Sobre Bianca Penteado

Jornalista no site Lorena R7.

Boston Celtics perde novamente em jogo contra Knicks

O New York Knicks venceu o Boston Celtics, na última quinta-feira (26), por 120 a 117. Considerada uma das disputas mais esperadas da Conferência Leste, os dois times jogaram de maneira equilibrada durante os 48 minutos, decidindo a partida apenas na prorrogação.

Pelo lado da franquia de Manhattan, o ala-pivô Julius Randle foi um dos grandes destaques do duelo fora de casa. A participação do atleta consagrou 37 pontos, uma soma relevante para a vitória. Jalen Brunson, por sua vez, também protagonizou as movimentações em quadra. Ao todo, o armador do Knicks dominou 29 pontos, 4 rebotes e 7 assistências.

Apesar da derrota, a equipe do Boston Celtics conseguiu entregar ao público uma performance de alta qualidade. No time de Massachusetts, Jayson Tatum finalizou o confronto estrelando um duplo-duplo, com 35 pontos marcados e 14 rebotes. 


A partida configura a terceira derrota seguida da franquia de Massachusetts (Foto: Reprodução/Knicks)


O jogo ocorreu na arena The Garden, em Boston, e teve o resultado cravado faltando somente oito segundos para o fim. Na decisão, o ala-armador Jaylen Brown errou dois lances livres, que foram essenciais para configurar o desfecho do duelo em desfavor da franquia local.

Precisamos ser melhores. Hoje tivemos um jogo difícil. Mas eu posso jogar melhor do que joguei hoje”, comentou Brown ao fim da disputa. Em análise, alguns nomes do time, como Al Horford, tiveram atuações abaixo da média, concretizando apenas 6 pontos.

Após o confronto, o New York Knicks se mantém no sétimo lugar da tabela de classificação da Conferência Leste, com um retrospecto de 27-23. Por outro lado, não quebrando o jejum, os Celtics perdem a terceira partida seguida, mas conseguem permanecer na liderança do campeonato, com uma campanha de 35-15.

Os dois times retornam para as quadras neste sábado (28). Enquanto os Knicks enfrentam o Brooklyn Nets às 19h30 (de Brasília), no Barclays Center, o Boston Celtics vai atrás do Los Angeles Lakers às 22h30 (de Brasília), novamente no TD Garden.

Foto Destaque: Boston Celtics enfrentaram os New York Knicks na arena The Garden. Reprodução/Knicks

Majestoso: Corinthians busca fim de jejum no Morumbi

Após vitória sobre o Guarani por 2 a 1, o Corinthians volta para disputar a quinta rodada do Campeonato Paulista neste domingo (29), em jogo clássico contra o São Paulo. O duelo acontece às 18h30 (de Brasília), no Morumbi, palco recente de partidas pouco favoráveis para o Timão.

Para enfrentar o Tricolor Paulista, a equipe alvinegra conta com a dupla formada por Yuri Alberto e Róger Guedes, que já possui três gols marcados nesta temporada. No histórico de confrontos contra o São Paulo, entretanto, o camisa 10 jogou em quatro oportunidades, perdendo três vezes e empatando uma, sem conseguir balançar a rede adversária.

“Espero que eu possa marcar lá. Contra o São Paulo, marquei jogando pelo Atlético-MG (em 2018), aqui pelo Corinthians eu não marquei contra o São Paulo ainda”, disse o atacante após duelo com o Guarani. “Dos clássicos aqui de São Paulo, o único que não marquei foi contra eles, espero que Deus possa me abençoar no domingo com um gol e que a gente possa sair com a vitória”.


Uniforme do Corinthians em jogo contra o Guarani (Foto: Reprodução/Rodrigo Coca)


Desde a contratação de Róger Guedes, o Corinthians disputou apenas um Majestoso na condição de mandante contra o Tricolor Paulista, finalizando a partida com o placar empatado por 1 a 1. Na ocasião, o ex-técnico alvinegro Vítor Pereira manteve o atacante no banco de reservas por 90 minutos.

A última vez que o Corinthians venceu o São Paulo no Morumbi foi em abril de 2017, em confronto válido pela semifinal do Paulistão. Até o momento, os dois times já se enfrentaram mais de 10 vezes no mesmo estádio e o aproveitamento do Timão permaneceu em 12%.  Ao todo, foram sete derrotas e quatro empates, somando 13 gols sofridos.

No jogo deste domingo, o treinador Fernando Lázaro enfrenta dois grandes desfalques no setor de meio-campo, com Maycon e Cantillo lesionados no músculo posterior da coxa direita. Os dois jogadores já começaram o tratamento no CT Joaquim Grava.

Foto Destaque: Róger Guedes. Reprodução/Rodrigo Coca.

Médica relata rotina de trabalho na Terra Yanomami em Roraima

Contratada pelo Programa Médicos pelo Brasil há oito meses, Ana Caroline Marques de Souza é a única médica na unidade básica de saúde (UBS) de Auaris, região pertencente à Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Atuando em uma estrutura precária, com escassez de remédios e, em geral, sem transporte disponível, Souza relatou para o jornal O Globo sobre a sua rotina de trabalho dentro da crise humanitária vivenciada pelo povo Yanomami, resultado do avanço do garimpo ilegal na área.

A unidade é dividia em três setores, um consultório, uma área de internação e observação e a casa dos funcionários, onde ficam pelo período de 15 a 30 dias. De acordo com a médica, a UBS já realizou cem atendimentos em um dia e também enfrentou a aglomeração de internados.

Os pacientes que precisam ficar internados ou sob observação — o que acontece muito, por não conseguirem tomar o remédio sozinhos ou por estarem fragilizados e não conseguirem voltar andando — ficam aglomerados na UBS. Na maioria das vezes, são duas pessoas por rede”, explica Souza.


Ana Caroline Marques de Souza é indígena de Aracruz (ES) (Foto: Reprodução/Karina Zambrana)


Um dos contratempos enfrentados na unidade de Auaris é a carência de remédios e aparelhos usados durante o tratamento medicamentoso. Medicações simples, como sulfato ferroso, dipirona e paracetamol, e remédios para os casos de maior complexidade, como adrenalina e antibióticos, estão na lista dos materiais faltantes, assim como esparadrapos e ataduras. Para resolver isso, Ana Caroline conta com o próprio salário e com a solidariedade de outros profissionais da área.

Tem vezes que eu compro do meu próprio dinheiro e levo. A equipe se ajuda. Conseguimos bastante doação de colegas da saúde”, afirma. “Mas nem sempre há o que fazer. Os casos vão desde desnutrição a insuficiências respiratórias graves.”

Apesar do número de profissionais na unidade ter aumentado, ainda não é possível atender a demanda por consultas. Com uma equipe composta por um enfermeiro, entre quatro e cinco técnicos de enfermagem e dois guardas de endemia, a rotina de trabalho de Souza começa das 8h às 12h e depois prossegue das 14h às 18h. “Tudo somos nós que fazemos. Temos escala para limpar e cozinhar. Nos dividimos para preparar o café e o almoço dos pacientes e funcionários. Todos os dias, um funcionário tem a função de cozinheiro”, completa.

Para ampliar a rede de atendimento nas comunidades indígenas, esses profissionais de saúde também se deslocam pela região, seja a pé ou de barco. O acesso às embarcações, entretanto, não está sempre à disposição. A fim de utilizar o transporte, a equipe de Auaris precisa pedir emprestado para o Exército ou para alguém da comunidade, uma vez que o barco do Distrito Sanitário sempre quebra.

Foto Destaque: Indígenas Yanomami. Reprodução/João Claudio

Gasto bilionário de Bolsonaro não garantiu assistência médica aos Yanomami

Em estado de Emergência em Saúde Pública, a Terra Indíngena Yanomami, que concentra aproximadamente 30,4 mil habitantes em Roraima, encara o aumento desenfreado de casos de desnutrição, sede e doenças, como a malária e a intoxicação por mercúrio, resultados do garimpo ilegal. De acordo com o Ministério da Saúde, são pelo menos 570 crianças mortas pela fome e por causas consideradas “evitáveis”, nos últimos anos. 

Apesar do cenário marcado pela desassistência sanitária da população Yanomami, o Portal da Transparência revela: durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram gastos R$ 5,44 bilhões com o Programa de Proteção e Recuperação da Saúde Indígena. Do orçamento total, que atingia R$ 6,13 bilhões, foram enviados R$ 872 milhões para a ONG Missão Caiuá, entidade evangélica que diz estar “a serviço do índio para a glória de Deus”.

Em reportagem do jornal O Globo, o presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, afirma que a ONG Caiuá realiza apenas a contratação de funcionários da área de saúde, mas que eles não têm entrado nas terras indígenas nos últimos quatro anos.

“O nosso maior problema é que disponibilizamos esses profissionais para o governo, técnicos de enfermagem, por exemplo, para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e os Distrito Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), que são os órgãos do governo que estão no local, mas o deslocamento do profissional, tirar das cidades e levar até as aldeias onde os indígenas estão, aí é de responsabilidade do governo federal”, expõe Cleverson Daniel Dutra, advogado da ONG Missão Caiuá, em entrevista para O Globo. “Eles que precisam contratar aeronaves ou terceirizar empresas. É responsabilidade deles.”


Para a gestão do presidente Lula, a crise humanitária envolvendo os Yanomami e os outros povos indígenas é resultado de um governo anterior omisso (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert)


Os dados do Portal de Transparência ainda mostram que, de R$ 59 milhões destinados às terras indígenas yanomami, R$ 51 milhões foram executados em 2022. Sobre a aplicação do dinheiro, Júnior Hekurari explica que grande parte do montante foi empregado na contratação de empresas de transporte aéreo, como aviões e helicópteros, que são utilizados apenas durante emergências, enquanto a prioridade deveria ser a compra de medicamentos.

“Os garimpeiros ficam intimidando, ameaçando profissionais para pegar remédios. Por causa desses problemas foram fechadas seis unidades básicas de saúde. Muitos yanomamis ficaram sem atendimento e morreram sozinhos sem nenhuma ajuda”, diz Hekurari.

No Brasil, as terras indígenas vêm sendo palco de confrontos violentos entre os povos tradicionais e os garimpeiros, com o avanço da mineração ilegal. Segundo o levantamento realizado pelo MapBiomas, o território Yanomami já perdeu 1.556 hectares para o garimpo ilegal.

Foto Destaque: Ex-presidente Jair Bolsonaro. Reprodução/Carolina Antunes

Genocídio também pode ocorrer por omissão, diz Nísia Trindade sobre Terra Yanomami

O Ministério da Saúde decretou na última sexta-feira (20), em edição extra do Diário Oficial da União, Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para combater a desassistência sanitária da população yanomami, em Roraima. Um dia depois do anúncio, a comandante da pasta, Nísia Trindade, declarou que grande parte do que é observado nessas terras indígenas é uma consequência do garimpo ilegal.

Nós caracterizamos esse episódio como uma situação de desassistência. Isso significa que essa população está sem o devido cuidado por parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e isso acontece por várias questões. Grande parte da razão por tudo isso está na desorganização social provocada pela atividade do garimpo ilegal”, afirma Trindade em entrevista á BBC News Brasil, em Buenos Aires. “Essa atividade gera contaminação dos rios e cria escavações que geram depósitos de água em que há proliferação de mosquitos. Com isso, há um aumento muito grande nos casos de malária.

Na Terra Yanomami, considerada uma das maiores reservas indígenas do país, o governo calcula ainda que 570 crianças yanomami morreram por desnutrição, fome e contaminação por mercúrio nos últimos quatro anos. Outro problema, apontado pelo governo federal como fator que contribuiu para a situação de emergência na região, é a falta de profissionais e insumos em muitos polos de atendimento.

Pelo menos desde a transição de governo, eu já vinha acompanhando esses sinais. Nós tivemos uma reunião com lideranças yanomami e com lideranças políticas. Nos foi colocada, também, uma questão sobre a possibilidade de desvio de medicamentos. Mas o grande detonador foi verificar a morte das crianças. Tive vários apelos, antes mesmo de assumir o ministério, para tentar ver a situação do transporte aéreo [para remover pacientes a áreas com melhor infraestrutura de saúde]. Havia crianças que estavam em condições de muita fragilidade e que não conseguiam atendimento apropriado”, conta Trindade.


Nísia Trindade discursou a favor da ciência e dos direitos humanos em cerimônia de posse (Foto: Reprodução/Gov.br)


Nísia Trindade ainda deixa claro que enxerga o atual cenário como um fenômeno “multicausal”. 

Assumi há 21 dias e encontrei o funcionamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) muito pouco voltada para essas ações. Um exemplo é a casa que dá acolhimento aos indígenas em Boa Vista. Ficou evidente que ela está em más condições”, aponta. “O garimpo causa essa desorganização social e gerou problemas de segurança, dificultando o acesso das nossas equipes de saúde às regiões em que há doentes.”

Para a atual ministra da Saúde, a crise envolvendo os Yanomami e os outros povos indígenas é resultado de um governo anterior omisso, que também falhou em proteger esses povos tradicionais da pandemia de covid-19. “Eu vejo o abandono como uma forma de genocídio e essa população estava desassistida. O genocídio também pode ocorrer por omissão”.

Trindade está acompanhando a comitiva do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que está na Argentina para participar da VII cúpula dos Chefes de Estado da Comunidade Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac) e visitar o presidente vizinho Alberto Fernandez.

Foto Destaque: Visita do presidente Lula aos povos Yanomami. Reprodução/Ricardo Stuckert

Polícia Civil do Distrito Federal procura por quarto suspeito de participar da chacina em Planaltina

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) busca por um quarto suspeito de participar no desaparecimento e na morte de pelo menos sete pessoas de uma mesma família, entre elas três crianças, na chacina que abalou a comunidade de Planaltina, na capital. Para solucionar o crime, a força tarefa conta com a Polícia Civil do Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás. O Corpo de Bombeiros também auxilia nas buscas com a ajuda de cães farejadores.

De acordo com as investigações, existem evidências de natureza técnica que ligam Carloman dos Santos Nogueira, de 26 anos, ao local de cativeiro e ao carro de uma das vítimas. As informações ainda apontam que Nogueira teria uma relação próxima com outro suspeito. 


Carro carbonizado encontrado pela Polícia Militar em rodovia de Goiás (Foto: Reprodução/Polícia Militar de Goiás)


O crime

O caso veio à tona em 12 de janeiro, com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva e dos três filhos dela: um casal de gêmeos, de 6 anos, e o primogênito, de 7 anos. No dia seguinte, o carro de Elizamar foi encontrado carbonizado em Cristalina, Goiás. No interior do veículo, haviam quatro corpos, identificados posteriormente por exame de DNA da arcada dentária.

Na mesma época, outro carro incendiado foi localizado em Unaí, em Minas Gerais, com dois novos corpos carbonizados. As vítimas, reconhecidas como duas mulheres, foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) do estado. Em 16 de janeiro, a polícia recebeu a confirmação de que o veículo encontrado na cidade mineira pertencia a Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, sogro de Elizamar. 

Na última terça-feira (17), a Polícia Civil do DF prendeu três homens investigados de participarem da chacina. Os suspeitos, Gideon Batista de Menezes, Horácio Barbosa e Fabrício Canhedo, moravam em uma chácara na capital, que também estava sob posse de Marcos Antônio. Em depoimento, Barbosa foi o único a confessar os crimes, revelando ainda a existência de uma casa alugada na cidade de Planaltina, em seu nome, usada para o cárcere.

Havia três meses que esse imóvel foi alugado por Horácio e nós presumimos que a intenção da prática do crime já vem desde então, mais ou mesmo desde o mês de outubro, que eles estavam mancomunado sobre como colocar as vítimas no cativeiro”, afirma o delegado Ricardo Viana da PCDF, em entrevista para o programa Fantástico.

No cativeiro, foram encontrados dados bancários, incluindo senhas e cartões de crédito, além de anotações com os nomes de cada vítima. “A motivação disso tudo: dinheiro”, declara Viana. Ainda na casa, o corpo de Marcos Antônio foi encontrado dentro de uma cova rasa. Os indícios apontam que o homem havia desaparecido entre o natal e o ano novo.

Foto Destaque: Reprodução/Polícia Civil do DF

Goiás recebe mais de 20 mil doses de Coronavac para crianças

O Ministério da Saúde (MS) enviou para Goiás 22.950 doses de vacina contra a Covid. A entrega, que ocorreu na segunda-feira (16), buscava repor o estoque da CoronaVac no estado.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás apontou que os frascos recebidos são para o uso preferencial de crianças, com 3 a 11 anos, sem esquema vacinal completo. Ainda de acordo com as instruções, uma vez que acabar a demanda desta faixa etária pela segunda e pela terceira dose, os municípios poderão utilizar o estoque para a primeira aplicação do imunizante.

“Temos orientado os municípios para utilizar as doses recebidas, cada frasco tem 10 doses. Então que eles utilizem de forma responsável para não ter desperdício”, explica Flúvia Amorim, superintendente em Vigilância Sanitária da SES. “É preferencialmente para 2ª dose, mas chegou ao final da tarde e tem dose sobrando e crianças chegando para tomar a 1ª dose, que seja feita a vacinação”


84,21% da população de Goiás já recebeu a primeira dose (Foto: Reprodução/Pixabay)


Apesar do conteúdo significativo da remessa, Flúvia afirma que ainda faltam as doses necessárias para a população de bebês no estado. A categoria recebe a Pfizer Baby, que é aplicada a partir dos 6 meses de idade, com um intervalo de quatro semanas entre as primeiras duas imunizações e de oito semanas entre a segunda e terceira dose.

Ao todo, Goiás aplicou 15.296.207 doses de vacina contra Covid na população geral. De acordo com o painel de dados atualizado pela SES nesta terça-feira (17), 461.621 crianças de 3 a 11 anos já receberam a primeira dose. No caso dos adolescentes de 12 a 17 anos, por sua vez, 539.391 foram vacinados pelo menos uma vez.

A distribuição das 20 mil doses recebidas está prevista para começar ainda nesta semana. No estado goiano, a Secretaria Estadual de Saúde estima que existem 710.525 segundas doses em atraso.

Foto Destaque: Reprodução/Pixabay

Primo de Ustra é um dos militares dispensados pelo Governo Lula

A Secretaria-Geral da Presidência publicou, nesta terça-feira (17), a dispensa de 40 militares que atuavam na coordenação de administração do Palácio da Alvorada. Entre os afastados, estava o tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, familiar do torturador Brilhante Ustra.

A decisão, divulgada no “Diário Oficial da União”, ocorre após o presidente Luis Inácio Lula da Silva apontar desconfiança quanto às circunstâncias que permitiram a invasão das sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

É importante dizer que teve muita gente conivente, gente da Polícia Militar conivente, gente das Forças Armadas, aqui dentro, conivente”, declarou Lula durante o café da manhã com jornalistas. “Estou convencido de que as portas do Palácio do Planalto foram abertas para que as pessoas entrassem”.

Participam ainda da lista de militares exonerados pela Secretaria-Geral um cabo da Aeronáutica que atuava em Granja do Torto, um tenente da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais e um tenente-coronel da PM do Distrito Federal que era coordenador da Coordenação de Apoio Geral da Diretoria de Apoio às Residências Oficiais. Apesar de afastados, esses militares continuam nas Forças Armadas, exercendo outras funções.

Até o momento, Lula ainda não se mudou para o Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo. A moradia presidencial está em processo de reforma e revitalização, após o estado de conservação do edifício ter sido deteriorado no governo Bolsonaro (PL).


A Secretaria-Geral da Presidência não informou o motivo dos afastamentos (Foto: Reprodução/Gov.br)


Ustra

O tenente-coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, assessor técnico militar na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial, também foi exonerado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta terça-feira. 

Marcelo é primo do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, um conhecido torturador do período militar brasileiro e um dos comandantes do Destacamento de Operações de Informação do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), órgão de repressão da ditadura. De acordo com o relatório realizado pela Comissão Nacional da Verdade, o centro foi responsável por pelo menos 45 mortes e desaparecimentos forçados.

 

Foto Destaque: Reprodução/Gov.br

Ministério da Saúde revoga portaria que exige a denúncia em caso de aborto por estupro

O Ministério da Saúde revogou, nesta segunda-feira (16), seis portarias assinadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Dentre as normas anuladas, está a exigência de que médicos e os demais profissionais de saúde acionem a polícia em casos de interrupção da gravidez por estupro. 

Nisia Trindade, a nova ministra da saúde, já havia sinalizado a intenção no discurso da cerimônia de posse. De acordo com Trindade, a pasta irá revogar “as portarias e notas técnicas que ofendem a ciência, os direitos humanos e os direitos reprodutivos, e que transformaram várias posições do Ministério da Saúde em uma agenda conservadora e negacionista da ciência”. 


Especialistas eram contra medida assinada pelo ex-ministro Pazuello (Foto: Reprodução/ Pexels)


No Brasil, o aborto é legalizado em apenas três circusntâncias: com a gravidez em decorrência de violência sexual, se há risco à vida da gestante e em casos em que o feto apresenta anencefalia, uma má formação do sistema nervoso central.

A norma em questão foi estabelecida em 2020, pelo ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello, e exigia que médicos informassem a polícia diante da suspeita ou da constatação do crime de estupro. 

Na época, a portaria foi criticada por especialistas e recuou, após a ajuização de ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as autoridades no assunto, a medida feria o princípio do sigilo médico e poderia levar a paciente a interrupção ilegal da gravidez.

Apesar de ter voltado atrás em determinados pontos da norma, como na obrigatoriedade de profissionais da saúde oferecerem a possibilidade da gestante ver o feto no ultrassom, a denúncia policial havia permanecido em vigor.

Além desta medida, Ministério da Saúde também anulou: 

  • a portaria nº 4.809, que “Institui o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil”;
  • a portaria nº 1.079, que “formaliza e institui programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer”; 
  • a portaria nº 3.473, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 5, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, e dá outras providências”; 
  • a portaria nº 715, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, para instituir a Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami)”; 
  • e a portaria nº 2.228, que “Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, e a portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre a habilitação e o financiamento da Rede de Atenção Materna e Infantil (RAMI)”.

Foto destaque: Nísia Trindade discursa a favor da ciência e dos direitos humanos em cerimônia de posse. Reprodução/Gov.br

Subtenente do RJ é preso, acusado de participar de atos golpistas no DF

Um subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi preso nesta segunda-feira (16) em Campo dos Goytacazes, durante uma operação da Polícia Federal. Roberto Henrique de Souza Júnior, que atua em Guarus, é investigado pela participação na organização e no financiamento dos atos golpistas que ocorreram em 8 de janeiro no Distrito Federal.

Será instaurado, ainda hoje, um Inquérito Policial Militar para apurar a participação do bombeiro da corporação em ataques contra o patrimônio público e em associações criminosas visando à incitação contra os poderes institucionais estabelecidos, o que é inadmissível“, afirma o coronel Leandro Monteiro, secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ.

Na operação, a PF apura atuação dos suspeitos diante da acusação de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais. Os atos golpistas em frente aos quartéis de Campos Goytacazes e os bloqueios anti-democráticos de estradas após o 2º turno eleitoral também são investigados.

Na tarde de domingo (8), bolsonaristas radicais furaram o bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e invadiram as sedes dos Três Poderes. Dentre as estruturas e objetos depredados, estavam vidraças, móveis, documentos, obras de arte e peças históricas. Ao todo, 1,8 mil pessoas foram detidas e 1,3 mil permanecem presas.


Parte da destruição feita por ataques ao Palácio do Planalto (Foto: Reprodução/ Ricardo Stuckert)


Além de Souza Júnior, Ana Priscila Azevedo foi outra enquadrada pela corporação, apontada como uma das organizadoras no ataque contra o Congresso, o Palácio do Planalto e o edifício sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Presa na terça-feira (10), Azevedo foi filmada participando dos atos golpistas em Brasília.

O ministro do STF Alexandre de Morais ainda deu ordem de prisão para Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça, e para Fábio Augusto, ex-comandante da PMDF. Ambos são suspeitos de terem uma conduta omissa com os ataques.

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também se tornou alvo no inquérito que investiga os “autores intelectuais” por trás da tentativa golpista. Na alegação apresentada, Bolsonaro teria incitado publicamente a prática dos crimes.

Foto Destaque: bolsonaristas destroem estruturas, móveis e peças históricas nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Reprodução/ Ricardo Stuckert