Sobre Alessandra Couto

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Bancos públicos devem focar em endividados, MEIs, indústria e ações sociais no próximo governo

Nas propostas do próximo governo para os bancos públicos, as prioridades estão entre tirar do papel o Desenrola Brasil (programa feito para negociar até R$ 90 milhões de dívidas de brasileiros), focar em microempreendedores individuais (MEIs), apoiar programas sociais (como construção de cisternas e cooperativas de catadores), financiar 3,5 milhões de casas para pessoas de baixa renda e incentivar a troca de máquinas e equipamentos para reaquecer a indústria.

Até o momento, o presidente eleito Luiz inácio Lula da Silva (PT) não indicou os nomes dos futuros titulares do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, BNDS, Banco da Amazôia e Banco do Nordeste. Ainda assim, a equipe de transição do próximo governo já avalia que as instituições terão função relevante a partir de 2023 e buscarão o desenvolvimento econômico e social.

Segundo o senador eleito e um dos coordenadores da campanha de Lula, Wellington Dias (PT-PI) disse ao GLOBO, além do “papel importante” dos Bancos públicos, o setor privado também será chamado a participar da “missão extraordinária” de crédito para regularizar a situação dos endividados.

A grande proposta foca principalmente no Desenrola Brasil, que prevê a renegociação de dívidas garantidas por um fundo com recursos estimados entre R$ 7 bilhões e R$ 18 bilhões — a depender da faixa de renda que será contemplada.

De acordo com dados da Serasa Experian, 68,4 milhões de brasileiros (cerca de 32% da população adulta do Brasil) estão endividados. A promessa é fazer esse público voltar para o sistema, ajudando na recuperação econômica, impulionando a compra de bens e serviços.

A proposta também prevê que microempreendedores obtenham linhas especiais para abrir ou expandir seus negócios.

Com a ideia de retomar o programa Minha Casa Minha Vida, a proposta analisa a possibilidade de contratar 3,5 milhões de unidades habitacionais em 4 anos, com a meta de 500 mil unidades logo no primeiro ano, segundo a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano. O financiamento sairia de FGTS, loterias e doTesouro Nacioal.

Ainda visando reforçar programas sociais, também é esperado que o Banco do Brasil atue em projetos com a condtrução de cisternas para famílias no semiárido e que o Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Finep (financiadora de projetos e pesquisas) contribuam o financiamento de projetos de infraestrutura, como energia e transporte, mas não há muitos detalhes ainda.

 

Foto destaque:  Bancos públicos devem focar em endividados, MEIs, indústria e ações sociais no próximo governo. Reprodução/In Magazine 

Coreia do Norte promete resposta militar ‘firme e esmagadora’aos exercícios EUA-Coreia do Sul

A Coreia do Norte anunciou, nesta segunda-feira (7), que responderá de forma “sustentada, firme e esmagadora” aos exercícios militares conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul, conforme divulgou a agência estatal norte-coreana KCNA.

O anúncio ocorre após o Norte efetuar uma série recorde de lançamentos de mísseis ao mar, nesta semana, incluindo quatro mísseis lançados no último sábado, em resposta clara aos maiores exercícios militares aéreos conjuntos dos EUA e do Sul, denominados “Tempestade Vigilante”, que incluiram centenas de aviões de guerra dos dois países, além de bombardeios B-1B.


Imagens de lançamentos de mísseis ao mar divulgada pela agência estatal norte-coreana KCNA (Foto: reprodução/STR/KCNA via KNS/AFP)


O Estado-Maior general do Exército Popular da Coreia afirmou no comunicado que “continuará a responder” a todos os exercícios de guerra anti-Coreia do Norte “do inimigo com medidas militares práticas sustentadas, resolutas e esmagadoras“, informou a KCNA.

Segundo o exército de Pyongyang, as manobras pretendiam “aumentar intencionalmente a tensão na região e são uma manobra perigosa, de natureza altamente agressiva, dirigida diretamente contra” a Coreia do Norte.

O comunicado adverte ainda que “quanto mais as provocações militares do inimigo continuarem, mais minuciosa e impiedosamente o Exército Popular da Coreia irá contrariá-las”.

Seul, capital da Coreia do Sul, rebateu as críticas do Norte e alegou que os exercícios não apresentaram uma ameaça para nenhum país.

Mas Pyongyang, capital do Norte, considera as manobras como ensaios para uma potencial invasão e o oficial superior militar norte-coreano Pak Jong Chon emitiu uma ameaça velada de conflito nuclear com os EUA e a Coreia do Sul sobre os seus exercícios conjuntos.  

 

Foto destaque: Líder norte-coreano Kim Jung Un obsersava um lançamento de míssil em local não divulgado, em imagem publicada pela agência estatal KCNA, em 10 de outubro de 2022. Reprodução/KCNA/KNS/AFP

Palmeiras passa Flamengo e se torna maior campeão de títulos nacionais

O Palmeiras conquistou seu 11° Campeonato Brasileiro em partida contra o Flamengo nesta quarta-feira (2). Somando Brasileirão, Copa do Brasil, Copa dos Campeões, Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Verdão acumula 16 títulos, agora, um a mais do que o Flamengo, se tornando o club com mais conquistas nacionais.

Confira o ranking de times com mais títulos nacionais da elite no futebol brasileiro: (Não estão contabilizadas as taças das Série B, C e D)


Palmeiras campeão brasileiro 2022 (Foto: reprodução/Palmeiras)


1° – Palmeiras: 16

  • Brasileirão: 11 (1960*, 1967*, 1967**, 1969**, 1972, 1973, 1993, 1994, 2016, 2018 e 2022)
  • Copa do Brasil: 4 (1998, 2012, 2015 e 2020)
  • Copa dos Campeões: 1 (2000)

* Unificado pela Taça Brasil
** Unificado pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa

2° – Flamengo: 15

  • Brasileirão: 8 (1980, 1982, 1987*, 1983, 1992, 2009, 2019 e 2020)
  • Copa do Brasil: 4 (1990, 2006, 2013 e 2022)
  • Supercopa do Brasil: 2 (2020 e 2021)
  • Copa dos Campeões: 1 (2001)

*Copa União de 1987

3° – Corinthians: 11

  • Brasileirão: 7 (1990, 1998, 1999, 2005, 2011, 2015 e 2017)
  • Copa do Brasil: 3 (1995, 2002 e 2009)
  • Supercopa do Brasil: 1 (1991)

4° – Cruzeiro: 10

  • Brasileirão: 4 (1966*, 2003, 2013 e 2014);
  • Copa do Brasil: 6 (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018)

*Unificado pela Taça Brasil

5° – Santos: 9

  • Brasileirão: 8 (1961*, 1962*, 1963*, 1964*, 1965*, 1968**, 2002 e 2004)
  • Copa do Brasil: 1 (2010)

*Unificado pela Taça Brasil
**Unificado pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa

6° – Grêmio: 8

  • Brasileirão: 2 (1981 e 1996)
  • Copa do Brasil: 5 (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
  • Supercopa do Brasil: 1 (1990)

7° – Atlético-MG: 7

  • Brasileirão: 2 (1971 e 2021)
  • Copa do Brasil: 2 (2014 e 2021)
  • Supercopa do Brasil: 1 (2022)
  • Copa dos Campeões do Brasil: 1 (1978)
  • Copa dos Campeões Estaduais: 1(1937)

8° – São Paulo: 6

  • Brasileirão: 6 (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)

9° – Fluminense: 5

  • Brasileirão: 4 (1970*, 1984, 2010 e 2012)
  • Copa do Brasil: 1 (2007)

*Unificado pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa

10° – Vasco: 5

  • Brasileirão: 4 (1974, 1989, 1997 e 2000)
  • Copa do Brasil: 1 (2011)

11° – Internacional: 4

  • Brasileirão: 3 (1975, 1976 e 1979)
  • Copa do Brasil: 1 (1992)

12° – Botafogo: 2

  • Brasileirão: 2 (1968* e 1995)

*Unificado pela Taça Brasil

13° – Athletico: 2

  • Brasileirão: 1 (2001)
  • Copa do Brasil: 1 (2019)

14° – Sport: 2

  • Brasileirão: 1 (1987)
  • Copa do Brasil: 1 (2008)

15° – Bahia: 2

  • Brasileirão: 2 (1959* e 1988)

*Unificado pela Taça Brasil

16° – Coritiba: 1

  • Brasileirão: 1 (1985)

17° – Guarani: 1

  • Brasileirão: 1 (1978)

18° – Criciúma: 1

  • Copa do Brasil: 1 (1991)

19° – Juventude: 1

  • Copa do Brasil: 1 (1999)

20° – Santo André: 1

  • Copa do Brasil: 1 (2004)

21° – Paulista: 1

  • Copa do Brasil: 1 (2005)

22° – Paysandu: 1

  • Copa dos Campeões: 1 (2002)

Os dados são do Espião Estatístico.

 

Foto destaque: Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, comemora vitória no Brasileirão. Reprodução/Espião Estatístico

Devido às manifestações, Leonardo, Gustavo Lima e outros artistas apoiadores de Bolsonaro têm shows cancelados

Os cantores sertanejos Leonardo, Gustavo Lima e a dupla George Henrique e Rodrigo tiveram seus shows cancelados nesta terça-feira (1°), em decorrência dos bloqueios nas grandes vias públicas em várias regiões do território nacional em manifestações contra à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presiddente no último domingo (30).

Com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, em uma disputa acirrada, milhares de apoiadores de Bolsonaro foram às ruas protestar contra o resultado das urnas. Grandes paralizações ainda estão ocorrendo em pelo menos 24 estados. Centenas de caminhoneiros e manifestantes bloqueiam passagens em vias públicas por vários quilômetros, em diferentes regiões do Brasil, desde a noite de segunda-feira (31).

Nesta terça-feira, Leonardo, Gustavo Lima, George Henrique e Rodrigo, que foram grandes apoiadores da campanha eleitoral do, até então, candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, tiveram seus shows e apresentações cancelados devido às obstruções em várias avenidas.

Leonardo tinha show marcado em Criciúma (SC) nesta terça, e a produtora X9 Promoções informou que “devido à questão da paralisação dos caminhoneiros, ficou impossibilitada a logística do show“, remarcando o evento para o dia 1º de dezembro.

Gustavo Lima faria show na cidade de Canaã dos Carajás (PA), na noite do dia 1°, mas foi preciso cancelar o evento. Segundo comunicado nas redes sociais do artista, “a decisão foi tomada em virtude das paralizações (SIC) que ocorrem nas rodovias que dão acesso à cidade e que impedem a chegada ao local em tempo hábil”. A assessoria de imprensa também comunicou que ainda não há informações sobre eventual remarcação da apresentação.

No mesmo dia, George Henrique e Rodrigo se apresentariam em Balneário Camboriú (SC). Nas redes sociais, a dupla postou vídeo do ônibus da equipe parado em um bloqueio próximo a Embu das Artes (SP). Logo depois, informaram o adiamento do show para o dia 3 de novembro.

Nenhum dos cantores se manifestaram publicamente nem a favor, nem contra, às paralizações.

 

Foto destaque: Leonardo e Gustavo Lima com Bolsonaro. Reprodução/Redes sociais

Zico libera camisa 10 do Flamengo para Gabigol: “Pode usar à vontade”

Com a não renovação de contrato do atual camisa 10 do Flamengo, Diego Ribas, para 2023, o atacante Gabigol será o novo detentor do número 10 no manto sagrado. Nesta segunda-feira (31), Gabigol até já recebeu a benção do rei Zico, maior jogador da história rubro-negra.

Gabigol é o grande artilheiro da atualidade do Mengão e tem feito história no club. Ele e Zico são os únicos jogadores da história do Flamengo que já fizeram gols em finais de Libertadores.

Após marcar o único gol da partida, que rendeu ao Flamengo o tricampeonato da Libertadores, no último sábado (29), Gabigol anunciou que pretende assumir o posto de camisa 10 rubro-negro a partir do próximo ano. Mas não sem antes pedir a autorização de Zico.

Na segunda-feira, em entrevista à TNT Sports, o Galinho de Quintino, como Zico é carinhosamente conhecido, não exitou em conceder sua benção ao príncipe, como Gabigol tem sido chamado pelos fanáticos do Mengão.

“Eu não preciso dar autorização nenhuma para o Gabigol usar a camisa 10. Eu acho que o que ele vem fazendo dentro do campo desde que foi contratado é cada vez mais honrar o manto sagrado, cada vez mais se dedicar com raça e luta. Além de toda sua qualidade técnica, entendeu bem o que é o Flamengo”, decarou Zico.


Gabigol e Zico (Foto: Reprodução/Flamengo)


Pode usar a 10 à vontade, sem problema. Que continue fazendo os gols dele, decideindo os campeonatos, ganhando títulos porque o que a gente quer ver é a alegria da torcida do Flamengo”, continuou.

Zico ainda fez questão de elogiar a geração atual do Flamengo.

“[Gabriel] Tem sido peça importante em todas essas conquistas e em tudo isso que ele e toda a geração dele vem fazendo. Acho que esse comprometimento deles todos, o profissionalismo e a forma como eles estão entendendo todo o esforço do clube para oferecer as melhores condições de trabalho. Eles estão correspondendo o apoio que têm recebido de toda a torcida do Flamengo”, disse Zico.  

 

Foto destaque: Gabigol e Zico. Reprodução/Alexandre Vidal/Flamengo

Lula faz primeiro discurso após vitória nas eleições 2022: “O desafio é imenso”

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente do Brasil no 2° Turno das eleições de 2022, neste domingo (30). Logo após a divulgação do resultado, o candidato do PT fez seu primeiro discurso, em um hotel em São Paulo .

Lula venceu as eleições presidenciais em 13 dos 26 estados da União, com 50,9% dos votos válidos (60.345.999 votos), enquanto seu concorrente, o candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro (PL) obteve 49,1% dos votos (58.206.354 votos) e saiu vitorioso em 14 estados e no Distrito Federal. Os votos brancos ou nulos foram 5.700.443.

Luiz Inácio começará a governar o Brasil a partir do dia 1° de janeiro de 2022, após a cerimônia de transição de governo.

Confira a íntegra do discurso da vitória de Lula:

Meus amigos e minhas amigas.

Chegamos ao final de uma das mais importantes eleições da nossa história. Uma eleição que colocou frente a frente dois projetos opostos de país, e que hoje tem um único e grande vencedor: o povo brasileiro.

Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou, acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias, para que a democracia saísse vencedora.

Neste 30 de outubro histórico, a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais – e não menos democracia.

Deseja mais – e não menos inclusão social e oportunidades para todos. Deseja mais – e não menos respeito e entendimento entre os brasileiros. Em suma, deseja mais – e não menos liberdade, igualdade e fraternidade em nosso país.

O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais do que exercer o direito sagrado de escolher quem vai governar a sua vida. Ele quer participar ativamente das decisões do governo.

O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais do que o direito de apenas protestar que está com fome, que não há emprego, que o seu salário é insuficiente para viver com dignidade, que não tem acesso a saúde e educação, que lhe falta um teto para viver e criar seus filhos em segurança, que não há nenhuma perspectiva de futuro.

O povo brasileiro quer viver bem, comer bem, morar bem. Quer um bom emprego, um salário reajustado sempre acima da inflação, quer ter saúde e educação públicas de qualidade.

Quer liberdade religiosa. Quer livros em vez de armas. Quer ir ao teatro, ver cinema, ter acesso a todos os bens culturais, porque a cultura alimenta nossa alma.

O povo brasileiro quer ter de volta a esperança.

É assim que eu entendo a democracia. Não apenas como uma palavra bonita inscrita na Lei, mas como algo palpável, que sentimos na pele, e que podemos construir no dia-dia.

Foi essa democracia, no sentido mais amplo do termo, que o povo brasileiro escolheu hoje nas urnas. Foi com essa democracia – real, concreta – que nós assumimos o compromisso ao longo de toda a nossa campanha.

E é essa democracia que nós vamos buscar construir a cada dia do nosso governo. Com crescimento econômico repartido entre toda a população, porque é assim que a economia deve funcionar – como instrumento para melhorar a vida de todos, e não para perpetuar desigualdades.

A roda da economia vai voltar a girar, com geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das famílias que perderam seu poder de compra.

A roda da economia vai voltar a girar com os pobres fazendo parte do orçamento. Com apoio aos pequenos e médios produtores rurais, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas.

Com todos os incentivos possíveis aos micros e pequenos empreendedores, para que eles possam colocar seu extraordinário potencial criativo a serviço do desenvolvimento do país.

É preciso ir além. Fortalecer as políticas de combate à violência contra as mulheres, e garantir que elas ganhem o mesmo salários que os homens no exercício de igual função.

Enfrentar sem tréguas o racismo, o preconceito e a discriminação, para que brancos, negros e indígenas tenham os mesmos direitos e oportunidades.

Só assim seremos capazes de construir um país de todos. Um Brasil igualitário, cuja prioridade sejam as pessoas que mais precisam.

Um Brasil com paz, democracia e oportunidades.

Minhas amigas e meus amigos.

A partir de 1º de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somo um único país, um único povo, uma grande nação.

Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio.

A ninguém interessa viver num país dividido, em permanente estado de guerra.

Este país precisa de paz e de união. Esse povo não quer mais brigar. Esse povo está cansado de enxergar no outro um inimigo a ser temido ou destruído.

É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam. E nós escolhemos a vida.

O desafio é imenso. É preciso reconstruir este país em todas as suas dimensões. Na política, na economia, na gestão pública, na harmonia institucional, nas relações internacionais e, sobretudo, no cuidado com os mais necessitados

preciso reconstruir a própria alma deste país. Recuperar a generosidade, a solidariedade, o respeito às diferenças e o amor ao próximo.

Trazer de volta a alegria de sermos brasileiros, e o orgulho que sempre tivemos do verde-amarelo e da bandeira do nosso país. Esse verde-amarelo e essa bandeira que não pertencem a ninguém, a não ser ao povo brasileiro.

Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário.

Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias.

Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo.

Não podemos aceitar como normal que famílias inteiras sejam obrigadas a dormir nas ruas, expostas ao frio, à chuva e à violência.

Por isso, vamos retomar o Minha Casa Minha Vida, com prioridade para as famílias de baixa renda, e trazer de volta os programas de inclusão que tiraram 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza.

O Brasil não pode mais conviver com esse imenso fosso sem fundo, esse muro de concreto e desigualdade que separa o Brasil em partes desiguais que não se reconhecem. Este país precisa se reconhecer. Precisa se reencontrar consigo mesmo.

Para além de combater a extrema pobreza e a fome, vamos restabelecer o diálogo neste país.

É preciso retomar o diálogo com o Legislativo e Judiciário. Sem tentativas de exorbitar, intervir, controlar, cooptar, mas buscando reconstruir a convivência harmoniosa e republicana entre os três poderes.

A normalidade democrática está consagrada na Constituição. É ela que estabelece os direitos e obrigações de cada poder, de cada instituição, das Forças Armadas e de cada um de nós.

A Constituição rege a nossa existência coletiva, e ninguém, absolutamente ninguém, está acima dela, ninguém tem o direito de ignorá-la ou de afrontá-la.

Também é mais do que urgente retomar o diálogo entre o povo e o governo.

Por isso vamos trazer de volta as conferências nacionais. Para que os interessados elejam suas prioridades, e apresentem ao governo sugestões de políticas públicas para cada área: educação, saúde, segurança, direitos da mulher, igualdade racial, juventude, habitação e tantas outras.

Vamos retomar o diálogo com os governadores e os prefeitos, para definirmos juntos as obras prioritárias para cada população.

Não interessa o partido ao qual pertençam o governador e o prefeito. Nosso compromisso será sempre com melhoria de vida da população de cada estado, de cada município deste país.

Vamos também reestabelecer o diálogo entre governo, empresários, trabalhadores e sociedade civil organizada, com a volta do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Ou seja, as grandes decisões políticas que impactem as vidas de 215 milhões de brasileiros não serão tomadas em sigilo, na calada da noite, mas após um amplo diálogo com a sociedade.

Acredito que os principais problemas do Brasil, do mundo, do ser humano, possam ser resolvidos com diálogo, e não com força bruta.

Que ninguém duvide da força da palavra, quando se trata de buscar o entendimento e o bem comum.

Meus amigos e minhas amigas.

Nas minhas viagens internacionais, e nos contatos que tenho mantido com líderes de diversos países, o que mais escuto é que o mundo sente saudade do Brasil.

Saudade daquele Brasil soberano, que falava de igual para igual com os países mais ricos e poderosos. E que ao mesmo tempo contribuía para o desenvolvimento dos países mais pobres.

O Brasil que apoiou o desenvolvimento dos países africanos, por meio de cooperação, investimento e transferência de tecnologia.

Que trabalhou pela integração da América do Sul, da América Latina e do Caribe, que fortaleceu o Mercosul, e ajudou a criar o G-20, a UnaSul, a Celac e os BRICS.

Hoje nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil está de volta. Que o Brasil é grande demais para ser relegado a esse triste papel de pária do mundo.

Vamos reconquistar a credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país, para que os investidores – nacionais e estrangeiros – retomem a confiança no Brasil. Para que deixem de enxergar nosso país como fonte de lucro imediato e predatório, e passem a ser nossos parceiros na retomada do crescimento econômico com inclusão social e sustentabilidade ambiental.

Queremos um comércio internacional mais justo. Retomar nossas parcerias com os Estados Unidos e a União Europeia em novas bases. Não nos interessam acordos comerciais que condenem nosso país ao eterno papel de exportador de commodities e matéria prima.

Vamos re-industrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores. Queremos exportar também conhecimento.

Vamos lutar novamente por uma nova governança global, com a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU e com o fim do direito a veto, que prejudica o equilíbrio entre as nações.

Estamos prontos para nos engajar outra vez no combate à fome e à desigualdade no mundo, e nos esforços para a promoção da paz entre os povos.

O Brasil está pronto para retomar o seu protagonismo na luta contra a crise climática, protegendo todos os nossos biomas, sobretudo a Floresta Amazônica.

Em nosso governo, fomos capazes de reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia, diminuindo de forma considerável a emissão de gases que provocam o aquecimento global.

Agora, vamos lutar pelo desmatamento zero da Amazônia

O Brasil e o planeta precisam de uma Amazônia viva. Uma árvore em pé vale mais do que toneladas de madeira extraídas ilegalmente por aqueles que pensam apenas no lucro fácil, às custas da deterioração da vida na Terra.

Um rio de águas límpidas vale muito mais do que todo o ouro extraído às custas do mercúrio que mata a fauna e coloca em risco a vida humana.

Quando uma criança indígena morre assassinada pela ganância dos predadores do meio ambiente, uma parte da humanidade morre junto com ela.

Por isso, vamos retomar o monitoramento e a vigilância da Amazônia, e combater toda e qualquer atividade ilegal – seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida.

Ao mesmo tempo, vamos promover o desenvolvimento sustentável das comunidades que vivem na região amazônica. Vamos provar mais uma vez que é possível gerar riqueza sem destruir o meio ambiente.

Estamos abertos à cooperação internacional para preservar a Amazônia, seja em forma de investimento ou pesquisa científica. Mas sempre sob a liderança do Brasil, sem jamais renunciarmos à nossa soberania.

Temos compromisso com os povos indígenas, com os demais povos da floresta e com a biodiversidade. Queremos a pacificação ambiental.

Não nos interessa uma guerra pelo meio ambiente, mas estamos prontos para defendê-lo de qualquer ameaça.

Meus amigos e minhas amigas.

O novo Brasil que iremos construir a partir de 1º de janeiro não interessa apenas ao povo brasileiro, mas a todas as pessoas que trabalham pela paz, a solidariedade e a fraternidade, em qualquer parte do mundo.

Na última quarta-feira, o Papa Francisco enviou uma importante mensagem ao Brasil, orando para que o povo brasileiro fique livre do ódio, da intolerância e da violência.

Quero dizer que desejamos o mesmo, e vamos trabalhar sem descanso por um Brasil onde o amor prevaleça sobre o ódio, a verdade vença a mentira, e a esperança seja maior que o medo.

Todos os dias da minha vida eu me lembro do maior ensinamento de Jesus Cristo, que é o amor ao próximo. Por isso, acredito que a mais importante virtude de um bom governante será sempre o amor – pelo seu país e pelo seu povo.

No que depender de nós, não faltará amor neste país. Vamos cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro. Viveremos um novo tempo. De paz, de amor e de esperança.

Um tempo em que o povo brasileiro tenha de novo o direito de sonhar. E as oportunidades para realizar aquilo que sonha.

Para isso, convido a cada brasileiro e cada brasileira, independentemente em que candidato votou nessa eleição. Mais do que nunca, vamos juntos pelo Brasil, olhando mais para aquilo que nos une, do que para nossas diferenças.

Sei a magnitude da missão que a história me reservou, e sei que não poderei cumpri-la sozinho. Vou precisar de todos – partidos políticos, trabalhadores, empresários, parlamentares, govenadores, prefeitos, gente de todas as religiões. Brasileiros e brasileiras que sonham com um Brasil mais desenvolvido, mais justo e mais fraterno.

Volto a dizer aquilo que disse durante toda a campanha. Aquilo que nunca foi uma simples promessa de candidato, mas sim uma profissão de fé, um compromisso de vida:

O Brasil tem jeito. Todos juntos seremos capazes de consertar este país, e construir um Brasil do tamanho dos nossos sonhos – com oportunidades para transformá-los em realidade.

Maus uma vez, renovo minha eterna gratidão ao povo brasileiro. Um grande abraço, e que Deus abençoe nossa jornada.”

 

Foto destaque: Lula. Reprodução/Nelson Almeida/AFP

Cássio elogia Fluminense e explana derrota do Corinthias

O Corinthias perdeu de 2 a 0 para o Fluminense nesta quarta-feira (26), na 34° Rodada do Brasileirão, e o capitão corintiano, Cássio, elogiou o time adversário e lamentou as falhas do Timão.

O capitão disse reconhecer a boa desenvoltura do Fluminense durante o Campeonato Brasileiro e reclamou da falha na defesa que levou ao primeiro gol de Cano.

O Fluminense é uma equipe muito qualificada, não é de hoje, é o campeonato todo. Levamos um gol de bobeira, numa bola parada que sabíamos que eles tinham de bater rápido”, disse Cássio à TV Globo.

O goleiro Cássio ainda ressaltou o agravo que foi para o desempenho do time em campo, logo no primeiro tempo, as lesões de Gustavo Mosquito, que tem suspeita de ruptura de ligamento cruzado no joelho direito, Renato Augusto, substituido por dores na coxa, e Balbuena, que deixou o jogo no intervalo por desconforto.

Sai atrás e perde três jogadores, dificulta um pouco, lutamos, competimos, mas é uma equipe muito arrumada. Depois eles foram felizes num chute e não conseguimos reagir”, disse o goleiro.

O Corinthians, que está estacionado em 57 pontos no Campeonato Brasileiro, ainda joga contra o Goiás, na Serrinha, no sábado (29), às 19h30 (de Brasília), em jogo remarcado da 32° rodada do Brasileirão e não poderá contar com o volante Ramiro, que já entrou em campo contra o Fluminense estando pendurado e recebeu o terceiro cartão amarelo.

 

Foto Destaque: Cássio. Reprodução/Meu Timão

Em depoimento, Roberto Jefferson afirma ter atirado 50 vezes em carro da PF

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) afirmou em sua audiência de custódia na Justiça Federal que atirou por cerca de 50 vezes em viatura da Polícia Federal (PF) que efetuava o mandato de prisão ordenado pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, no último domingo (23), mas diz que não teve a intenção de “ferir ou matar”.

Não atirei em nenhum policial para ferir ou matar. Se eu assim desejasse, estariam todos mortos. Eu sou um hábil atirador, atiro há 50 anos, tenho curso de especialização, com o pessoal da SWAT e da SEAL. Eu faço 500 disparos por semana e sei atirar. Eu teria atirado nos quatro policiais se eu tivesse a intenção de feri-los. Não atirei em nenhum com esse objetivo e pedi desculpas à Polícia Federal porque tive notícia de que estilhaços da granada atingiram um dos policiais”, disse Jefferson.


Viatura da Polícia Federal atacada por ex-deputado federal do PTB, Roberto Jefferson (Foto: Reprodução/Grupo Independente)


Roberto Jefferson, que também é presidente do PTB, chegou a afirmar em seu depoimento que se o ministro Alexandre de Moraes o persegue e que se o ministro estivesse pessoalmente no caso, “a coisa seria diferente”.

O ministro tem comigo um problema pessoal, me persegue por dois anos. A mim como pessoa e também ao PTB. Ele e o ministro Edson [Fachin]. Eles cortam parte do fundo partidário do PTB contra a lei, porque o partido se colocou contra o ativismo do STF. Ele diz que eu faço parte de uma milícia digital, mas eu acho que ele faz parte de uma milícia judicial no STF, por isso nós temos problemas”, declarou.

Se o ministro Alexandre de Moraes fosse o chefe da diligência, a coisa seria diferente. Se ele tivesse coragem para me enfrentar. Deixou de ser a relação juiz e jurisdicionado. Ele proibiu minha família e meus advogados de me visitarem. Ele quebrou o PTB e destruiu nossa obra. Ele junto com o TSE. Todo mês, cortam o fundo partidário. Não é uma coisa de juiz e jurisdicionado, virou de homem para homem. Ele me humilhou e humilhou a minha Ana. A mesma fibra ele tem, como eu tenho, a audácia dos canalhas. Só que nós precisamos nos encontrar pessoalmente para discutir isso, se o procurador não conseguir me colocar num manicômio”, declarou o ex-parlamentar.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma estar em tratativas com autoridades judiciais e da PF para encaminhamento de Jefferson a um hospital psiquiátrico e para viabilizar a apreensão das armas de fogo dele. Roberto Jefferson chamou o ato da PGR de “pérola”.

O ex-deputado federal teve sua prisão domiciliar revogada por Moraes após descumprir condições da detenção, como a proibição de fazer postagens na internet. No sábado (22), Jefferson publicou um vídeo, pelas redes sociais de sua filha, no qual proferiu ofensas a ministra do STF, Carmen Lúcia, e chegou a compará-la a uma “prostituta”.

Em seu depoimento na audiência desta segunda-feira, o petebista disse que queria “pedir desculpas às prostitutas” por compará-las à magistrada no vídeo divulgado na semana passada.

Quero pedir desculpas às prostitutas pela má comparação, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito pior, com objetivos ideológicos, políticos. As outras fazem por necessidade”, disse o ex-deputado.

Nenhum dos magistrados citados no depoimento de Roberto Jefferson quiseram se manifestar sobre os comentários do ex-parlamentar.

 

Foto destaque: Roberto Jefferson. Reprodução/ValterCampanato/Agência Brasil

Considerado pelo Fluminense para 2023, Reinaldo afirma querer renovar com São Paulo

O lateral-esquerdo do São Paulo FC, Reinaldo, de 33 anos, comentou as especulações sobre um possível acordo com o Fluminense para a temporada de 2023, em entrevista ao Ge, e disse que ainda tem a intenção de renovar com o clube paulista e que dará prioridade ao time até seu último dia de contrato, que termina em dezembro deste ano.

Tivemos uma conversa, mas ainda não definiu nada. Paramos por conta da final. Estou esperando. Falo para todo mundo que aqui é o meu lugar, a minha casa. A prioridade sempre vou deixar para o São Paulo até o último dia de contrato. Vou cumprir, mas nessa ansiedade aí que se defina. Espero renovar, porque é o clube onde eu me identifico muito, lugar onde eu sonhei em jogar”, disse Reinaldo.


Reinaldo, lateral-esquerdo do São Pulo (Foto: Reprodução/ Rubens Chiri/São Paulo)


O contrato do camisa 6 com o São Paulo vai até dezembro deste ano, mas ao que tudo indica uma renovação estaria travada. O jogador afirmou que não pretende deixar o clube, mas se for preciso sairá “muito triste”. Contudo, Reinaldo não chegou a dar nenhuma resposta oficial.

Estou aqui na espera, vamos ver o que o São Paulo retende com o Reinaldo. Se pretender ficar, vai ser excelente pra mim. Creio que vou dar a vida pelo clube para a gente chegar nas competições. E se for pra sair, vou sair muito triste. Mas com certeza com o dever de ter dado o melhor aqui no São Paulo. De ter vestido essa camisa com muita garra e determinação pra sempre estar ajudando”, declarou Reinaldo.

A indicação da contratação para reforço do Fluminense na temporada de 2023 teria partido do próprio técnico do clube carioca, Fernando Diniz, que trabalhou com o lateral-esquedo no tricolor paulista.

Chega muita especulação, sim, principalmente em redes sociais. Todo mundo mandando mensagem e perguntando se eu vou [sair]. Mas eu procuro estar sempre focado no meu objetivo aqui no São Paulo. Jogar esses jogos, dar a vida nesses jogos para a gente conseguir essa vaga na Libertadores. E eu estou bem tranquilo sobre isso, especulação vai ter sempre. Até porque é um fim de contrato e graças a Deus o meu nome é bem visto aqui no Brasil. Se for pra ficar no São Paulo, se for pra sair, que seja feita a vontade de Deus sempre”, disse.

 

Foto destaque: Lateral-esquerdo do São Paulo, Reinaldo. Reprodução/Rubens Chiri/São Paulo

Roberto Jefferson se entrega à Justiça 14 horas após resistir à prisão e atirar em PF

O ex-deputado federal (PTB), Roberto Jefferson, se entregou à Justiça e chegou ao Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira (24), após passadas cerca de 14 horas de descumprimento do mandato judicial de prisão e do ataque à Polícia Federal (PF).

A Polícia Federal do Rio de Janeiro deu voz de prisão a Roberto Jefferson, conforme ordem do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, por volta das 11h deste domingo (23). Mas o ex-deputado resistiu à prisão durante cerca de oito horas.

Em gravação de vídeo, Jefferson mostra a chegada dos policiais em sua casa enquanto ele dizia: “não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio“.

Ele chegou a atirar de fuzil nos oficiais, além de lançar três granadas, mesmo não tendo permissão para possuir o armamento. A agente Karina Oliveira e o delegado Marcelo Vilella ficaram feridos por estilhaços. O ex-parlamentar confirmou ter feito os disparos, mas alegou: “não atirei em ninguém para pegar, ninguém. Atirei no carro e perto deles“.

Apenas por volta das 19h, Roberto Jefferson se rendeu a polícia. Ele chegou ao Presídio de Benfica no início da madrugada desta segunda, às 1h15.


Chegada de Roberto Jefferson ao Presídio de Benfica, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Grupo Sepé)


Roberto Jefferson, até então, cumpria prisão domiciliar, na qual uma das condições era que ele não poderia fazer postagens na internet. Mas o ministro do TSE, Alexandre de Mores, decidiu revogar a prisão a após o ex-deputado ter feito publicações em suas redes sociais nas quais chegou a proferir ofensas à ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma publicação no sábado (22), Jefferson chamou a ministra de “Carmen Lúcifer” e fez afirmações como: ela “lembra aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”.

Em sua decisão, Moraes afirmou que tais descumprimentos da prisão domiciliar, por parte do acusado, indicavam “a necessidade de restabelecimento da prisão”.

Após o ato de resistência a prisão e o ataque aos oficiais da polícia, Moraes ordenou que a prisão fosse feita em flagrante sob a acusação de tentativa de homicídio.

O presidente da República Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o caso em suas redes sociais após ter seu nome associado ao ocorrido pelo fato de Roberto Jefferson ser apoiador do candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL).

Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP“, disse Bolsonaro.

Jair Bolsonaro disse ainda que havia encaminhado o ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o desenrolar do episódio.

Depois de a prisão do ex-deputado ter sido efetuada, o presidente Bolsonaro se pronunciou novamente, em um vídeo nas redes sociais, no qual se referiu a Jefferson como “bandido”, prestou sua solidariedade aos policiais feridos no ocorrido.

“Como havia determinado ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio”, disse Bolonaro.

 

Foto Destaque: Ex-deputado federal (PTB), Roberto Jefferson. Reprodução/ValterCampanato/Agência Brasil