Em comunicado da Petrobrás, foi anunciado o aumento tanto do preço da gasolina como do diesel, que passarão a custar R$2,93 e R$3,80 o litro, respectivamente. 

O aumento vem em meio a críticas sobre a defasagem de preços em relação ao mercado internacional, e, em comunicado, a empresa destaca a implementação da estratégia comercial, que busca “evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio”.

Vale lembrar que esse valor é válido para os distribuidores, inclusive antes de receberem a mistura e se tornarem aptos para a revenda ao consumidor final. 

O preço para o consumidor

Com a alta do preço para os distribuidores, o preço também deve subir nas bombas para o consumidor final. Depois da compra da refinaria, a gasolina recebe 27% de álcool para ser destinada à venda, enquanto o diesel nas bombas dos postos tem 12% de biodiesel atualmente. 

_{Nova alta dos preços dos combustíveis deve aumentar também o preço das bombas (Foto: Reprodução/Pixabay)}

A nota da petrolífera também enfatiza que o aumento do litro na refinaria não é o único fator para o aumento do preço para os motoristas: “O valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda“. 

Nova política de preços

O fim da política de paridade de preços de importação foi anunciado pela Petrobrás em maio deste ano. Na findada prática, o ajuste de preços dos combustíveis era feito a partir da cotação do dólar e do preço internacional do petróleo. 

Vista como pouco transparente, a nova política diz se basear em parâmetros de melhores condições de refino e logística da Petrobrás. Mesmo assim, houve necessidade do último aumento devido à influência do aumento do petróleo em níveis internacionais, bem como a alta do dólar, com a finalidade de reequilibrar os preços em relação ao mercado mundial.

Foto destaque: Petrobrás anuncia nova alta no litro da gasolina e diesel. Reprodução/REUTERS/Sérgio Moraes.

A nova acusação contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alega que ele pediu votos ilegalmente a Brad Raffensperger, secretário de estado da Geórgia, durante a última eleição presidencial, que concorreu em 2 de janeiro de 2021. Isso faria com que Raffensperger violasse seu juramento de posse, além da fraude eleitoral, para que Trump obtivesse a vitória no estado. 

Em ligação, Trump disse ao secretário da Geórgia: “Então, veja. Tudo que eu quero fazer é isso. Só quero encontrar 11.780 votos, que é um a mais do que temos. Porque ganhamos o estado”. 

_{Brad Raffensperger, secretário de estado da Geórgia, recebeu pedido de fraude eleitoral de Trump em 2021 (Foto: Reprodução/New York Times)}

A acusação

O pedido de Donald Trump a Raffensperger durante a ligação fez com que o ex-presidente e seu então chefe de gabinete, Mark Meadows, fossem investigados por solicitar uma demanda ilegal e importunação ilegal de funcionário público ao secretário de estado da Geórgia. Mark Meadows também estava presente na ligação de janeiro de 2021. 

Além disso, Trump também é acusado de fazer um total de 13 alegações falsas a Brad Raffensperger durante a ligação, chamadas de “conscientemente, intencionalmente e ilegalmente” pela acusação. Uma das alegações diz “que cerca de 5.000 pessoas mortas votaram nas eleições presidenciais de 3 de novembro de 2020 na Geórgia”. 

A investigação e acusação formal partem da alegação do conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, em seu indiciamento federal anterior contra Trump. Anteriormente, Smith declarou que Trump havia mentido durante a ligação para Raffensperger a fim de obter seu apoio na fraude eleitoral. 

A situação legal de Trump 

Esta é a quinta acusação recebida contra o ex-presidente, que pretende ser candidato contra Joe Biden na próxima eleição presidencial. Dentre as demais investigações, estão a acusação de tentativa de invasão ao sistema eleitoral da Geórgia, que veio a público ontem (14). 

Trump ainda é visto como líder nas primárias de seu partido, o Republicano, muito a frente de qualquer outro candidato, e seus problemas judiciais não parecem uma preocupação para o eleitorado.

Foto destaque: Trump recebe acusação de pedir votos para o secretário de estado da Geórgia. Reprodução/AFP/Saul Loeb.

Depois de dois anos e meio de investigações, os promotores de Atlanta, na Geórgia, começaram a apresentar nesta segunda (14), conclusões sobre Donald Trump e aliados do ex-presidente na tentativa de derrubar o resultado eleitoral do estado, com o objetivo de reverter a derrota que Trump sofreu para Joe Biden. 

Segundo informações da CNN, foram obtidas mensagens de texto e e-mails que ligam diretamente a equipe jurídica de Donald Trump à violação do sistema de votação no condado de Coffee, no início de janeiro de 2021.

A investigação

A tentativa de acessar o sistema de votação da Geórgia ocorreu dias antes da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Desde então, a equipe de investigação do estado vem tentando rastrear o ataque e os possíveis culpados. 

A expectativa, segundo fontes da CNN, é que as provas recolhidas, como mensagens de texto e trocas de e-mail, além de outros documentos judiciais, sejam suficientes para demonstrar como os advogados de Donald Trump e um grupo de agentes contratados tentaram acessar o sistema de votação de Coffee. 

Devem ser apresentadas denúncias contra mais de uma dezena de indivíduos nessa semana, feitas pela promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, e levadas a um grande júri, que decidirá se Trump deve ser denunciado por interferir na eleição presidencial no estado da Geórgia.

A reversão da derrota de Trump para Joe Biden é apontada como motivo para o ataque ao sistema, uma vez que aliados do ex-presidente estavam, na época, em uma busca assídua por qualquer pequena prova que pudesse indicar uma fraude generalizada na eleição e reeleger Donald Trump. 

_{Trump em discurso para as primárias do Partido Republicano, em que está à frente dos demais candidatos (Foto: reprodução/New York Times)}

A próxima eleição

Mesmo com as acusações, Trump ainda é a primeira opção dos eleitores do partido para as primárias da próxima eleição presidencial. Segundo pesquisa do New York Times, no fim de julho, o ex-presidente estava muito à frente de seus concorrentes na indicação republicana, e grande parte do seu eleitorado não considera que seus problemas jurídicos sejam uma preocupação. 

Com esse cenário, é possível que Trump e Biden se reencontrem em 2024 para uma revanche eleitoral pela presidência do país.

Foto destaque: Ex-presidente Trump poderá enfrentar quarta denúncia por interferência nas últimas eleições presidenciais. Reprodução/ Reuters.

Larissa Manoela tem se afastado dos pais no último ano, quando passou a questionar a administração dos seus bens. Após completar a maioridade, a atriz começou a se interessar sobre como seus salários eram gerenciados pelos pais, já que ambos cuidavam da sua carreira desde que ela havia começado a atuar como modelo, aos quatro anos. 

Com um patrimônio de 18 milhões de reais, Larissa relata que não recebia diretamente o seu próprio dinheiro, e sequer tinha ideia do que ou quanto era recebido. Toda essa função era realizada pelos pais, que apenas lhe direcionavam pequenas quantias em uma “mesada”, como a atriz chama. Segundo Larissa, qualquer outro gasto deveria ser autorizado pelos pais, por menor que fosse. 

É a primeira vez que Larissa fala abertamente sobre as desavenças com os pais, já que não havia se pronunciado sobre os eventos mais recentes. Em áudio enviado para a filha no fim de 2022 e exibido por Larissa em entrevista ao programa “Fantástico” da Globo, na noite de ontem (13), a mãe da atriz, Silvana Taques, reclama das cobranças mais incisivas de Larissa e diz: “Quer me chamar de mercenária, pode chamar. Mas o que eu não vou abrir mão de um centavo é cuidar do seu dinheiro. O resto, você pode fazer aquilo que você quer”. 

As empresas de Larissa

Depois da recusa dos pais de explicar sobre os negócios e controle de bens de Larissa, ela tomou a decisão de procurar um escritório de advocacia e pedir os contratos sociais das três empresas das quais era sócia. Em uma das empresas, Larissa tinha uma cota de apenas 2%; na segunda, apesar de ser a única sócia, os pais tinham 100% da administração, enquanto a terceira empresa, seria uma holding que dividiria em três partes iguais o patrimônio da primeira empresa, coisa que nunca aconteceu, segundo Larissa. 

Em março, os pais e Larissa Manoela se reuniram com advogados para decidir sobre as empresas, mas não foi firmado nenhum acordo, e houve o rompimento da relação. Ela também retirou os pais da administração de sua empresa individual, e começou a gerir os contratos da empresa que possuía apenas 2%. 

A nota dos pais

Ao contrário do que dizem as declarações e mensagens mostradas por Larissa, em que ela pede depósitos para gastos básicos, como comida consumida em uma ida à praia, os pais dizem que ela sempre teve acesso ao dinheiro por meio de cartões de crédito e débito. 

Também dizem que a filha mente quando diz que desconhecia o percentual que possuía de uma das empresas, já que ela assinou o contrato em 2020. Outro ponto é a negociação da participação nas empresas, já que Larissa declara a dificuldade em chegar em um acordo, enquanto a defesa dos pais diz que continua dentro do prazo legal para tomar providências.

Foto destaque: Larissa Manoela fala sobre o controle financeiro que seus pais exerciam e a quebra de relações. Reprodução/ Instagram/@larissamanoela.

Em entrevista ao “The Guardian”, um homem iraniano que não teve nome divulgado relatou que vê sua estadia no Bibby Stockholm, a balsa britânica que abriga refugiados enquanto aguardam asilo, como “uma nova prisão” em sua vida. 

A história de vida do homem inclui perseguição política sofrida em seu país de origem, já que contou ter sido preso por conta de uma manifestação a favor dos direitos humanos. Depois disso, fugiu para o Reino Unido há alguns meses, onde procurou asilo.

Após a chegada, o governo concedeu a ele, temporariamente, uma estadia em hotel no sul do país, em Portland. Logo depois, o homem foi informado que seria uma das 500 pessoas em busca de asilo que aguardariam resposta dentro da barca Bibby Stockholm.

A estadia no Bibby Stockholm

O informe veio em formato de carta para os 500 refugiados, e não oferecia informações adicionais que explicassem o termo da sua estadia na Bibby Stockholm. Um dos temores do iraniano é não poder circular mais pela cidade, já que não foi especificado como funcionará a dinâmica de entrada e saída da barca. 

_{Foto da área da embarcação que serve de abrigo a refugiados no porto de Portland, no Reino Unido (Foto: Reprodução/Toby Melville/Reuters)}

Além disso, anteriormente, a barca abrigava cerca de 200 trabalhadores do setor petrolífero, com 222 cabines, e agora recebe mais do que o dobro de sua capacidade de passageiros refugiados. O relato do iraniano faz uma ressalva sobre as condições do abrigo: “Trabalhei como advogado de direitos humanos no Irã e acredito que esse plano do Ministério do Interior é contra os direitos humanos. Pessoas normais não iriam morar lá”. 

As críticas ao asilo na barca

A superlotação é um dos pontos que levantou críticas da população, além da segurança contra incêndios, por exemplo, e o direito à livre circulação dos refugiados. Em carta aberta, cerca de 40 organizações declararam que os planos de asilo na barca são “cruéis e desumanos“.

O plano do governo, de acordo com o ministro do Interior, é abrigar homens de 18 a 65 anos, e a balsa foi atracada na costa de Dorset, em Portland, há três semanas. Desde então, são levantados pontos sobre o bem-estar daqueles que procuram refúgio no país e a dinâmica do asilo temporário que está sendo concedido. 

Foto destaque: A balsa Bibby Stockholm receberá 500 refugiados enquanto aguardam resposta por asilo. Reprodução/Andrew Matthews/AP

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou, nesta terça-feira (8), a retomada do julgamento da ação que abre discussão sobre porte de drogas para uso próprio. A medida discute se deve ou não ser considerado crime portar drogas para consumo individual. 

Como relator do caso, Gilmar pede que o julgamento seja colocado novamente para discussão a partir do dia 16 de agosto, na semana que vem, mas a decisão exata que marca o julgamento é da presidente do STF, Rosa Weber. 

A pausa do julgamento

O adiamento da ação foi pedido por Gilmar Mendes na última sessão do julgamento, ocorrida em 2 de agosto. Logo após o voto do ministro Alexandre de Morais a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, o que deixou o placar em 4 a 0 para a liberação, Mendes pediu mais tempo para analisar os votos apresentados, e também se comprometeu a liberar o processo novamente em breve.

_{Após o voto de Alexandre de Morais pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, o julgamento foi paralisado (Foto: Reprodução/STF/Carlos Moura)}

Além de Moraes, Edson Fachin e Roberto Barroso também votaram nesse sentido, enquanto o voto de Gilmar Mendes é a favor de descriminalizar o porte para consumo pessoal de forma ampla, sem especificar drogas.

O argumento de Gilmar Mendes é de que seria preciso fixar uma quantidade limite para o porte, a fim de diferenciar o que seria para uso pessoal e o que passaria a ser considerado tráfico. Sua sugestão é de 25 a 60 gramas de maconha para se tratar apenas de uso individual. 

A lei atual

Atualmente, mesmo sendo considerado crime, o porte de drogas para consumo pessoal não leva à prisão e é julgado em juizados especiais. Neste julgamento, o STF analisa a constitucionalidade do dispositivo da Lei de Drogas, artigo 28, que considera crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal.

Dessa forma, o julgamento não se trata de uma discussão sobre a venda de drogas, que continua sendo ilegal. 

Antes de ser reaberto na semana passada (02), o caso estava paralisado desde 2015. O entendimento definido pelo STF em julgamento, que já ganhou repercussão nacional, deverá servir de base para casos similares em todo o país.

Foto destaque: Gilmar Mendes, relator do julgamento, libera retomada sobre descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Reprodução/STF/Felipe Sampaio.