Sobre Giovanni Saccilotto

Jornalista no site Lorena R7.

Sam Altman volta ao cargo de CEO da OpenAI: entenda as possíveis repercussões

Em um comunicado que pegou o mundo da tecnologia de surpresa, a OpenAI havia anunciado no dia 17 de novembro a demissão de Sam Altman, CEO da empresa e um dos grandes responsáveis pelo crescimento da mesma após o desligamento do cofundador Elon Musk, sem dar maiores detalhes sobre o ocorrido.

Altman, que já havia se despedido publicamente após a demissão, aceitou trabalhar junto da Microsoft no desenvolvimento de IA, mas pouco mais de uma semana depois, acabou sendo reintegrado ao seu cargo anterior na empresa dona do ChatGPT. 

Importância de Altman para o mercado 

Anos atrás, quando as discussões a respeito da inteligência artificial ainda estavam em sua infância e ainda não se imaginava a GenAI no estado em que a conhecemos atualmente, Elon Musk e Sam Altman, além de outros grandes nomes no cenário de tecnologia, se uniram para criar uma organização, a princípio sem visar o lucro, para desenvolver a IA e transformá-la em um instrumento com o qual a humanidade pudesse vir a se beneficiar no futuro, conforme descrito no comunicado da empresa publicado em 2015. 

Algum tempo depois, Musk acabou deixando a empresa e cortando uma importante fonte de investimento para a organização que, até o momento, não tinha pensado em monetizar sua pesquisa. Em prol do futuro e do desenvolvimento continuado da tecnologia que conhecemos hoje como IA generativa, Sam Altman acabou abrindo a OpenAI para o mercado de investidores, além de criar uma subsidiária da empresa inteiramente voltada ao lucro, para que pudessem arcar com o custo das pesquisas.  

Desde então, com a chegada do ChatGPT ao mercado e a revolução da inteligência artificial que está afetando diversos setores ao redor do mundo, Sam Altman se provou ser uma peça-chave para o crescimento da então startup OpenAI, permitindo que ela floresça em um mercado já habitado por gigantes, como a Google e a Microsoft.

Mas isso não significa que a jornada de Altman na empresa está sendo livre de problemas, já que o empresário entrou em conflito de interesses com o quadro de diretores da OpenAI diversas vezes ao longo dos anos, também por motivos que não foram revelados ao público. Isso culminou na demissão do CEO algumas semanas atrás, antes de voltar ao posto muito por conta do apoio da Microsoft, que é uma das grandes empresas de tecnologia que investiu bilhões de dólares na pesquisa da OpenAI. 

Consequências para o mercado 

A volta de Altman para o cargo de CEO da empresa pode ser significativa para o mercado, ainda mais considerando a parceria entre o empresário e a Microsoft, que aparenta confiar nas habilidades de liderança e na visão de Altman para o futuro. O motivo para a demissão ainda não foi divulgado, mas está claro que o conflito entre o empreendedor e o conselho de diretores está enraizado, em partes, no uso e desenvolvimento da inteligência artificial, cuja falta de regulamentação torna aparente problemas morais em sua utilização. 


O anúncio oficial da volta de Sam Altman para o cargo de CEO da OpenAI (Foto: reprodução/X/@OpenAI)


Durante a tomada de posse de seu cargo como CEO, o empresário novamente afirmou que pretende continuar investindo não apenas no desenvolvimento da tecnologia, mas também na segurança da mesma. O objetivo é melhorar o produto para os consumidores da empresa, tornando a vida de seus clientes mais fácil e prática com recursos que apenas a IA pode oferecer. 

A esperança de Altman, também, é conseguir montar um conselho administrativo com uma perspectiva mais ampla e aberta, para evitar problemas no futuro. 

Essa situação, contudo, novamente reforçou a necessidade de uma legislação formal a respeito do uso da inteligência artificial. Essas regulamentações ainda não existem oficialmente em todo o globo, com novos projetos de lei sendo propostos e revisados em países como os EUA e aos integrantes da União Europeia. 

Por ser uma nova tecnologia cujos limites ainda não foram totalmente descobertos, é possível que muitas brechas sejam descobertas no futuro conjunto de leis proposto para governar o uso da inteligência artificial, mas países de primeiro mundo — e que possuem uma grande tradição tecnológica — dificilmente irão abolir completamente o uso, já que os benefícios certamente são maiores do que os possíveis riscos. 

Um exemplo é o caso da legislação promulgada por Joe Biden, que visa garantir a confiabilidade da IA e diminuir a possível utilização potencialmente perigosa dela. É uma briga perigosa, já que muitas das grandes empresas de tecnologia já investiram bilhões de dólares na IA e inúmeras startups surgem no mercado a todo  momento, buscando utilizar a GenAI para novos fins. 

Foto destaque: Sam Altman, CEO da OpenAI, de frente para painel com logo da empresa (Reprodução/Bloomberg/SeongJoon Cho)

Plataforma X entra em colapso sob o domínio de Elon Musk

A aquisição da plataforma X (antigo Twitter) pelo empresário Elon Musk em 2022 gerou muita discussão na internet ao ser anunciada, em partes por conta do valor exorbitante que o dono da Tesla pagou pela rede social: cerca de US$ 44 bilhões, ou R$ 216,85 bilhões em conversão direta. Portanto, é de se surpreender que uma plataforma tão consolidada no mercado esteja enfrentando um sério risco de falência, como afirmou Musk durante entrevista na quarta-feira passada (29/11).

Aquisição bilionária, mas conturbada

Musk é conhecido por sua política de diversificação quanto aos ativos em que busca investir, de carros elétricos a foguetes e satélites. O bilionário parece ter um grande interesse em trabalhar com tecnologia de ponta e financiar o desenvolvimento de novas oportunidades nesse setor — não é à toa que ele foi um dos fundadores da OpenAI, criadora do ChatGPT e responsável pela popularização da IA generativa —, mas a aquisição da plataforma X sempre pareceu estranha aos olhos do público.

Na época, Musk argumentou que a aquisição foi feita em busca de valorizar a democracia e a liberdade de expressão, já que o bilionário buscava criar um ambiente onde os internautas pudessem expressar suas opiniões e discutir livremente a respeito de assuntos considerados polêmicos, tal como política. 

A aquisição pareceu ser inteiramente positiva a princípio, com uma maior liberdade de expressão concedida aos usuários que não indicava ser prejudicial ao lucro da plataforma, visto que grandes empresas como a Disney, Apple e a IBM ainda se demonstravam dispostas a fazer anúncios  no rebatizado X. 

Mas sob acusações de propaganda nazista sendo disseminada sem consequências e outros crimes de ódio cometidos pelos usuários da rede, que evidentemente não souberam usar da liberdade de expressão concedida pela plataforma da maneira correta, acabaram criando um precípicio de conflitos de interesse entre Musk e essas grandes empresas, que cortaram suas parcerias com a rede social. 

Possível falência 

A partir daí surgiram discussões intermináveis a respeito da possível falência da plataforma, que parece estar com dificuldade para justificar os custos de operação com um número cada vez menor de patrocinadores e anunciantes. Elon Musk, que atuava como CEO da rede social até pouco tempo atrás, também está dificultando a própria situação, dando declarações acaloradas durante entrevistas e até mesmo usando palavrões e xingamentos para expressar sua frustração com as empresas. 

Durante evento promovido pelo New York Times na última quarta-feira, por exemplo, o bilionário disse: “Se quiserem me chantagear com anúncios, com dinheiro… vão se f****. Não anunciem”, em relação às empresas que cortaram seus contratos com a plataforma X nos últimos meses, gerando um “boicote”. 


Musk durante evento promovido pelo New York Times, falando sobre a plataforma X (Foto: reprodução/Getty Images/BBC/G1)


Pode não parecer algo grave, mas o X sempre foi um serviço primariamente gratuito aos usuários e que depende do dinheiro de anunciantes para sustentar o custo dos servidores e do desenvolvimento da plataforma, que não é barato. Ano passado, por exemplo, cerca de 90% da receita da rede social veio diretamente das empresas pagando para promover anúncios aos usuários da plataforma. 

Portanto, não é surpreendente que Musk esteja tentando encontrar outras formas de monetizar o X, como a recém-anunciada assinatura premium que conta com recursos inéditos, tal como a utilização da nova inteligência artificial que será integrada à plataforma, mas de uso exclusivo aos usuários pagantes.

Durante a entrevista ao New York Times, o bilionário também mencionou que a empresa pode acabar falindo por conta do boicote dos anunciantes, deixando bem claro a gravidade da situação. 

Reviravolta no futuro 

Os especialistas de mercado também não estão exatamente positivos quanto às chances do X em recuperar parte desses anunciantes perdidos, principalmente depois da reação intensa de Musk. O ataque direcionado do bilionário prejudicou ainda mais  as relações entre ele e seus antigos parceiros de negócios, ao ponto de que um possível retorno seja inegociável, mesmo que Musk tente repensar algumas  de suas políticas e volte a policiar o conteúdo publicado no X com maior rigor. 

Para Mark Gay, diretor de clientes na empresa de consultoria Ebiquity, não parece que alguma das empresas que deixaram a parceira com o X tenham intenção de voltar, pelo menos no futuro próximo. 

E o que isso diz a respeito do futuro do X? A situação realmente não está positiva. Em 2022, a empresa faturou cerca de US$ 4 bilhões em publicidade e esse número deve cair para  US$ 1,9 bilhão ao fechamento deste ano fiscal, segundo a Insider Intelligence. É possível que o número caia ainda mais em 2024. 

Mesmo já tendo cortado custos com a demissão de milhares de funcionários desde a aquisição por Musk, é possível que a empresa enfrente falência caso o empresário não consiga encontrar uma nova fonte de renda para sustentar os gastos. 

Foto destaque: Homem segurando celular com a conta pessoal de Elon Musk no X, sob fundo com a foto do mesmo. (Reprodução/AFP/Olivier Douliery/R7)

Em parceira com a GSMA, grandes operadoras do Brasil se unem para combater fraudes digitais

Em prol de combater esquemas de fraude bancária, as operadoras Claro, TIM e Vivo se juntaram à iniciativa GSMA Open Gateway, que busca unificar de maneira estruturada serviços de provedores para a criação de aplicativos com melhor intercomunicação entre dispositivos e clientes. Como parte disso, as três maiores operadoras do Brasil lançaram na terça-feira (28) novos serviços conjuntos com a intenção de ampliar a segurança digital de seus clientes. 

Iniciativa global 

Embora as operadoras sejam grandes competidoras no cenário brasileiro, elas se uniram através da iniciativa Open Gateway para tornar seus serviços mais seguros aos usuários com a criação de novas APIs — que são interfaces de programação implementadas de modo que outros serviços possam ser desenvolvidas a base delas de maneira simplificada. 

A ideia parte da GSMA, uma organização global que está em parceria com mais de 40 operadoras ao redor do mundo, o que corresponde a cerca de 64% do acesso à internet por celular global. 

Dentre os novos recursos disponibilizados pelas operadoras brasileiras estão a verificação de número, troca de SIM card e a localização de dispositivos por satélite. 

A parceria foi anunciada no evento da GSMA que ocorreu em São Paulo e, se tudo der certo, as novas APIs já devem ser disponibilizadas comercialmente até o final de 2023. Segundo os líderes do projeto, a Open Gateway garante a privacidade de seus usuários e segue à risca os conjuntos de regras da LGPD, que tange a proteção de dados pessoais do cidadão brasileiro. 

APIs disponibilizadas pela Open Gateway

Segue abaixo uma explicação mais detalhada dos novos recursos que serão oferecidos pelas três grandes operadoras brasileiras. 

Verificação de número

Trata-se de um serviço de verificação ininterrupto do número de celular do usuário, promovendo um alto índice de segurança por meio de autenticação constante, feito para ser utilizado por empresas que usam o envio de números de celular e senhas de uso único por SMS. Ao invés de utilizar o serviço de mensagens ultrapassado, essa autenticação contínua permite que a identidade do usuário possa ser conformada automaticamente, sanando problemas de segurança e a dificuldade de acesso de alguns. 

Troca de SIM Card

Essa API verifica o tempo de troca do SIM Card associado ao dispositivo, algo que pode auxiliar a proteger o usuário contra esquemas fraudulentos, como apropriação de identidade e furto. Um dos usos mais convenientes desse recurso é a possibilidade de bancos verificarem há quanto tempo o SIM foi trocado antes de aprovarem uma possível transação.

Localização do dispositivo 

O GPS é um recurso já popular entre os brasileiros, mas essa API irá permitir que desenvolvedores de aplicativos possam verificar a localização do usuário para se certificar de que não esteja ocorrendo nenhuma fraude por parte de pessoas que utilizam manipulação de GPS. Isso é particularmente útil para serviços de entrega, como o iFood, que é assolado por golpistas fazendo o pedido em nome de outras pessoas sem o conhecimento destas. 


Conforme registrado em pesquisa pela PSafe, o número de fraudes digitais aumentou exponencialmente nos últimos anos, algo que o Open Gateway pode ajudar a solucionar (Foto: reprodução/PSafe)


A iniciativa encontra-se em fase inicial aqui no Brasil, mas obteve muito sucesso no âmbito internacional, sob forte liderança e uma visão clara do caminho a ser trilhado. Com a cooperação da Claro, TIM e Vivo, é esperado que esses novos recursos de segurança e praticidade aos usuários e desenvolvedores de aplicativo tornem os smartphones muito mais convenientes para o povo brasileiro.

Foto destaque: Mulher segurando um smartphone com chamada em andamento na tela. (Reprodução/Pexels/Canva/Money Times)

Novembro encerra com alta de 0,33% no IPCA-15, segundo IBGE

Conhecido como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15 apresentou uma alta acima do esperado no mês de novembro, surpreendendo os analistas. A alta é significativa, pois o índice é um dos fatores utilizados para medir a inflação do país, então uma curva de crescimento demasiadamente exagerada pode sinalizar a existência de problemas na economia, seja no presente ou no futuro próximo.

Setor alimentício e outras áreas afetadas

O IPCA-15 apresentou um crescimento de 0,33% em novembro, em comparação com uma taxa de crescimento de 0,21% em outubro, conforme informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o relatório na terça-feira (28).

Embora não tenha sido o único setor a apresentar alta, uma parte significativa do resultado foi inflacionada devido ao grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,82%, representando 0,17 pontos percentuais do Índice. Outro fator decisivo para esse aumento foi o preço das passagens aéreas, que já vinha aumentando desde outubro e fechou o mês com uma alta de 19,03%, sendo a área de maior impacto no aumento do cálculo.


A variação mensal do IPCA-15 desde dezembro de 2022 (Foto: reprodução/IBGE)


Dentre os 9 setores considerados pelo índice, 8 registraram alta em novembro. No grupo de alimentos, especificamente, houve um aumento significativo nos preços do arroz (2,60%), cebola (30,61%), frutas (2,53%), batata-inglesa (14,01%) e carnes (1,42%). Alguns poucos produtos alimentícios, como o feijão carioca (-4,25%), tiveram uma baixa no índice, mas não o suficiente para estabilizar o aumento.

Apesar disso, a variação do índice nos últimos 12 meses fechou em 4,84% em novembro, em comparação aos 5,5% de outubro deste ano. Isso é positivo, considerando que a meta do teto da inflação anual é de 3,25%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Previsões para o futuro

Apesar da alta, analistas acreditam que a inflação do país esteja relativamente sob controle, tendo em vista a proximidade da variação do IPCA-15 ao teto da meta, além da queda nos preços de alguns segmentos importantes para a economia, como a gasolina e outros combustíveis, que são uma das maiores despesas da família brasileira, juntamente com o setor alimentício.

Contudo, espera-se que alguns segmentos do mercado voltem a apresentar alta agora no fim do ano, principalmente os produtos imobiliários e eletrônicos.

Segundo Guilherme Almeida, colunista do Diário do Comércio, isso ocorre porque muitas famílias acabam recebendo um aumento de renda temporário com o décimo terceiro, aumentando a demanda por certos produtos domésticos duráveis e utilizados durante longos períodos de tempo, como móveis, aparelhos eletrodomésticos ou recreativos.

Com o aumento na demanda, o preço desses itens tende a subir temporariamente, conforme ocorreu com os preços de ventiladores e ar-condicionado na última onda de calor que passou pelo país agora no fim do inverno.

Espera-se que essa alta seja temporária, permitindo que o IPCA-15 encerre o ano com uma alta acumulada de 4,53% e entre em 2024 com apenas 3,91%, conforme informa a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.

Foto destaque: Supermercado em funcionamento na cidade de São Paulo (Reprodução/REUTERS/Paulo Whitaker)

Energia sustentável teve um ano ruim na Bolsa, mas pode se recuperar em 2024

A alta considerável do setor tecnológico este ano, em grande parte por conta do boom da inteligência artificial, infelizmente não se repetiu em algumas outras fatias do mercado, como as de empresas focadas em combustíveis de hidrogênio e energia renovável. 

O setor, na verdade, apresentou uma queda de aproximadamente 37% no ano. Essa é uma redução significativa, principalmente em comparação com o retorno de 174% que o setor havia apresentado, no mesmo período de tempo, em 2020. 

Motivo da queda

Em razão de um desejo cada vez maior de se livrar da dependência dos combustíveis fósseis, o governo norte-americano promulgou uma série de reformas como parte do Inflaction Reduction Act (IRA) em 2022, focado principalmente nas mudanças climáticas e na possível diminuição da inflação doméstica dos EUA através da redução de produção de energia. Idealmente, a proposta do governo norte-americano era promover a ideia da energia sustentável, dentre as quais está a energia baseada em hidrogênio.

A invasão da Rússia ao território ucrâniano também foi um fator decisivo por trás dessa decisão, já que o país europeu é um dos grandes fornecedores de petróleo ao mercado global, além de gás natural e carvão. 

Os incentivos do governo acabaram alavancando as empresas que trabalham com energia renovável, mas após o período de “lua de mel”, algumas complicações se tornaram aparentes tanto aos investidores quanto aos empresários. Uma delas é o altíssimo juros dos EUA, que está na casa dos 5,33% por ano, praticamente o dobro da meta estabelecida em 2022.

A energia sustentável pode ser mais adequada ao ambiente e mais saudável como um todo, mas é indiscutivelmente mais cara para ser desenvolvida e aplicada; a alta taxa de juros encarece os projetos, diminuindo a margem de lucro para as empresas interessadas, algo que consequentemente afeta a disposição dos investidores em financiar um projeto de alto risco. 

Além disso, algumas empresas de energia solar foram fortemente afetadas por mudanças na legislação de estados como a Califórnia, que é a área mais propícia para a coleta de energia vinda do Sol em território norte-americano. 

Empresas prejudicadas e o futuro

Uma das empresas mais afetadas por essa queda no mercado é a Bloom Energy, cujas ações sofreram uma queda de 60% desde Janeiro de 2021, onde flutuavam na casa dos US$ 30, para US$ 12 atualmente. Em comparação, o índice de crescimento do S&P 500, que são as quinhentas maiores empresas listadas na bolsa norte-americana, foi de 20% durante o mesmo período. 

Mais especificamente, a Bloom Energy teve uma queda de 23% em 2021, 13% em 2022 e 35% em 2023. Em comparação, as empresas do S&P 500, em média, apresentaram uma alta de 27% em 2021, uma queda de 19% em 2022 e novamente uma alta de 18% em 2023, apontando uma baixa performance da BE em relação ao S&P 500 em 2021 e 2023; evidentemente, o período de alta da empresa foi durante a época de incentivos governamentais ao mercado de energia renovável. 


Comparação dos retornos entre a Bloom Energy e a S&P 500 em 2023 (Foto: reprodução/TREFIS)


Mas nem tudo está perdido, considerando que alguns dos relatórios de ações vindos do setor foram surpreendentemente positivos, apesar da situação. A BE, por exemplo, teve um lucro surpreendente de US$ 400 milhões no terceiro trimestre deste ano, bem acima das expectativas do mercado. E, com o aumento no custo da energia tradicional e a falta de sustentabilidade a longo prazo da energia fóssil, é sensato dizer que os lucros dela e de outras empresas focadas em energia renovável tendem a crescer no futuro. 

A energia baseada em hidrogênio se enquadra nisso, apesar de analistas não acreditarem que ela venha a se tornar tão popular quanto a energia solar ou eólica, mas ainda será um aliado importante na descarbonização do mercado de energia daqui pra frente. O maior empecilho no momento é o custo da tecnologia necessária para utilizar esse método de coleta de energia, que ainda é proibitivamente alto. 

Com futuras inovações, existe a possibilidade da energia de hidrogênio venha a captar uma fatia maior do mercado. 

Foto destaque: Usina de hidrogênio “verde” em funcionamento (Reprodução/Shutterstock/Alexander Kirch/EPBR)

Em investigação, Meta é acusada de ignorar a saúde mental de jovens em prol do lucro

A segurança infanto-juvenil em redes sociais já é um ponto de discussão acalorado entre os órgãos reguladores há algum tempo, principalmente com o índice cada vez maior de crianças ou adolescentes que se encontram em condições comprometedoras e prejudiciais por conta da liberdade que aplicativos como o Instagram, TikTok, X e outros, conferem aos usuários. 

Recentemente, algumas dessas plataformas começaram a tomar medidas para cessar ou ao menos diminuir a proliferação do abuso de vulnerável na internet, mas nem todas elas são completamente benignas em suas interações com os jovens. 

Meta causa polêmica

A Meta, dona de grandes plataformas de mídia social como o Instagram e o Facebook, recentemente foi acusada pelo Wall Street Journal (WSJ) por deliberadamente abusar de práticas desenvolvidas justamente para atacar e se aproveitar das vulnerabilidades de adolescentes e pessoas mais jovens, conforme mostra uma série de documentos incriminatórios divulgados pela agência de notícias. 

Os documentos fazem parte de uma investigação conjunta envolvendo 41 estados norte-americanos, que estão prestando queixas e acusações gravíssimas quanto à má índole da empresa. Segundo os dados adquiridos através desse processo investigativo, a Meta teria deliberadamente desenvolvido produtos que são prejudiciais à saúde mental e física dos jovens usuários de suas plataformas, principalmente por promoverem práticas viciantes.


Pessoas trocando QR Code de amizade no Instagram (Foto: reprodução/New York Times/Jasmine Clarke)


Uma das provas mais incriminadoras anexadas à investigação são os detalhes de uma reunião feita pela alta cúpula da empresa, em 2020, onde consta que alguns dos produtos da Meta são desenvolvidos justamente levando em consideração as vulnerabilidades de um adolescente que, conforme descrito, seriam: predisposição a atos impulsivos, pressão de amigos e colegas e a comportamentos arriscados e/ou prejudiciais. 

Alguns dos produtos e serviços da Meta são, portanto, desenvolvidos com o objetivo de estimular o cérebro dos usuários adolescentes com doses significativas de dopamina (substância neurotransmissora que é responsável pela sensação de prazer), através de uma metodologia fria e que desconsidera completamente os efeitos negativos que isso pode trazer aos jovens, conforme consta nos documentos. 

Vale ressaltar que a investigação aponta essa como uma das intenções da empresa, mas nem todos os funcionários concordam com essa metodologia. Por exemplo, Karina Newton, Chefe de Política do Instagram, expressou preocupação em um e-mail de 2021 a respeito dos efeitos que a rede social pode causar na mente de jovens em formação, afirmando que é um medo presente não apenas nos detratores da rede social, mas também de investigadores legais, pais, e especialistas acadêmicos.

Meta não concorda com as acusações

A dona do Facebook negou todas as acusações. De acordo com Stephanie Otway, porta-voz da Meta, as provas são inteiramente circunstanciais, utilizando de documentos escolhidos arbitrariamente e citações seletivas que, por sua vez, criam uma visão errônea das intenções da empresa. 

Contudo, algumas das provas são bastante convincentes. Em um dos documentos, o nome de Mark Zuckerberg aparece ao instruir alguns de seus funcionários a aumentar a porcentagem de uso das plataformas da empresa por quaisquer meios necessários, mesmo que sejam prejudiciais aos usuários — apesar de avisos vindos de alguns dos próprios encarregados a cumprir essa tarefa. 

Os documentos também mostram que a Meta aparentemente ignorou a criação de contas indevidas tanto do Facebook e do Instagram por pré-adolescentes abaixo da faixa etária mínima requerida pelos órgãos regulatórios. E não apenas isso, os relatórios divulgados pela WSJ indicam que a empresa destacou a utilização de suas plataformas por grupos entre de crianças entre 11 e 12 anos como algo significativo; nos Estados Unidos, acredita-se que as redes sociais de propriedade da Meta tenham pelo menos 4 milhões de usuários pré-adolescentes. 

A investigação ainda não foi concluída e os resultados das acusações são incertos, mas a questão ética das práticas da Meta levanta uma preocupação importante tanto para os pais desses adolescentes quanto para os órgãos regulatórios responsáveis, gerando grande discussão na internet.

Foto destaque: Homem segurando celular com logo da meta exibido na tela (Reprodução/REUTERS/Dado Ruvic)

Garçonete chinesa que se mexe como um robô promove grande discussão na internet

Publicado há alguns dias na popular plataforma chinesa TikTok, um vídeo de uma garçonete viralizou na internet. O motivo da comoção? Os movimentos da funcionária eram notavelmente robóticos, ao ponto de que muitos dos internautas que assistiram ao vídeo cogitaram a possibilidade dela ser um robô humanóide programado através de inteligência artificial. Alguns, entretanto, argumentam que a mulher é apenas uma humana agindo como robô. 

Dona de restaurante ou robô

Apesar de ter sido publicado apenas recentemente na plataforma, o vídeo documentando o ocorrido já conta com mais de 80 mil visualizações, estimulando discussões até mesmo entre usuários de outras redes sociais. Um dos usuários do X, por exemplo, indagou: “Isso é um robô ou ela é mesmo um ser humano agindo como um robô?”, por conta da indiscutível similaridade. 

A dúvida só foi esclarecida pelo South China Morning Post, que realizou a investigação e mais tarde explicou que a “robô” na verdade é, sim, uma mulher. 

Talvez como uma forma de popularizar seu restaurante de “hotpot”, a funcionária — que na verdade é a dona do estabelecimento e estava apenas servindo os clientes —, ficou conhecida na região por conta de suas “performances” estranhamente semelhantes a uma máquina de verdade. 


A dona do restaurante chinês agindo como um robô (Foto: reprodução/X/@TripInChina


Segundo a agência de notícias, ela é uma dançarina profissional e passou a utilizar sua coordenação motora treinada ao longo dos anos para “performar” no próprio restaurante, imitando movimentos robóticos enquanto serve drinks ou comida, conforme visto no vídeo.

Confusão pode ser justificada

Apesar de ser uma especulação aparentemente infundada, essa confusão pode ser justificada por ter ocorrido na China, que há anos é uma das grandes líderes do mercado tecnológico. Ademais, o governo chinês recentemente também revelou planos de se aprofundar no mercado da robótica, com a intenção de se tornar um dos grandes líderes globais do setor. 

O Ministério da Indústria e Informação Tecnológica da China também revelou, este mês, um cronograma indicando a intenção do governo chinês em dar início à produção em massa de robôs “avançados” até 2025. 

E apesar de ainda não estar sendo aplicada em robôs com aparência humana, a tecnologia de “garçons robôs” já existe e está sendo utilizada ao redor do mundo. O conceito é particularmente popular na Coréia do Sul, em Seoul, onde uma grande quantidade de restaurantes já vêm adotando a prática desde 2022. 

No ocidente, o conceito é pouco conhecido, mas já está sendo explorado por alguns restaurantes pioneiros, como o Noodle Topia, em Michigan.

Foto destaque: Garçom robô servindo comida aos clientes (Reprodução/REUTERS/Csjbot.com)

Sexta-feira encerra com alta de 0,61% no minério de ferro pela Bolsa chinesa; confira o porquê

Dentre os ativos do setor industrial, o minério de ferro é um dos que vêm apresentando grande índice de crescimento nos últimos meses, tendo fechado nesta sexta-feira com uma valorização de 0,61% no Dalian Commodity Exchange, fechando a semana na marca de 986 yuans por tonelada, ou cerca de US$ 138 por tonelada. Esse é o quinto aumento consecutivo da matéria-prima no mercado chinês, que é conhecido por ser um dos maiores consumidores mundiais de minério de ferro atualmente. 

China e a necessidade do ferro

Há diversos fatores que asseguram a posição dessa commodity tão importante para a fabricação do aço, dentre eles a notícia de que a China pretende estimular o setor de construção civil nacional no futuro. Mesmo com as tentativas do governo de tentar controlar o preço do minério de ferro, uma jogada que busca evitar um índice alto de inflação no mercado, os preços da commodity continuam a subir por conta do otimismo de mercado para o futuro. 

Algumas das autoridades regulatórias da China já aumentaram a supervisão sobre negociações envolvendo o minério de ferro, como forma de diminuir a variabilidade de possíveis especulações. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma também solicitou às empresas e aos comerciantes que não exagerem no aumento dos preços e que também evitem estocar o minério de ferro de maneira contraprodutiva para o mercado. 


Minério de ferro bruto em processo de transporte (Foto: reprodução/REUTERS/Paulo Whitaker)


De acordo com Guilherme Nipps, analista da XP Inc especializado no setor, isso é algo recorrente. O minério de ferro é essencial para a fabricação do aço e, portanto, é indispensável tanto na construção civil quanto em outros setores da economia. Limitar as negociações, aumento de tarifas, volume máximo de mercado e outras medidas regulatórias são coisas que o governo chinês já fez anteriormente para tentar controlar um possível aumento de preços. 

Tais medidas costumam ser passageiras e não são um motivo de preocupação real aos investidores. A tendência é que o valor do minério de ferro continue a subir, por mais que seja suprimido temporariamente por medidas regulatórias. 

Incentivos à construção civil 

Esse aumento contínuo é praticamente uma certeza na mente dos analistas, parcialmente por conta dos incentivos que o governo chinês têm dado ao setor de construção civil e imobiliário, que é um dos principais consumidores de aço no país. Por exemplo, a China pretende permitir que os bancos ofereçam empréstimos de curto prazo sem garantia para imobiliárias já qualificadas.

E ainda, segundo Nipps, o governo chinês ainda pretende liberar um investimento de US$ 137 bilhões focado em renovações urbanas e na infraestrutura de pontos importantes do país, o que também aumenta a demanda pelo minério de ferro, cujo estoque está perigosamente baixo na China atualmente.

Isso tende a aumentar os preços e, seguindo essa métrica, pode fazer com que a commodity valorize ainda mais no futuro. 

Foto destaque: Operários de siderúrgica chinesa trabalhando com o metal derretido (Reprodução/REUTERS/Stringer)

Startup cria a primeira coleira baseada em IA para treinamento de cães

Com o passar dos dias, a inteligência artificial está se mostrando ser uma tecnologia perene, cuja presença no mercado tecnológico é cada vez mais evidente. Isso, pois além de ferramentas, aparelhos e novos softwares desenvolvidos através da IA generativa com um foco quase exclusivamente humano, algumas empresas também já estão experimentando e expandindo seus horizontes. A HushPuppy, uma coleira inteligente desenvolvida pela startup Onchip.Ai, é o exemplo perfeito disso. 

Recursos revolucionários para donos de cães

A HushPuppy é uma coleira tecnológica desenvolvida com o uso da inteligência artificial cujo objetivo é auxiliar no treinamento canino. 

Por meio de pequenos — e inofensivos, conforme a empresa já esclareceu — pulsos elétricos, o cão que estiver utilizando essa coleira irá receber um estímulo que sinaliza um comportamento negativo ou indesejado por parte dele. Ao longo do tempo, isso pode diminuir a quantidade de latidos muito barulhentos e até tornar o animalzinho mais comportado. 

O aparelho funciona à base de pilhas palito e consome pouquíssima energia, outro sinal de que os pequenos choques elétricos são realmente inofensivos. Atualmente, a coleira está sendo comercializada em três tamanhos distintos para diferentes raças de cachorros e não há previsão da existência futura de modelos personalizados, mas a empresa garante ser capaz de atender a uma ampla variedade de raças e tamanhos de cães. 

Além disso, a HushPuppy também está conectada com um aplicativo de smartphone que permite ao treinador ou dono do cão acompanhar a frequência de latidos e o processo de treinamento. 

Benefícios da IA 

A principal força motriz por trás do funcionamento da coleira inteligente da Onchip.Ai é justamente a inteligência artificial generativa (GenAI), especificamente uma variação denominada Tiny AI, que opta por outra abordagem no desenvolvimento dessa nova tecnologia. Ao contrário dos grandes modelos de linguagem, ela é mais centralizada e pode ser customizada para usos mais específicos, portanto diminuindo o consumo de energia e a necessidade de um extremo poder de processamento. 

Equipada com um microcontrolador de 32 bits e com memória limitada, a HushPuppy consegue funcionar de maneira satisfatória com um tamanho menor que 100kbs e com uma escala de apenas 50 mil parâmetros, que é comparativamente pequeno para outros modelos de linguagem. 


As especificações técnicas da coleira e da tecnologia utilizada em seu desenvolvimento (Foto: reprodução/Onchip.Ai)


Conforme descrito na página do Kickstarter do produto, um dos modelos de Tiny AI utilizado pela empresa é especializado em detecção de ondas sonoras, permitindo que a coleira consiga identificar de maneira precisa os latidos de um cachorro e outros barulhos comuns em uma residência, como riso, pessoas conversando em voz alta, portas batendo, buzinas de carro e outros barulhos que comumente confundiriam outras coleiras de treinamento. 

Em busca de tornar o treinamento mais consistente, a startup afirma ter reduzido o grau de falsos-positivos para menos de 1% através do uso da inteligência artificial, o que teoricamente traz impactos significativos para o adestramento dos cães utilizando essa coleira. 

O produto ainda não foi lançado oficialmente no mercado mais amplo, mas está conquistando bons resultados na campanha do Kickstarter, tendo arrecadado mais de US$ 40 mil até então. 

Foto destaque: Cachorro utilizando o protótipo da coleira HushPuppy. (Reprodução/Kickstarter/Onchip.Ai)

Pesquisadores criam mão robótica em impressora 3D com ossos e tendões “mais humanos”

A impressora 3D é uma tecnologia que já existe no mercado há alguns anos e, apesar de controvérsias recentes quanto a política de restrições e possível banimento que estão sendo discutidas nos tribunais norte-americanos, muitos cientistas e entusiastas ainda buscam utilizá-la para o bem. É o caso de um grupo de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique), na Suíça, que utilizaram a impressão em 3D para desenvolver um novo protótipo de mão robótica cujas estruturas internas são notavelmente similares a ossos, ligamentos e tendões humanos. 

Desenvolvimento da nova mão robótica 

Esse feito notável só foi possível graças à utilização de uma nova técnica de impressão chamada de jateamento controlado por visão (VCJ), que permite a impressão de sistemas complexos e funcionais com maior facilidade, ao contrário de modelos mais tradicionais.

O método VCJ emprega o uso de polímeros de tioleno de cura lenta, que são mais elásticos e flexíveis do que outros materiais geralmente utilizados na impressão 3D. E através da utilização de um scanner a laser 3D, projetado para inspecionar cada camada do objeto em busca de irregularidades ou defeitos, a impressão ocorre sem interferência externa e com uma variedade mais ampla de polímeros, o que acaba acelerando consideravelmente o processo.


Esquemática de impressão da mão robótica (Foto: reprodução/ETH Zurique/Thomas Buchner)


O que torna essa técnica tão revolucionária é um sistema de feedback em tempo real responsável por ajustar a quantidade de material impresso, que dá ao usuário a possibilidade de simplesmente imprimir o objeto desejado, por mais complexo que seja, de uma só vez, eliminando a necessidade de ferramentas ou processo de montagem. 

Conforme explica Robert Katzschmann, professor de robótica na ETH Zurique, “Essa técnica torna viável transformar uma ideia em um protótipo viável e com certa durabilidade, sem precisar usar ferramentas ou aparelhos caros para isso”

Avanço na robótica torna o futuro promissor

Mesmo que em estado inicial de desenvolvimento, o conjunto de tecnologias utilizado no desenvolvimento dessa nova mão robótica é bastante promissor. Criada com uma variedade de polímeros diferentes, o aparelho é macio e apresenta menos riscos de ferir seres humanos por não usar materiais mais tradicionais, como aço ou titânio. 

Em parceria com a startup norte-americana Inkbit, os pesquisadores da ETH Zurique utilizaram os dados de ressonância magnética de uma mão humana para desenvolver um protótipo com o maior nível de precisão possível, criando uma mão robótica que conta com sensores de pressão e toque, além de 19 tendões artificiais, que concedem movimento ao pulso e a cada dedo individual. 

Notavelmente, a mão robótica se mostrou eficaz em tarefas mais delicadas, como segurar objetos pequenos. Isso demonstra que, além do uso industrial, esse desenvolvimento na tecnologia pode ser aplicado de maneira eficaz em próteses no futuro, esperançosamente encurtando o precipício de diferenças e desvantagens que uma mão ou um braço artificial possuem em relação às suas contrapartes naturais. 

“Estou bastante interessado em aprofundar a engenharia de tecidos com essa tecnologia de impressão ao combinar células vivas com ela. Através disso, podemos fazer estruturas com características finíssimas, podendo assim fornecer a base para o crescimento de células”, explicou Katzschmann, durante entrevista à Reuters. 

Um artigo detalhando os pormenores da pesquisa foi publicado pela revista Nature.

Foto destaque: As mãos robóticas criadas via impressora 3D segurando objetos (Reprodução/ETH Zurique/Thomas Buchner)