Sobre Edivaldo de Carvalho

Jornalista no site Lorena R7.

Processo de Flávio Dino contra Monark por difamação e injúria é interrompido pelo TRF3

O desembargador Fausto Martin de Sanctis, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), emitiu um habeas corpus que suspendeu, na última sexta-feira (22), a ação movida pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, contra Bruno Aiub, mais conhecido como o youtuber Monark. A ação, aceita pela Justiça Federal em setembro, acusava Monark de difamação e injúria em decorrência de uma live realizada em junho.

Na ocasião, Monark referiu-se a Flávio Dino de forma pejorativa, chamando-o de “gordola” e proferindo expressões ofensivas durante uma transmissão ao vivo. O youtuber questionou a capacidade física do ministro e fez críticas à sua liderança. Em resposta, Dino moveu uma queixa-crime, e em setembro, a Justiça Federal acatou a acusação, marcando uma audiência para 16 de fevereiro do ano seguinte.

A juíza Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São Paulo, impôs medidas cautelares a Monark, incluindo a obrigatoriedade de fornecer seus dados no exterior, comparecer mensalmente à Justiça e a proibição de fazer novos comentários sobre Flávio Dino. A decisão visava conter possíveis danos à imagem do ministro e manter a ordem no desdobramento legal.

Intervenção do habeas corpus

A defesa de Monark, liderada pelo advogado Jorge Urbani Salomão, interpôs um habeas corpus, buscando reverter as medidas cautelares e a suspensão da ação. O desembargador Fausto Martin de Sanctis acolheu o pedido, afastando as medidas impostas anteriormente e suspendendo a audiência marcada para fevereiro.


Youtuber Monark (Foto: reprodução/Youtube/@MonarkTalks_)


Sanctis argumentou que as expressões proferidas por Monark durante a live devem ser interpretadas dentro do contexto acalorado da discussão, reduzindo assim o potencial ofensivo das palavras. Além disso, o desembargador criticou a imposição de penas desproporcionais, enfatizando a importância de conter ações e reações diante de sentimentos intensos na sociedade.

Decisão de Sanctis

A decisão de Sanctis ressalta a sensibilidade do Judiciário diante de situações que envolvem expressões controversas em contextos específicos. O desembargador enfatiza a necessidade de equilíbrio ao interpretar e julgar manifestações proferidas durante debates acalorados. Além disso, sua crítica às penas desproporcionais destaca a importância de aplicar medidas justas e proporcionais, evitando excessos que possam prejudicar a liberdade de expressão.

O desfecho dessa controvérsia reforça a complexidade das interações entre figuras públicas e influenciadores nas plataformas digitais. A análise cuidadosa do contexto e a busca por um equilíbrio entre a proteção da imagem pública e a preservação da liberdade de expressão emergem como aspectos fundamentais no desenrolar de casos semelhantes.

A decisão do desembargador Fausto Martin de Sanctis representa um marco nesse embate legal. A suspensão da ação contra Monark não apenas reitera a importância de contextualizar as palavras proferidas em debates públicos, mas também destaca a necessidade de evitar medidas punitivas desproporcionais.

 

Foto destaque: Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participa do programa na Voz do Brasil. (Reprodução/Agência Brasil/Valter Campanato).

Jornal The New York Times processa a OpenAI por violação de direitos autorais

O renomado jornal americano The New York Times (NYT) iniciou, nesta quarta-feira (27), um processo judicial contra a OpenAI, laboratório responsável pela criação do ChatGPT, e a Microsoft, alegando violação de direitos autorais. A Microsoft, uma das principais investidoras na OpenAI, utiliza a tecnologia de inteligência artificial em seus mecanismos de busca e outras ferramentas.

A ação representa um novo capítulo na crescente batalha legal sobre o uso não autorizado de conteúdo jornalístico e autoral para treinamento de tecnologias de inteligência artificial. O NYT é a primeira grande organização de mídia americana a processar as empresas responsáveis pelo ChatGPT e outras plataformas populares de IA por questões de direitos autorais associadas às suas obras escritas.

Tribunal de Manhattan

Apresentado no Tribunal Distrital Federal em Manhattan, o processo alega que milhões de artigos publicados pelo NYT foram empregados no treinamento de chatbots automatizados, competindo agora como fonte de informações confiáveis com o veículo de notícias. Embora não especifique um valor exato de indenização, a ação sustenta que os réus são responsáveis por “bilhões de dólares em prejuízos legais e reais” relacionados à “cópia e uso ilegais das obras valiosas e exclusivas” da empresa de notícias.

Representantes da OpenAI e da Microsoft não estavam disponíveis imediatamente para comentar sobre o processo.

Este litígio pode estabelecer precedentes legais significativos para o uso da nova tecnologia de inteligência artificial generativa, com implicações para toda a indústria de mídia. Enquanto o NYT tem prosperado no jornalismo online, outras organizações viram suas receitas declinarem com a migração dos leitores para a internet.

Treinamento de chatbots

A OpenAI e outras empresas de tecnologia de IA, que utilizam uma variedade de textos online para treinar chatbots, estão atraindo bilhões em investimentos. A Microsoft, pioneira no investimento em IA generativa, injetou US$13 bilhões na OpenAI, elevando o valor de mercado da empresa para mais de US$80 bilhões.


Logo do ChatGPT (Foto: reprodução/Pixabay/Tumisu)


O processo alega que os réus estão se beneficiando dos investimentos substanciais do NYT em jornalismo, acusando-os de “usar o conteúdo do Times sem pagamento para criar produtos que substituem o Times e roubam audiência dele”.

Propriedade intelectual

Preocupações sobre o uso não remunerado de propriedade intelectual por sistemas de inteligência artificial têm ecoado em diversas indústrias criativas. Artistas, escritores e até mesmo agências de fotografia têm buscado proteção legal contra o uso não autorizado de suas obras.

O processo do NYT ocorre após um impasse nas negociações com a Microsoft e a OpenAI. O jornal alega que tentou resolver as preocupações sobre o uso de sua propriedade intelectual em abril, mas as conversas não levaram a uma resolução.

Além da proteção dos direitos autorais, a ação retrata o ChatGPT e outros sistemas de IA como potenciais concorrentes no setor de notícias. Ao gerar respostas baseadas em eventos passados do NYT, os chatbots podem reduzir o tráfego no site do jornal, impactando as receitas publicitárias e de assinaturas.

Avanço da IA

O jornalismo tem enfrentado desafios significativos com o avanço da IA generativa. Organizações de mídia buscam acordos para o uso de seu conteúdo, enquanto algumas, como o GLOBO, optaram por não permitir o acesso de ferramentas de inteligência artificial a seu conteúdo.

Em um exemplo específico, o processo destaca como o recurso Browse With Bing reproduziu resultados idênticos aos do Wirecutter, site de análises do NYT, prejudicando as receitas do veículo. Também aponta danos potenciais à marca do NYT causados por “alucinações” de IA, onde informações erradas são erroneamente atribuídas ao jornal.

A ação foi movida pela firma de advocacia Susman Godfrey, especializada em litígios, indicando uma abordagem jurídica robusta. A indústria de mídia aguarda atentamente as implicações deste processo pioneiro.

 

Foto destaque: Sede do jornal The New York Times (Reprodução/Flickr/Anthony Quintano).

Partidos admitem que Moro pode ser cassado no Paraná e antes do TSE

Os desdobramentos recentes no processo de cassação do senador Sergio Moro, em andamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), estão alterando as expectativas dos partidos envolvidos.

A acusação central refere-se ao suposto abuso de poder econômico durante a pré-campanha de 2022, quando o ex-juiz Moro manifestava sua intenção de concorrer à Presidência da República pelo Podemos. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Moro teria ultrapassado em 110,77% a média de gastos realizados por 10 candidatos ao Senado pelo Paraná.

Partidos envolvidos

Os partidos envolvidos no processo, Partido Liberal (PL) e Partido dos Trabalhadores (PT), agora consideram a possibilidade de uma derrota para Moro no âmbito estadual, antes que o caso alcance o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A alteração na visão dos partidos é, em parte, creditada à recente atuação do relator Luciano Carrasco Falavinha no processo. Mesmo diante da hesitação inicial das siglas, Luciano, recém-incorporado ao caso, insistiu em conduzir o depoimento de Moro.

Montante de um milhão

O relator também questionou o montante de um milhão de reais exigido por Luis Felipe Cunha, suplente de Moro, para atuar como advogado do senador e de outros membros do União Brasil. Falavinha considerou esse valor excessivamente alto em comparação com práticas comuns na advocacia, inclusive aquelas de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal.


Eleição para Presidência do Senado Federal (Foto: reprodução/Agência Senado/Pedro França)


A mudança de percepção dos partidos também foi influenciada pela posição da promotoria, que recentemente emitiu um parecer desfavorável a Moro. O documento, assinado tanto por Marcelo Godoy, chefe do Ministério Público Eleitoral desde novembro, quanto por Eloísa Machado, sua substituta, trouxe um duplo endosso, gerando otimismo entre os requerentes da cassação.

Tramitação do processo

Com base em precedentes e na tramitação do processo, membros do PL e do PT preveem que o julgamento no TRE-PR possa ocorrer logo após o término do recesso judiciário, na segunda quinzena de janeiro. A expectativa é que, até o início do segundo semestre, todos os recursos sejam analisados e esgotados em Brasília.

Essa previsão é fundamentada no caso de cassação da juíza Selma Arruda em 2019, que também envolvia acusações de abuso de poder econômico semelhantes às enfrentadas por Moro.

 

Foto destaque: Coletiva de Imprensa – Ex-ministro Sergio Moro (Reprodução/Agência Senado/Waldemir Barreto).

Réveillon em Copacabana terá presença de 3 mil PMs e câmeras de reconhecimento facial

Autoridades da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado realizaram, nesta terça-feira (26), uma coletiva de imprensa para detalhar os preparativos para a celebração do réveillon, especialmente na emblemática Copacabana. Diferentemente do ano anterior, o bairro contará com um reforço considerável na segurança, com a presença de três mil policiais militares na região.

Marco Andrade, porta-voz da Polícia Militar, ressaltou o compromisso das instituições em proporcionar a festa de Ano-Novo mais segura possível. A mobilização sem precedentes visa assegurar que as pessoas possam desfrutar do evento sem preocupações. Os pontos de revista em Copacabana iniciarão suas operações às 15h, introduzindo a inovação do reconhecimento facial como parte do procedimento.

Dois palcos principais

Para otimizar a distribuição do público, os dois palcos principais estarão estrategicamente posicionados no Posto 2, um virado para o Leme e o outro para o Forte de Copacabana. Ronnie, responsável pela organização, promete uma apresentação de queima de fogos emocionante e destacou o aumento na infraestrutura de atendimento médico, com mais ambulâncias e maqueiros disponíveis, inclusive a presença de um contêiner do Corpo de Bombeiros na Avenida Princesa Isabel.


Finalização da montagem do palco Carioca (Foto: reprodução/Agência Brasil/Tânia Rêgo)


A segurança será reforçada por meio de diversas medidas, incluindo 81 torres de segurança, 800 grades, 150 detectores de metais e 15 lanternas do tipo holofote. Marco Andrade enfatizou que haverá um efetivo policial adicional em áreas com eventos oficiais, estendendo-se também para Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes devido à grande concentração de pessoas nessas localidades.

Boulevard Olímpico

Em consonância com Copacabana, o Boulevard Olímpico implementará controle de acesso do público, enquanto o Aterro do Flamengo contará com pontos de policiamento do alto. Barra e Copacabana utilizarão o videomonitoramento para reforçar a segurança, incluindo a identificação de placas de veículos e foragidos da justiça.

A Polícia Civil terá um contingente adicional de 3.600 agentes, concentrando-se especialmente nas delegacias da Zona Sul. O planejamento abrange as Delegacias Especiais de Atendimento às Mulheres (Deams), a Delegacia Especial de Atendimento aos Turistas (Deat) e a Delegacia do Idoso, que atenderá também menores em situação de risco.

Além de Copacabana, a Praça Mauá, na região central, foi destacada como um novo ponto turístico para a celebração do réveillon, juntamente com Bangu, na Zona Oeste. Outros locais, como Praia do Flamengo, Paquetá, Ilha do Governador (Praia da Bica), Parque Madureira, Piscinão de Ramos, Penha (IAPI), Pedra de Guaratiba e Sepetiba, também foram apontados como alternativas para a virada.

Patrulhamento preventivo

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) assumirá a responsabilidade pelo ordenamento urbano, patrulhamento preventivo e apoio ao trânsito, incluindo a fiscalização de estacionamento irregular e a proibição de venda de bebidas em garrafas de vidro. O secretário Brenno Carnevale enfatizou a proibição de cercadinhos na areia, advertindo que a fiscalização será rigorosa, com licenças cassadas para aqueles que desrespeitarem as regras.

Quanto ao atendimento médico, em Copacabana, quatro postos de saúde serão disponibilizados, operando das 17h do dia 31 às 5h do dia 1º, cada um com 48 leitos e 30 ambulâncias à disposição. Ambulâncias adicionais estarão estacionadas nas proximidades, garantindo uma resposta eficaz em caso de emergências.

 

Foto destaque: O presidente da Riotur, Ronnie Aguiar, apresenta o esquema operacional do réveillon 2023 em Copacabana. (Reprodução/Agência Brasil/Tânia Rêgo).

Câmeras flagram vítima do ‘golpe do Tinder’ sendo surpreendida por cinco criminosos em SP

A Polícia Civil realizou o resgate de um homem, na madrugada desta quinta-feira (21), vítima do “/golpe do Tinder”/ na capital paulista. O incidente ocorreu no Parque Taipas, na Zona Norte de São Paulo, onde a vítima foi mantida em cativeiro. Dois suspeitos foram detidos em flagrante.

O episódio foi capturado por câmeras de segurança que registraram o momento em que o homem chegou ao local combinado para um encontro, marcado por meio do aplicativo de relacionamento Tinder. Ao descer do veículo, aguardando a suposta acompanhante, foi surpreendido por um indivíduo que, de maneira repentina, o rendeu com uma arma apontada para a cabeça. Posteriormente, outros quatro suspeitos se juntaram ao primeiro, e todos entraram no veículo.

Local do cativeiro

Após receber informações sobre um possível sequestro em andamento, os investigadores do 72º Distrito Policial dirigiram-se à rua Alto da Prata, onde o GPS do celular da vítima indicava seu último sinal. No entanto, o endereço correspondia a uma lanchonete fechada.


Local do cativeiro na Zona Norte de São Paulo (Foto: reprodução/Polícia Civil)


Ao analisarem as imagens de uma câmera de monitoramento de uma residência próxima, os policiais observaram o grupo com o carro da vítima dirigindo-se a um bar. A equipe deslocou-se até o local e identificou um portão que dava acesso a um terreno com diversas casas. Após buscas nos imóveis, localizaram a vítima, que estava rendida junto a dois homens.

Durante o sequestro

Na delegacia, o homem resgatado relatou que teve seu celular roubado durante o sequestro, sendo também coagido a fornecer senhas de aplicativos e cartões para que os criminosos efetuassem transações bancárias em seu nome.

Os suspeitos Jhonatam Serafim da Silva e Fabrício Ferreira Medeiros foram presos em flagrante pelos crimes de roubo e extorsão, e a prisão preventiva deles foi solicitada à Justiça. Os outros três envolvidos no crime foram identificados, mas até a manhã desta sexta-feira (22) permaneciam foragidos.

Adicionalmente, um detalhe relevante foi o encontro do veículo da vítima pela Polícia Militar momentos antes do resgate, na rua Albacora, Brasilândia.

 

Foto destaque: Homem, vítima do ‘golpe do Tinder’, foi surpreendido e dominado por criminosos na região norte de São Paulo. (Reprodução/Polícia Civil).

Anatel desaprova construção de usina no Ceará devido a riscos à internet brasileira

Aprovadas na última quarta-feira (20) pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU-CE), as obras da usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), têm causado controvérsia. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de internet expressam preocupação com a possibilidade de ruptura de cabos submarinos que conectam o Brasil ao resto do mundo, caso o projeto prossiga.

A Anatel classifica a construção da usina como “indesejável e imprudente”, destacando a existência de alternativas viáveis para sua realização. A agência ressalta que a SPE – Águas de Fortaleza, responsável pelo projeto, não considerou riscos e desconsiderou 11 recomendações do International Cable Protection Committee (ICPC), organização dedicada à proteção de cabos submarinos.

Riscos apontados

Os riscos apontados pela Anatel incluem a essencialidade dos cabos submarinos para as telecomunicações e a conexão de internet no Brasil, ancorados na região há décadas. A agência alerta para a lentidão e complexidade dos reparos em caso de falhas nos cabos, destacando a adição indesejável e imprudente de riscos ao projeto.

Caso o projeto prossiga sem interferências, as obras devem começar em março de 2024, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026. O governo do Ceará argumenta que a usina aumentará em 12% a oferta de água na região metropolitana de Fortaleza, convertendo água do mar em água potável.

Anatel recomenda alterações

A Anatel reitera sua oposição ao projeto atual da usina e recomenda alterações para outro local dentre as opções avaliadas. A agência solicitou mais detalhes ao governo do Ceará.


Mapa dos cabos submarinos de internet (Foto: reprodução/G1/Submarine Cable Map)


Fortaleza desempenha papel crucial na conexão de cabos de internet devido à sua proximidade relativa com a Europa, África e demais Américas. A cidade, que também se conecta a Salvador, Rio de Janeiro e Santos, beneficia-se do relevo oceânico favorável.

Usina defende construção

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) assegura que a usina não representa riscos aos cabos submarinos na Praia do Futuro. No entanto, associações como a TelComp e a Conexis, que reúne operadoras como Claro, Vivo, Tim, Oi, Algar Telecom e Sercomtel, manifestam preocupação com os riscos apontados pela área técnica da Anatel.

Em outubro, a TelComp afirmou que a discussão sobre a construção da usina é legítima, mas destacou a necessidade de escolher locais mais adequados e seguros para sua instalação. A Conexis, por sua vez, expressa a preocupação de suas associadas com os riscos identificados pela Anatel.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que a construção está em análise da União, dependendo da avaliação de outros órgãos federais.

 

Foto destaque: Cabo submarino da empresa EllaLink. (Reprodução/G1/EllaLink). 

Elon Musk contesta crítica de Janja por ataque hacker que ela sofreu no X

O empresário e bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), rebateu as críticas da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, em relação à demora na resposta ao ataque hacker que acometeu sua conta na última semana. Musk, em sua conta no X, afirmou não compreender como a invasão poderia ser responsabilidade da empresa, destacando a incerteza sobre a adivinhação da senha de e-mail da primeira-dama.

Não está claro como alguém adivinhar a senha do e-mail dela é nossa responsabilidade“, declarou Musk em resposta às alegações de Janja, que afirmou que o empresário se tornou ainda mais rico com o incidente.

Violência contra as mulheres

Após ser alvo do ataque hacker, Janja anunciou que o governo está discutindo um plano para combater a violência contra as mulheres nas redes sociais. Em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela criticou Musk e defendeu a regulação das plataformas digitais.


Presidente Lula e a Primeira-dama, Janja Lula da Silva (Foto: reprodução/Agência Brasil/Canal Gov)


A primeira-dama expressou sua consternação com o ataque, classificando-o como “invasivo”, e questionou a demora em retomar o controle de suas redes, que levou aproximadamente uma hora e meia. Janja enfatizou a necessidade de regulamentar as empresas que controlam as redes sociais e levantou questões sobre o ganho financeiro dessas plataformas com a crescente acessibilidade resultante de ataques como o que ela sofreu.

Regulação das redes sociais

Durante o programa “Conversa com o Presidente” na última terça-feira, Janja instou à regulação das redes sociais e destacou que, durante o período em que os invasores controlavam sua conta, Elon Musk ficou significativamente mais rico com o ataque.

Ao lado do presidente Lula, Janja assegurou que buscará medidas legais contra os responsáveis pela invasão, mas ponderou a dificuldade em decidir onde processá-los, seja no Brasil ou nos Estados Unidos.

Janja reage à resposta de Musk

Em resposta às críticas de Janja, Musk ironizou a situação, reiterando a falta de clareza sobre a responsabilidade da plataforma diante da adivinhação da senha de e-mail. A primeira-dama, por sua vez, reagiu à resposta de Musk, não se surpreendendo com o tom irônico e classificando a manifestação do empresário como sintomática, especialmente após suas declarações sobre processar a empresa.

Janja esclareceu que não responsabilizou a X por alguém “adivinhar” sua senha, mas destacou que deveria ser responsabilidade da plataforma agir prontamente diante de crimes cometidos em seu domínio.

Durante a semana, a primeira-dama abordou repetidamente a misoginia presente no conteúdo disseminado em suas redes sociais durante a invasão, com muitos tweets fazendo alusão à violência sexual.

 

Foto destaque: Elon Musk. (Reprodução/X/@Metropoles). 

Justiça da Espanha marca julgamento do ex-jogador Daniel Alves

A Justiça espanhola estabeleceu as datas para o julgamento de Daniel Alves, ex-lateral-direito preso desde janeiro por acusação de estupro em Barcelona. O tribunal de Barcelona anunciou que o julgamento ocorrerá entre os dias 5 e 7 de fevereiro de 2024. A acusação, feita pelo Ministério Público espanhol no final de novembro, busca uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador de 40 anos.

Daniel Alves, detido desde 20 de janeiro, é alvo de acusações relacionadas a um suposto crime sexual ocorrido em dezembro de 2022, quando teria agredido e estuprado uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona. A vítima, de 23 anos, relatou o incidente à polícia catalã (Mossos d’Esquadra), cujos depoimentos foram registrados, inclusive acidentalmente por uma câmera na farda de um policial.

Pedidos de liberdade

A Justiça espanhola tem rejeitado consistentemente os pedidos de liberdade de Daniel Alves, argumentando o risco iminente de fuga para o Brasil. Além disso, o Ministério Público solicitou não apenas a condenação do jogador, mas também uma indemnização de 150 mil euros (R$ 797 mil) à vítima, que inicialmente recusou, mas posteriormente aceitou o montante.


Foto de perfil de Daniel Alves (Foto: reprodução/Instagram/@danialves)


Desde sua prisão, Daniel Alves passou por mudanças em suas declarações, inicialmente alegando uma motivação para salvar seu casamento e, posteriormente, admitindo relações consensuais após enfrentar problemas conjugais com Joana Sanz. O jogador, que trocou de advogado, agora é representado por Inés Guardiola, especialista em violência sexual.

Tentativa de acordo

A nova defensora tentou, em novembro, negociar um acordo para evitar o julgamento, sem sucesso. O Tribunal de Barcelona, por sua vez, decidiu seguir com o processo de julgamento por agressão sexual. O ex-jogador da Seleção Brasileira, que participou da Copa do Mundo do Catar, enfrentará as acusações nos dias estipulados pela justiça espanhola.

Neste contexto, a Justiça espanhola tem argumentado consistentemente que Daniel Alves representa um risco de fuga iminente, negando todos os pedidos de liberdade apresentados pelo brasileiro. A defesa, liderada agora por Inés Guardiola, busca contestar as acusações e enfrentar o julgamento previsto para fevereiro de 2024.

Esse desenrolar legal envolvendo o ex-jogador destaca a complexidade e sensibilidade do caso, enquanto a Justiça busca equilibrar a preservação dos direitos do acusado e a busca por justiça para a vítima. Resta aguardar o desfecho do julgamento.

 

Foto destaque: Daniel Alves. (Reprodução/Instagram/@danialves).

Milionário britânico e esposa colombiana sequestrados em fazenda no Equador desaparecem

O empresário Colin Armstrong, ex-cônsul honorário do Reino Unido em Guayaquil, e sua esposa colombiana, Katherine Paola Santos, foram vítimas de um sequestro, no último sábado (16) em Baba, província de Los Ríos, Equador. O casal desapareceu quando 15 criminosos invadiram a fazenda de Armstrong. As autoridades equatorianas conduzem investigações para determinar o paradeiro dos sequestrados.

Segundo informações da Polícia Nacional equatoriana, Armstrong, de 78 anos, e sua esposa foram levados do Rancho Rodeo Grande pelos criminosos na madrugada de sábado, por volta das 2h45, horário local. O veículo do casal, uma BMW preta, foi posteriormente encontrado abandonado.

Comunicado das autoridades

Até o momento, as autoridades emitiram apenas um comunicado nas redes sociais, indicando que unidades policiais especializadas estão empenhadas em trabalhos operacionais e investigativos para solucionar o caso.

Um vídeo circula nas redes sociais, alegadamente gravado após a invasão, mostrando a residência do empresário bagunçada, com vestígios de sangue nos lençóis, utensílios domésticos quebrados e cômodos saqueados. Contudo, a polícia não se pronunciou sobre a autenticidade da gravação.

Proprietário da Agripac

Colin Armstrong, também fundador e proprietário da Agripac, uma destacada empresa de produtos agrícolas no Equador, tem 202 hectares em North Yorkshire, no Reino Unido. Ele serviu como cônsul honorário até 2016, quando seu filho Nicolas assumiu o cargo.

No mesmo dia do sequestro, foi registrada uma chamada de emergência sobre uma ameaça de bomba na Av. Samborondón, em Guayaquil, o que resultou em reforço policial na área, conforme relato do serviço de segurança nacional. Há indícios de que esse incidente possa estar relacionado ao sequestro do casal.

Onda de sequestros

O cenário equatoriano tem sido marcado por uma crescente onda de sequestros, muitos deles associados a gangues envolvidas no tráfico de drogas. O país, vizinho do maior produtor mundial de cocaína, a Colômbia, tornou-se estratégico para o escoamento de drogas, atraindo organizações criminosas internacionais.


Colin Armstrong e sua esposa Katherine Paola Santos (Foto: reprodução/O Globo/Redes sociais)


A instabilidade política e a crise relacionada ao narcotráfico e à violência têm se agravado, refletindo no aumento da taxa de homicídios de 14 para 25 por 100 mil habitantes entre 2021 e 2022. Cidades como Guayaquil têm sido palco de ataques armados e confrontos, evidenciando um quadro preocupante.

Este sequestro ocorre em um contexto onde personalidades políticas, como o candidato à Presidência Fernando Villavicencio, foram alvo de violência fatal. Em agosto deste ano, Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça após um comício em Quito, sublinhando os desafios enfrentados pelo Equador no combate à criminalidade.

 

Foto destaque: Colin Armstrong. (Reprodução/Instagram/@AgripacSA). 

Após a conta ser hackeada, Janja afirma que pretende processar a plataforma X

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, expressou nesta terça-feira (19) sua preocupação em relação à segurança nas redes sociais, afirmando que estas estão “acima da lei” no país. O pronunciamento ocorreu após suas contas em redes sociais serem invadidas na última semana, resultando em ofensas direcionadas não apenas a ela, mas também a outras autoridades.

No incidente, hackers utilizaram a conta de Janja no antigo Twitter para disseminar mensagens ofensivas. Em uma transmissão conjunta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janja destacou a dificuldade em ter a conta suspensa, enfatizando que a resposta do Twitter levou uma hora e meia.

Experiência invasiva

A experiência da semana passada foi invasiva. As mulheres, em particular, estão acostumadas a receber ódio nas redes, mas o que aconteceu foi mais perturbador“, declarou Janja, ressaltando a demora na suspensão da conta e a necessidade de regulamentação das redes sociais.

A primeira-dama argumentou não apenas pela regulamentação, mas também pela discussão sobre a monetização dessas plataformas. Ela enfatizou que as redes sociais, independentemente de serem usadas para o bem ou para o mal, operam acima das normas estabelecidas, inclusive do mercado.

Intenção de processar

Janja expressou sua intenção de processar as plataformas que foram alvo de invasão, sem especificar nomes. Quanto à escolha do local para processar, ela ponderou sobre as jurisdições brasileira e norte-americana.


Presidente Lula e a Primeira-dama, Janja Lula da Silva (Foto: reprodução/Agência Brasil/Canal Gov)


Na mesma transmissão, o presidente Lula demonstrou indignação com os ataques contra Janja, destacando a necessidade de uma “regulação séria” para lidar com crimes cometidos nas redes sociais. Ele condenou a violência virtual direcionada às mulheres e a manipulação de imagens, chamando essas práticas de criminosas.

Responsáveis pelo ataque

Lula compartilhou sua frustração ao mencionar que um dos responsáveis pelo ataque tinha apenas 17 anos e destacou a importância de regulamentações inspiradas em modelos já adotados internacionalmente, como o da União Europeia. Ele salientou que o desafio é encontrar formas de lidar com a disseminação do preconceito pessoal para milhões de pessoas sem recorrer à censura.

A necessidade de regulação, segundo Lula, é global, citando a importância de acompanhar debates e regulamentações em países como China e Estados Unidos. Ele enfatizou que a internet intensificou o preconceito e que é crucial encontrar soluções para este novo cenário.

 

Foto destaque: Primeira-dama, Janja Lula da Silva. (Reprodução/Agência Brasil/Canal Gov).