Sobre Fernando Asvolinsque

Jornalista no site Lorena R7.

Israel começa a inundar túneis utilizados pelo Hamas

O Exército israelense começou a bombardear água do mar e inundar túneis construídos pelo grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza, de acordo com o jornal americano The Wall Street Journal. O objetivo da estratégia é inabilitar o uso das estruturas subterrâneas usadas pelo grupo radical durante o conflito. Autoridades estadunidenses afirmaram ao canal CNN, que a medida tem sido adotada de maneira cuidadosa e limitada em áreas onde militares acreditam que não tenha reféns. 

O Ministério da Defesa israelense não quis comentar sobre a tática de bombear água em túneis subterrâneos. Um membro da pasta afirmou que as operações de inundação são confidenciais, e que ela pode levar semanas. Outras autoridades israelenses afirmam que os túneis tem sido fundamentais para as ações do Hamas no campo de batalha. Membros se deslocam pelas passagens subterrâneas e armazenam armamentos nos locais.

Em 2021, dois anos antes do conflito começar. O Hamas havia afirmado ter construído cerca de 500 quilômetros de túneis sob Gaza,. No início deste mês, militares israelenses afirmaram terem destruído pelo menos 500 túneis em Gaza, além de ainda terem localizado outros 800 ao longo do território palestino. 

Egito inundou túneis no passado

No ano de 2015, o Egito usou água do mar para inundar túneis que eram operados por contrabandistas que faziam parte do Hamas, eles usam as passagens subterrâneas para passar na fronteira de Rafah. Isso resultou em queixas feitas por agricultores em relação à perda de suas colheitas.

Efeito colateral de inundar túneis

O efeito colateral no caso de Israel seria grave, pelo fato de arriscar a vida de reféns que continuam sob cativeiro do Hamas, na Faixa de Gaza, a maioria deles também estão nos túneis subterrâneos. O governo israelense acusa os terroristas do Hamas de se esconderem em túneis que foram construídos em locais com infraestrutura civil, como escolas e hospitais. 


Túnel do Hamas que foi descoberto pelas forças armadas israelenses. (Foto: reprodução/ Emanuel Fabian/Times of Israel)


No último mês de novembro, as forças armadas israelenses anunciaram a descoberta de um túnel de 55 metros de comprimento e 10 metros de profundidade, que segundo o orgão está localizado embaixo do hospital Al-Shifa, o maior de Gaza. O Hamas negou estar usando o local durante o conflito.  

Israel continua bombardeando a Faixa de Gaza, mas mesmo assim a grande maioria dos túneis permanecem intactos. Por conta disso, as forças armadas israelenses têm procurado fazer ataques aéreos com explosivos.

Foto destaque: soldados Israelenses em um túnel, localizado em Gaza, de baixo de um hospital. (Reprodução Victor R. Caivano/associated press)

Segundo voo com repatriados de Gaza chega a Brasília

O segundo voo, com cidadãos brasileiros repatriados de Gaza pousou, na Base Aérea de Brasília, por volta das 3h47 (horário de Brasília) desta segunda-feira (11). O trajeto durou cerca de 15 horas. A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), deixou o Cairo, capital do Egito, por volta das 19h03 (horário local).  O voo faz parte da Operação Voltando em Paz. No total, o governo brasileiro já retirou 1.524 cidadões brasileiros e palestinos-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses, incluindo 53 animais domésticos. A FAB já realizou 11 voos de repatriação.

O grupo é formado por 48 pessoas. 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, sendo duas idosas, e quatro homens adultos. Segundo o Itamaraty, o grupo de resgatados deixou o território palestino pela passagem de Rafah, no último sábado (9). Depois disso, viajaram por cerca de seis horas em vans alugadas pelo governo brasileiro até o Cairo, com o auxílio de funcionário da Embaixada do Brasil na capital egípcia. 

Lista inicial era maior 

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista inicial era de 102 brasileiros e familiares interessados em voltar ao Brasil. No entanto, 24 pessoas tiveram sua saída nega por Israel – sete delas têm nacionalidade brasileira. Isso levou a algumas desistências ou a separação de famílias. 

Em novembro, o governo brasileiro resgatou 32 pessoas que estavam em Gaza. Porém duas delas desistiram de ir em cima da hora, uma brasileira de 50 anos e sua filha de 12 anos. As duas tentaram entrar nessas lista junto com o pai da menina, de 69 anos, mas dessa vez apenas a jovem foi autorizada a cruzar a fronteira. 

Mais de dez mil pessoas de 60 países diferentes já foram autorizadas a deixar Gaza pela fronteira com o Egito. Os países que mais resgataram cidadãos nas últimas semanas foram EUA (2.020), Turquia (1.032), Rússia (941), Jordânia (690), Canadá (686) e Alemanha (663). 


Cidadões resgatados pela Operação Voltando em Paz, na pista da Base Aérea de Brasília (Foto: reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)


Conflito Israel e Hamas

O conflito entre Israel e Hamas começou no dia 7 de outubro, quando o grupo extremista fez um ataque terrorista que resultou na morte e no sequestro de cerca de 1,2 mil israelenses. Só no dia 24 de outubro que o Egito abriu sua fronteira para a ida de e caminhões com alimentos, água, remédios e outros itens de primeira necessidade para Gaza e que os cidadãos palestinos e estrangeiros pudessem deixar o local.

 

Foto destaque: grupo de brasileiros repatriados da palestina chegando na na Base Aérea de Brasília (Reprodução/Antonio Cruz/Agência Brasil)

Brasil realizará nessa semana primeiras reuniões como presidente do G20

O Brasil realizará nesta semana as primeiras reuniões do G20, um grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e um bloco econômico, o Reino Unido. O Brasil está na presidência dele e irá dar início à agenda de trabalho do grupo com uma série de reuniões no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Ele assumiu a presidência do G20, no ano passado na Índia, e no final do ano que vem, o Brasil passará presidência para a África do Sul.

Além do Brasil os membros fixos do G20 são África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e a União Europeia.

O objetivo do governo brasileiro para o encontro é apresentar a agenda de trabalho do país para 2024, que tem como seus três pontos principais: o combate à pobreza e à fome, às três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da governança global. 

Segundo o Jornal O Globo, uma das propostas que o governo brasileiro levará às reuniões do G20 será uma proposta da criação de uma iniciativa global para a erradicação da pobreza e o combate à fome e à desnutrição. 

Os preparativos para a cúpula do G20 são chamados de “sherpas”, que são quando os representantes de governos se reúnem para discutir acordos ou não acordos que foram negociados ao longo do ano. No meio diplomático, o termo é utilizado para designar negociadores em cúpulas de chefes de Estado. A origem da palavra vem do Nepal, que é de uma etnia que guia os alpinistas que querem chegar no topo do Monte Everest. A ideia é que os Sherpas encaminhem as discussões e os preparativos para a reunião da cúpula. 

Agenda das reuniões do G20

Segunda-feira (11) e terça-feira (12), os dois primeiros dias, serão destinados para os encontros da chamada trilha de Sherpas, que são emissários pessoais dos líderes dos membros do G20, que supervisionam os trabalhos. O representante do Brasil nesse encontro será o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. 

Na quarta-feira (13), acontecerá uma reunião com as duas trilhas e que terá a participação do presidente Lula, que segundo o Jornal O Globo, deverá reforçar a importância do diálogo entre os dois eixos e abordar as prioridades do Brasil. 

Na quinta-feira (14) e na sexta-feira (15) aconteceu o encontro da Trilha de Finanças, que será comandada pelos ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais dos países-membros e responsáveis pelos debates econômicos do G20. 


Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, transferindo o comando do G20 para o Brasil. (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/ Presidência da República)


Reuniões no ano que vem 

No ano que vem, acontecerão 130 reuniões do G20 pelo Brasil, elas serão espalhadas por 13 cidades do país: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz de Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI). 

O resultado final dessas reuniões será apresentado na Cúpula dos Líderes do G20, que está prevista para acontecer entre os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. Até lá os representantes do Brasil irão debater propostas, ideias e soluções para as principais pautas internacionais, que estarão presentes nas declarações finais de cada líder dos países membros do G20. 

O que é o G20 

O G20 é um fórum de cooperação econômica internacional, que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia, e mais recentemente a União Africana. Ele foi criado no ano de 1999, como sendo um fórum de ministros da fazenda e presidente do banco central de cada país.

Foto destaque: Palácio do Itamaraty, em Brasília. (Reprodução/Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Scaloni mantém seu futuro na seleção Argentina em aberto

O técnico da seleção argentina, Lionel Scaloni, voltou a deixar seu futuro em aberto no sorteio para a próxima Copa América, na última quinta-feira (7). A competição acontecerá nos Estados Unidos, em 2024. Isso acontece após Scaloni ter falado em um tom de despedida em sua coletiva de imprensa após a vitória da Argentina sobre o Brasil, por 1 a 0, no Maracanã, em novembro.

Ao ser questionado sobre o assunto, o técnico argentino falou que ainda está pensando em tudo que está por vir: ”é um momento pessoal para pensar e ainda estou pensando. Pensar em tudo o que está por vir e então veremos. É importante parar a bola. Os jogadores precisam de um treinador que esteja bem, com toda a vontade, à altura deles”, afirmou Lionel Scaloni. 

Argentina na Copa América de 2024 

O sorteio da Copa América de 2024 definiu que a Argentina fará parte do Grupo A, na mesma chave também estarão Peru e Chile, além de uma seleção da Concacaf que será decidida em um playoff entre Canadá e Trinidad e Tobago. Assim como o Brasil, a Argentina também fará sua estreia contra o vencedor do playoff da Concacaf. 


Lionel Scaloni durante uma partida da seleção argentina (Foto: reprodução/ Juan Mabromata/AFP)


Trabalho de Lionel Scaloni na seleção argentina 

Lionel Scaloni comanda a seleção principal desde setembro de 2018. Antes disso, ele havia treinado a seleção sub- 20, e foi auxiliar de Jorge Sampaoli, na Copa da Rússia. Sob o comando de Scaloni, a Argentina em 67 jogos, conquistou 46 vitórias, empatou 15 vezes e foi derrotada apenas em seis ocasiões.

Até então, a Argentina conquistou três títulos com Scaloni, que foram a Copa América de 2021, a Finalíssima e a Copa do Mundo de 2022. Atualmente a Argentina lidera o ranking das seleções da Fifa. Nas eliminatórias, os argentinos são os líderes, com 15 pontos, dois há mais do vice-líder, Uruguai, que tem 13.

Foto destaque: Lionel Scaloni no sorteio da Copa América de 2024 (Reprodução/ AP Foto/ Lynne Sladky)

Copa América de 2024: Brasil cai no mesmo grupo de Colômbia e Paraguai

O Brasil conheceu o seu grupo da próxima Copa América, que acontecerá em 2024. A competição será disputada nos Estados Unidos entre 20 de junho e 14 de julho. O torneio contará com a participação de 16 seleções das Américas do Sul e da Concacaf. A seleção está em busca do seu décimo título da competição.

O chaveamento de grupos para a competição aconteceu na última quinta-feira (30). Ele definiu que o Brasil cairá no mesmo grupo de Colômbia e Paraguai, e além dos dois, uma seleção da América do Central ou do Norte, que será decidida no playoff entre Costa Rica e Honduras, que acontecerá em março de 2024. O adversário da estreia da seleção sairá desse confronto. 

Veja abaixo como chegam os adversários da seleção brasileira na chave: 

Colômbia

A Colômbia, em tese, é o adversário mais difícil do grupo. Los Cafeteros ocupam a décima quinta posição no ranking da Fifa, e estão na terceira colocação nas Eliminatórias. A seleção brasileira enfrentou a seleção colombiana na última data Fifa, jogando em Barranquilla, os colombianos levaram a melhor e venceram por 2 a 1. 

A seleção colombiana passa por um momento de transição após não se classificar para a última Copa do Mundo. Após as passagens frustradas de Carlos Queiroz e Reinaldo Rueda no último ciclo, a federação colombiana contratou o técnico argentino Néstor Lorenzo, que já tinha tido uma passagem pela seleção colombiana como assistente de José Pekerman. Nesse ciclo, algumas referências da seleção colombiana com Pekerman perderam espaço, como: Juan Cuadrado, Radamel Falcão e Juan Fernando Quintero. Por outro lado, jogadores jovens ganharam mais espaço na seleção colombiana, como no caso de Luis Sinisterra, Jhon Durán e Jorge Carrascal. 

Com Lorenzo, os colombianos estão invictos até o momento, em 14 partidas sob o comando do argentino, os colombianos tem nove vitórias e cinco empates, incluindo uma vitória sobre a Alemanha em um amistoso.


Nestor Lorenzo ao lado de José Pekerman, quando era seu assistente (Foto: reprodução/ AP)


Paraguai 

A seleção paraguaia não vive um bom momento. Guillermo Barros Schelotto foi demitido da Albirroja após início ruim nas Eliminatórias, em seu lugar foi contratado Daniel Garnero. Até o momento, o Paraguai venceu apenas uma partida nas Eliminatórias, e ocupa a sétima colocação da etapa qualificatória. Já no ranking da Fifa, ocupa o quinquagésimo terceiro lugar. 

Os principais jogadores da seleção paraguaia são o meia atacante Miguel Almirón, que atua pelo Newcastle, da Inglaterra, além do atacante Júlio Enciso, do Brighton, também da Inglaterra e o capitão da Albirroja Gustavo Gómez, do Palmeiras. O principal destaque da seleção paraguaia nessas eliminatórias tem sido o goleiro brasileiro naturalizado paraguaio, Carlos Augusto Coronel, do New York Red Bull. 

O último confronto entre Brasil e Paraguai aconteceu em fevereiro de 2022 e terminou com goleada da seleção, por 4 a 0, no Mineirão. Ao longo da história, as duas seleções se enfrentaram em 82 oportunidades, com 49 vitórias brasileiras, 22 empates e 11 triunfos paraguaios. 


Julio Enciso e Miguel Almirón comemorando um gol da seleção paraguaia (Foto: repdordução/ La Nación)


Costa Rica ou Honduras 

O Brasil ainda não sabe quem será o adversário na estreia. Em tese, esse adversário será o confronto mais fácil da chave. Essa vaga está sendo disputada entre Costa Rica e Honduras, em um playoff qualificatório. 

Os costarriquenhos, por sua vez, ocupam o quinquagésimo segundo lugar no ranking da Fifa, e vem de três derrotas seguidas: duas para o Panamá, nas quartas de final da Liga das Nações da Concacaf, e uma para os Emirados Árabes Unidos, em um amistoso. 

A seleção demorou a achar um técnico para substituir o colombiano Luis Fernando Suárez, fazendo com que o técnico da seleção sub-23 do país, Claudio Vivas, assumisse a seleção principal. No último mês, o técnico argentino, Gustavo Alfaro, foi anunciado. No último ciclo, Alfaro renovou a seleção equatoriana e classificou a seleção para a Copa do Mundo. A última vez que Brasil e Costa Rica se enfrentaram, pela fase de grupos da Copa do Mundo, de 2018, a seleção levou a melhor, e venceu por 2 a 0. 

Já a seleção de Honduras, ocupa a septuagésimo sexta posição no ranking da Fifa. Os hondurenhos chegam no playoff com mais ânimo, pelo fato de terem surpreendido o México no duelo de ida das quartas de final da Liga das Nações da Concacaf, vencendo por 2 a 0. Mas, na volta, a seleção hondurenha foi derrotada pelo mesmo placar no tempo normal, no estádio Azteca, na cidade do México, e depois foi derrotada nos pênaltis, o que resultou na ida do time para o playoff. 

Honduras é treinada por Reinaldo Rueda, que teve uma passagem pelo futebol brasileiro comandando o Flamengo, no último ciclo treinou a seleção colombiana. Essa é a segunda passagem do colombiano pela seleção hondurenha, em sua primeira passagem, ele classificou a seleção para a Copa de 2010. 

O último encontro entre a seleção brasileira e a seleção hondurenha terminou com goleada da seleção, 7 a 0, em um amistoso disputado em 2019, no Beira-Rio, em Porto Alegre. 

Foto destaque: seleção brasileira antes da partida contra a Argentina (Reprodução/Joilson Marcone/CBF)

Tensão entre Venezuela e Guiana faz exército brasileiro antecipar reforço militar para Roraima

Em meio a tensão entre Venezuela e Guiana pela disputa pelo território Essequibo, o Ministério da Defesa decidiu antecipar o envio de reforços de tropas e veículos militares brasileiros para as cidades do estado de Roraima, Pacaraima e Boa Vista. A intensificação de segurança no estado é uma medida que já havia sido anunciada pelo Ministério da Defesa, na última sexta-feira (1). O esquema militar também inclui aumentar o número de tropas na área da fronteira entre o Brasil e a Venezuela.  

Veículos blindados que serão enviados a região 

Ao todo, 28 veículos blindados e 12 jipes serão enviados para o norte do estado de Roraima. Veja abaixo quais são os veículos blindados:  

  • 16 Guaicurus, viaturas blindadas multitarefa 4×4
  • seis Guaranis, viatura blindada de transporte de pessoal, anfíbia e com capacidade para transportar até 11 militares
  • seis Cascaveis, blindados que possuem como armamento principal um canhão 90 mm e como armamento secundário duas metralhadoras 7,62 mm, sendo uma antiaérea e outra coaxial ao canhão, possui ainda seis lança-fumígenos

Os veículos blindados devem levar cerca de 20 dias para chegarem a Roraima. 


Veículo Blindado Guaicuru 4×4 (Foto: reprodução/ Exército Brasileiro)


Aumento de tropas brasileiras na fronteira com a Venezuela 

O Exército Brasileiro, recentemente, aumentou seu efetivo na fronteira com a Venezuela para 130 tropas de patrulhamento na fronteira com o país. O Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, em Roraima, normalmente opera com 70 homens, e ele foi reforçado com mais 60 militares na semana passada com o objetivo de atender à missão de vigilância e proteção do território nacional. O Exército ainda informou que o movimento da fronteira com a Venezuela tem sido normal em meio às tensões do país com a Guiana. 

Fronteira do Brasil com a Venezuela 

O governo de Roraima informou que a faixa de fronteira com a Venezuela é pouco habitada e possíveis movimentações não impactaram a rotina do estado. Em média, cerca de 500 a 750 venezuelanos entram no Brasil por dia por essa região. 

No ano passado, o estado de Roraima foi o que concentrou o maior volume de solicitações de refúgio no Brasil, segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), com cerca de 41,6% dos pedidos. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), no ano passado cerca de 50.355 mil imigrantes solicitaram refúgio no Brasil.

 

Foto destaque: fileiras de militares do exército brasileiro (Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Venezuela aprova referendo pela anexação da região de Essequibo

Os venezuelanos foram às urnas, no último domingo (3), para participar de um referendo sobre a região Essequibo, um território que o país reivindica da vizinha Guiana. O resultado foi que mais de 95% dos eleitores votaram em incorporar oficialmente a região ao mapa do país, e com isso conceder cidadania e documentos de indentidade para cerca de 120 mil guianenses que vivem no território. 

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, cerca de 10,5 milhões de pessoas participaram do referendo, dos quais 95,93% aceitaram incorporar a região ao país. Por outro lado, apenas 4,07% dos eleitores discordaram da proposta do referendo. Ao todo 20,7 milhões de venezuelanos foram chamados para votar, o país tem uma população de cerca de 30 milhões de habitantes. 

O presidente venezuelano comemorou o resultado do referendo, e afirmou que:”Trata-se de um referendo histórico que colocou a Venezuela de pé e agora é hora de recuperar o que os libertadores nos deixaram”.

Presidente da Guiana minimiza o resultado do referendo 

Pelo lado da Guiana, o presidente do país, Mohamed Irfaan Ali, afirmou que muitos guianenses viram o referendo com suspeita. O mandatário ainda disse que “não há nada a temer nas próximas horas, dias e meses”. 

Irfaan ainda acrescentou que o país usa a diplomacia como sendo a sua “primeira linha de defesa” e trabalha continuamente para garantir que as suas “fronteiras permaneçam intactas”, afirmou o presidente do país por meio de uma postagem no Facebook. 

Origem da disputa pelo território Essequibo 

Venezuela e Guiana disputam o território Essequibo desde o fim do século 19. A região representa 70% do atual território da Guiana e é casa para cerca de 125 mil pessoas. Na Venezuela, a região é chamada de Guiana Essequiba. 

É uma área que tem uma mata densa, e no ano de 2015, a empresa americana ExxonMobil descobriu petróleo nas águas da região. Estima-se que o país tenha cerca de 14,8 bilhões de barris de petróleo, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por conta do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresceu nos últimos anos. 

Ambos os dois países afirmam ter direito sobre o território com base em documentos internacionais. Com base nesses dois argumentos abaixo: 

  •  A Guiana afirma que é a proprietária do território pelo fato de existir um laudo do ano 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais. Naquela época, a Guiana pertencia ao Reino Unido.
  • A Venezuela afirma que o território pertence ao país, pois assim consta em um acordo firmado em 1966 com o próprio Reino Unido, antes da independência de Guiana, no qual o laudo arbitral foi anulado e se estabeleceram bases para uma solução negociada.

Guiana havia pedido ajuda na corte internacional 

Guiana pediu que a corte internacional de justiça tomasse uma medida de emergência para interromper a votação na Venezuela. O tribunal decidiu que a Venezuela não podia tentar anexar a região de Essequibo. 

Mais cedo neste ano, em abril, a Corte Internacional de Justiça afirmou ter legitimidade para tomar decisões sobre a disputa. O órgão é a corte mais alta da Organização das Nações Unidas (ONU) para a resolução de disputas entre estados, mas não tem como fazer suas determinações serem cumpridas ao redor do mundo. 

Visão do governo brasileiro sobre a situação   

O governo brasileiro vê a situação com preocupação, a secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, a embaixadora Gisela Padova, afirmou ao G1 que o Itamaraty tem acompanhado a situação com atenção e o ex ministro da relações exteriores esteve na Venezuela e que o Brasil está conversando com Guiana :”Temos acompanhado com atenção e conversado com altíssimo nível — vocês se recordam que o embaixador Celso Amorim foi a Caracas se reunir com o governo — e nós também estamos tendo conversas com a Guiana“. 

Segundo a agência de notícias Reuters, a ida de Amorim à capital venezuelana aconteceu há uma semana. Ela foi um pedido feito pelo presidente Lula, depois de uma avaliação brasileira de que a campanha venezuelana sobre a anexação do Essequibo teria subido demais o tom. 

O governo brasileiro não chegou a pedir pelo cancelamento do referendo, mas solicitou a Nicolás Maduro que diminuísse o tom da campanha e buscasse uma solução pacífica. Segundo o G1, Lula recebeu uma ligação do presidente da Guiana, Irfaan Ali. Os dois líderes chegaram a marcar uma reunião na COP28, em Dubai, porém o encontro foi adiado. 


Lula durante a COP29. (Foto: reprodução/ RICARDO STUCKERT/PR)


O presidente Lula, por sua vez, defendeu o “bom senso” entre os dois países, afirmando que: “Espero que o bom senso prevaleça, do lado da Venezuela e do lado da Guiana“, disse o presidente brasileiro durante a COP28.

Na semana, durante uma reunião da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Brasília, representantes dos dois países trocaram provocações e foi preciso a interferência de outros países para impedir uma escalada na discussão.

 

Foto destaque: Nicólas Maduro após divulgação de resultado do referendo. (Reprodução/Matias Delacroix /AP Photo)

Fortaleza bate recorde, e se torna a primeira equipe nordestina a jogar a Série A por seis anos seguidos

Com a vitória do Fortaleza sobre o Bragantino, por 2 a 1, na noite da última quinta-feira (30), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela 36ª rodada da Série A, garantiu a permanência do Leão do Pici na Série A em 2024. Com isso o clube cearense será o primeiro clube do Nordeste a disputar seis edições seguidas do Brasileirão na história dos pontos corridos. 

Disputando a Série A desde 2019, o Fortaleza já havia igualado o número de participações consecutivas do Sport (2014-2018), Bahia (2017-2021) e Ceará (2018-2022), todos com cinco. 

Representantes do Nordeste no próximo Brasileirão 

No que vem, em 2024, o futebol nordestino já sabe que terá pelo menos dois representantes na elite nacional. O Fortaleza-CE e o Vitória-BA. Esse número ainda pode aumentar para três, caso o Bahia não seja rebaixado. 

Clubes do Nordeste na Série no formato pontos corridos

Desde que o Brasileirão passou a ser disputado no formato pontos corridos, a competição já teve nove representantes do Nordeste. Veja abaixo o número de representantes durante todas as edições da competição: 

  • 2003 – Bahia, Fortaleza, Vitória
  • 2004 – Vitória (2)
  • 2005 – Fortaleza
  • 2006 – Fortaleza (2), Santa Cruz
  • 2007 – América-RN, Náutico, Sport
  • 2008 – Sport (2), Náutico (2)
  • 2009 – Sport (3), Náutico (3), Vitória
  • 2010 – Vitória (2), Ceará
  • 2011 – Ceará (2), Bahia
  • 2012 – Bahia (2), Náutico, Sport
  • 2013 – Bahia (3), Náutico (2), Vitória
  • 2014 – Bahia (4), Vitória (2), Sport
  • 2015 – Sport (2)
  • 2016 – Sport (3), Santa Cruz, Vitória
  • 2017 – Sport (4), Vitória (2), Bahia
  • 2018 – Sport (5), Vitória (3), Bahia (2), Ceará
  • 2019 –  Bahia (3), Ceará (2), Fortaleza, CSA
  • 2020 – Bahia (4), Ceará (3), Fortaleza (2), Sport
  • 2021 – Bahia (5), Ceará (4), Fortaleza (3), Sport (2)
  • 2022 – Ceará (5), Fortaleza (4)
  • 2023 – Fortaleza (5), Bahia
  • 2024 – Fortaleza (6), Vitória (Bahia ainda pode ser rebaixado)

Campanha do Fortaleza nesta temporada 

Juan Pablo Vojvoda já está há três temporadas à frente do Leão do Pici. No ano de 2023, o clube cearense fez 76 jogos até agora, conquistando 39 vitórias, 15 empates e 22 derrotas. No Brasileirão, o Fortaleza teve um bom início, onde chegou ao G6, porém o time despencou na competição desde outubro, chegando a ficar 9 jogos sem ganhar, sequência que foi interrompida com o triunfo sobre o Bragantino, na última quinta-feira. 


Fortaleza jogando contra o Atlético-MG. (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)


Já na Copa Sul-Americana, o Fortaleza fez uma campanha brilhante e chegou até a final, perdendo para a LDU, do Equador, nos pênaltis.  Faltando apenas duas rodadas para o final da competição, a luta do Leão do Pici no Campeonato Brasileiro e garantir vaga na competição em 2024.

Foto destaque: Yago Pikachu comemorando um dos gols da vitória do Fortaleza. Foto: Eduardo Carmin/ Photo Premium/Gazeta Press

Hamas mantém um bebê de dez meses ainda como refém

A guerra entre Israel e Hamas acontece desde o dia 7 de outubro, e o grupo extremista ainda mantém em cativeiro o refém mais novo do conflito, sequestrado quando o caos estourou: um bebê de 10 meses, Kfir Bibas, que foi levado junto com outras 30 crianças. Ele já passou um quinto de sua vida como refém do Hamas. 

Mesmo com a esperança de liderança de reféns recentemente, o bebê ainda não foi incluído nas listas, segundo a família, que relatou ao canal americano ABC News, assim como seu irmão, Ariel, de 4 anos. Uma manifestação em apoio à família de Kfir Bibas foi realizada em Tel Aviv, na última terça-feira (28). 

Kfir e Ariel apareceram em um vídeo enrolados em um cobertor em volta da mãe, Shiri, enquanto homens armados gritavam em árabe a cercavam. O pai deles, Yarven Bibas, também foi sequestrado, e apareceu ferido em fotos. 

Reconhecimento internacional 

O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett levou a foto de Kfir para estúdios de mídia internacionais e a exibiu diante das câmeras. Yoav Gallant, ministro da defesa israelense, também citou Kfir em uma entrevista coletiva, e perguntou quem estaria cuidando dele. 


Ofri Birbas Levy, irmã da mãe de Kfir falando com a imprensa na Cidade de Gaza (Foto: reprodução/Miriam Alster/Flash90)


80% dos palestinos soltos por Israel eram menores de idade

Em cinco dias de cessar-fogo, 150 palestinos foram liberados por Israel em troca da liberação de 240 reféns que estavam sob controle do Hamas. Por outro lado, a grande maioria dos palestinos liberados até agora tem de 14 até 18 anos de idade. Esse grupo corresponde a 80% das pessoas libertadas, e dois terços estavam presos sem nenhum tipo de acusação forma, sob a chamada “detenção administrativa”.  

Esse é um modelo que autoriza a prisão de qualquer pessoa suspeita de ter cometido ou planejar cometer um crime no futuro. A prisão poderá ser estendida indefinitivamente caso “evidências secretas” sejam apresentadas, o que faz com que muitas pessoas passem anos ou até meses privadas de sua liberdade sem ter uma acusação formal ou sequer saber o motivo de estarem sendo punidas. 

Segundo o estado israelense, é um procedimento para conter suspeitos enquanto reúnem evidências, mas organizações de direitos humanos classificam como uma violação ao devido processo legal.

Foto destaque: manifestante ao lado de um poster de Kfir Birbas. (reprodução/Athit Perawongmetha/ Reuters)

Hamas entrega 6ª lista de reféns que devem ser libertados nesta quarta-feira

A lista do sexto grupo de reféns que deverão ser libertados nesta quarta-feira (29) foi entregue ao gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Essa lista contém o nome de 10 cidadãos israelenses. O Hamas está disposto a estender o cessar-fogo por mais quatro dias. A atual trégua entre os lados estava prevista para terminar na próxima quinta-feira (30). 

Na última terça-feira (28) um outro grupo de 12 reféns, composto por 10 israelenses e dois cidadãos tailandeses, foi libertado pelo Hamas. Por outro lado, o governo israelense libertou 30 palestinos. Esse grupo inclui 15 mulheres e 15 crianças do sexo masculino, segundo as autoridades israelenses.

Reféns liberados até agora

Até o momento, o Hamas já libertou mais 60 mulheres e crianças israelenses mantidas reféns, além de cidadãos estrangeiros. Por outro lado, o governo israelense libertou cerca de 180 prisioneiros palestinos. 

Israel informou que quer que todas as mulheres e crianças que ainda estão sendo mantidas reféns pelo Hamas sejam liberadas. O governo israelense acredita que o grupo extremista ainda esteja mantendo cerca de 30 até 40 mulheres, que têm entre 20 e 50 anos, e nove crianças.  

Membros do governo israelense informaram ao jornal The Times Of Israel, que preveem que a maioria das crianças mantidas reféns pelo Hamas sejam liberadas hoje à noite. Para eles, o governo do país estará aberto para ofertas para a soltura de homens e soldados após todas as crianças e mulheres serem libertadas. 


Refém israelense, Ditza Heiman, sendo levada para um carro da Cruz Vermelha por membros do Hamas. (Foto: SAID KHATIB / AFP)


Futuras trocas de reféns 

O canal israelense Channel 12 news informou que membros do governo israelense estão discutindo novas ideias, para acordar futuras trocas de reféns. Isso talvez possa incluir mais categorias de reféns, além de mulheres e crianças, que foram liberados até agora. As subcategorias podem incluir não só homens, como especificamente maridos e pais de famílias que já tenham sido liberadas pelo Hamas. 

O jornal americano The Washington Post informou que cinco categorias de reféns foram acordadas, que são: homens que são considerados mais velhos para servir as forças armadas, reservistas do sexo masculinos, soldados ativos, mulheres que servem ao exercíto e os corpos de israelenses que foram mortos no atentado de 7 de Outubro ou que tenham morrido. 

Todas essas categorias são esperadas de ter o seu próprio “preço” correspondendo com as demandas do grupo extremista Hamas.

Foto destaque: Carro da Cruz Vermelha levando cidadões israelense libertados pelo Hamas. (Reprodução/Ibraheem Abu Mustafa)