Informações preliminares divulgadas nesta terça-feira (23), pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, indicam que a temperatura média global ultrapassou a máxima do ano de 2023, batendo o record anterior que era de 17,08 °C e que agora é de 17,09 °C, a expectativa é que a cada ano que se passe essa temperatura venha a ser superada. Enquanto no Brasil, no estado do Rio de Janeiro, foi registrado o dia mais frio do ano, nos países europeus, nos Estados Unidos e na Rússia a onda de calor foi intensa na última semana.

Emergência climática

Pelo décimo terceiro mês consecutivo a terra vem superando os recordes de calor, desde 2023, temos tido periodicamente meses mais quentes e isso coloca a população em alerta; em junho de 2023 foi o primeiro mês mais quente já registrado, de lá para cá esses recordes vem sendo superados de forma consecutiva a cada novo mês que se inicia e isso já era esperado, pois na primeira quinzena de julho as temperaturas já se assemelhavam a do ano de 2023; segundo o diretor do C3S, Carlo Buontempo que diz: “Estamos agora em um território verdadeiramente desconhecido e, à medida que o clima continua esquentando, estamos fadados a ver novos recordes sendo quebrados nos próximos meses e anos.“

_{Temperatura média diária global do ar da superfície (Foto: reprodução/copernicus/C3S/ECMWF)}

Causadores do aumento da temperatura global

Um dos fenômenos que causaram esse record de temperatura é pelo fato de que no hemisfério norte entre os meses de junho e agosto é considerado verão, os padrões sazonais dos hemisférios determinam as temperaturas globais no geral, acontece porque as terras esquentam mais rápido que os oceanos esfriam por meses; de acordo com a pesquisa realizada pelo Copernicus, o aumento contínuo da temperatura média global diária está relacionado a altas temperaturas que estão acima da média em grandes partes da Antártida. Essas anormalidades são bem comuns durante os meses de inverno da Antártida e contribuíram para as temperaturas globais recordes de 2023.

Foto destaque : comparativo da diferença do ar em 2024 em relação a 2020 e 1991 (Reprodução/copernicus/C3S/ECMWF)

Sistema de alerta carioca registra na madrugada de sábado (20), às 2h55, a menor temperatura do ano, na Zona Norte do Estado do Rio de Janeiro; só nessa última semana foram registradas as três menores temperaturas do ano no estado carioca, na terça-feira (16), foram registrados 14 graus e na sexta-feira (19), os termômetros bateram 12 graus.

Causador das baixas temperaturas

Segundo especialista em meteorologia do Alerta Rio, Ricardo Souza, o que causou as baixas temperaturas foram as entradas de ventos úmidos e o frio vindo dos oceanos, pois, nas últimas noites foram registradas redução nebulosidade sobre o céu carioca e como a nebulosidade segura o calor na superfície, com a redução, a perda de calor da superfície terrestre e do ar acima dela é mais intensa. Segundo Alerta Rio, o frio deve continuar, mas sem chuvas, com ventos fracos e temperatura estáveis que podem variar entre 14 e 28 graus no domingo (21).

_{A Enseada de Botafogo coberta por névoa (Foto: reprodução/OGlobo/Márcia Foletto)}

Ilustração de como fica uma cidade encoberta pela nebulosidade que serve com “/cobertor”/ sob o frio.

Menores temperaturas históricas registradas pelo Alerta Rio

• Em 2016 a capital carioca registrou a menor temperatura do Estado dos últimos 14 anos, o ocorrido foi numa segunda-feira, dia 13 de junho, das 6h às 6h30, no Alto da Boa Vista, os termômetros chegaram a medir 8,6 graus;
•  Em 2021, os termômetros do Alerta Rio, registraram o que séria a menor temperatura já registrada no Estado do Rio de Janeiro, o corrido foi uma madrugada de quarta-feira, dia 21 de junho de 2021, na capital fluminense, a mínima chegou a 8,4 graus;
•  A terceira menor temperatura registrada pelo Alerta Rio, aconteceu em dois anos, em 2016 e 2021, foram registrados nos dias 17 de julho de 2016 e 31 de julho de 2021 a temperatura mínima de 9,6 graus.

Todavia, os registros mostram que os meses de julhos tendem a ser bem frios nos Estado do Rio de Janeiro, assim como verão carioca tende a ser bem intenso e com altas temperaturas.

Foto destaque: Rio de Janeiro (reprodução/pixabay/@LhcCoutinho)

O novo texto da reforma tributária que foi aprovado pela câmera dos deputados na última quarta-feira, preveem uma elevação nos preços de bem imóveis, casa própria e aluguel nos próximos anos. Entidades do mercado imobiliário entendem que os dois redutores presentes no novo texto da reforma não serão suficientes para reduzir o impacto causado pelas alíquotas atual e as do fim da reforma; as mudanças previstas não serão instantâneas, e precisam ser aprovadas em outro órgão responsável, se aprovado a previsão para vigor é quase dez após aprovação.

Objetivo da reforma tributária

O principal objetivo é simplificar o sistema de cobrança de impostos no país, a reforma pretende simplificar a forma como o dinheiro sai do seu orçamento e vai para os cofres públicos. O atual cenário prevê que carga tributária sobre os imóveis atualmente variam de 6,4% a 8%; já a nova proposta do projeto prevê uma taxa de 26,5% de alíquotas. A reforma mostra que alguns produtos tenderem a ficarem mais caros e outros mais baratos, pois precisa haver um balanço para que não coloque os cofres públicos em desvantagens.

Aplicação e redução dos IBS e CBS

Os impostos serão aplicados sobre:

– Imóveis que são usados como garantia;

– Sob transferências de direitos sobre imóveis;

-Sob aluguel que possibilite uma futura compra do imóvel;

-Na administração e intermediação dos imóveis;

 -Na construção de imóveis.

Incorporadoras e construtoras terão desconto de 40% nas operações, e também será aplicado desconto de 60% na transferência de imóveis mediante a pagamento de um proprietário para o outro.

_{O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto reprodução/g1/Diogo Zacarias)}

Os dois redutores presentes no texto

O projeto prevê a redução de impostos sobre carnes e medicamentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma coletiva de imprensa na última quarta-feira (10), falou que quanto mais exceções, mais o aumento da alíquota padrão. Especialistas discutem que se zerados, os impostos sobre carnes ficarão melhor para os consumidores e para comerciantes, que terão mais poder de compra e comercialização. Já para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), isso vai gerar um impacto negativo nas contas dos governos, pois na sua visão, esses impostos precisam ser aplicados em outros produtos para que haja uma compensação.

Segundo o ministro Haddad, a cada exceção um novo cálculo precisa ser refeito, uma nova rota precisa ser recalculada para que não haja prejuízo aos cofres públicos.

Foto destaque: Construção civil em Ribeirão Preto, SP. (Reprodução/g1/EPTV)

Na última sexta-feira (5) de julho, desembarcou na concessionária BH Airport, o sexto voo com deportados. Eles usavam trajes brancos e sapatos pretos, com saco branco em mãos, tinham passos apressados ao cruzarem o portão de desembarque. 

Ao desembarcarem, os imigrantes começaram a se mover para procurar soluções para conseguirem voltar para suas casas em várias regiões do país; uns procuraram tomadas para carregadores, enquanto outros estavam em busca de telefones emprestados para ligarem para seus familiares e avisaram que chegaram bem e em segurança.

Alguns foram em busca de comprar passagens para seus estados de origem e outros não tinham nenhum dinheiro para realizar tal feito. O G1 conseguiu entrevistar três dos imigrantes e ambos relatam se sentirem aliviados por estarem em terras brasileiras, visto que ficaram meses em detenção em território norte-americano. Um dos imigrantes, que não quis ser identificado, relatou sentir-se como um cachorro amarrado em corrente.

_{Saco branco com pertences dos imigrante que desembacaram em Confins (Foto reprodução: Rafaela Mansur/G1)}

Um dos imigrantes do estado de Sergipe relatou que ficou de prisão em prisão, ele conta que entrou no país com visto de turista, mas que decidiu permanecer no país de forma ilegal, mas que não aconselha ninguém a ir ilegalmente, pois tem que ficar se escondendo, é do trabalho para casa e não pode fazer nada, além disso, poderia ser pego a qualquer momento; o mesmo relata que colocou advogado e mesmo assim não conseguiu vencer o processo na justiça.

Outro imigrante de 24 anos, do estado de Minas Gerais, relatou que também sentiu-se como um cachorro e que essa foi a sua segunda vez sendo deportado do país, foi pego ainda no trem na fronteira do México e Estados Unidos onde ficou 6 meses preso, de prisão em prisão.

Tratamento dado aos imigrantes que são detidos

Até a publicação dessa matéria, a Embaixada Estadunidense no Brasil, não havia se posicionado sobre a declaração dos imigrantes deportados, mas é de comum consenso que o tratamento relatado pelos imigrantes não foi uma experiência agradável, visto que em alguns casos só é permitido sair no sol uma vez por semana, a comida é ruim e alguns agentes não têm senso de humanidade, fazendo assim com que os detidos se sintam como cachorros. 

Houve inclusive, caso de imigrante ilegal que chegou a emagrecer 10 kg; vale ressaltar que essa comparação com cachorros é conotativa, uma vez que muitos cachorros são bem mais tratados que pessoas na sociedade atual.

Deportação X Eleições estadunidenses

Deportação é o processo pelo qual os imigrantes, sejam eles legais (que cometeram crime) ou ilegais, são removidos de um país. No ano de 2024, ano que acontece as eleições para presidência nos EUA, a imigração está em evidência na pauta, pois para os norte-americanos a imigração é um dos maiores problemas do país e que mais da metade dos estadunidenses aprovam a criação de um muro que divide a fronteira do México e dos Estados Unidos; em caso de serem pegos pelas autoridades, algumas pessoas são detidas, outras deportadas e algumas são liberadas com tornozeleira eletrônica desde que apresentem endereço fixo.

Foto Destaque: Brasileiros deportados EUA no aeroporto de Confins (Reprodução/Rafaela Mansur/G1)