A bandeira tarifária da escassez hídrica, medida que encarecia os custos da energia elétrica resultando em uma taxa extra na conta de energia elétrica de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e estava em vigor desde setembro de 2021 deixou de ser cobrada a partir deste sábado (16). A redução na conta de energia do povo brasileiro será cerca de 20% pela estimativa do governo. 

_{Bandeira tarifária da escassez hídrica foi retirada neste sábado (16/04) (Foto: Reprodução/ Marcelo Camargo / Agência Brasil)}

A medida foi tomada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ano passado (2021) que passou pela “pior seca já registrada na história”. Na tentativa de cobrir custos adicionais ocasionados pela falta de chuvas na época, consequentemente reduzindo o nível dos reservatórios. A partir de agora passa a valer a bandeira verde, que não possui nenhum custo adicional para o consumidor. A situação se estabilizou com os reservatórios de quatro regiões do país mais cheios impactando diretamente no desuso das termelétricas a nível nacional, que têm custo maior do que o das hidrelétricas. Apenas os reservatórios da Região Sul estão baixos, devido à estiagem que atinge a região no momento. 

A bandeira de escassez hídrica iria ser retirada no fim deste mês, contudo o prazo foi antecipado em 15 dias. Na última terça-feira (12/04), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu uma consulta pública para reajustar os valores das bandeiras tarifárias em um procedimento anual, que nada mais é do que uma cobrança extra aplicada às contas de luz da população quando aumenta o custo de produção de energia no país. A consulta pública ficará aberta no período de 14 de abril a 4 de maio. Após esse meio tempo, a agência voltará a analisar o assunto até chegar a uma decisão final.

Segundo dados da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), a população brasileira paga cerca de  R$12 bilhões mensalmente em tributos e subsídios na conta de luz. Somente nos últimos 4 anos houve uma alta de 47% de acordo com o levantamento.

Foto destaque: Conta de luz terá redução de 20% para o consumidor final. Reprodução/Daniel de Cerqueira/O Tempo

Completando mais de 50 dias de guerra, a Rússia segue com ataques direcionados a Kiev, capital da Ucrânia, e outras cidades do país neste sábado (16/04). Informações do gabinete presidencial ucraniano relataram investidas com mísseis e bombardeios em 8 regiões do país nas últimas 24 horas, segundo a agência de notícias americana Associated Press. 

_{Soldados ucranianos caminham em meio aos escombros logo após ataque russo em Kharkiv, na Ucrânia, neste sábado (16). Foto: Reprodução/Felipe Dana/AP}

Em Kiev, os relatos das autoridades locais afirmam ter encontrado mais de 900 corpos de civis, majoritariamente mortos a tiros, desde que as tropas russas recuaram da cidade há pouco mais de duas semanas. O prefeito da cidade, Vitali Klitschko, relatou um ataque neste sábado que teria resultado na morte de uma pessoa e várias outras feridas. Ele ainda alertou as pessoas que já saíram do local ainda no início da guerra a não retornarem. “Não estamos descartando mais ataques na capital”. Já em Lviv, cidade no oeste do país considerada segura, o governador da região afirmou que houveram ataques aéreos comandados por aeronaves russas que decolaram do país vizinho Belarus.

O aumento dos bombardeios por parte dos russos no leste ucraniano, entre  Kharkiv, Donetsk e Luhansk, faz as probabilidades de uma futura invasão por meio terrestre acontecer. Em Kharkiv, jornalistas da Associated Press no local relatam uma explosão que teria sido causada por um míssil em um mercado ao ar livre deixando uma pessoa morta e outras 18 feridas.

Na cidade portuária de Mariupol, a situação é grave segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A Rússia continua suas investidas militares no local desde os primeiros dias da invasão. A conquista desta cidade é de extrema importância para os russos, já que permitiria as tropas russas avançarem em direção à região separatista de Donbass permitindo o agrupamentos dos militares. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou neste sábado (16), que as forças militares ucranianas foram expulsas de grande parte da cidade, e permanecem apenas na  área siderúrgica de  Azovstal.

Foto destaque: Soldados russos em solo ucraniano. Foto: Alexander NEMENOV / AFP

Um glifo do mais antigo Calendário Maia já encontrado, foi descoberto por pesquisadores em uma ruína de pirâmide na Guatemala. A descoberta foi publicada por pesquisadores da Universidade do Texas, no periódico científico Science Advances. Este glifo, que é uma espécie de gravura, representa um dia dos 260 presentes no Calendário Maia. Este em específico é chamado de “7 Veado”.

_{Fragmento de Caléndario Maia. (Foto: Reprodução/Heather Hurst/David Stuart/Science Advances)} 

Os fragmentos foram localizados no sítio arqueológico de San Bartolo, em selvas no norte da Guatemala, que já foi palco de outra descoberta em 2001, onde continham murais coloridos representando cenas culturais mitológicas e cerimônias, datadas de 100 a.C.  Contudo, os achados pertencentes ao Calendário Maia são datados  do século 3 a.C., comprovado pela datação de radiocarbono, o tornando o mais antigo já encontrado. O “7 Veado” segundo a antiga escrita Maia, compõe o número 7 desenhado sobre o contorno da cabeça de um cervo.

O principal autor da descoberta, professor da Universidade do Texas, David Stuart, descreveu o achado como  “dois pequenos pedaços de gesso branco que já foram presos a uma parede de pedra“. Ele completa: “A parede foi intencionalmente destruída pelos antigos Maias quando eles estavam reconstruindo seus espaços cerimoniais – e acabou se transformando em uma pirâmide. As duas peças se encaixam e têm caligrafia pintada de preto, abrindo com a data “/7 Veado”/. O resto é difícil de ler, as pinturas desta fase estão todas muito fragmentadas, ao contrário de qualquer uma das câmaras posteriores e mais famosas.” No total, foram achados 7.000 fragmentos de murais diversos em San Bartolo, contudo apenas 11 foram analisados entre os anos de 2000 e 2012, incluso o “7 Veado“. 

O Calendário Maia é baseado nas movimentações do Sol, da Lua e dos planetas para contar o tempo, no sistema chamado Tzolk’in. Também haviam outros sistemas que contavam, inclusive, com o ciclo do ano solar de 365 dias e um calendário lunar.

Foto destaque: Fragmento do calendário maia mais antigo. Karl Taube/Courtesy of the Proyecto Regional Arqueologico San Bartolo/Reuters

Uma fonte não identificada do Pentágono afirmou que o navio de guerra mais importante da Rússia, o Moskva, foi atingido por um míssil ucraniano, com probabilidade de serem pelo menos dois mísseis, quando afundou na quinta-feira (14). A informação foi publicada nesta sexta (15), pelos veículos de comunicação americanos “The New York Times” e a agência de notícias “Associated Press”. Segundo a fonte, que preferiu ficar no anonimato: “O Moskva foi atingido por pelo menos um, e provavelmente dois, mísseis do tipo “Neptune” na quarta (13), criando um incêndio a bordo.“

_{Navio de guerra Moska é um dos símbolos do poder russo. (Foto: Reprodução/Alexey Pavlishak/Reuters)}

Pouco tempo após o navio de guerra afundar a Ucrânia reivindicou o ataque, afirmando que havia atingido com sucesso a embarcação com mísseis, contudo a Rússia negou o ataque dizendo que a causa da explosão teria sido um acidente causado por munições internas. Segundo informações da agência estatal russa, Interfax, todas as 500 pessoas presentes no navio cruzador antimísseis foram retiradas.

Nesta sexta (15/04), a Rússia afirmou ter atingido uma fábrica de mísseis em Kiev. Neste local eram fabricados os mísseis que supostamente teriam atingido o Moskva, segundo a Ucrânia, que ainda não se posicionou sobre o ataque russo mais recente. De toda forma, caso haja confirmação sobre o bombardeio causado pela Rússia, crescem as probabilidades de ter sido uma retaliação aos mísseis disparados contra o navio de guerra russo pelos ucranianos. Até o momento, o Kremlin nega o ataque dizendo que o ocorrido foi apenas um acidente interno.

O Moskva era conhecido como “assassino de porta-aviões“, sendo o navio-símbolo da Rússia desde a União Soviética, sendo palco para missões diplomáticas, como quando o presidente Vladimir Putin recebeu Abdel Fattah al Sissi, presidente egípcio, em 2014. Também participou de guerras e chegou a ser reformulado e modernizado duas vezes, segundo a agência de notícias russa Ria Novosti.

Foto destaque: Navio cruzador antimísseis Moskva. Reprodução/Reuters

Nesta quarta-feira (13), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de ter utilizado bombas de fósforo branco, armamento químico que é proibido desde 1997 pela Convenção de Armas Químicas sob o comando da Organização das Nações Unidas (ONU). A acusação ocorreu durante um discurso do presidente no parlamento da Estônia, já que na segunda-feira (12), um ataque russo direcionado a Mariupol desencadeou uma investigação por parte da Ucrânia relacionado a possível uso de bombas de fósforo branco. A Rússia nega a acusação.

_{Bombardeio de fósforo branco sobre Damasco, Síria, em março de 2018. (Foto: Reprodução/Hamza Al-Ajweh/AFP/Getty)}

Esta arma química em questão é altamente nociva para o ser humano. Pode causar desde sérias lesões que acometem os ossos, queimaduras graves, corromper o sistema respiratório, adentrar a corrente sanguínea diretamente pela pele e  até mesmo resultar em falência múltipla dos órgãos. Muito utilizada em conflitos globais anteriores, o fósforo branco não é ilegal quando utilizado como forma de desorientar o inimigo, devido as propriedades químicas que fazem o fósforo queimar rapidamente em contato com o oxigênio formando uma cortina de fumaça ou iluminando o local.

Segundo o Médico do PAME, Dr.Claudio Azoubel Filho, apesar de ser perigosa para o homem. “Pode ser encontrado na forma incolor, branca ou amarela. Não é encontrado livre na natureza, sendo largamente distribuído combinado com minerais, principalmente em rochas de fosfato. É utilizado em processos químicos e na manufatura de munições produtoras de fumaça. Nas indústrias químicas, pode ser utilizado na produção do ácido fosfórico e outros químicos utilizados em fertilizantes, aditivos alimentares e compostos de limpeza. No passado, o fósforo branco foi utilizado em pesticidas e em armas de fogo”, comentou o doutor. 

De toda forma, segundo o The New York Times, há relatos de que a Rússia pode estar planejando usar armas químicas durante os combates, além dessa situação ainda não verificada sobre já ter utilizado a bomba de fósforo na ofensiva contra Mariupol, cidade no leste ucraniano já bastante desgastada.

Foto destaque: Fósforo branco disparado sobre Damasco, Síria, em março de 2018. Reprodução/Hamza Al-Ajweh/AFP/Getty