Uma moradora de Joinville (SC) foi surpreendida na última semana ao encontrar uma cadela dentro do sofá usado que havia comprado pela internet. A nova dona do móvel, Heleia Araújo, contou que a família percebeu a presença do animal somente à noite, depois de o sofá ter ficado a tarde inteira no sol. 

“Os antigos donos me entregaram o sofá, receberam o pagamento e já foram embora, não trocaram nenhuma palavra comigo”, afirmou em entrevista para o portal UOL. “O sofá ficou a tarde toda no sol quente, fora da casa, mas quando meu marido chegou à noite ele viu que tinha um bicho dentro. Até achávamos que fosse um gato, mas ele abriu o zíper do fundo do móvel e vimos a cachorrinha.“

A cadela, de aproximadamente sete meses, também apresentava sinais de maus-tratos. Para a mulher, é improvável que a cachorra tenha entrado no móvel sozinha, uma vez que o marido precisou cortar todo o forro do sofá para conseguir retirá-la.

“Ela estava com a patinha machucada, com sede, com fome, ficou a tarde toda no sol quente, mas não chorou em momento algum, não latiu em momento algum”, apontou, revelando a fraqueza do animal.

_{A Polícia Civil ainda não informou se o caso será investigado (Foto: Reprodução/Frada)}

Araújo disse ainda que entrou em contato com a dona do perfil com quem negociou o sofá pelo Facebook, questionando sobre o ocorrido.

“Mandei foto perguntando se o cachorro era dela e ela disse que não, que não conhecia a cachorra. Eu afirmei que eles tinham sim colocado ela dentro do sofá, porque não tinha como ela entrar sozinha, porque ela tem porte médio, é gordinha. Mas, quando eu insisti, ela me chamou de louca.”

O caso foi divulgado na internet pela ONG Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada), que considerou o acontecimento “desumano”.

“Inacreditável, mas aconteceu isso mesmo, o ser humano [está] cada vez mais ousado e cruel”, disse a organização em postagem para o Instagram. “Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas não é de se duvidar que tenha sido abandonada ali”.

Na última sexta-feira (3), após a repercussão do caso, a cadelinha ganhou um novo lar e foi batizada de Mel.

Foto Destaque: Reprodução/Frada.

A advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mãe de Jair Renan Bolsonaro, perdeu a nacionalidade brasileira. A decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (6), ocorre após Ana Cristina conseguir o registro de nacionalidade norueguesa.

A Constituição Federal prevê a perda da condição de brasileiro para quem adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária, sem seguir determinados requisitos estabelecidos em lei.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, existem apenas dois casos em que o brasileiro pode ter dupla ou múltipla cidadania:

• quando a nacionalidade decorre da lei estrangeira, que reconhece como nacionais os nascidos em território estrangeiro ou filhos/descendentes;
• quando há imposição de nacionalidade pela norma estrangeira, por meio do processo de naturalização, ao brasileiro que reside em outro país, como condição de permanência no território ou para o exercício do direito civil.

Movimentações suspeitas

Ana Cristina Valle é investigada pela Polícia Federal (PF), após a corporação identificar transações financeiras suspeitas na compra de uma mansão no Lago Sul, região nobre de Brasília, durante uma apuração sobre o filho 04 de Bolsonaro, Jair Renan. Atualmente, a casa é avaliada em R$ 3,2 milhões. 

Nas investigações, a PF ainda constatou que Ana Cristina movimentou R$ 9,3 milhões em transações entre 2019 e 2022. Na época, ela trabalhava como assessora parlamentar na Câmara e o maior salário que havia recebido foi no valor de R$ 8 mil.

No período, a ex-mulher do ex-presidente chegou a rebater as acusações. “Criaram esta mentira apenas para iniciarem um inquérito na Polícia Federal contra mim sem justa causa com o objetivo de prejudicar a [então] campanha do presidente Jair Bolsonaro“, disse.

Ana Cristina também é investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por participação no suposto esquema de rachadinha envolvendo o gabinete de Flávio Bolsonaro.

Foto Destaque: Reprodução/Redes sociais

A maior greve do setor de saúde do Reino Unido teve início nesta segunda-feira (6), quando enfermeiros e motoristas de ambulância que integram o Serviço Nacional da Saúde (NHS) interromperam os serviços, pedindo pelo reajuste salarial. 

Em outubro do ano passado, o aumento generalizado de preços no Reino Unido atingiu o nível mais alto em quatro décadas, chegando a 11,1%. De acordo com o sindicato Royal College of Nursing (RCN), que representa quase meio milhão de profissionais de enfermagem, a inflação corroeu 20% dos salários da área desde 2010.

“[Os enfermeiros] estão sobrecarregados e sob pressão, além de serem mal pagos. E isso coloca os pacientes em risco”, afirmou o secretário-geral e chefe-executivo da RCN, Pat Cullen, em comunicado para a imprensa. “Um aumento salarial significativamente acima da inflação é crucial para o recrutamento e retenção de pessoal de enfermagem qualificado.”

O setor de saúde não é o único que vem sofrendo paralisações. Segundo os sindicatos, cerca de 500 mil pessoas entraram em greve no Reino Unido, logo no início de fevereiro. Ao todo, participaram maquinistas de dez empresas ferroviárias, funcionários de 150 universidades, 300 mil professores e aproximadamente 100 mil trabalhadores de diversos ministérios. 

Ainda que cada categoria profissional possua reivindicações específicas, todos os setores demandam por aumentos salariais.

“A posição do governo é insustentável. Não se pode ignorar um movimento grevista sem precedentes e que continua crescendo”, disse o secretário-geral do sindicato PCS, Mark Serwotka, ao jornal Sky News, exigindo que as autoridades tenham uma atitude “mais realista”.

Até agora, o Centro de Economia e Pesquisa Empresarial (Cebr) calcula que o custo das paralisações realizadas em oito meses tenha atingido 1,7 bilhão de libras.

Apesar dos gastos e dos serviços interrompidos, a pesquisa da consultora Public First estima que 59% dos britânicos concordam com a greve dos enfermeiros, enquanto 43% aprovam a dos professores e 36% apoiam a dos ferroviários.

Foto Destaque: Reprodução/@cpeace313

A cantora de jazz Samara Joy ganhou o prêmio de artista revelação na cerimônia do Grammy, no último domingo (05), realizada em Los Angeles. A vitória da norte-americana, entretanto, incomodou os internautas que torciam por Anitta, outra concorrente na categoria. Após a entrega do gramofone, os posts de Joy foram invadidos por fãs brasileiros que usaram os comentários para disseminar ódio e compartilhar o descontentamento com o resultado da premiação.

Na live de comemoração publicada por Samara Joy no Instagram, os haters comentam que ela “não é famosa” e que deveria “devolver o Grammy para Anitta”. Com a enxurrada de críticas, alguns perfis ainda tentam reparar a situação entrando no post para pedir desculpas e elogiar a cantora. 

“Eu realmente sinto muito pelos comentários brasileiros. Você mereceu [o prêmio]! Parabéns! E sim, o Brasil ama você”, diz um usuário da rede social.

Coroada como a artista revelação do ano, esta não foi a única conquista de Joy na cerimônia de domingo. A cantora norte-americana também venceu a categoria de melhor álbum de jazz.

No ano passado, a artista lançou o segundo álbum da carreira, “Linger Awhile”, o primeiro prestigiado pelo selo Verve. Na produção, Joy canta clássicos do jazz, como “Round Midnight”, de Thelonious Monk, e “Someone to Watch Over Me”, uma composição de George Gershwin.

A cantora

“Eu estou muito grata e honrada de estar aqui. Nascida e crescida no Bronx, nunca imaginei que faria isso”, afirmou ao receber o prêmio de melhor álbum de jazz. “Estou aqui por ser eu mesma, por ser quem eu sou desde nascer. Agradeço ao meu time, aos meus empresários, todo mundo da gravadora”.

Samara Joy tem 23 anos e nasceu no Bronx, em Nova York, em uma família musical.  Ela é neta do casal de cantores gospel, Elder Goldwire e Ruth McLendon, do coral The Savettes, e filha do baixista Antonio McLendon, quem lhe apresentou as influências do funk, soul e R&B.

Joy conquistou reconhecimento e conseguiu o contrato com uma gravadora, após viralizar com o cover de “Take Love Easy” de Ella Fitzgerald, no Tiktok.

Foto Destaque: Samara Joy na premiação do Grammy – Reprodução/Instagram

Um ônibus de turismo saiu da pista e tombou barranco abaixo na madrugada desta terça-feira (31), em Fernandes Pinheiro, região central do Paraná. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo tinha como destino Foz do Iguaçu. O acidente matou sete pessoas e deixou outras vinte e duas feridas.

“O ônibus tombou para o nosso lado direito, eu estava junto à janela, não me machuquei porque me segurei na poltrona, entretanto eu não percebi o que estava acontecendo”, relatou Alexandre de Oliveira Gamaro, um dos passageiros sobreviventes, para o G1. “O meu amigo do lado arrebentou a saída de emergência, e eu e ele começamos a tirar as pessoas de dentro. Saímos de trás do ônibus, subimos um barranco“.

Oliveira Gamaro ainda revelou que, após o incidente, testemunhou uma tentativa de ressuscitação entre as vítimas. “Vimos que tinha pouca gente ali em cima. […] Vimos um pai fazendo massagem cardíaca no filho de três anos“.

O veículo, que pertence à Viação Catarinense, partiu de Florianópolis (SC) às 16h40, na segunda-feira (30), transportando cinquenta e cinco pessoas. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e afirmou que “está com equipes no local prestando assistência aos passageiros e familiares”.

_{Ao todo, 48 passageiros sobreviveram (Foto: Reprodução/PRF)}

O acidente ocorreu na rodovia federal BR-277, por volta de 1h50 da manhã. Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Os feridos, por sua vez, foram levados para unidades de atendimento de Irati.

Para Rodolfo Rizzotto, coordenador do SOS Estradas, alertou que a responsabilidade não pode ser colocada apenas no motorista.

“É preciso apurar todas as responsabilidades e não apenas do motorista. Verificar a jornada de trabalho, tempo de direção contínua, distância percorrida”, afirmou. “Para isso é fundamental a análise do cronotacógrafo e investigação do Ministério Público do Trabalho”.

Rizzotto ainda ressalta a importância do uso do cinto de segurança dentro do ônibus. A presença desse dispositivo de proteção dentro do veículo, usado tanto pelos motoristas quanto pelos passageiros, é obrigatório desde 1999.

Foto Destaque: Divulgação/PRF

Na Terra Indígena Yanomami, crianças e velhos enfrentam a desnutrição severa causada pela fome, malária, contaminação por mercúrio e outras doenças. Dentro do território, a situação mais grave está na região norte, onde estão localizados os Pelotões Especiais de Fronteira do Exército (PEF) e a maior concentração de garimpos. De acordo com o Ministério da Saúde, o avanço da mineiração ilegal é a principal razão para a atual crise humanitária envolvendo a população yanomami. 

Na região de Homoxi, por exemplo, o garimpo já avançou por dezenas de quilômetros, conseguindo tomar a pista da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e usar o posto de saúde como depósito de combustível. A unidade básica, entretanto, foi posteriormente queimada em represália a uma ação da Polícia Federal que destruiu as máquinas do garimpo.

Atualmente, a Força Aérea Brasileira compõe a equipe que enfrenta a crise humanitária envolvendo a comunidade indígena em Roraima. Entre as ações estão o envio de cestas básicas, suplementos alimentares, medicamentos e produtos médicos de primeira necessidade.

_{O governo Lula considera a desassistência à população yanomami como uma forma de genocídio (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert).}

Saúde indígena

Em 2022, foram registrados 11.530 mil casos de malária na Terra Yanomami, que possui uma população de aproximadamente 30 mil habitantes. Os dados, divulgados pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária) e preliminares, compreendem cerca de 9% do total de ocorrências da doença observadas no país.

Segundo as informações obtidas pela Agência Sumaúma, 570 crianças com menos de 5 anos morreram na área yanomami em decorrência de causas consideradas pelo governo como “evitáveis”. Em relação à desnutrição, foram 152 mortes de indígenas, entre zero e cinco anos, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Isso é um dado que está no Ministério da Saúde e nada foi feito”, afirmou Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, para o programa Fantástico. Os números, entretanto, ainda encaram o risco de subnotificação, diante da desassistência médica na região.

Foto Destaque: Indígenas Yanomami. Reprodução/João Claudio.

A partir de fevereiro, as vacinas bivalentes contra a Covid-19 começarão a ser aplicadas no país, como dose de reforço. Conhecidas como a segunda geração do imunizante, essas vacinas atualizadas protegem contra a cepa original do coronavírus, a variante Ômicron e as subvariantes BA.1, BA.4 e BA.5. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado o uso emergencial dos imunizantes bivalentes da Pfizer ainda em novembro de 2022. Até o momento, 35 países aprovaram a vacina BA.1 da farmacêutica Pfizer, enquanto a versão BA.4 e BA.5 está autorizada em apenas 33.

O melhoramento da vacina ocorre três anos após o início da pandemia, diante do surgimento de mutações no material genético viral capazes de diminuir a eficácia das doses monovalentes, produzidas a partir da cepa original do coronavírus. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira fase do cronograma de imunização inclui pessoas a partir de 70 anos, imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas e que vivem em instituições de longa permanência. A campanha de vacinação está prevista para ter início no dia 27 do próximo mês.

_{Existem cinco principais variantes do coronavírus: Alfa, Beta, Gama, Delta e Ômicron (Foto: Reprodução/Pixabay)}

Imunização Internacional

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora ligada ao departamento de saúde do governo norte-americano, autorizou o uso emergencial dos imunizantes bivalentes das farmacêuticas Pfizer e Moderna em 31 de agosto de 2022. Segundo a FDA, recomenda-se usar a vacina como dose única de reforço. Atualmente, apenas 15% da população do país recebeu a vacina.

Sobre a efetividade das doses bivalentes contra a infecção sintomática do vírus SARS-CoV-2, cientistas estadunidenses dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontaram a diminuição no risco de adoecimento pela Covid-19 em aproximadamente 50%. A confirmação foi estabelecida através da análise de dados do programa de acesso à testagem. 

No continente europeu, por sua vez, as vacinas de segunda geração foram aprovadas em setembro de 2022. Estão sendo aplicadas as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Pfizer e da Moderna.

Foto Destaque: Vacina bivalente – Reprodução/Pixabay