Sobre Giovanni Saccilotto

Jornalista no site Lorena R7.

Sam Altman, CEO da OpenAI, é demitido e Elon Musk defende a decisão

A demissão de Sam Altman, então CEO da OpenAI, na última sexta-feira (17) foi um baque chocante tanto para investidores quanto para alguns dos executivos da empresa, que não haviam antecipado esse movimento por parte da diretoria.

E, de fato, não foram apenas eles que ficaram perturbados com a notícia: usuários do ChatGPT e entusiastas de inteligência artificial que acompanham a trajetória da criadora do famoso chatbot também ficaram atônitos com esse acontecimento, inundando as redes sociais com protestos e reclamações a respeito da demissão que, até o momento, parece ser infundada aos olhos do público. 

Demissão de Altman foi inesperada 

A OpenAI foi originalmente fundada por uma equipe composta de diversos nomes importantes no setor tecnológico, dentre eles, Elon Musk e Sam Altman, com o propósito de desenvolver e aprimorar a inteligência artificial como forma de beneficiar a humanidade.

De início, a iniciativa se tratava de uma organização onde o lucro não era o foco principal, mas sim os meios para um fim: tornar a IA uma extensão das vontades e desejos humanos, distribuindo e a desenvolvendo de maneira livre, ampla e com o maior nível de segurança possível, conforme está descrito no comunicado da empresa publicado em 2015.

Com uma iniciativa justa e um futuro promissor pela frente, já que a empresa contava com o financiamento do bilionário Elon Musk, a OpenAI fincou raízes no mercado e logo começou a desenvolver novas tecnologias baseadas na inteligência artificial generativa, mas não demorou muito para que desentendimentos começassem a ocorrer entre os membros da alta cúpula da empresa.

Por conta de desavenças e conflitos quanto a maneira mais apropriada de aplicar a tecnologia no futuro, Musk veio a deixar a empresa em 2018, cortando seu financiamento e deixando a OpenAI em uma posição desastrosa. 

Altman, atuando como cabeça da organização, abriu a OpenAI para investimentos externos, já que as empresas de big tech já estavam interessadas pela tecnologia desde aquela época; o ex-CEO, portanto, aproveitou-se da situação para abrir uma subsidiária da empresa voltada ao lucro, que serviria para arrecadar o dinheiro necessário para o desenvolvimento continuado da tecnologia. O empresário também estabeleceu uma série de restrições nessa iniciativa, para evitar que os fundos dos investidores fossem utilizados de maneira errônea. 


 Altman em postagem no X, antigo Twitter (Foto: reprodução/X/@sama)


E, portanto, foi nesse cenário que a OpenAI encontrou grande sucesso no mercado, até culminar no lançamento do ChatGPT e seu modelo de linguagem revolucionário, tão bem-sucedido que atraiu o interesse da Microsoft. A gigante de tecnologia acabou investindo uma soma multibilionária na empresa ainda no começo de 2023, após passar anos acompanhando e realizando investimentos menores na organização. Tudo, claro, em prol de competir com a Alphabet, que também está profundamente envolvida na corrida pelo desenvolvimento da IA. 

Esse histórico “impecável” de vitórias para a empresa é justamente o que tornou sua demissão tão inesperada. Mas, conforme divulgado ao público, a justificativa aparenta ser tão altruísta quanto a motivação que culminou na gênese da empresa: uma parte da diretoria da OpenAI estava preocupada com os planos de expansão de Altman, argumentando que a possibilidade da IA amplamente disponível ser utilizada para o mal é um perigo real para a humanidade.

Elon Musk concorda com a decisão 

Apesar de ter se afastado da empresa que ajudou a criar, Musk ainda permanece atento às notícias da organização. Em postagens recentes feitas por sua conta pessoal na rede social X, antigo Twitter, o bilionário concordou com o posicionamento de Ilya Sutskever, cientista-chefe da OpenAI, principal responsável pela demissão de Sam Altman. 

De acordo com o empresário, Sutskever “não tomaria decisões tão drásticas a menos que as julgasse como estritamente necessárias”.

Em depoimento ao The New York Times, Sutskever também disse que estava preocupado com a falta de atenção de Altman aos perigos que a IA pode trazer para a humanidade ao ser desenvolvida de maneira tão rápida; essa é uma das principais fontes de conflito na diretoria não apenas da OpenAI, como de diversas outras empresas que estão auxiliando no desenvolvimento dessa tecnologia. 

Musk já havia expressado suas preocupações quanto ao futuro da OpenAI muitas vezes no passado, chegando a discordar com as ações de Altman e sua “aparente falta de cuidado para quanto a rápida expansão da empresa”; algumas dessas críticas foram retificadas no podcast de Lex Fridman, no qual ele participou ainda no início do mês. Todavia, Musk permanece cético quanto a liderança de Altman como um todo. 

Com regulamentações ainda sendo estabelecidas nos fóruns da Lei ao redor do globo, pode-se argumentar que o potencial da IA generativa é extremamente problemático e pode ocasionar em um grande desastre no futuro, caso não seja controlada de maneira cuidadosa. 

Após a saída de Sam Altman, Emmett Shear, ex-CEO da Twitch foi nomeado para o cargo antes ocupado pelo cofundador da empresa, que agora irá trabalhar na Microsoft como parte da equipe de desenvolvimento de IA da big tech

Por enquanto, a Microsoft ainda não deu sinais de que pretende cortar seus laços com a OpenAI, apesar do conflito de interesses.

Foto destaque: Elon Musk e Sam Altman durante entrevista conjunta (Reprodução/Getty Images/Michael Kovac/Vanity Fair)

Nubank introduzirá mais 5 moedas ao seu portfólio de cripto até fim de novembro

O Nubank, que nasceu como uma plataforma de serviços financeiros inteiramente digital para facilitar a vida do consumidor, não demorou em aderir ao mercado de criptomoedas. Lançado há mais de 1 ano, o Nubank Cripto voltou a inovar no mercado ao anunciar, nesta sexta-feira (17), que mais 5 moedas virtuais se juntarão ao catálogo da plataforma, totalizando 14 opções distintas para os clientes. 

Novas moedas

Segundo o anúncio oficial da plataforma, as novas opções de criptomoedas devem ser disponibilizadas gradualmente até 22 de novembro, permitindo que os clientes comprem, vendam e armazenem a Polkadot (DOT), Avalanche (AVAX), Stella Lumens (XLM), Arbitrum (ARB) e Optimism (OP) em suas carteiras virtuais. Essa expansão é significativa para a NuCripto, que contava com apenas quatro criptomoedas durante seu lançamento: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Polygon (MATIC) e Uniswap (UNI).

Não é surpreendente que, em sua concepção, o portfólio de criptoativos da Nubank era bastante limitado, focado principalmente nas moedas mais populares do mercado e com maior oportunidade de lucro e crescimento. Contudo, como o próprio líder da divisão de Cripto da Nubank, Thomaz Fortes, comentou, é imperativo que a plataforma continue a expandir e diversificar as opções que fornecem aos seus clientes. 


Variação no valor das três moedas mais populares a serem adicionadas pela NuCripto, segundo dados da InfoMoney (Foto: Reprodução/InfoMoney)


Sendo um mercado tão volátil, já é esperado pelos especialistas do setor que determinadas moedas acabem desvalorizando de maneira repentina; é um problema real e que pode ocasionar na perda de milhões de dólares aos investidores, como aconteceu com a falência da FTX em 2022. Fornecer aos seus clientes uma oportunidade de diversificar seus investimentos nessas moedas digitais é, portanto, praticamente indispensável. 

Promoção de lançamento 

Outra novidade importante é que além da integração dessas cinco novas moedas ao portfólio da NuCripto, a empresa também estará fornecendo uma taxa promocional de 0,9% no preço sobre a compra de cada uma delas, sendo que a taxa padrão do mercado flutua na casa dos 1,6%. É uma oportunidade para os investidores de plantão que já estavam procurando adquirir outras moedas além das mais populares e conhecidas e talvez obter um retorno significativo por esse investimento no futuro. 

Entretanto, vale ressaltar que apesar da conveniência e a segurança que a própria plataforma da Nubank oferece — esta que é constantemente aprimorada, como a parceira entre a roxinha e a Fireblocks, plataforma especializada no gerenciamento de criptomoedas —, a própria empresa alerta aos usuários do perigo desse mercado. 

Tratar o mercado de investimentos em criptomoedas com a devida calma e preparação é essencial para o sucesso dos investidores. Aos curiosos, a própria Nubank disponibiliza, em seu site oficial, uma série de artigos abordando o tema, além de dicas e sugestões a respeito de como investir de maneira consciente.

Foto destaque: Smartphone com o aplicativo da Nubank ao lado do cartão do banco digital (Reprodução/Nubank/Canal Tech)

Em parceria com Demi Lovato e outros artistas, YouTube revela nova IA para criação de música

O YouTube anunciou, nesta quinta-feira (16), um novo recurso utilizando inteligência artificial generativa que promete revolucionar o processo criativo tanto para os músicos da plataforma quanto para iniciantes que querem se aprofundar no campo e adquirir mais experiência de um jeito rápido e prático.

Dream Track e suas diretrizes

A novidade foi divulgada através de um post oficial feito pela equipe do YouTube no blog da plataforma, explicando um pouco a respeito do produto e do estrito código de conduta que sua equipe de desenvolvimento está seguindo. Não é a primeira vez que a subsidiária da Google busca abordar o tema da GenAI de maneira cuidadosa, tendo publicado um artigo enumerando os princípios de utilização da IA na criação de música em Agosto deste ano. 

Batizado de Dream Track pela equipe, o novo recurso é uma parceria entre inúmeros artistas e criadores de conteúdo famosos da plataforma e a Lyria, o modelo de linguagem (LLM) especializado na criação de música mais avançada já desenvolvido pelo Google DeepMind. 

De acordo com a publicação oficial, os usuários que tiverem a chance de utilizar o Dream Track poderão criar músicas personalizadas em até 30 segundos através de um simples prompt em texto. Essas músicas poderão ser usadas no Shorts da plataforma, contando também com a voz de cantores parceiros gerada automaticamente através da inteligência artificial. No momento, 9 artistas concordaram em participar da fase de testes, dentre eles: Alec Benjamin, Charlie Puth, Demi Lovato, Charli XCX, John Legend, Papoose, Sia, T-Pain e Troye Sivan. 



Imagem demonstrativa do uso do Dream Track para a criação de músicas através do aplicativo de celular, ainda em fase de testes (Foto: reprodução/Divulgação/YouTube Music)


“O desenvolvimento da tecnologia de IA está mudando subitamente a maneira que interagimos com o cenário e eu acredito que, como artistas, precisamos fazer parte desse processo de formação do futuro”, comentou Demi Lovato a respeito de sua participação no projeto. A cantora está esperançosa a respeito desse experimento em parceria com o Google e o YouTube, afirmando que a experiência promete ser positiva e esclarecedora.

Incubadora musical de IA

O desenvolvimento dessa nova tecnologia ocorre como parte do processo incubatório da tecnologia de IA Musical, que o YouTube criou ainda em Agosto deste ano, quando a GenAI ainda era uma novidade no mercado e inúmeras empresas estavam correndo para aplicar as possibilidades do revolucionário ChatGPT em seus projetos. 

Com a ajuda de artistas, produtores e compositores, o YouTube afirma estar coletando e aplicando o feedback apropriado para criar as melhores experiências possíveis para a comunidade. Essa equipe pioneira que está participando do processo de testes também se destaca por ser bastante entusiasta quanto ao uso das capacidades da inteligência artificial para auxiliar no processo criativo, conforme descrito no comunicado oficial da plataforma.

O objetivo final da subsidiária do Google é desenvolver uma tecnologia que permita a transição de ideias e pensamentos para uma partitura de maneira fluida, utilizando a IA como base para facilitar esse processo. Ao invés de substituir os artistas, a equipe participando dessa incubadora busca auxiliá-los a criar obras musicais ainda melhores, mas sem tanta dor de cabeça, talvez até mesmo integrando a participação de fãs para tornar a relação entre eles e seus artistas favoritos ainda mais próxima, através de ferramentas e experiências interativas. 

A Dream Track, que já está disponível para alguns seletos usuários da plataforma nessa fase inicial, é a primeira parte desse plano, mas não a única. Mais surpresas estão por vir até o fim deste ano e o início de 2024. 

Foto destaque: Demi Lovato em performance durante o VMA de 2023 (Reprodução/Getty Images/Noam Galai/The Hollywood Reporter)

Empresa canadense utiliza IA para eliminar a desigualdade na contratação de Tech

A presença predominantemente masculina nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática não é uma novidade. Trata-se de um mercado que há anos está permeado pela desigualdade de gênero, principalmente entre as grandes empresas de tecnologia. Em um estudo publicado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) esse ano, esclareceu-se que dentre os profissionais dos setores supracitados, apenas 28% são mulheres. E destas, muitas ainda enfrentam uma desigualdade significativa em condições de trabalho e salariais. 

Adeus ao dilema corporativo

Buscando solucionar esse grave problema que ainda atormenta muitas das mulheres interessadas em ingressar no setor, April Hicke e Marissa McNeelands colaboraram para fundar a Toast, empresa de raízes canadenses criada justamente para auxiliar e facilitar a entrada de mulheres no mercado de trabalho dentro do campo tecnológico.

Em entrevista ao Financial Post no começo deste ano, Marissa recorda que ao pedir para que alguns de seus recrutadores indicassem profissionais para o cargo sênior de Gerente de Produtos de Inteligência artificial, mesmo tendo especificado que gostaria de um número igual de candidatos entre homens e mulheres, nenhuma mulher foi indicada ao cargo. Isso foi uma surpresa desagradável para a profissional de tecnologia, que tinha absoluta certeza de que devia haver ao menos algumas profissionais femininas qualificadas para o trabalho. 


Marissa McNeelands à esquerda e April Hicke à direita, revolucionárias canadenses no campo de tecnologia (Foto: reprodução/THE CANADIAN PRESS/HO/Financial Post)


A partir daí, Marissa teve toda a motivação que precisava para tentar tornar a indústria um espaço mais amigável para outras mulheres. Junto da então Diretora de Produtos Digitais April Hicke, ela resolveu fundar a Toast, cujo nome é um “trocadilho com ‘brindar’ a despedida do seu emprego de 9 por 5”, para as profissionais que detestam seus empregos corporativos e buscam se reinventar. 

Desde então, a empresa se mostrou como um sucesso retumbante. Além de estar sendo financiada pelo governo do Canadá, a Toast já conta com a participação de mais de 6 mil mulheres e 70 organizações parceiras em diversos estados do país, como Toronto, Vancouver e Calgary, com planos de expansão futura para os EUA em 2024. 

Sucesso da Toast no mercado

Às mulheres interessadas e que possam pagar pela taxa mensal de US$29 para cobrir os custos da empresa, a Toast oferece uma gama de benefícios: uma comunidade inteiramente feminina focada em tecnologia, workshops digitais, eventos presenciais, oportunidades de emprego e até mesmo aconselhamento jurídico, caso seja necessário. 

Aos empregadores que são justos e oferecem oportunidades competitivas de trabalho para mulheres, a Toast também busca promovê-los, criando um ciclo mutuamente benéfico. 

Além disso, um dos maiores diferenciais da empresa canadense é a forma em que ela busca inovar na busca por funcionários. Através de uma ferramenta de recrutamento criada com inteligência artificial, a Toast busca remover completamente quaisquer preconceitos socioeconômicos ou de gênero no processo, tornando a busca por funcionários mais justa. 

Para as empresas relevantes, ela oferece apenas a experiência, as qualidades e o conhecimento das funcionárias que estão buscando emprego, deixando de lado coisas como nome, empresas em que elas trabalharam anteriormente e até mesmo as faculdades que elas frequentaram. 

O objetivo de Marissa e April é capacitar e tornar a chance de outras mulheres de trabalhar no setor de tecnologia tão grande quanto a de qualquer homem, com as mesmas oportunidades de emprego e salários competitivos.

É uma longa jornada pela frente, principalmente em âmbito global, mas os pequenos passos que ambas as empresárias já deram podem vir a se tornar o ponto de partida para um mercado de trabalho muito mais igualitário e justo. 

Foto destaque: Profissional feminina trabalhando com desenvolvimento de software em frente a um computador. (Reprodução/IMAGO/PantherMedia/Andriy Popov/DW)

Nvidia anuncia novo LLM capaz de prever as mutações do vírus da Covid-19

O portfólio da fabricante de chips gráficos norte-americana, Nvidia, mais uma vez está em processo de expansão por conta do desenvolvimento da inteligência artificial generativa. Através de uma aplicação pioneira da nova tecnologia, a fabricante criou um modelo de linguagem capaz de analisar os dados do vírus SARS-CoV-2 responsável pela Covid-19 e, a partir disso, prever possíveis mutações.

Desenvolvimento do GenSLMs

O novo modelo de linguagem (LLM), chamado GenSLMs, foi criado em um esforço conjunto da fabricante de chips com a Universidade de Chicago e o Argonne National Laboratory. Como toda tecnologia de GenAI, o novo modelo foi treinado através de informações relevantes para seu funcionamento — nesse caso, os dados genômicos do SARS-Cov-2. Mais especificamente, cerca de 110 milhões de genomas foram utilizados durante o período de treinamento, permitindo que o GenSLMs consiga distinguir, classificar e agrupar as sequências de DNA relevantes. 

Através de sua impressionante capacidade para distinguir essas sequências de nucleotídeos que formam a base do DNA e do RNA, o GenSLMs possui um profundo entendimento da relação entre o vírus e suas variações, permitindo que ele preveja futuras derivações do SARS-Cov-2. 


O modelo em 3D das cepas derivadas pelo GenSLMs, com base nas informações genômicas de variações antigas do SARS-Cov-2 (Foto: reprodução/Nvidia/Argonne)


Segundo as informações concedidas em um comunicado oficial da Nvidia, o treinamento parece ter surtido o efeito desejado. Mesmo tendo sido alimentado apenas com as informações do vírus original e de suas respectivas variações Alpha e Beta, o GenSLMs conseguiu analisar e deduzir a existência de outras mutações genéticas presentes em cepas atuais do Covid-19. 

E conforme escreveu Arvind Ramanathan, o Pesquisador-Chefe do projeto e afiliado à Argonne, esse é um resultado que “valida de maneira convincente as capacidades do novo modelo de linguagem”

Impacto das IAs no campo da Genética 

O sucesso do novo modelo de linguagem focado na análise e prevenção do Covid-19 não está sozinho na medicina, compartilhando os holofotes com outras LLMs como a Ankh e o CancerGPT. Em uma era tecnológica de constante desenvolvimento, a presença da IA generativa está começando a alavancar de maneira significativa o progresso da pesquisa genética moderna. 

O maior diferencial dessa tecnologia é a capacidade de analisar e aprender a partir de um conjunto de dados específicos para poder prever e gerar, de maneira consistente, novos dados que são relevantes aos pesquisadores. No campo da genética, por exemplo, isso significa ser capaz de trabalhar com sequências genômicas complexas.

A GenAI chamada Ankh, por exemplo, foi desenvolvida em um esforço colaborativo entre as Universidades de Munique e Columbia para analisar a profunda linguagem das proteínas. Enquanto isso, o CancerGPT foi criado para prever os resultados advindos do tratamento de câncer à base de medicamentos pelas Universidades do Texas e Massachusetts. 

Independentemente de seus respectivos focos, a utilização da tecnologia de IA generativa nesses estudos sinaliza uma importante quebra de paradigma no processamento e derivação de informações. 

Foto destaque: Sede da Nvidia em Santa Clara, no Vale do Silício, Califórnia. (Reprodução/Bloomberg/Philip Pacheco).

Projeção da inflação cai para 4,59% até o fim do ano, segundo Boletim Focus

A projeção do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) sofreu uma queda de 0,04%, sendo reduzida de 4,63% para 4,59% até o fim do ano fiscal, conforme reportou nesta segunda-feira (13) a pesquisa do Boletim Focus, um esforço promovido pelo Banco Central para coletar dados das principais instituições financeiras a respeito da economia, divulgado semanalmente. 

Expectativas do mercado

Nesta semana, a projeção do mercado para 2024 sofreu um leve aumento, passando para 3,92%, um acréscimo de 0,01%. Já para os anos de 2025 e 2026, as expectativas permanecem estáveis em 3,5%.

Segundo o relatório Focus, a expectativa para 2023 está um pouco acima da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,25%, tendo em mente a tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, com uma mínima de 1,75% e uma máxima de 4,75%. 

Apesar das tentativas do Banco Central em permanecer mais ou menos dentro da meta, o relatório da semana passada já havia previsto que a chance do índice do IPCA acabar excedendo o valor estimado era de 67%. Um caso parecido ocorre com a projeção de 2024, que está além da meta prevista de 3%, mas ainda não excedendo a tolerância de 1,5%. 

Muito dessa situação se dá por conta do aumento no preço das passagens aéreas, que foi parcialmente compensado pela redução do preço da gasolina. No momento, 2023 segue com uma inflação acumulada de 3,75%.

Cálculo da projeção anual

Para estabelecer a meta de inflação anual, o Banco Central se baseia principalmente na taxa Selic, atualmente fixada em 12,25% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Apesar de o primeiro semestre ter sido bastante promissor, a desestabilização do mercado ocorrida na segunda metade do ano fez com que a inflação tornasse a subir, obrigando o Banco Central a cortar os juros pela terceira vez seguida só neste semestre. 


Análise da projeção percentual do IPCA, PIB e Selic dos próximos anos (Foto: reprodução/Banco Central do Brasil/Boletim Focus)


Essa já era uma ação esperada pelos economistas, mas os cortes de 0,5% podem não ser sustentáveis a longo prazo, como afirmou o Copom, que pode acabar alterando a frequência no ritmo de cortes caso a situação torne inviável continuar com a redução dos juros. 

Foto Destaque: edifício-sede do Banco Central do Brasil (Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Wil Reynolds ressalta a importância dos chatbots para o setor de Marketing

O RD Summit, conferência promovida pela startup RD Station, concluiu na última quarta-feira (8) com um sucesso retumbante, contando com a participação de mais de 19 mil pessoas. O evento é inteiramente focado nos setores de Marketing, Vendas e Inovação, dando uma importância especial para a utilização da tecnologia no mercado. Este ano, mais de 150 palestrantes marcaram presença nos 3 dias de conferência, dentre eles Wil Reynolds, expert de SEO. 

IA nos algoritmos de busca 

Wil Reynolds, além de apaixonado pelo Brasil, é um importante especialista no setor de SEO (Search Engine Optimization), que são técnicas desenvolvidas justamente para alavancar a visibilidade e popularidade de marcas através de buscadores na web, dentre eles o mais popular e famoso, o Google. 

O CEO da agência Seer Interactive palestrou durante a conferência e compartilhou algumas opiniões e experiências importantes acerca da utilização de inteligência artificial mesclada à análise de dados para revolucionar o marketing em escala global, utilizando anos de experiência no mercado para tentar exemplificar a direção que a otimização dos algoritmos de busca devem sofrer no futuro. 

De acordo com Reynolds, a IA será uma aliada indispensável na otimização de estratégias de marketing daqui pra frente. O mais importante é que empresas não podem depender apenas de suposições e achismo; a utilização de dados empíricos coletados de clientes e do público-alvo é imperativa para o sucesso de qualquer negócio. Pensando nisso, o expert destacou algumas formas em que ele próprio já está aplicando a inteligência artificial para auxiliá-lo em suas tarefas diárias. 


Uma extensão recente criada para usuários do Google Chrome que permite integrar o resultado de mecânismos de buscas com informações fornecidas pelo ChatGPT, um exemplo da evolução da tecnologia de SEO no futuro (Foto: reprodução/ChatGPT Lite)


O empresário discorreu brevemente a respeito de como seu chefe costuma ler relatórios e e-mails pelo celular por conta da praticidade. Mas, por conta da tela comparativamente pequena em relação a um computador, às vezes pode ser difícil peneirar as informações mais importantes em um texto muito extenso. Para resolver isso, ele começou a destacar em negrito as informações que julga serem cruciais para o entendimento dos relatórios, mas não manualmente. Reynolds está utilizando a habilidade de análise de informações da IA para fazer essa edição. 

A utilização de IA para coletar informações relevantes antes de tomar uma decisão importante também é essencial, segundo Reynolds. A aplicação de chatbots nesse campo pode vir a se tornar indispensável no futuro, mas o profissional também ressaltou, durante a palestra, que não se deve esquecer de diversificar os modelos de linguagem aplicados durante as análises. Seja o ChatGPT, o Llama 2 ou o Bard, cada um desses LLM são dotados de suas próprias vantagens e desvantagens. No futuro próximo, um profissional do ramo de SEO e Marketing terá de saber distinguir qual a ferramenta certa para o trabalho. 

Entrevista com a “Rumo Futuro”

Além de seu tempo palestrando durante o RD Summit, o empresário também deu uma entrevista para a Rumo Futuro da Forbes, aprofundando-se um pouco a respeito da utilização de chatbots no mercado. 

Respondendo ao questionamento do entrevistador, Reynolds afirmou que acredita que o ChatGPT irá ocupar uma parcela considerável da porcentagem de buscas realizadas por usuários dentre os próximos cinco a dez anos, ocasionando em uma perda de tráfego de até 30% para empresas focadas em mecanismos de busca. Isso deve acontecer por conta da popularização dos chatbots e conforme as informações contidas no banco de dados desses “assistentes virtuais” forem se tornando mais confiáveis e precisas, a transição acaba sendo inevitável por conta da praticidade e facilidade de acesso. 

O que demandaria inúmeras buscas no cenário atual, pode ser solucionado com um único prompt bem colocado no futuro e, ao invés do usuário precisar acessar diversos sites diferentes para filtrar informações até destilar os dados em um resultado coeso, o chatbot fará isso de maneira automática, desde que as perguntas que lhe forem propostas sejam bem construídas. 

Por outro lado, essa mudança de paradigma não é livre de desvantagens. Reynolds disse, durante a entrevista, que o profissional de marketing naturalmente cria algum atrito para as pessoas e a utilização dos chatbots acaba com esse aspecto da profissão. Essa mudança abrupta pode ocasionar na perda do emprego de muitas pessoas que trabalham com SEO e não forem rápidas o bastante para se adaptar ao clima moderno do mercado, como já ocorreu muitas vezes no passado. 

O futuro dos profissionais de marketing tradicionais pode estar ameaçado, mas não completamente perdido, Reynolds contemplou. No futuro, as empresas precisarão de funcionários que saibam utilizar esses chatbots e que estejam acostumados e familiarizados com os pormenores e pequenos detalhes do algoritmo das LLMs mais famosas e utilizadas. Para que novas marcas, brands e produtos sejam expostas aos usuários curiosos da maneira mais positiva possível, Reynolds afirma que as “relações públicas”, ou PR na sigla em inglês, se tornarão indispensáveis. 

O especialista concluiu a discussão reiterando: a importância dos chatbots e da inteligência artificial no futuro é imensa e os que não se adaptarem, invariavelmente vão ficar para trás.

Foto destaque: Will Reynolds palestrando durante o RD Summit a respeito do uso do ChatGPT no mercado (Reprodução/ND/Rafaella Moraes)

Startup europeia inaugura novo restaurante automatizado em Nova York

Um novo restaurante foi inaugurado em Nova York esta semana, mas com um importante diferencial: ele é totalmente automatizado e integrado com tecnologia de ponta, utilizando os serviços de um novo braço robótico para tornar a experiência mais rápida e prática. O estabelecimento, chamado Better Days, é de propriedade da Remy Robotics, uma startup com raízes europeias que já opera cozinhas robotizadas na Espanha e na França há anos. 

Conveniência vinda da tecnologia 

A proposta por trás do estabelecimento é criar um restaurante que ofereça pratos saudáveis e de qualidade excepcional, mas com a conveniência de um fast food. De acordo com Yegor Traiman, CEO da Remy Robotics, isso era algo praticamente impossível apenas alguns anos atrás, antes da evolução e do desenvolvimento da tecnologia. 

“A inauguração do Better Days em Nova York é apenas o começo, ainda temos que mostrar muitas outras coisas que são possíveis. Nosso objetivo é providenciar refeições boas e a um preço barato, acessível para todos, enquanto criamos melhores oportunidades de trabalho com um ambiente mais agradável para os chefs de cozinha”, afirmou Traiman durante entrevista para o The Spoon, site de notícias focado em gastronomia e alimentação saudável. 

Assistentes robóticos

O objetivo de Traiman, tornar a vida dos Chefs de cozinha menos estressante, é alcançado justamente através da ajuda desses assistentes robóticos. Ao contrário do modelo tradicional de um restaurante, o restaurante da Remy trabalha com um sistema de distribuição bastante engenhoso.

Na cozinha central da empresa, uma equipe de Chefs e assistentes profissionais cuida para preparar os ingredientes de acordo com as especificações da receita. Feito isso, os ingredientes são congelados e embalados de maneira segura, para então serem transportados para as filiais responsáveis por cozinhar e vender as refeições, tal como o Better Days que abriu recentemente.

O estabelecimento de distribuição é equipado com alguns braços robóticos desenvolvidos pela empresa, que são programados para preparar a comida de maneira extremamente precisa. Quando o Better Days recebe um pedido, por exemplo, esses braços robóticos são acionados, pegando uma das refeições congeladas para colocá-la no forno, onde será cozida na temperatura exata. 


Os braços robóticos responsáveis por realizar o cozimento das refeições no Better Days (Foto: reprodução/Remy Robotics)


A precisão do robô é baseada em uma série de sensores que consegue controlar a qualidade da comida monitorando a temperatura interna dos ingredientes, usando uma escala para calcular a redução de umidade. De acordo com a companhia, o sistema de cozimento é tão preciso que os sensores também levam em consideração quanto tempo a comida irá demorar para ser consumida, com base no pedido do cliente e a localização do mesmo, assegurando que a mesma sempre esteja quente ao chegar nas mãos do destinatário.

Futuro da empresa 

O Better Days é categorizado como um restaurante pela Remy, mas no momento está trabalhando apenas como um serviço de entregas virtual através de aplicativos como o Grubhub, Uber Eats, Door Dash e o próprio aplicativo da empresa. Há planos futuros de expansão, mas ainda não está certo se a Remy pretende empregar um modelo mais “tradicional” no futuro, permitindo que os clientes comam dentro do estabelecimento. 

No momento, o cardápio do Better Days está focado em alimentos saudáveis, envolvendo arroz, vegetais e proteínas, como frango e salmão. O preço das refeições varia entre US$ 7 e US$ 16, dependendo do pedido. 

Foto destaque: funcionários da Remy Robotics mexendo em um laptop, com as embalagens de refeição ao lado e os braços robóticos da empresa de fundo (Reprodução/Remy Robotics/The Spoon)

Homem de 40 anos morre esmagado por robô em acidente industrial na Coreia do Sul

Durante um trágico acidente industrial ocorrido na Coréia do Sul, um homem faleceu ao ser esmagado por um robô. A fatalidade aparentemente ocorreu porque uma das máquinas autônomas apresentou defeito e foi incapaz de distingui-lo de um dos produtos que ele estava segurando no momento do acidente, conforme informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap na quarta-feira.

Detalhes sobre o acidente

O falecido era um homem de 40 anos de idade, funcionário de um centro de distribuição agrícola localizado na província de Gyeongsang do Sul, que é famosa por ser uma importante produtora de grãos e vegetais no país. Quando o acidente ocorreu, ele estava verificando a funcionalidade do sensor de um robô responsável por levantar caixas pesadas cheias de pimentas e outros produtos e colocá-las em um pallet para serem transportadas futuramente.

Segundo a polícia responsável pela investigação, o robô erroneamente identificou o funcionário como uma caixa e, sem que ele tivesse tempo para reagir, usou seu braço robótico para empurrá-lo contra a correia transportadora, esmagando o rosto e o tórax do falecido. 


A instalação onde o acidente ocorreu, com o braço robótico responsável por esmagar o falecido (Foto: reprodução/Corpo de Bombeiros de Gyeongsang do Sul/Associated Press)


O funcionário chegou a ser socorrido e levado a um hospital para receber tratamento, mas acabou não resistindo e faleceu pouco tempo depois. 

Apesar do acidente ter sido causado pelo que tudo indica ser um defeito de fabricação, os especialistas ainda não estão completamente certos da causa do problema. A Associated Press também cobriu o caso, afirmando que há evidências de que erro humano possa ter sido um dos motivos por trás do acidente. 

Durante entrevista, um dos policiais disse ter averiguado as câmeras de segurança presentes na instalação e que o falecido foi visto carregando uma caixa próximo do robô antes de ser agarrado. Por não ser uma máquina particularmente sofisticada, o robô foi incapaz de distinguir entre o funcionário e a caixa.

Robôs na indústria Sul-coreana

A Donggoseong Export Agricultural Complex, empresa dona da instalação onde ocorreu o acidente, ressaltou a importância de métodos melhorados e mais seguros para testar e implementar o auxílio de “funcionários” robóticos. 

“O robô envolvido no acidente era simplesmente uma máquina que pegava caixas e as depositava em pallets, não uma peça de tecnologia avançada utilizando inteligência artificial”, disse Kang Jin-Gi, Chefe do Departamento de Investigação na Delegacia de Gosong. 

Esse tipo de maquinário é comum no setor de agricultura da Coreia do Sul, que está enfrentando dificuldades em encontrar mão de obra jovem e qualificada em meio à população cada vez mais idosa. 

Segundo os dados da Federação Internacional de Robótica, a Coreia do Sul tinha, em média, 1.000 robôs industriais para cada 20.000 funcionários em 2021. Trata-se de um número espantoso, cerca de três vezes maior do que a proporção de funcionários por robôs na China durante o mesmo ano. Muitos desses auxiliares robóticos são utilizados na manufatura industrial, como eletrônicos e outros produtos que se beneficiam de um processo de montagem preciso. 

O acidente desta semana causou um alvoroço na comunidade sul-coreana, principalmente quanto à segurança desses auxiliares robóticos. Não é uma preocupação infundada, pois em Março deste ano um robô de manufatura esmagou e feriu gravemente um trabalhador de uma fábrica em Gunsan. Ano passado, outro trabalhador também foi morto ao ser esmagado por um robô posicionado próximo de uma esteira de produtos, em Pyeongtaek.

Foto destaque: Representação ilustrativa de um braço robótico em funcionamento (Reprodução/iStock/Phuchit/Express.co.uk)

Empresário guarulhense fatura mais de R$100 milhões com transformação digital

Fabio Hayashi, de 26 anos, é o CEO e fundador da Deal Technologies, uma empresa moderna focada na transformação digital. O empresário obteve tanto sucesso desde que fundou a empresa que se tornou um dos grandes destaques da revista Forbes. Em entrevista, o empresário alega ter faturado mais de R$ 100 milhões desde 2022. 

Origens do milionário

Vindo de origen humilde, Hayashi é descendente de japoneses que vieram ao Brasil para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar durante a época da guerra. Na época, as condições de trabalho não eram ideais e tampouco seguras e, como consequência, o pai do empresário foi mordido pelo inseto barbeiro, que era responsável pela Doença de Chagas. Isso colocou a família em um grande dilema, pois a grave doença poderia significar a morte do pai de Hayashi a qualquer momento.

O rapaz, que nasceu em Guarulhos, cidade localizada na região metropolitana do estado de São Paulo, disse durante a entrevista que isso basicamente mudou toda sua perspectiva de vida. Aos 15 anos, ele ingressou em um curso técnico na esperança de encontrar melhores oportunidades no mercado de trabalho e  estagiou durante quatro anos antes de ser contratado pela Sinqia, uma fintech — empresa que mescla o setor financeiro com o uso da tecnologia para a solução de problemas. 

Fundação da empresa

Na época, em uma tentativa de expandir seus horizontes e ganhar um pouco de dinheiro por fora, Hayashi também tentou empreender ao vender embalagens com seus primos, mas logo percebeu que não servia para ser comerciante. A partir desse momento, ele focou-se completamente no mundo corporativo, deixando a Sinqia para abrir o próprio negócio após receber uma resposta insatisfatória do diretor de sua antiga empresa. Sem perspectiva de subir na ladeira empresarial, Hayashi sabia que precisaria ascender ao topo por si mesmo. 

A Deal Technologies surgiu a partir dessa empreitada repleta de riscos, já que, na época, o mercado de transformação digital não tinha tanto espaço quanto hoje em dia. Foi apenas com o surgimento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e a implementação do TED em 2002 que as coisas melhoraram, com uma difusão cada vez mais acelerada da tecnologia. Hoje, os serviços tecnológicos são quase indispensáveis para a vida de uma pessoa moderna. 

“Com o avanço da conectividade e com empresas buscando tecnologia, o espaço me pareceu aberto para explorar e entender quais eram as necessidades que apareceriam ao longo dos próximos anos”, afirmou o empresário durante entrevista para a Forbes. 

Sucesso com os clientes

Quase 20 anos depois, hoje a empresa de Hayashi está em parceria com grandes nomes do mercado, como a comerciante de maquininhas de cartão Getnet Brasil e o banco BV. O principal foco da Deal Technologies é auxiliar seus clientes com soluções digitais, modernizando e integrando os serviços das empresas com a tecnologia cada vez mais presente no mercado. 


As maquininhas de cartão com integração digital comercializadas pela Getnet Brasil (Foto: reprodução/Brazil Journal/Getnet Brasil)


Mas mais do que isso, a empresa de Hayashi é responsável por auxiliar seus clientes na aplicação dessa tecnologia da maneira correta. O importante não é apenas empregar soluções de ponta na resolução de problemas, mas fazê-lo de forma eficiente e prática, beneficiando tanto os provedores de serviço quanto os clientes, que precisam enxergar a tecnologia como um facilitador em suas vidas para que a transformação digital da empresa seja bem-sucedida. 

Em conclusão, Hayashi disse para a Forbes que espera conseguir abrir sua empresa para o investimento aberto na Bolsa de Valores assim que possível, visando aumentar os lucros e expandir suas oportunidades de negócio. O empresário permanece positivo, acreditando que a Deal Techonologies deve faturar aproximadamente R$ 150 milhões até o fim do ano fiscal, com uma taxa de crescimento acima dos 44% nos últimos 3 anos.

Foto destaque: Fabio Hayashi, à direita, junto de Fernando Nawa, CIO E COO da Deal e Fabiano Cruz, CEO da Alot. Reprodução/Terra/Germanno Lures