Sobre Edivaldo de Carvalho

Jornalista no site Lorena R7.

Aeroporto de Guarulhos tem aumento de 30% na apreensão de drogas

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na região metropolitana de São Paulo, enfrenta um desafio crescente relacionado ao contrabando internacional de drogas. Segundo informações da Polícia Federal (PF), houve um aumento significativo, aproximadamente 30%, nas tentativas de transporte ilegal de drogas por parte de traficantes nos meses de janeiro a julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com fontes oficiais, foram apreendidos quase 500 quilogramas de drogas em posse de passageiros que tentavam traficar essas substâncias através das instalações do aeroporto internacional. Além disso, a PF relatou que 231 indivíduos foram detidos em relação a esses casos, um número que supera as estatísticas de 2022.

Tendência de crescimento

A análise histórica das apreensões frequentemente revelou uma tendência de crescimento no tráfico internacional de drogas pelo Aeroporto de Cumbica. A partir do início da pandemia, essa tendência se intensificou ainda mais, resultando em um aumento significativo no número de flagrantes.


Aumentam em 30% as tentativas de traficar drogas em embalagens de perfumes no Aeroporto de Guarulhos. (Foto: Reprodução/Bom Dia Brasil/G1)


Cabe mencionar que a cocaína é a substância mais frequentemente apreendida, estando presente em nove em cada dez casos de prisões associadas ao contrabando de drogas. No entanto, os agentes de segurança também identificaram outras variedades de entorpecentes, como metanfetamina e maconha, durante suas operações.

Perfil dos passageiros

Os agentes da Polícia Federal monitoram desde o saguão do aeroporto, observando o comportamento e o perfil dos passageiros que se preparam para embarcar em voos internacionais.

As detenções geralmente ocorrem na área de imigração, e as tentativas de contrabando assumem diversas formas. As drogas já foram encontradas ocultas em frascos de perfume, nas solas de tênis, em embalagens de sopa instantânea, pacotes de café e até mesmo em objetos aparentemente inofensivos, como um pinguim de geladeira.

Em cerca de 80% dos casos, as substâncias entorpecentes são localizadas nas bagagens dos infratores. No entanto, há traficantes que tentam transportar as drogas amarradas ao corpo, na tentativa de evitar a detecção pelas autoridades.

Costa do Marfim

Recentemente, na última quarta-feira (30), um cidadão nigeriano que possuía um bilhete de viagem com destino à Costa do Marfim foi detido em Guarulhos, portando aproximadamente 10 quilogramas de cocaína, que estavam acondicionados em frascos de xampu e condicionador.

É relevante destacar que o crime de tráfico internacional de drogas, no Brasil, é passível de pena que pode ultrapassar 15 anos de prisão. No entanto, as legislações em vigor em outros países podem estabelecer penas ainda mais severas para esse tipo de infração.

O aumento notável nas tentativas de contrabando de drogas pelo Aeroporto de Guarulhos representa uma preocupação das autoridades de segurança e requer vigilância constante e rigorosa para combater essa atividade ilícita e preservar a segurança da sociedade.

Foto Destaque: Drogas foram encontradas em uma mala. Tentar embarcar em um avião levando entorpecentes pode resultar em uma pena de até 15 anos de prisão. Reprodução/Bom Dia Brasil/G1.

Governo trabalha para aprovar proposta que restringe participação de militares na política

O Palácio do Planalto encontra-se atualmente empenhado em uma incisiva ação com o propósito de obter a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir a participação de militares em atividade das Forças Armadas no âmbito político. O objetivo é estabelecer essa medida antes das eleições municipais de 2024. A autoria da proposta é atribuída aos ministros da Defesa, José Múcio Monteiro, e da Justiça, Flávio Dino.

O cerne da PEC reside na instituição de diretrizes rigorosas com o intuito de evitar que militares em serviço ativo possam se lançar como candidatos a cargos políticos ou assumir posições destacadas no escalão superior do Executivo.

Para a concretização dessa proposta, é crucial que ela seja aprovada tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, antes do dia 6 de outubro, data em que os cidadãos brasileiros estão programados para eleger prefeitos e vereadores.


A PEC impõe diretrizes rigorosas para impedir que militares ativos disputem cargos políticos ou assumam postos no Executivo. (Foto: reprodução/Lula Marques/Agência Brasil)


Segundo o texto da PEC, a preservação da neutralidade política das Forças Armadas é de suma importância, e, para garantir esse princípio, os militares em serviço ativo que desejarem candidatar-se a cargos eletivos serão compelidos a serem transferidos para a reserva assim que oficializarem suas candidaturas.

Reserva remunerada

Mesmo que um militar preencha os requisitos para a transferência à inatividade remunerada, a proposta estabelece que tal indivíduo seja direcionado à reserva sem remuneração. Na ausência do cumprimento desses requisitos, o militar será alocado na reserva não remunerada das Forças Armadas.

Ademais, a PEC impõe uma restrição rígida à possibilidade de militares em serviço ativo ocuparem cargos de Ministro de Estado. O intuito subjacente é assegurar que qualquer forma de influência política por parte dos militares seja evitada durante o período em que estiverem em atividade.

O debate em torno dessa proposta surge em resposta a um cenário em que a Polícia Federal (PF) conduziu uma operação voltada para militares, abrindo espaço para discussões acerca do envolvimento de militares em atividade no âmbito político.

O presidente Lula pretende apresentar essa PEC por intermédio de um membro de sua base no Congresso, sendo o senador Otto Alencar (PSD-BA) um dos nomes mais cogitados para desempenhar esse papel.

Expectativas otimistas

Apesar das expectativas otimistas em relação à aprovação célere da proposta, membros da base governamental acreditam que é improvável que as regras estejam completamente vigentes já nas próximas eleições. Até o momento, o ministro da Defesa não estabeleceu um prazo para a conclusão das alterações constitucionais necessárias.

Um dos obstáculos manifesta-se no extenso percurso que uma PEC deve percorrer no Congresso. A proposta teria início no Senado, demandando a aprovação de 27 senadores para ser apresentada. Antes de chegar ao plenário, a proposta seria submetida à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça, bem como de uma comissão especial.

Militares em serviço ativo

Foi considerada a possibilidade de incorporar o texto proposto por Múcio a uma PEC já em tramitação no Congresso. Uma dessas PECs, elaborada anteriormente pela então deputada Perpétua Almeida (PCdoB – AC), possui um escopo mais amplo, proibindo que militares em serviço ativo ocupem cargos de natureza civil na administração pública, não se restringindo apenas à posição de ministro.

Essa proposta estabelece critérios para que militares das Forças Armadas, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros possam assumir funções civis. O governo tem a intenção de aprovar uma PEC com o objetivo de proibir a atuação política de militares em serviço ativo das Forças Armadas, sendo que esse propósito enfrentará um processo legislativo complexo antes de ser efetivado.

 

Foto Destaque: Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Durante cerimônia de apresentação dos oficiais-generais recém-promovidos. Reprodução/Lula Marques/Agência Brasil.

Furacão Idalia deixa marcas de destruição na Flórida e os ventos chegam a 200 km/h

O furacão Idalia recentemente atingiu a costa da Flórida, trazendo consigo impactos severos. Pelo menos duas fatalidades resultaram diretamente da tempestade, ocorrendo em estradas escorregadias do estado. Mais de 260.000 pessoas enfrentaram interrupções no fornecimento de energia da Flórida no início dessa quarta-feira (30),  e mais de 900 voos nos aeroportos locais sofreram atrasos e cancelamentos.

O Centro Nacional de Furacões emitiu um alerta classificando a tempestade como “catastrófica”, destacando a possibilidade de áreas serem submergidas por até 16 pés de inundação, além de estarem sujeitas a ondas destrutivas.

Risco de inundação

Especificamente, mais da metade da costa oeste da Flórida estava sob risco de inundação devido à água sendo empurrada para o interior. O governador Ron DeSantis informou que cerca de 25.000 trabalhadores dos serviços públicos estavam prontos para agir, com mais 30.000 a caminho do estado para prestar assistência.


Inicialmente, o furacão alcançou a categoria 4, com ventos soprando a 200 km/h. (Foto: reprodução/X/@policyscoop)


O furacão Idalia iniciou como uma tempestade, porém, nas últimas 12 horas antes de atingir a Flórida, ganhou considerável intensidade. Esse fortalecimento foi atribuído às águas quentes do oceano nas proximidades da costa. Inicialmente, atingiu a categoria 4, com ventos soprando a 200 km/h. Ao tocar o solo da Flórida, reduziu-se para a categoria 3, mas manteve sua potência.

Evacuação de milhares de pessoas

A tempestade forçou a evacuação de milhares de pessoas de suas residências, enquanto mais de 14 milhões permaneceram em estado de alerta devido aos riscos associados ao furacão. Espera-se que o Idalia perca graduamente sua intensidade ao longo do dia.

O meteorologista Giovani Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, explicou que as águas quentes do oceano transformaram uma tempestade em um furacão, aproveitando o calor ambiente.

Mudanças climáticas

As mudanças climáticas têm contribuído para o aumento das temperaturas oceânicas, resultando em fenômenos climáticos mais intensos. O calor excessivo elevou a temperatura média das águas em 3°C, intensificando a potência de tempestades e furacões.

O governo da Flórida enfatizou a gravidade deste furacão, incentivando os residentes a tomarem precauções. Os ventos atingiram até 209 km/h, e as preocupações estenderam-se para inundações costeiras, que poderiam ser provocadas pela combinação da ressaca do mar com a força dos ventos.

Governador Ron DeSantis

O governador Ron DeSantis enfatizou a importância de evitar riscos desnecessários e alertou os moradores a não subestimarem a tempestade.

A devastação causada pelo furacão Idalia serve como um lembrete impactante dos desafios enfrentados não apenas pela Flórida, mas por muitas regiões em um mundo onde as mudanças climáticas estão aumentando a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos.

 

Foto Destaque: Ventos a 209 km/h geraram preocupações com inundações costeiras pela ressaca do mar e força do vento. Reprodução/David Mark/Pixabay.

Depressão e ansiedade: saiba por que não se pode interromper o tratamento

O Brasil se destaca na América Latina como líder em relatos de ansiedade e depressão, trazendo à tona complexas questões ligadas à saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% da população global enfrenta transtornos mentais. Contudo, é relevante notar que o Brasil ocupa uma posição proeminente nesse contexto, com quase 19 milhões de indivíduos relatando experiências de ansiedade e depressão.

A gravidade dessa estatística ganha mais força ao considerarmos que cerca de 7% dos brasileiros classificam sua saúde mental como precária ou muito ruim, conforme revelado por um estudo do Instituto Datafolha. Vale destacar que nessa porcentagem, as mulheres e os jovens de 16 a 24 anos apresentam índices ainda mais altos, correspondendo a 9% e 13%, respectivamente.

Esse panorama não passa despercebido, uma vez que a busca por remédios psiquiátricos testemunhou um aumento notável. Dados fornecidos pelo Conselho Federal de Farmácia evidenciam um crescimento de 58% nas vendas entre 2017 e 2021.

Medicações psiquiátricas

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cactus e AtlasIntel, demonstrou que um em cada seis participantes, todos com mais de 16 anos, estava utilizando medicações psiquiátricas.

No entanto, tão comum quanto a prescrição e uso desses medicamentos é a interrupção abrupta de seu consumo. Profissionais da área de saúde mental têm destacado os riscos inerentes a essa prática.


Interromper o uso de antidepressivos causa sintomas adversos (Foto: reprodução/Pixabay)


Uma armadilha frequente é a percepção de melhoria por parte dos pacientes, o que pode induzir à falsa sensação de resolução do problema e levar muitos a interromperem subitamente a medicação. Em outros casos, efeitos colaterais do tratamento podem se tornar tão incômodos a ponto de levar a uma interrupção abrupta.

Contudo, a interrupção repentina de medicamentos psiquiátricos não ocorre sem consequências. Especialistas da área advertem que mesmo um único dia sem a medicação pode alterar os sinais químicos no cérebro, resultando em sintomas como enjoo, fadiga, tontura e sensação de “cabeça leve”, mas a intensidade desses sintomas pode variar de pessoa para pessoa.

Sintomas adversos

Pesquisas recentes também confirmam que mais da metade das pessoas que tentam interromper o uso de antidepressivos enfrentam sintomas adversos, sendo que quase metade delas descreve esses efeitos colaterais como graves.

Esse fenômeno é conhecido como “síndrome de retirada” e não se limita aos antidepressivos, abrangendo ansiolíticos, hipnóticos, antipsicóticos, estabilizadores de humor e até mesmo medicamentos usados para tratar o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Ainda que esses sintomas desagradáveis possam diminuir após alguns dias, a recorrência dos sintomas originais é uma preocupação relevante. Vanessa Favaro, diretora do Serviço de Ambulatórios do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP), enfatiza a possibilidade de recaída.

Resistência ao tratamento

Elson Asevedo, psiquiatra e diretor técnico do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental da Universidade Federal de São Paulo (Caism/Unifesp), acrescenta que pacientes que inicialmente respondiam bem ao tratamento medicamentoso podem apresentar respostas mais lentas ou resistência ao retomar um tratamento interrompido, o que pode exigir ajustes de dosagem ou até mesmo a substituição da medicação.

A interrupção abrupta de medicamentos psiquiátricos acarreta riscos reais para a saúde mental dos indivíduos, nesse sentido, as estatísticas alarmantes de ansiedade e depressão no Brasil destacam a importância de abordagens coerentes e orientadas por profissionais da saúde.

A busca por melhorias na saúde mental deve ser guiada por um profundo entendimento dos riscos associados à suspensão dos medicamentos, visando garantir um tratamento eficaz e seguro.

Foto Destaque: Mulher num estado depressivo ao lado da sua cama. Foto: reprodução/Pexels.

Nova lei aumenta o salário mínimo e amplia a isenção do Imposto de Renda

A Lei 14.663/23, que determina o ajuste do salário mínimo e a ampliação da faixa de isenção na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) entrou em vigor. Ela foi sancionada sem vetos pelo presidente Lula após ser aprovada pelo Congresso Nacional.

A origem dessa legislação está na Medida Provisória 1172/23, que passou pelos trâmites de aprovação tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. O deputado Merlong Solano (PT-PI) atuou como relator na Câmara.

O novo valor estabelecido para o salário mínimo é de R$ 1.320,00, que entrou em vigor a partir de 1º de maio deste ano. Esse montante representa um aumento em relação ao salário mínimo de janeiro, que era de R$ 1.302,00. Além do reajuste imediato, a lei também institui uma política de valorização do salário mínimo a ser aplicada a partir de 2024.

Política de valorização

A política de valorização adotada segue os mesmos critérios utilizados até o ano de 2015. Portanto, o reajuste será calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somado à variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) referente aos dois anos anteriores. Em um cenário em que o PIB apresente uma taxa de crescimento real negativa, o reajuste do salário mínimo ocorrerá somente com base no INPC.


O desconto simplificado corresponde a 25% do valor da faixa de isenção, totalizando R$ 528,00 com base no novo valor da faixa (Foto: Reprodução/Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)


Essa norma também confere autorização ao Poder Executivo para efetuar os reajustes por meio de decreto, seguindo os critérios mencionados. Contudo, não há prazo definido para o término dessa prerrogativa, que continuará válida até que uma nova lei a modifique.

Imposto de Renda da Pessoa Física

Com relação ao Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), a Lei 14.663/23 elevou a faixa de isenção para R$ 2.112,00 a partir de 1º de maio de 2023. Antes desse ajuste, a faixa de isenção estava fixada em R$ 1.903,98. Ademais, a lei introduziu o conceito de desconto simplificado mensal.

Esse desconto simplificado corresponde a 25% do valor da faixa de isenção, totalizando R$ 528,00 com base no novo valor da faixa. No entanto, caso as deduções mensais relacionadas a dependentes, Previdência Social e pensão alimentícia sejam inferiores a 25% do valor da faixa, o desconto simplificado será aplicado em vez das deduções tradicionais.

A aplicação dessa nova abordagem permitirá que indivíduos com renda de até R$ 2.640,00 (equivalente a dois salários mínimos atuais) obtenham um desconto mensal de R$ 528,00, evitando assim o pagamento do Imposto de Renda.

Estima-se que a ampliação da faixa de isenção do IRPF resultará em uma redução na arrecadação de aproximadamente R$ 3,2 bilhões nos últimos 7 meses de 2023, e essa redução aumentará para R$ 5,88 bilhões em 2024 e R$ 6,27 bilhões em 2025, segundo cálculos do Ministério da Fazenda. No mais, cerca de 13 milhões de contribuintes deverão ser beneficiados por essa nova faixa de isenção.

 

Foto destaque: O salário mínimo foi reajustado para R$ 1.320 e está em vigor desde 1º de maio deste ano. Reprodução/Depositphotos/Agência Câmara de Notícias

Polícia investiga caso de criança autista amarrada em escola por indisciplina

Uma escola situada na região nordeste de Goiás está sendo investigada devido a um incidente envolvendo um menino autista de 3 anos. Imagens obtidas por câmeras de segurança mostram o menino se arrastando pelo chão com uma cadeira “colada” ao seu corpo durante uma aula. De acordo com informações do delegado Humberto Soares, os pais da criança tiveram acesso às gravações das câmeras de monitoramento e ficaram profundamente consternados ao presenciar a situação.

Conforme relato da família, o comportamento do menino começou a ser atípico e ele passou a manifestar uma clara resistência em frequentar a escola. Diante disso, eles decidiram analisar as imagens capturadas pelas câmeras de segurança e se dirigiram à instituição de ensino. O delegado detalhou que as imagens evidenciavam o menino amarrado a uma cadeira por meio de um cinto.

Diretora confirma que o menino foi amarrado

A diretora da escola confirmou que, de fato, o menino foi amarrado. Ela alegou que essa medida extrema foi adotada com a intenção de acalmar a criança. Segundo a diretora, o menino estava apresentando um comportamento disruptivo na sala de aula e a decisão de amarrá-lo foi uma tentativa de manter a situação sob controle.


Menino autista de 3 anos é amarrado e se arrasta durante aula (Foto: reprodução/X/@jornal_opopular)


O caso foi oficialmente registrado junto à polícia na última segunda-feira (21). De acordo com o delegado, a família comunicou que esse não foi um incidente isolado e que o menino já havia sido amarrado em outras ocasiões. Inicialmente, o caso está sendo investigado como um possível episódio de maus tratos. Além disso, as autoridades estão examinando a possibilidade de outras infrações penais estarem envolvidas.

Transtorno do Espectro Autista

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que influencia a maneira como uma pessoa se comunica, interage e se comporta. Ele integra o conjunto de condições denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA), abrangendo uma variedade de níveis de gravidade e características individuais. As raízes do autismo envolvem fatores genéticos e influências do ambiente, embora as causas abrangentes ainda não sejam completamente compreendidas.

Tratamento do autismo

O tratamento do autismo frequentemente engloba terapia comportamental, que visa ensinar habilidades sociais, terapia ocupacional, que busca melhorar funções motoras e sensoriais, fonoaudiologia, que tem como objetivo aprimorar habilidades de comunicação e linguagem, entre outras abordagens, como a psicopedagogia. Em alguns casos, também é considerado o uso de medicamentos para tratar sintomas relacionados, como ansiedade e hiperatividade.

É fundamental destacar que o autismo é uma condição permanente. No entanto, com o apoio adequado da família, amigos, profissionais da saúde e da sociedade em geral, as pessoas com autismo podem superar desafios e alcançar realizações significativas em suas vidas.

 

Foto Destaque: Imagem destaca o menino amarrado numa cadeira. Reprodução/X.

Segurança de Lula identificado em redes sociais golpistas é demitido pelo GSI

A apreensão do telefone de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do Presidente Bolsonaro, resultou na descoberta de que um membro da equipe de segurança presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva estava envolvido em um grupo de WhatsApp. Nesse grupo, militares da ativa expressavam apoio a um golpe de Estado e faziam ameaças ao ministro Alexandre de Moraes. O tenente Coronel André Luis Cruz Correira foi identificado como integrante desse grupo, que também contava com a participação de Mauro Cid. A suspeita a respeito dessa situação foi antecipada recentemente pelo jornalista Cesar Tralli, da GloboNews.

Após a descoberta, a Polícia Federal apresentou o caso ao Palácio do Planalto, que determinou a exoneração de Correia. Ele estava subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tinha a responsabilidade de contribuir com a segurança direta de Lula. Correia inclusive acompanhou o presidente em viagens, incluindo a realizada à Bélgica.


Tenente coronel André Luis Cruz Correia, exonerado do GSI. (Foto: Reprodução/ASCOM/CBMSE/Revista Forum)


A revelação de que Correia estava associado ao grupo de WhatsApp com conteúdo de natureza golpista intensificou as tensões entre a Polícia Federal e o GSI. A PF, há algum tempo, defende que a segurança presidencial seja atribuição da Polícia Federal, mas Lula optou por um modelo híbrido com o GSI liderando, visando evitar conflitos com os militares.

Nos bastidores, o GSI interpreta esse episódio como mais um capítulo de uma disputa em curso, enquanto membros do GSI argumentam que Correia não deveria ser julgado exclusivamente por sua participação no grupo, a menos que existam evidências claras de interações ou envolvimento ativo em conversas.

Desconfiança em relação ao GSI

Investigadores da Polícia Federal demonstram surpresa diante de mais um episódio que reforça a desconfiança em relação ao GSI, um órgão que já teve integrantes envolvidos em incidentes anteriores, como os ocorridos em 8 de janeiro.

Ademais, ressurge a discussão sobre a presença de Mauro Cid no e-mail do ajudante de ordens da Presidência. Naquela ocasião, o GSI manifestou a intenção de conduzir uma sindicância para investigar o caso, porém, até o momento, a responsabilidade não foi esclarecida.

Sob a perspectiva da PF, o envolvimento de um segurança responsável pela proteção do presidente em um grupo com intenções de promover um golpe de Estado é considerado algo grave e alarmante. Os investigadores também têm informações de que o coronel Correia teria solicitado auxílio a Cid para conseguir uma transferência da Bahia para Brasília, solicitação que foi atendida.

Internamente no GSI, fontes afirmam que a comunicação não se tratou de um pedido de ajuda, mas sim de uma consulta sobre vagas disponíveis na capital federal. Esse diálogo ocorreu em março deste ano, após os eventos golpistas de janeiro.

Exoneração de Correia

Correia começou a atuar na segurança do presidente Lula somente no final de março. O ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, confirmou a exoneração de Correia da equipe de segurança presidencial. Ele enfatizou que se trata de uma exoneração, não de uma demissão. Quanto à existência de um relatório da PF indicando a participação de Correia em um grupo golpista, o general afirmou não ter conhecimento.

Questionado sobre o relatório da PF, o general declarou desconhecer a informação. Ele também ressaltou que Cid não teria condições de auxiliar Correia a ingressar no GSI, uma vez que a seleção é realizada pelo comando do Exército, sem indicações pessoais.

 

Foto Destaque: A repercussão resultou na exoneração de Correia após a intervenção da Polícia Federal e do Palácio do Planalto. Reprodução/Ricardo Stuckert/PR/Palácio do Planalto.

Motorista de ônibus enfrenta acusação de homicídio culposo após acidente fatal

A Polícia Civil de Minas Gerais realizou, nesta quinta-feira (24), uma coletiva de imprensa com o propósito de apresentar informações relativas ao acidente de ônibus ocorrido no domingo anterior, dia 20. O incidente resultou na morte de sete indivíduos e deixou várias outras pessoas feridas. O ônibus transportava torcedores do Corinthians e tombou em uma seção da Rodovia Fernão Dias (BR-381), situada no KM 520.

Segundo as informações fornecidas pela Polícia Civil, a perícia preliminar indicou que o ônibus exibia condições preocupantes. Os pneus do veículo estavam desgastados, os freios apresentavam problemas e alguns assentos não estavam equipados com cintos de segurança. O motorista do ônibus, que também era o proprietário da empresa, está sujeito à responsabilização por lesão corporal e homicídio culposo.

Identidade das vítimas

O acidente resultou na perda de sete vidas, cujas identidades foram divulgadas por familiares e autoridades competentes. Os nomes das vítimas são:

  • Hamilton Rogério dos Santos, de 46 anos;
  • Andrew Nicolas Francisco, de 26 anos;
  • Allan Aguiar, de 31 anos;
  • Rodrigo Lacerda de Barros, de 32 anos;
  • Vanderlei Rosielton Henrique Simão, de 41 anos;
  • Renan Wellington Barbosa, de 32 anos;
  • José Antônio da Silva, de 54 anos.

Essas pessoas eram provenientes de diversas localidades, incluindo Pindamonhangaba, São José dos Campos, Taubaté e Elói Mendes.


Vítimas do acidente  (Foto: Reprodução/G1)


Conforme informações detalhadas pelo delegado Elton Cota Lopes, vinculado ao Departamento Estadual de Investigações de Crimes de Trânsito de Minas Gerais, a rodovia onde o acidente ocorreu não apresentava sinais de frenagem. Além disso, foi verificado que alguns assentos do ônibus não possuíam cintos de segurança. A análise preliminar também evidenciou problemas nos freios do veículo. O motorista do ônibus encontra-se internado após o acidente.

Motorista recebe tratamento médico

A concessionária responsável pela administração do trecho da rodovia esclareceu que o condutor perdeu o controle do veículo ao ingressar em uma curva, resultando em colisão contra um barranco e subsequente capotamento. O motorista, identificado como Cleber Felipe Vicente Martins, tem 39 anos  e está recebendo tratamento médico na ala de Terapia Intensiva do Hospital Público Regional de Betim.

Além das investigações relacionadas às condições do veículo e aos detalhes do acidente, a Polícia Civil informou que pretende requisitar a realização de exame toxicológico no condutor. Adicionalmente, serão coletadas mais informações sobre o histórico do veículo junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Dentran) de São Paulo, estado de origem do ônibus, a fim de determinar a existência de multas e autuações de trânsito.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), destacou que o veículo em questão não possuía o registro necessário nem a autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros.

 

Foto Destaque: Ônibus que levava torcedores do Corinthians é levado para pátio da PRF em Itatiaiuçu (MG). Reprodução/Saulo Luiz/G1.