Sobre Andre VR Cardoso

Jornalista da editoria de Esportes e Notícias || Estudante de Jornalismo (UNESA). CEO-founder e social media dos projetos Cobblers Brasil e Samp Brasile, além de estar presente no site Na Beira do Campo e no Japão FC como colunista.

Japão joga mal e sucumbe diante de uma valente Costa Rica

O Japão apresentou um futebol aquém do que podia. A Costa Rica, com uma imagem ruim após ter sofrido um sonoro 7 a 0, entrou disposta a mudar sua péssima primeira impressão causada e conseguiu uma grande vitória na Copa do Mundo.

Primeiro tempo



Em um dos piores jogos da Copa, Japão e Costa Rica protagonizaram um show de horrores no Catar. Foto: Divulgação/Reprodução twitter @EsportudoBR.


O Japão tentou desde o apito inicial fazer o que se esperava na partida: implementar seu ritmo desacelerado e cauteloso, para guiar a partida de acordo com o que lhe era conveniente. Soou meio soberbo e assim sendo o primeiro tempo acabou sendo moroso, muito pela falta de agressividade e também de protagonismo por parte da seleção asiática.
Os japoneses pouco criaram no primeiro tempo devido a falta de apetite e as repetidas falhas na criação de jogadas. Em um raro lance de Doan recebeu bom passe pela direita e cruzou rasteiro com perigo, que logo foi respondido por Campbell que se aproveitou de uma confusão na área e tentou chute, sem sucesso.

O primeiro tempo ficou marcado pela limitação técnica da Costa Rica e pela falta de “gana” dos Samurais Azuis, o que deixou da primeira metade um jogo sem grandes emoções e moroso de se assistir. 



Fuller vibra insanamente com o gol feito aos 81 minutos de partida. (Foto: Divulgação/Reprodução twitter @GoalJP_Official).


Segundo tempo

O Japão tentou mostrar uma postura mais firme na segunda metade de jogo e até levou perigo com Morita e Soma (em duas oportunidades), mas foi só. A aparente melhora logo sumiu e o jogo voltou a ficar arrastado, com a Costa Rica tentando a duras penas avançar no seu campo ofensivo.
O excesso de controle japonês que soou prepotente acabou sendo castigado quando o jogo se encaminhava para um duro e sofrível empate: aos 81 minutos após erro na saída de bola, Morita perdeu a bola para Fuller que chutou colocado (mas sem força) e contou com uma falha do goleiro Gonda para abrir o marcador e levar o torcedor dos Ticos ao delírio, 1 a 0. O tento convertido desesperou o treinador Hajime Moriyasu que até tentou mexer e avançar sua equipe, mas era tarde demais, uma classificação quase certa para as oitavas de final se transformou em uma eliminação quase certeira.

O Japão foi prepotente e foi punido. Melhor para Costa Rica que compensou a falta de técnica com coração e coragem para dar a volta por cima dentro da Copa do Mundo.

 

Na rodada final os nipônicos enfrenta a forte Espanha na quinta feira (01 de dezembro) as 16:00, enquanto que a Costa Rica enfrenta a Alemanha no mesmo dia e horário.

Escalações

Japão: Gonda; Yamane (Mitoma), Itakura, Yoshida, Nagatomo (Hiroki Ito); Endo, Morita, Doan (Junya Ito), Kamada, Soma; Ueda (Asano).
Costa Rica: Navas; Waston, Duarte, Calvo, Oviedo; Fuller, Borges (Salas), Tejeda, G. Torres (Bennette); Contreras (Aguilera) e Campbell (Chacón).

 

Foto em destaque: Jogadores japoneses lamentam o gol sofrido e a classificação para as oitavas de final que agora corre perigo. (Foto: Divulgação/twitter @brfootball)

Com 102 anos de vida, idoso publica livro escrito a mão após 30 anos

Nunca é tarde para viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo. Por mais clichê que essa frase possa soar (afinal é um frase da música “Como tudo deve ser” da banda Charlie Brown Jr), ela se encaixa com perfeição para o senhor Antônio Rodrigues Gouvêa Filho: no auge dos 102 anos de vida, o idoso decidiu publicar seu livro que é denominado por “As Estranhas Revelações do Planeta ATF”.

O morador de São Vicente (cidade do litoral de São Paulo) escreveu sua obra há 30 anos. Inicialmente escrita a mão e posteriormente datilografada, o autor literalmente guardou sua criação em uma gaveta devido a falta de recursos financeiros para publicá-la. No entanto o que idoso não esperava, se concretizou: a enorme reviravolta quanto a questão do livro, já que agora a obra literária tem versão “física” e digital e está pronta para comercialização.



O livro que gera reflexões, fruto da chama de um sonho que não se apagou com o tempo. Foto: Divulgação/Prefeitura de São Vicente


O livro, que tem como tema ficção científica, traz a história de um estudante universitário que estava com os tios em um sítio e em um belo dia acabou por perceber um fenômeno estranho no alto de um morro. Com a percepção do evento estranho, o jovem decidiu fazer uma investigação, sem saber que isso mudaria para sempre sua percepção quanto a vida humana. Questionado sobre a intenção do livro, Antônio salientou que a ideia é causar perguntas e reflexões em cada leitor, para abrir a mente dos mesmos e buscar ideias que possam trazer um evoluir de mentalidade.

De acordo com a prefeitura da cidade de São Vicente, o livro que outrora tinha problemas quanto a publicação, agora ganhou uma versão impressa e uma digital (o e-book). Lançado pela Editora Viseu, o livro está a venda no site da editora e a versão impressa pode ser encontrada em sites como Amazon, Americanas e outras lojas virtuais.

 

Foto destaque: Antônio Rodrigues Gouvêa Filho, 102 anos e o sonho do livro publicado. Divulgação/Prefeitura de São Vicente.

Nudismo em praia marca amanhecer na Austrália

A praia de Bondi, em Sydney (Austrália) foi palco para um ato de nudismo nesse sábado (26) durante o nascer do sol e ao longo da manhã australiana. A ação, apesar de aparentemente polêmica, teve uma causa nobre: o ato artístico fotografado pelas lentes do fotógrafo Spencer Tunick foi em prol do potencializar a conscientização das pessoas em respeito aos riscos do câncer de pele e cuidados quanto ao sol que além do câncer pode, pode acabar previnindo e evitando outras doenças na pele.



Ato de nudismo realizado na Austrália pelas lentes de Spencer Tunick. Foto: Rick Rycroft


Cerca de 2.500 pessoas deixaram o pico, famoso pelo surf, de lado e posaram para as lentes do fotógrafo que é conhecido por suas fotos artísticas envolvendo nudismo ao redor do mundo (incluindo a Ópera de Sydney que ocorreu 2010). O ato na praia de Bondi foi marcado pelo ato sagaz de Tunick que apesar de fotografar o ato de nudismo, teve o cuidado ao proteger a intimidade de todos que aceitaram participar usando um megafone (que contou também com uma espécie de plataforma elevada) para orientar a multidão da forma mais correta possível na instalação usada para o evento ao ar livre. O número elevado de voluntários não é por acaso: cerca de 2.000 australianos morrem anualmente devido ao câncer e a proximidade com o número de voluntários teve justamente essa intenção de ligar o alerta de todas as pessoas presentes no simbólico evento.

Ao ser indagado sobre a campanha e a importância da mesma Tunick disse: “É justo que eu use minha plataforma para instar as pessoas a fazerem exames regulares para prevenção do câncer de pele.”

O evento denominado “Fique nu para o Câncer de Pele” teve sua realização em parceria com uma instituição de caridade que incentiva os australianos a se conscientizarem e a fazerem exames na pele para prevenir câncer (e por conseguinte, outras perigosas doenças dermatológicas). 

 

Foto destaque: Voluntários desnudos em prol da conscientização quanto ao câncer de pele na Austrália. Foto: Saeed KHAN / AFP 

O Pombo e a Onça: Richarlison “adotou” imponente felino antes da Copa do Mundo

Todos sabem o enorme carisma que tem o atacante Richarlison, camisa 9 da seleção brasileira. No entanto pouca coisa que pouca gente sabe é que o atacante de 25 anos adotou uma onça-pintada meses antes de disputar o mundial de seleções em solo catari.
Natural de Nova Venécia-ES, o jogador costumeiramente se envolve em brincadeiras na internet, memes e causas sociais. Além do carisma já citado, “Richy” (como costuma ser chamado na Inglaterra) tem mostrado enorme desenvoltura com a camisa da seleção brasileira, tendo em vista os dois gols (um deles um golaço) na vitória do Brasil diante da Sérvia, na estreia de ambas as seleções na Copa do Mundo.



Momento que o pombo voa para marcar um golaço para o Brasil diante da Sérvia, deixando sua “afilhada” felina feliz. (Foto: Giuseppe CACACE / AFP)


Em uma ação publicitária promovida pela CBF durante o lançamento da camisa oficial da seleção brasileira, o atleta que joga no Tottenham-ING visitou o Onçafari (uma Organização Não Governamental, ONG, que visa conservar e cuidar das onças pintadas) e batizou como “Acerola” sua nova amiga felina. De acordo com o jogador, o nome foi escolhido em homenagem ao personagem interpretado por Darlar Cunha, que tinha o mesmo apelido na série Cidade dos Homens que foi produzida pela Globo.

Do que se trata o Onçafari?



Uma organização que protege alguns dos animais mais importantes e mais representativos do Brasil, esse é o Onçafari (Foto: Reprodução/Onçafari)


O Onçafari é uma ONG que além proteger os felinos, visa valores como Ecoturismo, Ciência, Reintrodução, Social, Educação e Florestas. Um dos principais focos da instituição é habituar os animais ao contato com o ser humano (assim como de máquinas produzidas pelo homem, como veículos, que frequentemente acabam assustando e ameaçando os animais). Fazer esse processo de “adaptação” dos animais com a vida humana é parte de uma das diretrizes da ONG no que diz respeito a potencialização do Ecoturismo que por sua vez faz com que as pessoas aprendam mais sobre a vida silvestre e tenham cada vez mais consciência sobre a importância (e diversidade) da fauna brasileira.

A adoção da onça em conjunto com o Onçafari foi uma ação de conscientização por parte da CBF em na apresentação do uniforme da seleção brasileira.

 

Foto destaque: Richarlison adotou onça meses antes de ir a Copa do Mundo e a bela ação levou sorte ao homem gol da seleção. Reprodução/Instagram/@Oncafari

Surpreendida, Alemanha decepciona em estreia no mundial

A Alemanha fez uma estreia decepcionante: com um bom primeiro tempo, os comandados de Hans-Dieter Flick não conseguiram a concentração necessária para segurar o ímpeto nipônico na segunda metade de partida. A falta de “decidir o jogo ainda no primeiro tempo” quando era muito superior à seleção asiática pesou e assim sendo, acabou por custar caro em um grupo agora ainda mais difícil

 

Primeiro tempo com amplo domínio alemão



 Seleção alemã protestou antes do apito inicial contra as normas do país sede. Foto: Reproduçã0/Twitter


O primeiro tempo de jogo mostrou uma Alemanha tomando as rédeas da partida para si e um Japão acuado tentando explorar os contra-ataques. Após pouco produzir nos minutos iniciais, Daizen Maeda recebeu em condição irregular e, escorou para o fundo das redes, mas foi só.

O desenrolar da primeira metade de jogo o mostrou um DFB Team preocupado em dominar a posse de bola, e aproveitar ao máximo os espaços deixados pela defesa nipônica. Tanta pressão por pouco não resultou em gol, quando Rudiger de cabeça, levou muito perigo a meta de Gonda. O lado frágil do Japão (que em teoria era para ser protegido por Hiroki Sakai) seguiu se mostrando problemático e com isso as boas chances criadas por Gundogan começaram a aparecer, assim sendo, não tardaram para resultar em gol: após lance perigoso em arremate de fora da área e um lance onde o miolo defensivo japonês travou um gol certo, a bola estufou as redes quando o meia converteu um penal infantil cometido pelo goleiro do Japão.

A pressão alemã seguiu sem grande sucesso, mas sem permitir aos japoneses produzir muito além de se fechar na defesa, tentando levar para o segundo tempo, uma vantagem ainda mais desfavorável. No entanto, o 2 a 0 quase veio com Havertz, que empurrou a bola para o fundo das redes, porém, em posição irregular.

 

Japão surpreende pela postura e arranca uma vitória épica


Ritsu Doan comemora o gol que empatou a partida. (Foto: Jewel SAMAD / AFP)


Tendo apresentado um time bastante falho no primeiro tempo, o treinador Hajime Moriyasu corrigiu as principais falhas de sua equipe (sacando Daizen Maeda, Kubo e Sakai no decorrer da segunda metade) e com isso o Japão cresceu. A Alemanha tentou conter o ímpeto nipônico e manter a pegada da primeira metade: muita posse de bola e explorando alguns ataques esporádicos pelas laterais do campo.

Pouco a pouco a mudança de postura dos “samurais azuis” começou a se fazer valer, principalmente com a entrada de Asano no lugar de Maeda, que deu um novo fôlego ao ataque japonês (pressionando a defesa alemã a todo instante), assim como as entradas de Mitoma, Minamino e Doan que elevaram a técnica no meio de campo ofensivo da seleção asiática. Nos ataques da seleção europeia o azar começou a “gritar” quando Gnabry e Gundogan acertaram belos chutes, mas a bola insistiu em bater na trave, quando não era a trave, o goleiro Gonda operarava milagres na meta nipônica para não deixar o placar ficar mais elástico.

Com a melhora defensiva, coube ao setor ofensivo colaborar também e ajudar os japoneses, o que acabou acontecendo: após excelente trama protagonizada por Mitoma e Minamino, a bola sobrou para Doan escorar para o fundo das redes após rebote de Manuel Neuer. O gol inflamou os samurais azuis, que se aproveitaram do momento atônico dos alemãs e assim viraram o jogo com Takuma Asano, que fez valer seu apelido de “Jaguar” para ganhar da defesa em velocidade, após receber bola longa e soltar uma bomba que estufou as redes dos alemães.

Com a surpreendente desvantagem no marcador, coube a Alemanha tentar, sem sucesso, empatar o jogo. Prevaleceu o espírito samurai dos japoneses de nunca se renderem e conseguirem uma de suas vitórias mais expressivas em todo seu curto histórico no esporte mais popular do mundo.

Na próxima rodada a seleção asiática enfrenta a Costa Rica, no domingo às 07:00. A Alemanha por sua vez pega a Espanha no mesmo dia, mas as 16:00.

 

Foto Destaque: Takuma Asano comemora o gol da virada do Japão sobre a Alemanha. Reprodução/Twitter

Alemanha vive expectativa da estreia na Copa diante da seleção japonesa

Renovação é a palavra certa a se usar para a seleção alemã no mundial do Catar. Com alguns jogadores experientes como o goleiro Manuel Neuer, o DFB Team mostra uma nítida renovação do seu ciclo, a começar pelo treinador Hans-Dieter Flick, que assumiu em 2021. Além do comando técnico, a juventude alemã tem atletas como Armel Bella-Kotchap, Nico Schlotterbeck, Karim Adeyemi e o badalado Youssoufa Moukoko (que vem em grande fase no seu clube atual, o Borussia Dortmund). O ponto negativo fica pelo desfalque do experiente Leroy Sané, que sofreu um problema no joelho e foi cortado do jogo.

Ainda que a mescla de juventude, de bons valores e a experiência de atletas consagrados coloque a Alemanha como uma das favoritas para vencer a Copa do Catar, todo cuidado é pouco: também cotada como favorita e em um grupo bastante acessível em 2018, os Die Mannschaft protagonizaram uma das piores e mais vergonhosas campanhas de toda sua imponente história no futebol.

A Alemanha já está cercada de polêmica mesmo antes do apito inicial: o diretor de futebol da federação alemã, Steffen Simon, disse a uma rádio do seu país que os jogadores foram “coagidos” a não usarem a braçadeira OneLove (que faz parte de uma campanha em prol da causa LGBTQIA+), lembrando que homossexualidade é ilegal no Catar.


Braçadeira escrita “1 LOVE” foi proibida pela Fifa na Copa do Qatar. Reprodução/Twitter


Como chegam os japoneses

Tido como terceira força no grupo E, a seleção japonesa vive um momento de incógnita: com um setor de meio de campo recheado de bons jogadores (Wataru Endo, Hidemasa Morita, Junya Ito, Kaoru Mitoma, Ritsu Doan, Takumi Minamino e principalmente Daichi Kamada), e com Alemanha e Espanha no grupo, o Japão tem uma seleção recheada de jogadores com experiência no futebol europeu (oito atletas atuam no futebol alemão) e um estilo de jogo que pode dificultar para adversários fortes, ver o amistoso recente contra o Brasil.

Um fator “místico” que pode ajudar a seleção nipônica é o fato de, toda vez que caiu num grupo no qual os asiáticos eram tidos como azarões, os japoneses surpreenderam e passaram de fase (2010 e 2018 são grandes exemplos disso). É pouco, mas é um fator onde a mística pode ajudar a dar mais confiança para os convocados de Hajime Moriyasu.

A seleção japonesa enfrentará a tetracampeã mundial sem nenhum desfalque, tendo em vista que Kaoru Mitoma se recuperou de um estado febril e tanto Takehiro Tomiyasu quanto Ko Itakura (além de Hidemasa Morita) estão 100% pós-período com pequenas lesões.


Convocados do Japão para a Copa. Reprodução/Twitter


Prováveis Escalações

Alemanha (4-2-3-1): Neuer; Klostermann, Sule, Rudiger e Raum; Gundogan, Kimmich, Hofmann, Musiala e Moukoko; Muller.

Japão (4-2-3-1): Gonda; Sakai (Itakura), Tomiyasu, Yoshida e Nagatomo; Endo, Morita, Ito, Minamino, Kamada; Asano (Maeda).

A bola rola amanhã (23) às 10h (horário de Brasília) no estádio Khalifa. A partida terá transmissão da TV Globo e dos canais SporTV.

 

Foto Destaque: Alemanha e Japão se enfrentam amanhã pela Copa do Mundo. Reprodução/Twitter