Sobre Ariane Stefanie

Jornalista nas editorias de Notícias do portal Lorena R7

Urso invade 28 casas em busca de comida na Califórnia

Após acordar da hibernação, com muita fome, um urso invadiu 28 casas no último ano em South Lake, na California, em busca de comida. Conhecido por Yogi, Chunky, Hank the Tank, Jake ou simplesmente the Big Guy (algo como ‘o Grande Cara’), o urso preto pesa mais de 220 quilos e causou diversos danos materiais a essas famílias.

Pelos últimos sete meses o ‘Grande Cara’ vem invadindo essas casas de famílias do bairro bem sucedido de Tahoe Keys. As autoridades locais já receberam mais de 150 ligações relacionadas ao animal.

Por ser muito grande e pesado, o urso consegue invadir facilmente uma residência, já que destrói tudo por onde passa, como portas e janelas. 

Os incidentes aconteceram na primavera e verão dos Estados Unidos, pois, nessa época do ano, o urso se encontra em hiperfagia – um estado de fome constante após hibernação. Assim, o animal desesperado por comida, acabou cansando o caos na região.


O urso negro, que já invadiu diversas casas em South Lake (Foto: Reprodução/Toogee Sielsch)


Ann Bryant, que lidera um grupo de procura ao animal disse que o urso é um animal muito dócil e só está em busca de alimento.

“Ele está em uma missão. Você consegue dizer que ele gosta de comer. O ‘Grande Cara’ come onde é fácil conseguir comida e não gosta de procurar muito” disse.

Atualmente, as autoridades da região estão tentando captura-lo, anunciou o Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia. Após ser pego, o urso poderá ser realocado ou morto.

“Qualquer decisão em o que fazer com o urso após sua captura é critério do estado” disse o chefe do departamento, Peter Tira.

Segundo os policiais da região, a possibilidade de sacrificar o animal, se dá pela sua dificuldade de convivência.

“Ursos adultos não são bons candidatos para morar em santuários, pela dificuldade e estresse que eles tem em se adaptar em cativeiro após viver em apenas condições extremas” disse o departamento policial.

Porém, ainda não se sabe ao certo qual rumo o Grande Cara irá tomar após sua captura.

Foto Destaque: O urso, conhecido como “/o Grande Cara”/ Reprodução/ Bill Pennell / Unsplash

Conheça o sítio luxuoso de Roberto Justus

Em suas redes sociais, o empresário Roberto Justus e sua esposa, Ana Paula Siebert, compartilham os momentos juntos em seu sítio luxuoso em Porto Feliz, no interior de São Paulo.  Lugar perfeito para se reunir com a família e passar dias descansando e relaxando, a propriedade é tão – ou até mais – luxuosa que diversas casas da cidade.

Aconchegante, isolado e muito amplo, mas sem perder a elegância, a fazenda de Justus possui cerca de 104 hectares. Com várias instalações, um quadriciclo fica disponível no interior do sítio, para se deslocar entre os espaços.

O paraíso particular do empresário conta com várias atividades a se fazer. O ambiente possui uma sala de cinema, campos de minigolfe e futebol, quadras poliesportivas, de tênis e beach tennis – esporte recém popularizado no Brasil, onde se joga o tênis tradicional em quadras de areia.


Quadra de beach tennis, dentro do sítio, inaugurada há cerca de um ano e meio (Foto: Reprodução/Instagram via @robertoljustus)


Além disso, o sítio ainda conta com uma grande piscina de borda infinita, lugar onde Justus e sua esposa registram vários momentos nas redes, e um lago, onde o empresário diz ter o costume de andar de jet ski. 

Para amigos e familiares do casal, convidados a passar alguns dias no local, o espaço ainda conta com uma casa exclusiva para recebê-los. 

Como a família gosta muito de animais, um espaço reservado para eles também estão presentes no sítio. Em vários cliques nas redes sociais é possível ver o casal e as suas crianças interagindo com os bichinhos, como cavalos, por exemplo.

A propriedade está avaliada a mais de 200 milhões de reais. Porém, de acordo com o empresário, ela não está a venda, já que é o lugar preferido do casal.

 

Foto Destaque: O sítio luxuoso de Roberto Justus . Reprodução/Instagram via @robertoljustus

Familiares e amigos se despedem de Arnaldo Jabor

O corpo do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor foi velado, nesta quarta-feira (16), no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. A cerimônia, que começou às 11h da manhã e aberta ao público, contou com nomes relevantes da arte nacional como os atores Caio Blat, Fernanda Torres, Luisa Arraes e Bárbara Paz. Às 16h aconteceu a cremação, restrita somente aos familiares.

Arnaldo morreu aos 81 anos na madrugada de ontem (15) em São Paulo. Ele já estava internado no Hospital Sírio-Libanês há dois meses, desde o dia 16 de dezembro do ano passado. 


Fernanda Montenegro e sua filha, Fernanda Torres, chegando ao velório (Foto: Divulgação/ Webert Belicio/ AgNews)


Trabalhos
Arnaldo Jabor deixa um legado de relevância para o audiovisual brasileiro. Seu destaque veio com o filme “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de 1986, onde o cineasta roteirizou e dirigiu. 

Contando a história de um jovem casal que após terminar o namoro decidem se reencontrar para discutir a relação, o filme foi indicado à Palma de Ouro de Melhor Filme em Cannes.  O filme tem Fernanda Torres e Thales Pan Jacon.

Jabor também se destacou pelo roteiro e direção do drama “Toda nudez será castigada”, de 1973, com Darlene Glória e Paulo Porto no elenco. Contando a história de um viúvo religioso que enfrenta dilemas após se apaixonar por uma prostituta, ele conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim. A obra foi o primeiro filme vencedor do Festival de Cinema de Gramado.

Sua popularização fora do público audiovisual veio após se tornar comentarista político dos telejornais da TV Globo, em 1991.

Muito além do cinema, literatura e jornalismo, Arnaldo Jabor também deixa sua contribuição para a música brasileira. Ele é o compositor de canções de sucesso como “Amor e Sexo”, ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e “Samba Exaltação”, em parceria com Cristóvão Bastos.

Foto Destaque: Arnaldo Jabor em seu período de trabalho na Rede Globo – Crédito: Reprodução/TV Globo

Conheça o P22, conhecido como o Brad Pitt dos pumas

O P22, um puma que vive no Parque Griffith, em Los Angeles, nos Estados Unidos vem conquistando uma legião de admiradores. Apelidado como “o Brad Pitt dos pumas” o felino é um sucesso, considerado enigmático e de uma beleza sem igual.

Após ser encontrado nas montanhas de Santa Monica, P22 se deslocou para o parque de Hollywood, e desde então, vive no local. O animal é monitorado pela National Wildlife Federation (NWF), uma organização privada que luta pela conservação da biodiversidade nos Estados Unidos.

A diretora da NWF, Beth Pratt, contou ao jornal britânico The Guardian o motivo para ter criado esse nome artístico para o P22.

“Atraente, enigmático e sem sorte no amor. Ele tem muitos cervos para comer, nenhum competidor macho em seu território, mas também nenhuma esperança de encontrar uma companheira” disse.


O felino é monitorado 24 horas por dia pela NWF (Foto: Reprodução/Facebook via P22 Mountain Lion of Hollywood)


O “Brad Pitt dos pumas”, além de já ter se tornado tema de músicas, atrações, murais e exibições por toda a cidade, ele tem suas próprias redes sociais. É possível encontra-lo no Facebook, através da página “P22 Mountain Lion of Hollywood”.

P22 não é um animal violento e não representa perigo para as pessoas. Segundo cientistas na NWF ele vive em um parque urbano muito popular, que conta com a visitação de milhões de pessoas, mas, mesmo assim, raramente é visto.

De acordo com Bratt, ele opta por “coexistir pacificamente e espreitar à noite, mantendo distância dos vizinhos humanos”

No ano de 2014 o felino ficou doente após comer um animal que tinha ingerido veneno para ratos. Pela fala e legião de fãs que o P22 tem, grande parte da população se mobilizou e em outubro de 2020, a Califórnia aprovou a lei AB 1788, que proíbe o uso dos pesticidas anticoagulantes mais letais.

Foto Destaque: P22 no Parque Griffith, em Los Angeles – Créditos: Divulgação/ Associated Press/ Picture Alliance via Facebook

Conheça o hotel de luxo onde foi gravada a 2ª temporada de White Lotus

White Lotus, comédia dramática aclamada da HBO, após o sucesso da primeira temporada, já tem sua segunda parte confirmada – e em produção. Uma das séries mais vistas do streaming no ano passado, a segunda temporada segue o mesmo preceito da primeira: um grupo de turistas e funcionários de um luxuoso hotel no Havaí, só que dessa vez com outros nomes no elenco como Aubrey Plaza e Michael Imperioli.

Segundo a revista “Variety”, a segunda temporada passará na Itália e será gravada no hotel San Domenico Palace, um resort luxuoso e aconchegante na cidade de Taormina, na Silícia. 

Localizado no topo de uma colina, a paisagem é uma das muitas vantagens do hotel. Construído em 1896, o espaço possui elementos da Idade Média, como pelas de arte e tetos abobadados. Além disso, conta com uma piscina de 21 metros de comprimento, no terraço, onde é possível tomar café da manhã e até apreciar o vulcão Monte Etna, que está ativo até hoje.

O hotel conta com 111 quartos e suítes, que podem chegar até 140 metros quadrados. Algumas acomodações, ainda contam com terraço privativo, piscina, banheira e ampla sala de estar.


Piscina de borda infinita, no terraço do hotel (Foto: Divulgação/Forbes)


San Domenico Palace também é conhecido por seus belos jardins. De estilo medieval, é possível encontrar jasmin, lavanda, aloe vera, hibisco, limoeiros e laranjeiras no espaço, que deixam o local perfumado e aconchegante.

A construção já hospedou nomes importantes da arte como o escritor Oscar Wilde e as atrizes Elisabeth Taylor e Audrey Hepburn.

O espaço, atualmente, está fechado até o dia 1º de abril por conta das gravações da série. Porém, após o prazo, o hotel estará aberto para visitas e reservas, com vistas maravilhosas e restaurantes renomados disponíveis.

Foto Destaque: Hotel San Domenico Palace; Foto da série “/The White Lotus”/. Reprodução/Forbes/HBO

Designer gráfico junta versões antigas e atuais de artistas em exposição

O designer gráfico Ard Gelinck, da Holanda, vem usando o Photoshop para juntar diferentes gerações em seus trabalhos artísticos. Com uma exposição virtual, ele junta versões jovens e atuais de um artista na mesma foto, posando lado a lado.

A obra, com dezenas de imagens, intitulada como “Then and Now” (antes e agora), mostra artistas de várias gerações, como Nick Jonas, Jason Momoa, Joaquim Phoenix, Justin Bieber até Michael Jackson, Mel Gibson, Michelle Obama e Dolly Parton.

Em entrevista ao site Borde Panda, o artista afirmou que as imagens que mais fazem sucesso em suas redes sociais são as do elenco do seriado de comédia Friends (1994), fenômeno que possui legião de fãs até hoje. “Eles foram e ainda são mega-populares em todo o mundo porque o programa foi ao ar no mundo inteiro”, disse.


Jennifer Anniston, Courtney Cox, Lisa Kudrow, David Schwimmer, Matthew Perry e Matt Le Blanc, o elenco de Friends. (Foto: Reprodução/Instagram @adgerlinck)


Gelinck costuma fazer a edição e postar em suas redes sociais após a morte ou alguma data comemorativa de determinado artista, como forma de fazer uma homenagem. 

A atriz falecida recentemente, Betty White, por exemplo, foi uma das artistas escolhidas para a exposição. Sua foto publicada em seu Instagram conta com quase 9 mil curtidas na rede. 

Outra publicação que fez muito sucesso entre seus fãs, foi a do casal Jennifer Lopez e Ben Affleck, que juntou as duas fases do casal, que já namoraram anos atrás e estão em um relacionamento de novo, após quase 18 anos.

Todos os trabalhos do artista podem ser vistos através do Instagram de Ard (@ardgelinck), que conta com mais de 300 mil seguidores, além de mais de 5 mil publicações.

(Foto Destaque: A atriz Betty White, que faleceu recentemente. Reprodução/Instagram via @adgerlinck)

Morre João Carlos Di Genio, fundador da UNIP

João Carlos Di Genio, bilionário, professor, médico e empresário brasileiro morreu aos 82 anos na última sexta, (12), em São Paulo, de causas naturais. Fundador de um dos maiores grupos de educação privada do Brasil, ele faleceu de causas naturais e deixa a esposa e três filhos adolescentes.

Familiares, amigos e sócios prestaram suas homenagens para o empresário.

“Di Genio era um homem completamente focado, e ele foi um inovador. Sempre esteve à frente, pensando para onde ia a educação, disse Dráuzio Varella.

Di Genio foi enterrado no Cemitério Araçá, na Zona Oeste de São Paulo, na tarde de ontem (13).  Ele deixa esposa e três filhos adolescentes.

História

Nascido em 27 de fevereiro de 1939, em Lavínia, São Paulo, Di Genio é filho de imigrantes italianos.

O empresário ganhou fama quando passou no vestibular para medicina, em 1961, em 1º lugar em duas universidades. Entre suas opções, ele escolheu estudar na Universidade de São Paulo (USP).

Seu primeiro empreendimento foi em 1965, quando lançou, junto ao Dráuzio Varella e aos médicos Roger Patti e Tadasi Itto, um curso preparatório para estudantes de medicina na região central de São Paulo.

Dez anos depois, Di Genio abriu o Colégio Objetivo e a Faculdade Objetivo. Logo, a empresa se transformou na famosa Universidade Paulista de Medicina (UNIP).


Aula de ciências no Colégio Objetivo em Valinhos  (Foto: Divulgação/Colégio AESC Objetivo Valinhos)


Entre 1970 e 1980, ele fundou o Centro de Pesquisa e Tecnologia (CPT) e o Programa Objetivo de Incentivo ao Talento (POIT), além do Teatro-laboratório, que une arte, tecnologia e ciência.

Bilionário, Di Genio apareceu no ranking da Forbes como o brasileiro com a maior fortuna no setor de educação, com cerca de R$ 7 bilhões de patrimônio.

Foto Destaque: João Carlos Di Genio, professor e fundador da UNIP  Créditos: Divulgação/ Universidade Paulista de Medicina 

Heliópolis, favela de São Paulo, ganha parque público

Após completar 50 anos, Heliópolis, a maior favela de São Paulo, irá finalmente ganhar um parque. Mesmo com obras não finalizadas a previsão de abertura ao público é ainda neste ano. 

Com direito a pista de skate, academia aberta, auditório, escola de circo e cinema ao ar livre, o parque foi projetado em um terreno linear na divisa com São Caetano do Sul e irá atender as mais de 200 mil pessoas que moram na comunidade.

Denominado como Parque da Cidadania Heliópolis, o desenho foi projetado por Roberto Loeb, um dos arquitetos mais renomados do Brasil. Em formato de retângulo e com mais de 1km de comprimento por 50m a 70m de largura, o terreno terá 78 mil metros quadrados.

Responsável pela obra, o presidente do Fundo Social, Fernando Chucre, pontua o caráter transformador que o parque pode ter na região: 

“Esse modelo, de inserção de equipamentos e serviços públicos de várias secretarias em áreas de extrema vulnerabilidade, tem um poder transformador territórios e sua população”, afirma.

Com a inauguração do espaço, as secretarias estaduais se dividirão na construção dos prédios. Feita essa divisão, um chamamento público será realizado para definir qual entidade que ficará responsável pela gestão do espaço e organização das atividades.


Nas casas ao redor do futuro parque, diversas cores foram pintadas nas paredes (Foto: Divulgação/Governo de SP)


O presidente da Central Única das Favelas (Cufa-SP), Marcivan Barreto, afirma que a construção do parque será algo bastante positivo para a comunidade.

“O parque está em um ponto estratégico da favela, atende a todos, e é isso mesmo que precisamos. Heliópolis tem potência, precisa de oportunidade”, ressaltou.

No total, R$ 40 milhões serão investidos para a finalização da obra, administrada pelo Fundo Social, do governo estadual de São Paulo.

Foto Destaque: Heliópolis, a maior favela de São Paulo – Crédito: Divulgação/ Wiki Favelas

Chimpanzés utilizam insetos para curar ferimentos

Cientistas observaram um grupo de chimpanzés que utilizam de insetos esmagados para tratar as próprias feridas no Gabão, na África Ocidental. A pesquisa foi publicada na revista Current Biology nesta semana.

No parque nacional de Loango, localizado na costa do Gabão, os estudiosos analisaram um grupo de 45 chimpanzés, que inclusive, estão ameaçados de extinção. O primeiro registro desses animais utilizando o inseto para esse fim ocorreu em 2019, quando um chimpanzé colocou um inseto na boca, o esmagou e o colocou sobre uma ferida no pé de seu filhote.

A bióloga da Universidade de Osnabruck, Simone Pika, na Alemanha, que participou da pesquisa, afirmou que “os animais que recebiam o tratamento, não protestavam. Pelo contrário, pareciam felizes em serem atendidos.”

Ela ainda disse que “é preciso muita confiança para colocar um inseto em uma ferida aberta. Eles [os chimpanzés] parecem entender que se você fizer isso com o inseto, a ferida melhora. É incrível”, completou.


Mamãe chimpanzé e seu filhote (Foto: Divulgação/ Eric Gevaert/ Alamy)


Os cientistas perceberam que os macacos repetiram o feito em si mesmos pelo menos 19 vezes e outras 2 em outros animais feridos.

Apesar de ainda não terem identificado qual animal é usado pelos chimpanzés, os pesquisadores acreditam que seja um inseto voador, que possui substâncias anti-inflamatórias, trazendo um efeito calmante nas feridas desses primatas.

Ainda segundo a bióloga Simone esse tipo de estudo é exatamente aquilo que deve se divulgar e ensinar para outras pessoas, pois é inovador.

“Quando você vai para a escola e lê em seus livros de biologia sobre as coisas incríveis que os animais podem fazer, eu acho que poderia realmente ser algo assim que acabaria nesses livros, afirmou.”

Outros animais, como algumas aves, ursos e elefantes já foram vistos utilizando plantas medicinais para se “automedicar”. O novo estudo mostra que além disso, esses animais são capazes de ajudar os outros.

Foto Destaque: Chimpanzé fêmea auxilia um macho adulto no Parque Nacional de Loango, no Gabão.Reprodução/Divulgação/ Tobias Deschner via AFP

Variante Ômicron é descoberta em veados e gera preocupação em pesquisadores

A variante Ômicron foi descoberta em veados de cauda branca em Nova York e a espécie pode se tornar hospedeira de uma nova cepa de coronavírus, segundo pesquisa norte-americana divulgada nesta terça-feira (8).

Os veados de cauda branca, também conhecidos comocariacu, veado-da-virgínia e veado-galheiro, chegam a 30 milhões só nos Estados Unidos, sendo presentes também no sul do Canadá e ao norte da América do Sul (incluindo Roraima e Amapá, no Brasil). 

Em Nova York, sangues e algumas amostras nasais de 131 veados foram analisados. O resultado mostrou que quase 15% tinham anticorpos contra o vírus.


A análise foi feita em Staten Island, um burgo da cidade de Nova York (Foto: Divulgação/ Sérgio Flores/ the New York Times via Redux)


Assim, segundo os pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, a descoberta sugeriu que esses animais já tiveram infecções por coronavírus e são vulneráveis a reinfecções com essas novas variantes que vem surgindo.

“A circulação do vírus em uma população animal sempre aumenta a possibilidade de voltar aos humanos, mas, mais importante, oferece mais oportunidades para o vírus evoluir para novas variantes”, afirmou a microbiologista Suresh Kuchipudi, da Universidade Estadual da Pensilvânia.

Ainda segundo a microbiologista, a mutação explica essa reinfecção pelo vírus.

“Quando o vírus sofre uma mutação completa, ele pode escapar da proteção da vacina atual. Então, teríamos que mudar a vacina novamente”, afirmou Kuchipudi.

As pesquisas ainda estão sendo desenvolvidas e até o momento não há evidência de que esses animais estejam transmitindo o vírus para humanos. Porém, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a maioria das infecções por coronavírus foi relatada em espécies que tiveram algum tipo de contato com uma pessoa diagnosticada com covid-19.

Casos da doença em veados foram encontradas pela primeira vez em agosto do ano passado, no estado de Ohio.

Foto Destaque: Veado de cauda branca macho.Reprodução/Divulgação/ Wikimedia Commons/ Scott Bauer