Sobre Alessandra Couto

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Rússia ataca Ucrânia; mísseis são disparados contra o país

Na madrugada desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladmir Putin ordenou uma ação militar no leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas que ele reconheceu como independentes (Donetsk e Luhansk). A informação foi confirmada pelo ministro ucraninano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba.

Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer”, escreveu nas redes sociais.

A imprensa local relata movimentações, explosões e ataques em outras partes do território ucraniano, como em Kharkiv e inclusive na capital Kiev. O ministério do interior da Ucrânia confirmou que as explosões ouvidas na capital partiram de ataques de mísseis.


Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev nesta quinta-feira, 24 de fevereiro. (Foto: Reprodução/CNN)


Os ataques simultâneos em várias cidades tiveram início a partir das 5 horas da manhã de Kiev, enquanto o presidente Putin discursava em um pronunciamento que durou cerca de uma hora.

Em seu pronunciamento, o presidente declarou que era hora de os ucranianos abaixarem as armas e irem para casa.  Ele também fez ameaças a quem tentasse interferir. Os militares ucranianos estariam tentando reagir.

Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, ameaçou Putin.

O presidente da Rússia também afirmou que a responsabilidade pela guerra e suas consequências é da Ucrânia.

“Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos”.


Tanque ucraniano é visto na região de Kharkiv, na Ucrânia. (Foto: Reprodução/REUTERS/Antonio Bronic)


Em um curto vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou que instaurou a lei marcial no país e pediu calma e confiança nas forças ucranianas à população.

Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.

Zelensky também disse que havia conversado por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e afirmou que os “EUA já começaram a unir o apoio internacional”.

Nesta manhã, o perfil do presidente ucraniano no Twitter afirmou que o governo dará armas a qualquer cidadão que queira defender o país.

Levantaremos as sanções a todos os cidadãos da Ucrânia que estiverem prontos para defender nosso país como parte da defesa territorial com armas nas mãos”.

O Ocidente condenou imediatamente a decisão. A ONU pediu que Putin recue e o presidente Biden, disse que a Rússia escolheu uma “guerra de perda catastrófica de vidas e sofrimento humano“.

É esperado que os países ocidentais anunciem, nas próximas horas, novas sanções para sufocar a economia russa. Um confronto direto com a Rússia é uma hipótese não muito provável.  

 

 

 

Foto Destaque: Tanques entram na cidade de Mariupol, na Ucrânia, após Putin ordenar uma invasão do país. Reprodução/Reuters/Carlos Barria

Empresas investem em reformulação de embalagens para reduzir o impacto ambiental do plástico

Ao mesmo tempo em que o plástico é um sucesso por ser leve, durável e poder ser usado em inúmeras opções de materiais diversos, ele é também um fracasso pelo fato de ser extremamente difícil de reciclar. Tanto que de 80% de todo plástico produzido no mundo, cerca de 8,3 bilhões de toneladas métricas, apenas 20% é reciclado. Além disso, um estudo sugere que o plástico deve triplicar nos oceanos até 2040, em uma média de 32 milhões de toneladas por ano, segundo matéria da National Geographic.

Com isso, em janeiro, um grupo de 42 países e 70 empresas pediu à ONU um tratado internacional para produção e reciclagem, porque acredita-se que  regras distintas em cada mercado prejudicam a competitividade e sobrecarregam as companhias.

Sob a pressão da lei e dos consumidores, as multinacionais vêm tentando reduzir sua produção de embalagens plásticas com tecnologias, reuso dos materiais, reciclagem com parceiros e uso de outros materiais.


Devido suas vantagens comerciais, o plástico dificilmente sairá de circulação, mesmo sendo considerado um vilão ambiental. (Foto: Reprodução/Governo da Bahia)


De acordo com José Fernando Machado, diretor comercial da Graham Packaging no Brasil, uma das principais inovações da área é o redesenho das embalagens.

Há tecnologias de fabricação onde se consegue, através de distribuição de material, garantir mais performance com menos material. Num dos clientes, no México, com o redesenho, reduzimos de 18g para 14g o potinho de iogurte. Quando se considera a produção média de 10 milhões de unidades por mês, é uma grande diferença”, afirma Fernando Machado.

Outro exemplo de reformulação é o SodaStream, da Pepsi, que em vez de água gasosa em embalagens plásticas, adotou-se a venda de CO² em latas reutilizáveis para gaseificar em casa.

Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil Alimentos, diz que a empresa avalia usar papel para garrafa e embalagens de alimentos à base de plantas (nos EUA, o saco compostável, de bioplástico, já é comercializado).

A Ambev, por sua vez, reduziu em 70% o plástico de packs de Skol ao trocar o embrulho por uma alça presa diretamente às latas. A cervejaria também empreende, em parceria com a start-up growPack, numa tecnologia de embalagens com compostos orgânicos.

Também a L’Oréal global, junto a uma start-up de biotecnologia, gera PETs reciclados com qualidade igual à do plástico virgem; e investe em garrafas e tubos de papelão nos produtos.

A Unilever, tem a promessa de reduzir pela metade o uso de plástico virgem em suas embalagens até 2025, uma de suas estratégias para isso foi lançar um modelo de refil, onde os clientes recarregam shampoo, condicionador, produto de limpeza e outros itens em seus potes. A empresa também desenvolve a troca do plástico por celulose de origem reciclável para embalar o sabão Omo no Brasil e no mundo.

A Coca-Cola que investiu mais de R$ 1,1 bilhão nos últimos cinco anos em linhas de retornáveis, e lançou a garrafa de água mineral feita 100% com PET reciclado em 2020, no Brasil, agora investe num piloto de digitalização da troca de garrafas por meio de um aplicativo, segundo a diretora de sustentabilidade da Coca-Cola América Latina, Andrea Mota.

Contudo, segundo Blake, da Gartner, as metas de redução e reciclagem propostas pelas empresas, em geral, são difíceis de serem cumpridas porque há uma enorme quantidade de embalagens que ainda não são reaproveitadas ou recicladas.

Bem como, Paulo Teixeira, diretor superintendente da Abiplast, destaca que o uso racional do plástico é um problema coletivo, ele afirma que a “maioria das cidades não tem um sistema de coleta seletiva. Quando tem, a população não está engajada ou não destina corretamente. Além disso, a tributação da resina virgem é menor que a da reciclada”.

 

Foto Destaque: Empresas investem em redução do uso de plástico. Reprodução/O Globo.

Tem início o Miami International Boat Show 2022; veja 3 dos melhores “/superiates”/ do evento

O Miami International Boat Show (MIBS), um dos maiores eventos de barcos e iates do mundo, está de volta este ano após ter sido cancelado em 2021 por causa da pandemia de Covid-19. Na feira estão todos os mais novos equipamentos e tecnologias, juntamente com uma longa lista de novos barcos e equipamentos aquáticos.

Realizada através de uma nova parceria entre a NMMA e a Informa Markets, a feira deste ano acontece em vários novos locais em Miami, incluindo: Miami Beach Convention Center, Pride Park, One Herald Plaza, Sea Isle Marina, Museu do Parque Marina e Island Gardens.

Historicamente, o MIBS, o Miami Yacht Show e o SuperYacht Miami atraem mais de 100.000 visitantes de aproximadamente 35 países, gerando uma estimativa de US$ 1,3 bilhão para o Estado da Flórida.


Vídeo de divulgação do Miami International Boat Show. (Reprodução/Disscover Boating)


Uma das grandes atrações é o Gene Machine, com seu design Amels 180 Limited Editions de 2013, é o “carro-chefe” da frota da empresa mestre em construção de superiates Damen Yachting. Ele se classificou como uma embarcação global, levando a família a todos os lugares, das Bahamas ao Círculo Polar Ártico, além de ter seu salão principal convertido em um laboratório em 2017 para coletar amostras de água em todo o mundo e, mais recentemente, usado no desenvolvimento de um kit de teste de coronavírus em casa chamado ‘Detectar’.

O Gene Chaser juntou-se à frota em 2021 como um centro científico dedicado que pode operar como um laboratório flutuante pensado para cientistas e pesquisadores especializados.                

As embarcações de suporte de iate da Damen Yachting apresentam como diferencial a versatilidade. Algumas são configuradas para acomodar grandes centros de mergulho e armazenamento, enquanto outros funcionam como “porta-aviões” ou “transporte de equipamentos” que seguem atrás do carro-chefe.

O interesse e a demanda por passeios de barco estão quase sempre altos e estamos ansiosos para receber velejadores de todo o mundo para descobrir o melhor em passeios de barco em exibição em nossos cinco emocionantes locais em terra e na água”, disse Frank Hugelmeyer, presidente da National Marine Manufacturers Association (NMMA) antes do início do evento.

Veja a seguir alguns dos superiates de luxo:

MARGUERITE


Marguerite. (Foto:Reprodução/Forbes)


O design interior e exterior deste Lurssen de 201 pés de comprimento é da empresa Winch Designs, com sede em Londres. Este iate, anteriormente chamado AVANTI, foi recentemente renomeado Marguerite por seu novo proprietário e atualmente está disponível para fretamento da Moran Yacht & Ship no Caribe e Bahamas neste trimestre e no Mediterrâneo entre junho e setembro.

O iate contém a suíte do proprietário, que, na verdade, é um apartamento completo de dois andares com espaços para dormir, se vestir e relaxar; um escritório incrível; e uma grande área de descanso ao ar livre que abrange os decks superiores.

Acomodações adicionais estão disponíveis na suíte VIP situada na popa no convés superior, enquanto outras quatro cabines estão localizadas no convés inferior. Duas das cabines se conectam para fazer uma suíte VIP adicional. Outros itens obrigatórios do superiate incluem um centro de mergulho profissional e muito espaço de lazer.

 

THUNDER


Oceanfast Thunder. (Foto: Repeodução/Forbes)


O Oceanfast Thunder é um superiate de 164 pés de comprimento, com uma grande piscina no convés de proa, o salão principal com seus tetos de três metros de altura, grandes detalhes ovais e escadas em dupla hélice na popa. Outras características incluem espaço para dez hóspedes, incluindo uma grande suíte master que possui uma área de estar, guarda-roupas extragrandes e uma cama king-size.

Enquanto isso, o interior inclui várias peças de arte e candelabros, que permanecerão no iate para seus novos proprietários desfrutarem. O Thunder também é construído em fibra de carbono leve e forte que lhe permite ter um alcance de 3.000 milhas náuticas.

 

IL’ BARBETTA


Benetti Il”/ Barbetta. (Foto: Reprodução/Forbes)


O Benetti Il’ Barbetta, de 145 pés de comprimento, tem um interior projetado por Bannenberg & Rowell e estilo exterior por Stefano Reghini. Com um casco construído de fibra de vidro composta, decks de madeira teca e dois motores Caterpillar de 1.350 cavalos de potência, a velocidade máxima do Il’Barbetta é de 15 nós (mis de 27 km/h) e a velocidade de cruzeiro é de 12 nós (mais de 22 km/h). As acomodações incluem cinco cabines para o proprietário e convidados, bem como acomodações adicionais para nove tripulantes.

 

 

 

Fonte Forbes.

Foto: A feira deste ano ocorre de 16 a 20 de fevereiro. Reprodução/Forbes.

Raro bebê tubarão-fantasma é encontrado por cientistas da Nova Zelândia

Cientistas da Nova Zelândia descobriram um tubarão-fantasma recém-nascido cuja espécie, também chamada de quimera, é pouco conhecida, por viver escondida na profundidade do mar. Os especialistas acreditam que isso ajudará a ampliar o conhecimento sobre a criatura “misteriosa”. O animal foi coletado a uma profundidade de cerca de 1,2 km, em Chatham Rise, uma área do fundo do mar na costa leste do país. O ocorrido foi divulgado nesta quarta-feira (16).

A descoberta foi feita por acidente pela equipe de cientistas do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica, que estava realizando uma pesquisa de arrasto para estimar as populações de peixes hoki quando encontraram o animal. Os cientistas disseram que o tubarão de águas profundas, que é relacionado a tubarões e raias, deve ter nascido recentemente, pois sua barriga ainda estava cheia de gema de ovo.


Exemplos de cápsulas de ovos de tubarão-fantasma. (Foto: Reprodução/Brit Finucci/BBC)


Os tubarões-fantasma, entre outros nomes, são peixes cartilaginosos (com esqueletos compostos principalmente de cartilagem), os seus embriões se desenvolvem em cápsulas de ovos e se alimentam de uma gema até estarem prontos para eclodir.

Pesquisadores dizem que a descoberta pode aprofundar a compreensão do estágio juvenil da espécie que, segundo Brit Finucci, pesquisadora que faz parte da equipe da descoberta, os juvenis “podem ter necessidades alimentares e de habitat diferentes” dos adultos, comparado a outas espécies de quimeras.

É bastante surpreendente. A maioria dos tubarões-fantasma de águas profundas são espécimes adultos conhecidos; recém-nascidos são raramente relatados, então sabemos muito pouco sobre eles”, disse Finucci. A cientista ainda destacou que “encontrar esse animal nos ajudará a entender melhor a biologia e a ecologia desse misterioso grupo de peixes de águas profundas”.

 

Foto Destaque: Reprodução/ Brit Finucci/ BBC News.

Após ser acusada de racismo, Reserva desfaz estratégia de marketing

A grife Reserva retirou um manequim de uma loja no Shopping da Barra, em Salvador, nesta terça-feira (15), após a composição do mostruário ser associada a uma atitude racista.

Um manequim preto aparecia ‘quebrando’ a vitrine pelo exterior do estabelecimento. Era a representação de alguém correndo em direção a Reserva e se chocando com o vidro. A imagem, que parecia sugerir um arrombamento, repercutiu na internet causando indignação e revolta dos usuários.

A loja Reserva do Shopping Barra colocou um manequim preto quebrando a vidraça do estabelecimento como se estivesse invadindo. Isso é racismo escancarado, nem sei como reagir“, escreveu a comunicóloga e influenciadora digital, Ashley Malia, no Twitter. Mas, a influenciadora apagou a publicação que gerou a repercussão.

Um funcionário do centro comercial que não quis se identificar, disse que alguns clientes chegaram a comentar que o manequim parecia estra arrombando ou invadindo a loja. Nas redes sociais, internautas questionaram o motivo pelo qual a grife escolheu usar um boneco preto e não branco na ação de marketing.

Cliente do Barra, a administradora Rafaela Santos, 37, afirmou que encaminhou queixa à administração do shopping logo após presenciar a cena, que ela classificou como de mau gosto e muito ofensiva. A cliente alega que ficou incomodada por lembrar de uma série de casos em que pessoas negras foram mortas ou sofreram algum tipo de violência ao serem confundidas com bandidos.

Faltou um pouco de bom senso antes de colocar aquele tipo de ação. Não sei qual a mensagem que quiseram passar, mas ficou ofensivo. Já é raro ver esses manequins de cor preta e quando vemos é associando a vandalismo? Eu fiquei muito chateada“, contou ao Correio.

Outros clientes que se sentiram ofendidos ou incomodados também encaminharam queixas à administração do shopping de Salvador, que por curiosidade, é a cidade mais negra do país: 80% de seus habitantes se declaram pretos ou pardos, segundo o IBGE.  

Em nota, a Reserva informou que o manequim fazia parte da vitrine e que “não teve como objetivo ofender qualquer pessoa ou disseminar ideias racistas e sim divulgar a liquidação da marca”. E disse ainda: “(…) comunicamos aqui que ela será imediatamente desmontada. Acreditamos na empatia como única forma de viver em sociedade e repudiamos o racismo em todas as suas formas. A diversidade e inclusão são valores essenciais de nossa marca”. O boneco antes no interior da loja estava exposto desde o dia 25 de janeiro.

O vereador da Câmara Municipal de Salvador, Sílvio Humberto (PSB), comentou que “No momento em que loja Reserva monta a sua vitrine com um manequim negro quebrando a vidraçaria, como ocorrido na loja do shopping Barra, em Salvador, ou de ponta-cabeça, como em 2016 no RS, é mais uma comprovação da naturalização das violências sobre os corpos negros”.


Manequim preto pendurado de cabeça para baixo numa loja da Reserva em 2016. (Foto: Reprodução/ Veja São Paulo)


A fala de Sílvio se refere ao ocorrido em uma loja da Reserva no Shopping Rio Sul, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, em 2016. A grife foi alvo de críticas e protestos por ter usado manequins pretos pendurados no teto, de cabeça para baixo, em suas vitrines.

Na época, em comunicado oficial, a Reserva alegou que, em épocas de liquidação, era comum que eles colocassem tudo da  loja, incluindo manequins, peças e letreiros, de ponta a cabeça. A empresa também afirmou que os bonecos da cor preta eram padrão das filiais, há mais de 9 anos, e não havia qualquer intenção ou traço de racismo na estratégia de marketing.

O Shopping Barra informou que não vai se manifestar sobre o caso atual.

 

Foto Destaque: Reprodução/Twitter. 

Como DNA capturado na atmosfera pode revolucionar Biologia

Dois experimentos recentes conseguiram capturar rastros genéticos que os animais deixam na atmosfera. Uma conquista, que de acordo com os autores da pesquisa, oferece uma nova abordagem para monitorar a biodiversidade e ajudar a proteger espécies que estão em perigo de extinção.

À medida que interagem com o meio ambiente, os seres vivos deixam vestígios de seu DNA por onde passam, como rastros de pegadas ou fezes. E este DNA ambiental (ou, eDNA, pelo nome em inglês) é uma ferramenta útil para detectar uma grande variedade de espécies em diferentes habitats.

Muitos biólogos, por exemplo, já usavam o eDNA que os animais deixam na água para mapear espécies em ambientes aquáticos. No entanto, capturar DNA do ar é muito mais complexo.


Muitos biólogos usam o eDNA que os animais deixam na água para mapear espécies em ambientes aquáticos. (Foto: Reprodução/Getty Images via BBC)


Uma vantagem que a captura de DNA do ar oferece é poder detectar animais que não estão presentes no arredor e, assim, não ser invasivo aos animais. A desvantagem é que o eDNA é facilmente diluído no ar, tornando-o mais difícil de detectar.

Para realizar os experimentos, duas equipes foram separadas — uma na Dinamarca e outra no Reino Unido e Canadá. Para conseguir capturar o eDNA, eles usaram uma série de dispositivos de coleta de ar e os testaram em dois zoológicos europeus.  

A equipe da Dinamarca usou um aspirador à base de água e dois ventiladores – sendo um deles do tamanho de uma bola de golfe –, que foram colocados em três áreas diferentes do zoológico. Com isso, eles obtiveram 40 amostras de ar, nas quais detectaram 49 espécies, incluindo mamíferos, aves, anfíbios, peixes e répteis.

Já a equipe do Reino Unido e do Canadá instalou várias bombas de vácuo com filtros, com as quais recolheram 70 amostras em várias partes do zoológico e conseguiram identificar DNA de 25 espécies, incluindo tigres, lêmures e dingos (um canídeo selvagem da Austrália).

Ambos os experimentos foram bem-sucedidos, detectando eDNA mesmo do lado de fora dos zoológicos.

A professora de Genômica Evolutiva da Universidade de Copenhague e líder do estudo, Kristine Bohmann, disse que os grupos ficaram surpresos quando viram os resultados.

Os animais estavam do lado de dentro, mas seu DNA estava vazando“, disse Elizabeth Clare, professora da Escola de Ciências Biológicas e Químicas da Universidade Queen Mary de Londres.

A professora Clare afirma ainda que: “A natureza não invasiva dessa abordagem a torna particularmente valiosa para observar espécies ameaçadas ou vulneráveis, bem como aquelas em ambientes de difícil acesso, como cavernas e tocas”.


O próximo passo é testar a técnica em ambientes menos controlados. (Foto: Reprodução/ Getty Images via BBC)


A amostragem de ar pode revolucionar o biomonitoramento terrestre e fornecer novas oportunidades para rastrear a composição das comunidades animais, bem como detectar a invasão de espécies não nativas“, destacou.

Bohmann disse à BBC News Mundo  que o desafio agora é testar sua técnica em ambientes menos controlados, como uma reserva ou um parque natural, e descobrir quanto tempo o eDNA dura flutuando no ar.

Esses dois estudos realmente expandem o potencial do eDNA para fornecer informações em várias áreas, desde biodiversidade e espécies invasoras, até saúde pública, apenas para citar algumas“, disse Michael Russello, que não esteve envolvido nos estudos, à BBC Mundo.

 

Fonte: BBC News Mundo.

Foto Destaque: Os animais deixam vestígios de DNA ao interagir com o meio ambiente.  Reprodução/Gerry Images.

Estudo publicado pela Scientific Reports aponta que dinossauros também tinham infecções respiratórias

Um estudo publicado pela revista científica Scientific Reports, nesta quinta-feira (10), afirma que restos fossilizados de um diplodocídeo, um grande dinossauro saurópode herbívoro, conhecido por seu pescoço grande e cabeça pequena, pode fornecer as primeiras evidências de que o espécime foi vítima de uma infecção respiratória.

O estudo relata ser a primeira vez que um distúrbio respiratório de estilo aviário é verificado em um dinossauro não aviário (considerando que aviários eram os que tinham asas, como o archaeopteryx).

“Considerando os possíveis sintomas que esse animal teve, você não pode deixar de sentir pena de Dolly. Todos nós experimentamos esses mesmos sintomas (tosse, dificuldade para respirar, febre) – e aqui está um dinossauro de 150 milhões de anos que provavelmente se sentiu tão miserável quanto todos nós quando estamos doentes”, afirmou Cary Woodruff, pesquisador e líder do estudo, em nota de divulgação da pesquisa.

O espécime, que ganhou o apelido de “Dolly”, foi descoberto no sudoeste de Montana, nos EUA, e viveu há cerca de 150 milhões de anos.


Ilustração simula uma comparação do dinossauro com um homem de 1,70m e qual seria o fluxo do sistema respiratório infectado. (Foto: Reprodução/Woodruff, et al., and Francisco Bruñén Alfaro) 


A equipe de Cary Woodruff, examinou três das vértebras cervicais (os ossos do pescoço) de Dolly e identificou saliências ósseas anormais nunca antes vistas, com uma forma e textura incomuns.

O estudo identificou que o saurópode provavelmente tinha uma forma de respiração “estilo aviário” decorrentes de uma infecção respiratória semelhante à aspergillose, que é um distúrbio respiratório extremamente prevalente em aves hoje, e possivelmente experimentou sintomas semelhantes à gripe ou à pneumonia, como perda de peso, tosse, febre e dificuldades respiratórias.

A primeira associação com problemas respiratórios se deu porque o ponto das anomalias estava localizado em cavidades nos ossos que estavam conectadas com o pulmão, integrando o complexo sistema respiratório do dinossauro.

Woodruff  afirmou que “Esta infecção fóssil em Dolly não apenas nos ajuda a traçar a história evolutiva das doenças respiratórias, mas nos dá uma melhor compreensão de quais tipos de doenças os dinossauros eram suscetíveis”.

 

Foto Destaque: Ilustração baseada em dados do fóssil mostra como seria o MOR 7029, dinossauro infectado por doença pulmonar. Reprodução/ Corbin Rainbolt/Scientific Reports

Três temperos para frango: Saiba como fazer

O frango nosso de cada dia pode ganhar muito mais sabor, e variedade de sabor, com os temperos certos!

Ao preparar a carne branca, você pode se arriscar e ir além da mesmice do limão, alho e sal, mas se não sabe quais ingredientes utilizar, confira a seguir as sugestões da Sadia de 3 diferentes temperos para frango  –  são combinações simples, mas que vão fazer uma grande diferença na hora de diversificar as suas receitas diárias.


Alecrim, tomilho, pimenta, alho, gengibre, limão, sobre um fundo de concreto. (Foto: Reprodução/ iStock)


Confira como fazer 3 temperos diferentes para o frango: são receitas simples que vão deixar o seu frango do dia a dia ainda mais saboroso!                    

Tempero para frango com TOMILHO

Ingredientes:

  • 1 colher de chá de raspas de limão;
  • 1 colher de chá de tomilho;
  • Sal a gosto;
  • Pimenta-do-reino a gosto;
  • 2 colheres de sopa de azeite.

Tempero para frango com ALECRIM

Ingredientes:

  • 1 colher de chá de alecrim;
  • 1 colher de chá de orégano;
  • Meia colher de chá de cúrcuma;
  • Sal a gosto;
  • Pimenta-do-reino a gosto.

Tempero para frango com GENGIBRE

Ingredientes:

  • 2 colheres de sopa de molho shoyu;
  • 1 colher de sopa de gengibre;
  • 1 colher de chá de óleo de gergelim;
  • Sal a gosto;
  • Pimenta-do-reino a gosto.

 Modo de Preparo

Para todos os três temperos, o preparo é simples, basta misturar os ingredientes e adicioná-los ao frango. Você pode deixar o frango “pegando sabor” por um tempinho ou não, vai da sua preferência – e pressa.

Os 3 temperos para frango podem ser usados em diversos cortes da carne, como na coxa, no drumette, na sobrecoxa e no filé de peito de frango. Você também pode temperar o frango e deixar na geladeira para que ele ganhe mais sabor ou utilizar os temperos na hora da preparação mesmo.

Divirta-se na cozinha e aproveite!

 

Fonte: Essas receitas são sugestões da Sadia em receitas. Globo. 

Foto Destaque: Três receitas de temperos para frango. Reprodução/receitas. globo.

Especialistas contrariam retorno das girafas importadas pelo BioParque à Africa do Sul

O Ministério Público Federal (MPF) notificou o Ibama, no dia 28 de fevereiro, a devolver as 15 girafas importadas pelo BioParque à Africa do Sul. Mas os especialistas contrariam a devolução dos animais alegando que podem ocorrer eventuais problemas de manejo e adaptação e que há o risco de as girafas serem levadas ao abate seletivo no país africano.

Inclusive, o próprio ambientalista Marcio Antonio Augelli, que denunciou ao Ibama a morte de três das 18 girafas que foram importadas inicialmente, é contra a decisão. Segundo ele, é provável que a África do Sul não as aceite de volta ou as sacrifique com a justificativa de prevenir a propagação de doenças. Augelli integra a Associação de Proteção Animal Mountarat e, no último dia 4, enviou um ofício ao MPF pedindo para reconsiderar a recomendação.


Girafa se alimentando dentro de sua baia de 31 metros quadrados, em um galpão em Mangaratiba (Foto: Reprodução/ Brenno Carvalho / Agência O Globo)


O biólogo e mestre em zoologia Igor Morais, ex-integrante da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) disse ao Extra que “não é viável devolver os animais à África, pois não sabemos sua origem exata e, muito provavelmente, eles são excedentes destinados ao abate seletivo para controle populacional. Esta é uma realidade comum no sul desse continente. Os animais deveriam, se possível, ficar sob a tutela do Ibama: isso tornaria viável um programa de conservação, visto que, caso virem patrimônio de outras instituições, como é permitido por lei, pode haver o descumprimento das recomendações de manejo populacional por seus gestores”.

O médico veterinário de animais silvestres, Mário Henrique Alves também pontuou em nota ao Extra que uma nova viagem intercontinental não seria recomendada do ponto de vista técnico.

“Esse translado representaria um alto risco para esses animais do ponto de vista veterinário. É evidente que os animais não vieram para o Brasil por viés conservacionista e sim por interesses econômicos, mas agora que eles já estão aqui, um retorno não seria indicado”, apontou Alves, que hoje atua em um zoológico na Colômbia.

O MPF e o Ibama ainda não se posicionaram em relação as declarações do especialistas ou a possibilidade de as girafas ficarem no Brasil até esta última atualização.

 

 

Foto destaque: Girafas em galpão do Portobello Safári, em Mangaratiba. Reprodução/ Brenno Carvalho/Agência O Globo.

Fonte: Jornal Extra.

 

Após polêmicas na internet, Bolsonaro diz repudiar ‘ideologia nazista’ e a compara ao comunismo

Em uma publicação no Twitter, na noite desta quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro fez declarações contra a ideologia nazista e a qualquer ideologia totalitária, segundo ele. Sem citar diretamente o caso do apresentador Bruno Aiub, que defendeu a descriminalização do nazismo, o presidente aproveitou para comparar o sistema nazista com o comunismo.

“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, escreveu Bolsonaro.



Ao relembrar as milhões de vidas destruídas pelo sistema de Adolf Hitler, Bolsonaro disse que o assunto “exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização”.

O presidente manifestou ainda o desejo de que a polêmica gere um “momento de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar no Brasil”.

Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação”, afirmou o presidente.

As alegações do presidente se dão por conta da polêmica gerada nas redes sociais, nesta semana, a partir da fala do podcaster Bruno Aiub, também conhecido como Monark. Durante um episódio do seu programa, Flow Podcast, na última segunda-feira (7), enquanto os participantes incluindo os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), discutiam sobre liberdade de expressão, Monark afirmou que “tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, e disse ainda: “dentro da expressão, eu acho que tinha que liberar tudo”.

A fala do fundador de um dos podcasts mais ouvidos do país gerou diversas repercussões. Monark publicou um vídeo em suas redes sociais se desculpando pela fala e alegou estar bêbado durante a gravação. O episódio foi tirado do ar e o podcaster Monark já foi desligado do Flow Podcast, ele vendeu a sua parte do programa para o seu sócio, e também apresentador, Igor Coelho.

 

 

Foto destaque: Presidente Jair Bolsonaro. Reprodução/Flickr/Palacio do Planalto.