Sobre Bianca Penteado

Jornalista no site Lorena R7.

Viih Tube dá novo relato sobre dificuldades emocionais da maternidade

Seis meses após o nascimento da filha Lua, a influenciadora digital Viih Tube, de 22 anos, abre o jogo sobre as dificuldades emocionais que enfrentou no puerpério. Desde a gravidez, a youtuber vem utilizando as redes sociais para mostrar, sem filtro ou hesitação, as transformações físicas e psicológicas causadas pela gestação e pela maternidade.

Identificação

Em entrevista à Glamour, Viih expôs o processo de perda e reencontro que teve com ela mesma desde a chegada do bebê.

Depois que você vira mãe, parece que você se perde. O sentimento fica muito confuso. Você tem dificuldade de se encontrar nas roupas, no corpo, no cabelo novo”, afirmou. “Tive cabelo curto, aliás, todos os tipos de cabelo que já imaginei eu já fiz, mas nunca significaram algo como significou a última mudança. Ela veio de uma necessidade de conseguir me olhar no espelho e identificar alguém”. 

Apesar de não ter sido “super fácil” aceitar as mudanças pelas quais o corpo passou, a influenciadora conta que explorar a questão na terapia foi um passo importante para entender a fase como parte de um processo. Para Viih, não havia cobranças quanto a perder a flacidez ou os quilos ganhos, o que facilitou expor a nova realidade na internet. 

As transformações emocionais foram muito mais difíceis”, contou. “Tudo foi maravilhoso, mas não deixa de ser novo, e compreender a nova pessoa que eu teria que ser, mais responsável e madura, foi um processo.”


Viih Tube atualmente possui uma ótima relação com a própria autoestima (Foto: Reprodução/Instagram/@viihtube)


Nova realidade

Nos últimos meses, a youtuber vem se destacando na internet ao fazer vídeos de tour pelo corpo, durante e após a gravidez. Querendo expor as mudanças que sofreu e que não sabia que aconteceriam, compartilhou as transformações esperando ajudar e também receber apoio das outras mães seguidoras.

Atualmente, a youtuber entende que o corpo nunca mais será o mesmo e não cogita fazer procedimentos radicais pensando na estética. Respeitando os próprios limites, Viih segue hábitos saudáveis: faz exercícios físicos, skincare, se hidrata, dorme e acorda cedo e consome uma alimentação saudável. 

Passei a cuidar mais da minha saúde, porque quero estar bem para a minha filha em cada fase que ela estiver“, declarou.

Viih ainda explica que perdeu muitas amizades desde que entrou na maternidade, principalmente, por causa das vivências diferentes. São assuntos, eventos e até mesmo ideias que não batem mais. Com o distanciamento que enfrentou, a influenciadora digital ainda ressalta a importância de uma rede de apoio para as mães terem ajuda em momentos difíceis.

Foto Destaque: Viih Tube e a filha Lua. Reprodução/Instagram/@viihtube

Loewe: Jonathan Anderson cria coleção disruptiva para Semana de Moda de Paris

Em um dos desfiles mais aguardados da Semana de Moda de Paris, a Loewe retornou às passarelas na última sexta-feira (29) apresentando uma abordagem disruptiva que brinca com cortes e proporções.

A coleção

Sob direção criativa de Jonathan Anderson, a casa de luxo espanhola entregou um conceito baseado no exagero, em que o básico foi elevado ao suprassumo do estilo. Looks emblemáticos montados a partir de microblusas, calças oversized e de casacos de tricô gigantes foram os destaques da coleção. 

O couro continua fazendo parte do DNA da Loewe e aparece ao longo do desfile em peças maravilhosas, seja como camurça fina ou como a versão que se assemelha a tecido, empregada em camisetas de tom pastel.

Os acessórios escolhidos também não passam despercebidos e detalhes como loafers de feltro, sandálias pescador e mocassins de frente arredondada ainda completam o visual das modelos com maestria.

Em entrevista à imprensa, Anderson contou sobre o próprio processo criativo dentro da grife espanhola.

O que desfrutei nesse processo foi como criar uma atitude dentro de uma marca. Penso que cheguei a um ponto em que entendo essa atitude, com as bolsas, com as coleções femininas e masculinas“, afirmou.

E, na coleção Primavera/Verão, é nos looks femininos que Jonathan Anderson rompe definitivamente com o atual padrão estabelecido pela indústria da moda. Nada de ultrafemino: silhuetas largas, conforto e peças clássicas são a escolha da vez.


Desfile Loewe na Semana de Moda de Paris (Foto: Reprodução/Instagram/@loewe)


Loewe

Chique e jovial, a marca de luxo espanhola rapidamente tornou-se a queridinha das fashionistas. De acordo com um relatório divulgado em julho deste ano pela Lyst, uma companhia de tecnologia de moda, um ranking trimestral dos produtos e grifes mais populares mostrou que a Loewe conseguiu superar até mesmo a Prada.

Não à toa, as celebridades mais populares da atualidade estão usando as peças da marca. A Loewe foi responsável não apenas pelo look incrustado de brilhantes que a Beyoncé usou na turnê do álbum Renaissance, como também fez o visual icônico inteiramente vermelho que a Rihanna usou durante a apresentação no Superbowl.

 

Foto Destaque: Loewe aprenta desfile luxuoso na Semana de Moda de Paris. Reprodução/Instagram/@loewe

Semana de Moda de Milão: Dolce & Gabbana faz um desfile sedutor

Apostando em looks inspirados em lingeries, a grife italiana Dolce & Gabbana marcou presença nas passarelas da Semana de Moda de Milão da temporada de prêt-à-porter Spring 2024, na Itália, na manhã do último sábado (23).

O desfile foi marcado por muita transparência e renda, exalando todo potencial dramático, sensual e polêmico da dupla de estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana. 

Desfile Sensual

Os tecidos da coleção vão de tule a organza e os looks dão um show de modelagem, utilizando camisas vaporosas, corselets rendados, meias-calças e tops de um ombro só. Com a maioria dos looks sendo pretos e alguns poucos brancos, um dos destaques do evento foi uma noiva vestida inteira de lingerie.

O elenco de top models escolhido ainda foi essencial para o sucesso do desfile. Irina Shayk, Adut Akech, Vittoria Ceretti, Mariacarla Boscono e, em especial, a modelo plus size Ashley Graham e a diva da grife Naomi Campbell, incorporaram completamente a energia sensual exigida para o contexto.

Na passarela, a alfaiataria não passou despercebida e casacos, jaquetas, trench-coats foram bem recebidos pelo público.


Dolce & Gabbana na Semana de Moda de Milão (Foto: reprodução/instagram/@dolcegabbana)


Karoline Vitto

Na Semana de Moda de Milão, a Dolce & Gabbana também está apoiando a estreia da brasileira Karoline Vitto. Esse é o primeiro desfile solo da estilista, que possui um estúdio conceituado e é reconhecido pela diversidade e inclusão de tamanhos.

Com ela compartilhamos a ideia de beleza autêntica, que não olha para tamanhos e padrões, mas é a expressão de um estado profundo da alma”, afirmaram Domenico Dolce e Stefano Gabbana sobre Vitto, em comunicado à imprensa. “Suas criações revelam delicadamente a forma feminina: os cortes, os tecidos elásticos, os detalhes que emolduram o corpo nos lembram como é bom nos sentirmos livres para vestir o que quisermos e nos sentirmos confortáveis.

A grife italiana patrocina uma marca jovem em Milão a cada temporada e já apoiou designers como Tomo Koizumi e Matty Bovan.

Foto Destaque: Desfile Dolce & Gabbana. Reprodução/Instagram/@dolcegabbana

Paulo André afirma que estrear na Hugo Boss é a “realização de um sonho”

O atleta brasileiro e ex-BBB Paulo André estreou nas passarelas internacionais na última sexta-feira (22), durante a disputada Milan Fashion Week 2023. Inicialmente convidado apenas para assistir ao desfile da marca Hugo Boss, o convite rapidamente foi alterado e virou uma proposta ainda mais importante: desfilar para a grife pela primeira vez.

Desfile da Boss

Ano passado estive na semana de moda e mentalizei que queria muito um dia desfilar ali para alguma marca como a Boss, que é uma marca gigante”, afirmou em comunicado à imprensa. “Significa muito pra mim, é um sonho realizado!”

Nas passarelas, o atleta vestiu um look social, composto por uma calça e gravata cinzas, camisa listrada e um sobretudo preto, de couro. P.A, como também é conhecido, ainda desfilou pela Hugo Boss ao lado do amigo e parceiro de reality, Pedro Scooby.


Pedro Scooby desfila na Semana de Moda de Milão (Foto: reprodução/Instagram/@pedroscooby)


Carreira de modelo

Em entrevista ao gshow, Paulo André ainda compartilhou que está aproveitando a experiência e que deseja dar continuidade à carreira que está construindo dentro das passarelas.

Sei que os momentos bons passam, ainda mais eu, como atleta de 100 metros, sei que tudo passa muito rápido. Mas, com certeza, eu vou guardar para sempre no meu coração!“, disse. “Meu objetivo é dar longevidade a isso, me apaixonei pelo mundo da moda e é muito legal estar aqui entre as maiores marcas”.

No ano passado, o atleta assinou um contrato com a agência de modelos Way Model, responsável por personalidades como Carol Trentini e Sasha Meneghel, e chegou a desfilar na São Paulo Fashion Week 2022 para a marca paulista MISCI, que tem a direção criativa de Airon Martin. A estreia de Paulo André na SPFW foi um dos assunto mais comentados da época e rendeu a ele uma chuva de elogios.

Para a Semana de Moda de Milão, P.A levou os pais para assistir tudo da primeira fileira e o acompanhar na viagem.

Foto Destaque: Paulo André desfila na Semana de Moda de Milão. Reprodução/Instagram/@iampauloandre

London Fashion Week 2023: coleção de Molly Goddard transforma o básico no elemento principal

Ao som de “I’ll Send You a Witch”, as modelos de Molly Goddard atravessaram a casa de leilões Christie’s, usando uma faixa presa à cabeça. O desfile faz parte da edição primavera/verão 2024 da London Fashion Week, que acontece de 15 a 19 de setembro, e traz referências que vão do século 19 à atualidade.

Nas peças apresentadas, a silhueta é diversa e as bainhas possuem comprimento variado, do midi ao mini. As saias, geralmente, ainda deixam à mostra os sapatos, que são sapatilhas com amarras ou botas com cadarço.

 

Coleção

Transformando o que era tradicionalmente oculto no evento principal da obra, pregas e vincos levantam o tecido e deixam aparecer a parte interna e estrutural do vestuário. 

Goddard ainda aposta na mesma provocação na construção e no styling de algumas peças, utilizando componentes básicos, como cintas de algodão e zíperes internos, para desconstruir a própria coleção. Assim, algumas modelos desfilam com vestidos que têm a parte de trás aberta ou com corsetes sem as costas fechadas.

Ao empregar esses artifícios, a sensualidade construída pela designer britânica não é óbvia. Da mesma forma, ainda que os vestidos sejam volumosos, cheios de “frufrus” e tenham tons pastéis, não representam a ultra feminilidade. 

Nesta coleção, o cardigan e a lingerie caminham lado a lado: enquanto algumas propostas entregam total enclausuramento, outras exibem uma boa quantidade de pele. E é no jogo de contrastes que a estilista enriquece a obra. Um dos destaques do evento foi um vestido longo, transparente e verde ácido, que impressiona tanto na cor inusitada quanto no design.


Desfile de Molly Goddard na London Fashion Week (Foto: reprodução/Instagram/mollygoddard)


Desfile conceitual

Em determinados momentos do desfile, as criações de Goddard vão em direção a uma imagem doméstica que pode confundir o olhar. A estilista também propõe roupas acolchoadas como edredons e vestidos que assemelham-se a um avental. 

Ao longo do desfile, algumas modelos aparecem como quem faz parte do mobiliário da casa, sendo uma continuidade da parede ou da cortina. E, na interpretação do conceito apresentado por Goddard, caminhamos entre a ressignificação do papel da mulher e o reforço da ideia patriarcal de que a mulher pertence apenas à casa — tanto que já estaria se tornando parte do ambiente.

 

Foto Destaque: Desfile de Molly Goddard na London Fashion Week. Reprodução/Instagram/mollygoddard

London Fashion Week 2023: programação é marcada por nomes veteranos e estreantes

Após o encerramento da semana de moda de Nova York na última quarta-feira (13), a moda direciona a atenção para a London Fashion Week (LFW), que acontece de 15 a 19 de setembro. Na temporada britânica de primavera/verão 2024, o calendário marca a presença de talentos estreantes e nomes veteranos no mundo do design fashion.

As ações nas passarelas da London Fashion Week tiveram início nesta sexta-feira (15), com talentos como Bora Aksu, Ahluwalia, Edward Crutchley, Mark Fast e o veterano irlândes Paul Costelloe. 

Nomes consagrados na passarela

A semana de desfiles ainda aguarda outros nomes consagrados na moda, como Simone Rocha e JW Anderson, que é o designer britânico mais aclamado pela crítica atual. Após uma temporada de apresentação em Milão apoiada pela marca Dolce & Gabbana, Matty Bovan também retorna às passarelas de Londres.

O Brasil não fica de fora da LFW. A estilista Karoline Vitto marca presença no calendário da semana de moda, sob o guarda-chuva do Fashion East. Standing Ground e Johanna Parv se apresentam ao lado da brasileira. Chopova Lowena, por sua vez, notável no streetstyle por seus kilts e saias, também desfila na programação.


A London Fashion Week primavera/verão 2024 acontece de 15 a 19 de setembro (Foto: reprodução/Freepik/tongpatong)


A London Fashion Week ainda conta com diversos designers estreantes e emergentes, como a linha Mains, de Aaron Esh e do músico Skepta, e a marca de luxo Harri, de moda masculina.

Daniel Lee encerra a semana

Com uma programação oficial cheia para a temporada primavera/verão 2024, a LFW contará com 19 eventos ao vivo, sendo eles apresentações e desfiles. Oito festas também foram confirmadas no calendário somente para o dia de abertura.

O maior evento físico da semana de moda será a Burberry de Daniel Lee, marcada para encerrar a LFW. O espetáculo se configura como a maior coleção apresentada pelo designer até então e ocorrerá em Highbury Fields, um amplo espaço aberto longe do centro da cidade, cercado de casas no estilo georgiano.

Foto Destaque: Desfile de moda. Reprodução/Pixabay

Família britânica oferece R$ 600 mil por ano para “babá de cães”

Uma família da cidade de Kensington, na Inglaterra, publicou um anúncio na internet oferecendo R$ 600 mil (100 mil libras) por ano para quem cuidar de dois cachorros de estimação.  A vaga para “/babá de pet”/ conta com uma série de exigências e, inclusive, pede que os animais sejam tratados como membros da família.

Segundo o site em que o trabalho foi divulgado, os contratantes procuram um profissional “excepcional e muito experiente” para assegurar o “bem-estar, felicidade e segurança dos seus cães”.

Além das responsabilidades cotidianas, como cuidar da alimentação, da higiene e dos exercícios físicos do animal, a vaga estabelece que o funcionário seja responsável por agendar vacinações, check-ups e consultas no veterinário. A administração dos medicamentos e a atualização do histórico de saúde dos cães também ficam a cargo da “/babá”/.

Para os momentos de lazer, o contratado deverá programar encontros com outros cachorros e planejar passeios no parque. 


Cachorros (Foto: Reprodução/Pixabay.com)


Outra obrigação que a função determina é acompanhar os animais em viagens internacionais e domésticas, buscando garantir a segurança e o conforto dos pets ao longo do trajeto. Por isso, a “/babá”/ precisará, inclusive, adaptar e estruturar o roteiro do passeio conforme a existência de acomodações pet-friendly.

O anúncio publicado também informa que a vaga é para um ambiente de trabalho com “alta visibilidade”. Por isso, os contratantes exigem que o candidato possua uma experiência prévia atuando como “babá profissional de cães” para famílias com grande patrimônio financeiro.

Quem estiver interessado no trabalho ainda precisa cumprir dois últimos requisitos: possuir carteira de motorista válida e estar à disposição para atuar em horários irregulares. Parte das obrigações do funcionário será acomodar a própria agenda às necessidades dos cães e dos compromissos da família, até mesmo em feriados, fins de semana e de noite. 

Até o momento, nenhuma pessoa que se candidatou foi selecionada para a vaga, que permanece disponível.

Foto Destaque: cachorros. Reprodução/Pixabay.com

Síndrome de Ménière: entenda o diagnóstico de Mariana Rios

A cantora e atriz Mariana Rios falou em entrevista ao Venus Podcast, na segunda-feira (19), sobre a perda auditiva que sofreu no ano passado. De acordo com Rios, parte da audição do ouvido esquerdo foi prejudicada por causa da Síndrome de Ménière. 

Perdi 30% da audição do ouvido esquerdo por conta disso. Então, há alguns anos eu tomo a mesma medicação todos os dias. Eu adquiri essa doença autoimune por conta do estresse“, disse.

A atriz explica que o estresse atribuído a uma rotina de trabalho acelerada fez com que o próprio corpo entrasse em colapso, chegando ao ponto de paralisar e não conseguir mexer ou falar por horas.

Sem uma cura para a doença, ela ainda descreve que é necessário estar sempre monitorando a própria condição e evitar ter picos de estresse, pois corre o risco de perder ainda mais a capacidade auditiva.

Mariana Rios também relatou o impacto que a perda parcial da audição provocou no trabalho que exercia dentro da carreira musical. 

Eu preciso da audição para, na hora de colocar o fone, entender as notas que vêm do piano, como eu entro na música, e [ouvir] meu diretor falando no ponto, que hoje é só do lado direito”, expôs. “Se eu cubro o ouvido direito, escuto tudo errado no esquerdo”.


Mariana Rios (Foto: Reprodução/Instagram/@marianarios)


Síndrome de Ménière

A hidropsia endolinfática, também conhecida como Síndrome de Ménière, provoca alterações no ouvido interno. 

Entre os sintomas da síndrome, estão episódios de vertigem precedidos por surdez flutuante (quando a perda auditiva do indivíduo se modifica, estando em melhor ou pior condição dependendo do dia), zumbido e sensação de pressão no ouvido.

Conforme aponta o British Medical Journal (BMJ), grupo de periódicos científicos, a síndrome resulta na produção excessiva ou na absorção deficiente da endolinfa, identificada como o líquido presente no interior do labirinto membranoso da orelha interna.

Foto Destaque: Mariana Rios. Reprodução/Instagram/@marianarios

Geleiras do Himalaia podem perder 75% do volume até o final deste século

As geleiras do Himalaia Hindu Kush, na Ásia, podem perder 75% de volume ao final do século por causa do aquecimento global. 

Em novo relatório, uma equipe internacional de cientistas apontou que a perda de gelo na região está acelerando. Ao longo da década de 2010, as geleiras derreteram até 65% mais rápido do que nos dez anos anteriores. Os dados são de um levantamento do Centro Internacional para Desenvolvimento Integrado de Montanhas (ICIMOD), com sede em Katmandu, uma autoridade científica intergovernamental na região.

A área abriga os picos do Everest e do K2 e comporta uma vasta reserva natural, com bacias hidrográficas que proporcionam energia, alimento e água para 240 milhões de pessoas que habitam o território montanhoso. Com o derretimento das geleiras, a região pode sofrer com inundações e escassez de água.

Estamos perdendo as geleiras e as perderemos em 100 anos”, disse Philippus Wester, cientista ambiental e membro do ICIMOD que foi o principal autor do relatório.


Monte Everest (Foto: Reprodução/Pixabay.com)


O Himalaia Hindu Kush possui uma extensão de 3.500 km, estando presente no Afeganistão, China, Butão, Índia, Bangladesh, Mianmar, Paquistão e Nepal.

Com o aquecimento de 1,5°C ou 2° acima das temperaturas pré-industriais, o relatório prevê que as geleiras em toda região percam de 30% a 50% do volume que acomodam até 2100.

Com 3° de aquecimento – uma temperatura que o mundo está prestes a atingir diante das atuais políticas climáticas mundiais – as geleiras do Himalaia oriental, que inclui o Butão e o Nepal, poderão perder cerca de 75% do volume de gelo. Em 4° de aquecimento, a previsão cresce para 80%.

Em 2019, um estudo produzido pelo ICIMOD envolvendo cerca de 350 pesquisadores avaliou que a região precisaria investir mais de 4,6 bilhões de dólares por ano até 2030 e 7,8 bilhões de dólares até 2050 para conseguir se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.

Foto Destaque: Monte Everest. Reprodução/Pixabay.com

Comunidade indígena awa-guajá enfrenta surto de gripe no Maranhão

A comunidade indígena awa-guajá da aldeia Awá, localizada no Maranhão, enfrenta um surto de gripe no território. No dia 10 de junho, uma criança, de um ano, faleceu por causa de complicações da doença enquanto tentava chegar ao hospital mais próximo da aldeia, na cidade de Alto Alegre do Pindaré. 

Crianças e adultos adoeceram nos últimos dias na comunidade indígena. Até o momento, nenhuma equipe médica foi enviada até o local. Sem médicos na unidade de saúde da aldeia Awá, os doentes são atendidos somente por técnicos de enfermagem. 

No hospital da cidade de Alto Alegre do Pindaré, uma médica que estava de plantão afirmou a um grupo de indígenas que a unidade não possuía estrutura para atender todos os pacientes. 

De acordo com os awá-guajá, a direção da unidade de saúde disponibilizou então transporte para transferi-los até o Hospital Municipal de Santa Inês, onde novamente foram recusados por causa da escassez de leitos. As crianças foram medicadas e encaminhadas para Bom Jardim.


Indígenas awá-guajá (Foto: Reprodução/Heloisa d’Arcanchi/Funai)


Após o falecimento do bebê de um ano, outras 11 crianças precisaram de internação e três delas apresentaram sintomas com quadros mais graves da doença. No hospital de Bom Jardim, uma ala foi reservada para receber exclusivamente os indígenas doentes, vítimas do surto gripal.

Desde quarta-feira a gente vem recebendo um fluxo maior de indígenas, mais de oito já foram internados aqui”, disse Jairon Pereira, coordenador do hospital de Bom Jardim.

Construída em 2017, a Unidade Básica de Saúde (UBS) da aldeia Awá nunca passou por uma manutenção e sofre com a falta de instrumentos médicos. O posto, por exemplo, conta com apenas um aparelho de nebulização disponível para uso.

Segundo o advogado Diogo Cabral, especialista em direitos humanos, equipes médicas do  Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) e da Secretaria de Saúde Indígena realizarão a assistência na aldeia Awá.

O Conselho Estadual de Direitos Humanos fará uma missão na região e também, através de sua associação, os Awá encaminharão informes para o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, para a Relatoria Especial de Povos Indígenas das Nações Unidas e também para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos”, afirmou Diogo.

Em relação ao óbito da criança awá-guajá, a Prefeitura de Alto Alegre do Pindaré informou à TV Mirante que o bebê já estava morto quando chegou no Hospital Municipal João Antônio Santos.

Foto Destaque: crianças brincando em acampamento de caça na aldeia Awá. Reprodução/Povos Indígenas no Brasil/Uirá Garcia