser editada posteriormente através da tecnologia generativa. 

Tendo sido liberado para usuários empresariais como parte do pacote Adobe Express, o programa já foi utilizado para gerar mais de três bilhões de imagens, segundo dados fornecidos pela Adobe. 

Foto Destaque: David Wadhwani, predisente da unidade de Mídia Digital da Adobe, durante a conferência Adobe Max em Los Angeles. Reprodução/divulgação/Adobe

Mercado Pago alcança o marco de 2,5 milhões de compartilhamento de dados no Open Finance

O Mercado Pago, uma instituição financeira digital ligada ao Mercado Livre, conseguiu alcançar — e ultrapassar — a meta de 2,5 milhões de consentimentos de compartilhamento do Open Finance, segundo dados do Época Negócios. Capitaneado pelo Banco Central, esse sistema é um grande avanço no compartilhamento de informações financeiras e desempenha um papel essencial na concessão de crédito para clientes.

Aprovação dos clientes

Um total de 2,5 milhões de consentimentos significa que os clientes deram autorização ao Mercado Pago, durante o período analisado, para que a organização acessasse suas informações financeiras em outras instituições, permitindo uma análise de crédito mais exata e eficiente por parte do Open Finance. 

Isso é significativo, pois, segundo Patrícia Leal, diretora de inovação em pagamentos do Mercado Pago, cerca de 80% das originações de crédito para vendedores da instituição partem do princípio de que a análise de dados do Open Finance obteve um resultado positivo em relação à confiabilidade do cliente. 


O Open Finance permite que o cliente escolha de qual banco irá tirar o dinheiro para uma transação, sem acessar o aplicativo da conta (Foto: divulgação/Mercado Pago).


Além disso, a diretora foi incisiva ao destacar a utilização de tecnologias modernas para auxiliar o processamento dos dados compartilhados, como Machine Learning e a tão comentada inteligência artificial generativa, que permitem uma maior customização do serviço com base nas necessidades individuais de cada cliente.

“Sempre acreditamos no poder do Open Finance em empoderar financeiramente os brasileiros”, foi o que a diretora afirmou durante entrevista com o Época. Com o auxílio do Open Finance, os clientes da empresa podem ter maior controle sobre seu histórico financeiro e melhores condições de acessar serviços no setor, segundo ela.

Sobre o Open Finance

O Open Finance é uma iniciativa direta do Banco Central do Brasil, com o objetivo de inovar o sistema financeiro, promover a concorrência e melhorar a oferta de produto e de serviços oferecidos pelas empresas participantes. 

Um dos grandes diferenciais dessa iniciativa é o compartilhamento padronizado de dados através do uso de APIs por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central, tudo com a devida permissão do cliente. 

Vale ressaltar que o consentimento oferecido ao Open Finance tem uma validade máxima de apenas 12 meses e precisará ser renovado após esse período. 

 

Foto destaque: Pessoa dando cartão do Mercado Pago para outra. Reprodução/Mercado Pago

Elon Musk enfrenta processo do SEC pela terceira vez em tribunal dos EUA

Mais uma vez de volta ao tribunal, Elon Musk está sendo processado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) por não ter cumprido com uma intimação. Já tem algum tempo que o órgão público está investigando uma possível infração de leis federais por parte do bilionário durante a compra do Twitter/X no ano passado. 

Bilionário não compareceu ao depoimento

O empresário recebeu uma intimação da SEC em meados de maio para prestar depoimento durante uma audição que seria realizada no mês passado, mas ele não compareceu na mesma. A autoridade financeira afirma que precisa do depoimento de Musk para obter informações relevantes à investigação que permanece sem fim definitivo. 

Em uma tentativa de tornar o processo mais conveniente para Musk, o órgão até mesmo ofereceu um local de testemunho próximo da residência do mesmo, no Texas, mas não adiantou. 


Elon Musk comenta a respeito do processo em tuíte, citando uma necessária “ação punitiva contra indivíduos abusando de seus poderes regulatórios para ganho político e pessoal” (Video: reprodução/Twitter/Elon Musk/Mario Nawfal)


Alex Spiro, advogado de Musk no caso, entrou em contato com o The Wall Street Journal para afirmar que “A SEC já recebeu o testemunho do Sr. Musk diversas vezes durante essa investigação equivocada — já chega”

O descumprimento da intimação por parte de Musk é inesperado, tendo em vista que o bilionário já havia concordado em comparecer ao testemunho no Escritório Regional da SEC em São Francisco no dia 15 de setembro, não tendo apresentado nenhuma queixa a respeito do que fora acordado.

Apenas dois dias antes do depoimento agendado é que Musk prestou queixas, informando que não compareceria. Em resposta, a agência financeira deu entrada com o caso em um tribunal federal para examinar as declarações feitas pelo empresário a respeito da transação de ações vinculadas à plataforma X

Musk pode perder desta vez

Não é a primeira vez que Musk recebe uma intimação por parte da SEC, já tendo enfrentado o órgão regulador no tribunal em 2018 e 2019, mas com resoluções relativamente favoráveis ao empresário. Contudo, desta vez, parece que a falta de comprometimento do bilionário pode acabar resultando em uma multa pesada até que o mesmo aceite depor.

De acordo com Stephen Crimmins, ex-advogado de julgamento da SEC, o órgão regulador possui amparo legal para realizar intimações em prol de coletar informações e depoimentos investigativos. O bilionário já havia fornecido alguns documentos e dado depoimento duas vezes em julho, mas ao adquirir novas informações, a SEC intimou Musk a depor novamente, algo que está perfeitamente dentro dos direitos do órgão regulador, segundo o advogado. 

Como Musk está se recusando a cooperar, é possível que o juiz tome o lugar da SEC na nova disputa entre ambas as partes.

Foto destaque: Elon Musk durante conferência de imprensa após lançamento do foguete Falcon 9. Reprodução/AP Photo/John Raoux/Boston.com

Empresas de tecnologia disputam para criar o “iPhone” da IA

Assim como o iPhone revolucionou o setor quando foi lançado em meados dos anos 2000, algumas das maiores empresas de tecnologia esperam revolucionar o mercado com o desenvolvimento de produtos baseados na nova inteligência artificial generativa, que foi popularizada com o lançamento do ChatGPT, pela OpenAI.

Batizado de “Momento iPhone” pelos especialistas do setor, essa busca por inovação promete trazer novidades interessantes ao consumidor, mas nem todos podem estar dispostos a adotar as novidades.

Batalha pela inovação do mercado

Tendo em vista as capacidades da inteligência artificial, muitos especialistas acreditam que a tecnologia de dispositivos pessoais baseados em IA possam substituir os smartphones como dispositivos de uso cotidiano de uma pessoa comum.

De acordo com Brad Stone, autor de livros que abordam a carreira de Jeff Bezos e a Amazon, “Mais de 15 anos após a introdução do iPhone, o ChatGPT e outros serviços de IA generativa podem logo vir a se tornar os pilares de um novo tipo de dispositivo e de uma forma de interação completamente inédita entre humanos e computadores”. 

Dan Ives, analista de tecnologia afiliado à Wedbush Securities, também afirmou durante entrevista com a Insider que as empresas líderes do setor também estão apostando em hardware de IA, pois os dispositivos podem desempenhar um papel importante na evolução da tecnologia.

“Altman, Nadella, Zuckerberg, Cook e Jassy sabem que o hardware será a porta de entrada para os consumidores no mercado de IA”, afirmou.

Para Ives, o software pode ser comparado ao coração e aos pulmões da inteligência artificial, mas o hardware — os dispositivos pelo qual essa inteligência artificial pode operar — são os braços e as pernas. 

Big techs estão trabalhando em grandes novidades

Setembro ficou marcado como um mês importante para as grandes empresas de tecnologia, contando com novidades vindas da Apple — que revelou seu novo iPhone durante conferência no dia 12 — e a Meta, que finalmente demonstrou ao público a última geração de smart glasses da empresa. Inteiramente desenvolvido com base na tecnologia de inteligência artificial, os óculos contam com um assistente próprio que pode conversar com o usuário e responder perguntas. 

Outros exemplos da tecnologia sendo integrada a dispositivos próprios são os broches de IA desenvolvidos pela startup Humane, inicialmente apresentados durante um desfile da Paris Fashion Week.

O dispositivo, que conta com câmera e alto-falante próprio, conta com inúmeras funcionalidades úteis, mas minimalistas, que não requerem o uso de um celular. Como, por exemplo, exibir na mão do usuário através de uma projeção os detalhes de uma ligação de celular, ou realizar a tradução de frases em inglês para o francês. 


Modelos utilizando os novos dispositivos de IA feitos pela Humane durante a Paris Fashion Week de 2023 (Foto: Reprodução/Getty Images/Victor Virgile).


Imran Chaudhri, co-fundador da Humane, tem o objetivo de criar um dispositivo discreto e prático de ser utilizado, potencialmente reinventando as interações que os seres humanos têm com a tecnologia. 

“Por que se atrapalhar todo para pegar o celular quando você pode só utilizar um pequeno dispositivo para responder suas perguntas?” Chaudhri afirmou durante sua presença no TedX.

Novo modelo de tecnologia pode não decolar

É difícil dizer se a integração da inteligência artificial será bem-sucedida a longo prazo. Para alguns, separar o consumidor de seu smartphone parece ser uma tarefa dura e, francamente, quase impossível. 

“Eu não acredito que essa categoria separada de dispositivos de IA persistirá a longo prazo”, disse Thomas Haigh, professor na Universidade de Wisconsin-Milwaukee responsável por pesquisar a história da tecnologia.

Em entrevista para a Insider, ele argumentou que a inteligência artificial nada mais é que uma “marca”, uma jogada de marketing, que empresas historicamente usaram como forma de ganhar dinheiro e fazer pesquisas. E, no mercado atual, é bem mais provável que os usuários de iPhone simplesmente continuem a usar o aparelho enquanto a Apple desenvolve novas versões do celular com IA embutida. 


Thomas Haigh, professor de história da tecnologia na UWM ao lado de computadores antigos (Foto: Reprodução/UWM Photo/Troye Fox).


E, apesar de todas as capacidades impressionantes da inteligência artificial, Haigh acredita que para o consumidor médio, é muito mais fácil simplesmente utilizar um smartphone comum e que, portanto, pode levar um tempo para os novos dispositivos de IA ganharem popularidade.

Ao que tudo indica, é capaz que a popularidade do smartphone como tecnologia dominante no mercado persista por mais uma década.

Foto destaque: Celular com o aplicativo do ChatGPT prestes a ser instalado. Reprodução/Getty Images/NurPhoto

Busca por cancelamento de assinatura da Netflix aumenta em 78%, segundo estudo

Uma pesquisa recente feita pela agência brasileira de inteligência Tunad revelou que as buscas por cancelamento de assinatura da Netflix cresceram 78% após o serviço de streaming revelar que o compartilhamento de senhas passaria a ser limitado, com uma taxa extra de R$ 13 por usuário adicional.

Entenda o que motivou as restrições

A medida foi tomada inicialmente como forma de ampliar os lucros do serviço, que passa por dificuldades financeiras há algum tempo, além de fidelizar a base de usuários atual. 

Não é um movimento inesperado, tendo em vista que a gigante vermelha já vem precisando inovar e mudar sua estratégia de mercado desde o surgimento de outros serviços de streaming. A empresa também é conhecida por cancelar prematuramente séries que não estão fazendo o sucesso de audiência esperado, de forma a cortar os custos de produção.

Análise do mercado brasileiro de streaming

O estudo da Tunad não foi feito inteiramente em cima da Netflix, abrangendo também outros serviços de streaming que oferecem seus serviços aqui no Brasil, como a Amazon Prime Video e o Globoplay. A partir de uma análise de mercado, chegou-se à conclusão de que sempre que um desses serviços anuncia um aumento de preços, um número proporcionalmente maior de pessoas começa a cancelar suas assinaturas em resposta. 


Homem segurando controle enquanto se prepara para assistir um filme na Netflix (Foto: reprodução/afra32/Pixabay)


O Globoplay, por exemplo, anunciou um reajuste em sua assinatura em janeiro de 2023, que resultou em um aumento de 26% sobre pesquisas de como cancelar o serviço. Na mesma época, por outro lado, o Prime Video experienciou uma queda de 42% e a Netflix um aumento de apenas 3%. 

Mas alguns meses depois, quando a Netflix anunciou em maio que cobraria uma taxa adicional por usuários compartilhando a mesma conta na plataforma, o aumento nas buscas por cancelamento aumentou drasticamente. O Prime Video, que na época também havia anunciado um novo reajuste de preços, viu um aumento de 65% nas buscas por cancelamento, enquanto o Globoplay apresentou uma queda de 7%. 

Amplas opções pode ser a causa

Enquanto uma ampla variedade de opções pode ser positivo para o consumidor, tendo em mente que a competitividade gera excelência e estimula as empresas a oferecerem serviços cada vez melhores, nem sempre isso é algo positivo. 

Segundo Ricardo Monteiro, COO da Tunad, o aumento recorrente nas pesquisas por cancelamento de assinatura está enraizado na ampla diversidade de plataformas que existem hoje em dia. 

“O brasileiro médio não consegue sustentar mais do que dois a três serviços de streaming simultaneamente”, afirmou. Portanto, o aumento nos custos do serviço pode gerar churn — métrica que mostra o número de clientes que cancelam um serviço em determinado período de tempo —, por conta das condições financeiras do país. 

Esse problema se torna ainda mais exacerbado em nossa realidade atual, onde filmes, séries, documentários e desenhos estão espalhados entre as diversas plataformas que existem, diferente da consolidação anterior apresentada pela Netflix.

 

Foto destaque: Escritório da Netflix em Los Angeles. Reprodução/Unsplash/Cameron Venti

Banco do Brasil e Nubank são opções premium para investidores, diz Itaú BBA

Através dos resultados de uma análise de mercado recente, o Itaú BBA novamente reiterou sua afirmação anterior de que o Banco do Brasil (BBAS3) continua sendo a escolha premium, dentre os grandes bancos no país, para investidores. 

Banco do Brasil tem grande potencial

Segundo especialistas, as ações do banco possuem um potencial de crescimento significativo, com uma valorização esperada de aproximadamente 26% em cima da cotação atual, que figura na casa dos R$ 49 na data de publicação desta matéria.

“O Banco do Brasil é o ativo em que enxergamos maior valorização positiva na assimetria e no risco ascendente para as estimativas do consenso do mercado”, afirmou a casa. A carteira de empréstimos e o crescimento do NII do Banco do Brasil também devem se destacar como diferenciais positivos em relação aos outros grandes bancos de 2024 em diante. 


Gráfico com a valorização anual das ações do Banco do Brasil (Foto: reprodução/Google Finanças)


Em comparação ao Nubank, que também é visto como uma das opções mais valorizadas do mercado atual, os especialistas do Itaú BBA consideram o Banco do Brasil uma ótima opção “conservadora”, em um momento em que o ciclo de inadimplência no varejo está mais favorável, apresentando um maior potencial de lucro. Os analistas estão positivos de que o setor irá experienciar números mais positivos no próximo ano. 

Por fim, a casa também ressaltou que, embora as ações do BBAS3 tenham demonstrado queda de 0,23% nos últimos 30 dias, elas ainda acumulam uma alta de 41% desde o início do ano. Estima-se que o Banco do Brasil irá acumular R$ 125 bilhões em receita em 2023, com uma projeção de R$ 138 bilhões no próximo ano, cum lucro estimado de R$ 38 milhões. 

Nubank também chama atenção

Dentre os grandes bancos do mercado, não é apenas o Banco do Brasil que está se destacando no olhar dos especialistas. O Nubank, segundo os especialistas do Itaú, é uma ótima pedida para os investidores que “buscam crescimento”

Na análise mais recente, a casa destacou um crescimento dinâmico e de curto prazo nos lucros do Nubank, com uma projeção de US$ 2,2 bilhões em lucro na projeção para 2024 em relação ao US$ 0,94 bilhão esperado este ano. 


Gráfico com o crescimento experienciado pelo Nubank no último mês (Foto: reprodução/Google Finanças).


O Nubank também deve encerrar o ano fiscal com cerca de 91 milhões de clientes, com a possibilidade de crescer até 102 milhões em 2024. As ações do Nubank também apresentaram um aumento de 2,8% nos últimos 30 dias, acumulando um total de 96% de avanço em 2023. 

Segundo o BBA, é esperado que o próximo ano seja marcado pela resolução de políticas regulatórias, favorecendo uma alta crescente nos lucros e, portanto, nas ações dos bancos analisados pelos especialistas. 

Ainda está cedo para ter certeza do resultado, mas a casa acredita que é uma boa oportunidade para os investidores de médio prazo adquirirem novas ações com bom potencial de crescimento.

Foto Destaque: Fachada do Banco do Brasil na avenida Paulista, São Paulo. Reprodução/Folhapress/Bruno Santos.

Meta anuncia nova onda de demissões, desta vez no setor responsável pelo Metaverso

O último ano tem sido conturbado para funcionários da Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram. Apesar de seus planos de expansão, mais de 20 mil funcionários em contrato assinado com a empresa foram demitidos desde 2022, com a última rodada de desligamentos tendo ocorrido em maio deste ano. Mas, conforme o CEO e fundador da empresa Mark Zuckerberg já havia anunciado, a Meta ainda tinha planos para demitir mais funcionários em busca de eficiência. 

Onda de demissões pode afetar o Metaverso

Desta vez, a divisão que entrará para o corte é a Reality Labs, que é focada no desenvolvimento do metaverso e na criação de silício personalizado. Segundo informações fornecidas pela Reuters, os funcionários da Meta foram informados dessa nova onda de demissões em massa através de uma publicação em um fórum de discussão interno da empresa. 

Ainda não há informações concretas a respeito do escopo dos cortes, mas segundo uma das fontes da Reuters, a publicação feita por meio da Workplace — que é o fórum privado da empresa — serão informados a respeito do futuro dos mesmos na Meta até quinta-feira (05). 

Essa onda de demissões pode ser fonte de preocupação para os futuros planos de Zuckerberg, que almeja construir um mercado de produtos de realidade virtual e aumentada para dar acesso a um mundo interconectado e digital conhecido batizado de “metaverso”. Isso ocorre pois a unidade afetada pelas demissões, a Facebook Agile Silicon Team (FAST), é responsável pela produção de chips personalizados que são utilizados nos produtos de realidade mista da empresa. 

Cortes já eram esperados por especialistas

Aos profissionais do setor, essa onda de demissões já era esperada a partir de planos para reestruturar a FAST desde o outono, quando a Meta contratou um novo executivo-chefe para liderar a unidade. 

Em um mercado tão competitivo quanto a indústria de microprocessadores, a Meta está tendo dificuldades em competir com fornecedores externos, como a Qualcomm, na produção de chipsets para seus produtos. Seja no setor de realidade virtual ou de inteligência artificial, a empresa está cada vez mais utilizando componentes terceirizados por conta dos custos e da discrepância na qualidade dos microprocessadores. 


Zuckerberg, em transmissão ao vivo durante o Meta Connect, revelando a nova versão do headset de realidade mista da empresa (Foto: Reprodução/Meta)


Esses chips são usados em produtos como o Quest, uma linha de headsets de realidade mista que mescla realidade virtual com realidade aumentada e os smart glasses que a empresa produz em parceria com a EssilorLuxottica, capaz de fazer transmissões de vídeo em tempo real e auxiliar o usuário com a nova assistente de IA generativa. 

Até o presente, a Meta ainda não se pronunciou a respeito da onda de desligamentos em massa ou seus planos para o futuro, mas é improvável que a empresa tenha desistido do metaverso, tendo em vista as ambições de Zuckerberg.

 

Foto destaque: Fachada do escritório da Meta em Londres, Inglaterra. Reprodução/Shutterstock/askarim

Intel anuncia IPO de linha de produção de chips para 2024

Com intenção de capitalizar no mercado cada vez mais lucrativo de chipsets, a fabricante de chips norte-americana Intel divulgou em nota que pretende transformar sua unidade de produção de microprocessadores em um braço independente da empresa a partir de janeiro de 2024. 

Diversidade na linha de produção

Segundo o porta-voz, a empresa de tecnologia pretende abrir uma oferta pública de ações (IPO) nos próximos dois a três anos.

A linha de chips produzidos pela intel, que podem ser reprogramados após saírem da linha de produção, são componentes essenciais para o funcionamento de diversas tecnologias modernas, dentre elas a inteligência artificial generativa, que captou uma grande fatia do mercado nos últimos meses após um surto de desenvolvimento astronômico cabeceado por empresas como a OpenAI, Alphabet e Microsoft. 

O nome da divisão que conquistará um espaço independente no mercado é o Programmable Solutions Group (PSG), que foi inicialmente comprado da Altera em 2015 por uma soma de aproximadamente US$ 17 bilhões. Sandra Rivera, que já trabalha com a companhia há anos, será a líder do projeto. 

CEO da Intel explica a novidade

“Nossa intenção ao estabelecer o PSG como um negócio independente e ir atrás de um IPO é outro exemplo de como estamos consistentemente agregando valor aos nossos acionistas”, afirmou Pat Gelsinger, CEO da Intel.

De acordo com o empresário, esse movimento vai dar ao PSG a autonomia que o grupo precisa para continuar crescendo no mercado, diferenciando-se do IFS — outra unidade produtora de chips da Intel — em capacidade e foco de manufatura, portanto permitindo que as equipes de produto da Intel possam focar mais em uma estratégia de longo prazo para a empresa. 


Patrick Gelsinger, CEO da Intel (Foto: divulgação/Intel/Linkedin)


Pat Gelsinger já é conhecido na empresa por buscar formas de simplificar a estrutura corporativa da Intel, além de levantar capital para planos de expansão.

O anúncio foi bem-sucedido para a empresa, cujas ações apresentaram uma alta de 0.5% no começo desta quarta-feira, posicionando-a com um ganho total de 8.4% nos últimos seis meses. Espera-se que esse número cresça à medida que a fabricante de chips revelar mais detalhes a respeito de seus planos de expansão.

 

Foto destaque: Representação gráfica de um chipset em cima de uma placa-mãe. Reprodução/Intel

Veja quais são os 10 bilionários mais ricos do mundo em nova lista

Neste domingo (1), a Forbes liberou uma lista com os bilionários mais ricos da atualidade, conforme ranqueado pelos dados coletados pelos especialistas da revista estadunidense. Todos os anos, ela analisa o valor de mercado de grandes empresários, atores de cinema, atletas e outras pessoas notáveis para determinar quem são os mais ricos e cujos ativos e patrimônios estão mais valorizados no mercado atual. Nesta matéria, iremos abordar e conhecer melhor dez desses indivíduos.

E como é de se esperar em um mundo tão conectado pela tecnologia, uma grande parcela desses indivíduos são empresários ligados ao setor de tecnologia e internet, contando com nomes renomados na área como Bill Gates, Mark Zuckerberg e Elon Musk.

 

Bilionários no mercado

Se alguns séculos atrás os homens e mulheres mais poderosos do mundo eram membros da realeza ou grandes comandantes militares, hoje as pessoas que ocupam esse posto são os donos de grandes empresas multinacionais, responsáveis por gerar e movimentar enormes quantias de dinheiro no mercado todos os anos.

Os bilionários já fazem parte de praticamente todos os setores do mercado, desde medicina ao entretenimento. As indústrias automobilísticas, alimentícias, tecnológicas, entre outras, praticamente todas elas contam com o investimento de uma pessoa cujos ativos podem ser estimados na casa dos bilhões de dólares.

Alguns desses indivíduos já são conhecidos pelo público, como é o caso de Jeff Bezos, fundador e dono da Amazon. Mas, conforme mostra a lista anualmente preparada pela equipe da Forbes, existem mais de 2 mil indivíduos que podem ser categorizados como bilionários.

Não se engane ao pensar que a riqueza desses empresários está simplesmente parada em um banco, rendendo uma pequena porcentagem de juros todos os meses. Longe disso, na verdade. O dinheiro desses indivíduos está constantemente sendo investido em ações de inúmeras empresas espalhadas ao redor do globo, muitas vezes fundadas por eles próprios. Isso significa que os ativos de um homem como Jeff Bezos, por exemplo, flutua constantemente e está à mercê dos caprichos do mercado sempre tão volátil. Ao mesmo tempo que isso apresenta riscos, é possível capitalizar essa flutuações para gerar ainda mais dinheiro. 

É o caso de Elon Musk, dono da SpaceX, que atualmente figura em primeiro lugar na lista das pessoas mais ricas do mundo após ter superado Bernard Arnault, devido a flutuações do mercado e a valorização de investimentos no setor tecnológico.

 

10 pessoas mais ricas da atualidade

Tal como a Bloomberg, a Forbes é uma das agências de notícias mais experientes quanto a coleta de informações a respeito do mercado financeiro. Todos os anos, os especialistas da revista coletam dados a respeito dos homens e mulheres mais ricos da atualizado, categorizando-os em um ranking. Neste ano, 2.640 pessoas entraram para a lista, todas com patrimônio líquido acima de 1 bilhão de dólares. Para esta matéria e, baseando-se nos dados oferecidos pela Forbes, separamos apenas as 10 pessoas mais ricas do mundo, com algumas informações interessantes a respeito delas.

 

1. Elon Musk

O primeiro lugar vai para o norte-americano fundador da Tesla e o empresário que recentemente comprou o Twitter. Com um patrimônio de quase US$ 252,6 bilhões aos 52 anos de idade, grande parte de seu dinheiro vêm da Tesla, empresa de carros de luxo, e da SpaceX, que está em parceria com a Nasa e outras agências espaciais para mandar foguetes ao espaço.


Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX (Foto: reprodução/Getty Images/Nathan Howard)


2. Bernard Arnault

Arnault figurava como a pessoa mais rica do mundo em 2023 antes de ser recentemente superado por Elon Musk. De nacionalidade francesa, têm um patrimônio líquido de US$ 187 bilhões aos 74 anos de idade, sendo dono da maior empresa de artigos de luxo no mundo, a LVMH.


Bernard Arnault durante entrevista (Foto: reprodução/Getty Images/Chesnot)


3. Jeff Bezos

Conhecido por ser dono da Amazon, o norte-americano Jeff Bezos tem um patrimônio líquido de US$ 150 bilhões aos 59 anos de idade.


Jeff Bezos durante evento em Washington (Foto: reprodução/REUTERS/Clodagh Kilcoyne)


4. Larry Ellison

Dono da empresa norte-americana de tecnologia e informação Oracle, Ellison tem um patrimônio de US$ 135 bilhões aos 78 anos de idade. 


Ellison em entrevista ao Associated Press (Foto: reprodução/Associated Press/Eric Risberg)


5. Warren Buffett

Aos 93 anos de idade, Buffett é o dono e fundador do conglomerado Berkshire Hathaway, que possui participações majoritárias em diversas empresas de setores diferentes, como seguros, ferrovias, serviços públicos, manufatura e varejo. Seu patrimônio líquido é de US$ 117 bilhões. 


Buffett durante entrevista à Reuters (Foto: reprodução/REUTERS/Rick Wilking)


6. Larry Page

Um dos co-fundadores do Google, que agora é administrado pelo conglomerado Alphabet, Page tem um patrimônio líquido de US$ 110 bilhões aos 50 anos de idade, figurando como um dos empresários mais influentes no setor de tecnologia mundial. 


Larry Page, um dos co-fundadores do Google (Foto: reprodução/Getty Images/AFP)


7. Bill Gates

O conhecido dono da Microsoft, que é indiscutivelmente uma das empresas mais importantes no mercado de software. Aos 67 anos de idade, o filantropo tem um patrimônio líquido de US$ 108 bilhões. 


Bill Gates fundou a Microsoft junto de Paul Allen, que já veio a falecer (Foto: reprodução/Shutterstock/Paolo Bona)


8. Mark Zuckerberg

O dono do Facebook e da empresa agora conhecida como Meta, aos 39 anos de idade, é um dos homens mais poderosos do mundo. Com um patrimônio de US$ 106 bilhões, é possível que Zuckerberg até mesmo alcance posições mais altas na lista, já que a Meta atualmente está fazendo grandes investimentos na tecnologia emergente do metaverso e da inteligência artificial. 


Mark Zuckerberg, dono do Facebook, atualmente está investindo pesado na tecnologia do metaverso (Foto: reprodução/Getty Images/Drew Angerer)


9. Sergey Brin 

Junto do empresário Larry Page, Brin é um dos cofundadores do Google, tendo um patrimônio líquido de US$ 105 bilhões aos 50 anos de idade.


Sergey ao ser entrevistado pela Reuters (Foto: reprodução/REUTERS/Rubens Sprich).


10. Steve Ballmer

Em último lugar está o antigo presidente executivo da Microsoft, Steve Ballmer. Aos 67 anos de idade e com um patrimônio líquido de US$ 97 bilhões, grande parte de sua riqueza atual vêm de investimentos feitos ao longo dos anos. Ballmer, por exemplo, comprou em 2014 a franquia da NBA Los Angeles Clippers, um time de basquete da Califórnia.


Steve em foto de divulgação da empresa fundada junto com sua esposa, Connie Ballmer (Foto: divulgação/Ballmer Group)


Esta lista, que foi montada pelos profissionais da Forbes, está em constante mudança de acordo com a flutuação dos ativos do mercado. Portanto, é provável que algumas das posições acabem mudando daqui alguns meses, principalmente tendo em vista a promissora corrida tecnológica que estamos vivenciando.

 

Foto destaque: Logo da Meta, empresa fundada por Mark Zuckerberg. Reprodução/Getty Images/Chesnot

Saiba como a inteligência artificial e os robôs auxiliam em cirurgias complexas

A necessidade de cirurgia para cuidar de casos mais extremos existe desde que a medicina foi inventada como prática, séculos atrás. Desprovidos da praticidade de equipamentos e métodos modernos, os cirurgiões muitas vezes eram temidos por seus pacientes, pois a taxa de mortalidade nesses procedimentos era invariavelmente alta. Caso um indivíduo estivesse sofrendo com uma ferida muito profunda na perna, por exemplo, ela provavelmente seria amputada — sem o uso de anestésicos, salvo pela ocasional prescrição de opióides para ajudá-lo a lidar com a dor. Entretanto, essa não era a pior parte. 

Casos como esse geralmente resultavam na morte do paciente em razão das inúmeras complicações que apareciam após um procedimento que, muitas vezes, era realizado de maneira barbárica e não-profissional para nossos padrões atuais. 

Nós, que vivemos em uma época tão moderna, não precisamos mais nos preocupar com isso na maioria dos casos. Médicos e cirurgiões agora contam com o auxílio de máquinas especializadas, incrivelmente precisas, para ajudá-los durante as operações. Isso, além de auxiliar a diminuir a taxa de complicações advindas de cirurgias, também possibilita que procedimentos delicados demais para mãos humanas sejam realizados de forma bem-sucedida. Alguns procedimentos até mesmo utilizam inteligência artificial para cuidar dos detalhes mais delicados, diminuindo os riscos e a probabilidade de falha.

Inteligência artificial auxilia em cirurgia de artéria

Esse é o caso de Boas Alberto Carrella, cuja luta constante contra um problema de coração foi televisionada pelo Globo Repórter na última sexta-feira (29). O aposentado de 56 anos já sofreu seis infartos e uma parada cardíaca e, em decorrência disso, precisou colocar sete stents no coração através de cirurgia, para abrir passagem nas artérias bloqueadas e permitir que o sangue flua mais livremente. Em sua última cirurgia, que ocorreu no Instituto do Coração em São Paulo, os médicos precisaram usar técnicas modernas para auxiliá-lo. 

Ao monitorar o coração de Carrella por meio de aparelhos, os médicos realizaram uma radiografia em tempo real, junto de uma tomografia de coerência óptica. Através disso, os profissionais conseguiram enxergar a artéria por dentro, em uma resolução microscópica. E com a ajuda de um algoritmo de inteligência artificial, eles puderam determinar precisamente a localização da obstrução na artéria, a gravidade do problema e se ela já estava calcificada. 

Conforme explica um dos profissionais do Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia do InCor, Carlos Campos, em “casos mais complexos é possível reduzir até 40% a chance de novos eventos, dentre eles a possibilidade do paciente vir a falecer, sofrer com um infarto ou necessitar de outra angioplastia futuramente”.

Cirurgia de próstata feita por robô 

Outro brasileiro que se beneficiou com os avanços na tecnologia foi Edson Kohan Kamia, que foi diagnosticado com um tumor cancerígeno em sua próstata, felizmente ainda em fase inicial. Com isso, os profissionais do Hospital Albert Einstein conseguiram tratá-lo antes que mais complicações surgissem, mas de uma forma bastante moderna. 


Cirurgião utilizando robô para realizar um procedimento médico (Foto: Reprodução/Santa Casa dos Santos)


A cirurgia foi realizada com o auxílio de um robô com braços mecânicos capaz de segurar equipamentos médicos e equipado com microcâmeras. O robô ainda não consegue atuar de forma automática e precisa ser operado por um cirurgião através de um máquina feita justamente para isso. Ariê Carneiro foi o profissional que comandou a cirurgia. Segundo ele, “a cirurgia robótica já é bem estabelecida no tratamento do câncer de próstata. Há cerca de 90% de chance de ser curado apenas com esse procedimento, sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia”

O procedimento, que é minimamente invasivo e praticamente não deixa sequelas no paciente, demonstra como o avanço da tecnologia é importante para curar doenças e realizar operações tão delicadas. Antes, um câncer que seria visto como impossível de ser curado, agora pode ser tratado através da combinação do expertise de profissionais treinados e o auxílio de máquinas, inteligência artificial e procedimentos modernos.

 

Foto destaque: Maquinário utilizado durante a cirurgia para tratar câncer de próstata. Reprodução/Universidade Jean Piaget